Biografia Manuel Antônio Álvares de Azevedo, nasceu no dia 12 de setembro de 1831 em São Paulo, e faleceu no dia 25 de abril de 1852 no Rio de Janeiro, foi um escritor da segunda geração romântica, contista, dramaturgo, poeta e ensaísta brasileiro. Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo, em 1847, para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde, desde logo, ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental .
Principais Obras Noite na Taverna Lira dos Vinte Anos Macário Poemas : Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos Poemas Malditos Se eu morresse amanhã! Lágrima de Sangue Último Soneto A minha desgraça Adeus, meus sonhos! Imitação Soneto
Contexto Histórico do Brasil relacionado a sua Obra A chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, suscitou um amplo processo de urbanização da nova capital do Império Português. Com as modificações na paisagem carioca, a Colônia caminhava rumo à independência que se concretizou em 1822. Logo após, entre os anos de 1823 a 1831, o Brasil viveu um período conturbado politicamente marcado pelo autoritarismo de D. Pedro I. É nesse ambiente confuso e inseguro que surge o Romantismo, período de vasta produção literária, com vertentes na poesia, no teatro e na prosa. Traz as seguintes características: a ideologia burguesa; o subjetivismo e o sentimentalismo; a evasão; o nacionalismo, entre outras. Esse movimento tem seu marco fundador em 1836, com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães. Os três momentos do Romantismo: 1ª Geração - Nacionalista ou indianista - Os principais autores dessa geração foram: Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre . 2ª Geração - Mal do século ou ultrarromântico : Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela. 3ª Geração – Condoreira Poesia social e libertária: Castro Alves.
Lira dos Vinte Anos A obra é dividida em três partes: a Face Ariel (primeira e terceira partes) e a Face Caliban ( segunda parte), como o próprio Álvares as chamou. Enquanto os poemas da Face Ariel exibem sentimentalismo extremo , amor platônico, melancolia, entre outros elementos, os de Caliban são demasiado mórbidos, sarcásticos e irônicos.
MINHA DESGRAÇA Minha desgraça, não, não é ser poeta, Nem na terra de amor não Ter um eco, E meu anjo de Deus, o meu planeta Tratar-me como trata-se um boneco... Não é andar de cotovelos rotos, Ter duro como pedra o travesseiro... Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro... Minha desgraça, ó cândida donzela, O que faz que o meu peito assim blasfema, É ter para escrever todo um poema E não ter um vintém para uma vela.