Análise do filme "Invictus"

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About This Presentation

Disciplina: Gestão de pessoas
Trilha: 03


Slide Content

Aluno: Pricila Yessayan Matrícula: 91701260
Modalidade: Esp. em Gestão Estratégica de Negócios Disciplina: Gestão de Pessoas
Professora: Fabiane Carvalhai Regis Data: 08/08/2017
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ANÁLISE DO FILME “INVICTUS”
A importância da liderança no desenvolvimento de competências estratégicas
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Nelson Mandela é nitidamente um líder transformacional. Logo em seu primeiro
dia de trabalho, ofereceu aos funcionários do antigo governo a oportunidade de
trabalharem juntos. Convidou-os a esquecer o passado e moldar um futuro melhor
para o país. Seu maior propósito como presidente era unir a nação, para tanto,
percebeu que o amor pelo esporte traria as pessoas um senso de equipe e
unificação.
Mandela sabia que correria riscos para atingir estes objetivos, mesmo assim, os
enfrentou. Demonstrou a todos que tinha coragem e acreditava que a sua visão era
possível de ser alcançada. Inclusive indo contra aqueles que o colocaram no poder
por querer manter o time de rugby como estava. A sua conselheira o alertou que ao
tomar esta atitude traria riscos ao seu futuro como líder, mas Madiba disse “O dia que
eu tiver medo de fazê-lo é o dia que deixarei de ser líder”. Porém, ele não
simplesmente impôs a sua decisão a todos, explicou a sua razão para aquilo e,
embora a sua justificativa não tenha agradado, conquistou votos suficientes para que
essa medida fosse aprovada.
Em contrapartida, não foi fácil identificar o estilo de liderança do capitão Francois
Pienaar, apenas que trabalhava com uma equipe desmotivada. François disse ao
presidente que procurava liderar por exemplo, mas Mandela o questionou “Como
fazer para que a equipe seja melhor do que eles pensam que podem ser? ”. Ele
mesmo responde, “Inspiração”. Depois desta conversa, há uma mudança de atitude
por parte do capitão. Ele começou a perceber que havia algo muito maior do que
ganhar o campeonato mundial. Desta forma, entendeu que deveria inspirar os seus
companheiros de equipe. Porém, é dirigente dando liberdade para que eles cheguem
as próprias conclusões.
Para finalizar, com um estilo mais diretivo, que chega até ser coercitivo, o chefe
da guarda do presidente (Jason Tshabalala) informa a todos precisamente qual
deverá ser o seu papel e exige que as tarefas sejam executadas com perfeição.

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O filme retrata Nelson Mandela como uma pessoa (i.) autoconfiante - uma vez
que tomada uma decisão ou executado um plano de ação ele ia até o fim até alcançar
o seu objetivo, como manter o time de rugby; (ii.) capaz de liderar esforços para
mudança - conquistou o apoio dos seus pares ao explicar as suas motivações e a sua
visão para manter o time de rugby; (iii.) integra - convidou os funcionários do antigo
governo a continuarem em seus postos de trabalho e confiou que os guardas
treinados pela ISIS iriam protegê-lo. Para ele não importava qual a origem do
indivíduo, mas sim seus conhecimentos e habilidades; (iv.) otimista - é sempre
sorridente, apesar de sua história (ou por conta dela), acredita em um futuro melhor
para seus compatriotas. Entretanto, em momentos de fraqueza, busca em um poema
a motivação que precisa para seguir em frente; e (v.) cheio de empatia - sabe que ao
reconhecer o trabalho da Sra. Brits que lhe serve café e aprender os nomes de todos
os jogadores de rugby fará com que se sintam incluídos.
Já François, como o seu time, estava desmotivado e cansado do gosto da
derrota. Faltava-lhe autoconfiança e automotivação, quando o guarda lhe perguntou
se iriam ganhar deveria ter respondido com um sonoro "SIM", porém, disse apenas
que fariam o melhor. A sua evolução ocorre depois que encontra com Mandela e
recebe um desafio. Demonstra integridade ao dizer a sua equipe que devem mudar
de atitude indo contra a vontade deles e ao deixá-los fazer as suas próprias escolhas.
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Nelson Mandela atua como coach, questiona François para que ele reflita e
encontre um propósito. Estabeleceu uma meta clara: “vencer o campeonato mundial”
e com as ferramentas certas de motivação (unificar o país em prol da paz) e
incentivos (respeito dos compatriotas, reconhecimento mundial), aos poucos foi
tornando-se cada vez mais atingível.
Para incentivar François e colocar o seu plano em prática, utilizou a publicidade
para divulgar esta mensagem. Com o slogan "um time, um país" e ações como o dia
de treino com o time de rugby para crianças, procura comunicar que o país não tem
mais divisões e que a partir daquele momento estão todos unidos pelo amor ao
esporte. Inclusive ao assistir a reportagem, fala como aquela imagem representa todo
o conceito de sua campanha, muito mais que os números e gráficos.
No final do campeonato mundial, nos últimos sete minutos, o placar marca 12 à 9
e, de repente, a torcida começa a cantar o hino Nacional da África “Nkosi Sikelel'
iAfrika”. Então, o capitão chama os membros da equipe e diz “Levantem a cabeça, me

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olhem nos olhos, vocês escutam? Escutem o seu país. Sete minutos, sete minutos.
Defesa, defesa, defesa. É isso aqui, este é o nosso destino”. Ou seja, todos têm o
futuro da equipe nas mãos, têm que trabalhar juntos, uns precisam dos outros para
que a vitória aconteça. É este senso de empoderamento que muda o jogo, saber que
ganhar ou perder vai depender deles, que os leva a vitória.
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O presidente e capitão se encontram poucas vezes durante o filme, a sua única
conversa parte de um convite de "chá da tarde", onde é possível perceber o início de
uma relação de confiança entre os dois. Há uma certa expectativa de ambas partes,
François ouviu falar de Mandela como um rebelde revolucionário, enquanto o
presidente contava com este encontro para convencer o capitão a ajudá-lo. Sendo
assim estavam:
• com uma postura aberta: os dois, apesar de não se conhecerem, se
cumprimentam com respeito. Ao mencionar a sua preocupação com um
ferimento do capitão é possível perceber que o presidente se preparou para o
encontro, buscando informações sobre o convidado;
• sinceros: François diz sinceramente que nunca joga 100%, não importa o que
aconteça;
• imparciais: o presidente reconhece que o capitão está numa posição difícil
por ser o capitão do Springboks;
• dispostos a expor seus sentimentos: o presidente relata como se inspirava
num poema para ajudá-lo a ficar de pé quando tudo que queria era desistir.
François também se expõe, conta como busca inspiração numa música.
Acredito que com o tempo o elo foi se estreitando e a relação dos dois tenha
ficado mais próxima.