Anatomia Cirúrgica da Mão

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About This Presentation

Resumo: Anatomia Mão
Dr. Brunno Rosique
Cirurgião Plástico


Slide Content

Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados da Santa Casa de São José do Rio Preto
Regente : Dr . Valdemar Mano Sanches

Anatomia Cirúrgica da Mão

Dr Brunno Rosique Lara

Arquitetura


Esqueleto: 4 elementos

1- Polegar e 1º. Metacarpo
a. Grande mobilidade da articulação carpometacarpo;
b. 5 músculos intrínsecos;
c. 4 músculos extrínsecos;

2- 2º. Dedo (indicador)
a. 3 músculos intrínsecos;
b. 4 músculos extrínsecos;

3- 3º., 4º. e 5º. Dedos e 4º. e 5º. metacarpos
a. Suporte estável para a garra;

4- Unidade Fixa da Mão
a. Composta pelo 2º. e 3º. metacarpos e ossos do carpo.

Unidade Fixa da Mão (Littler)

A borda distal do carpo forma um sólido arco estrutural, sendo o capitato a peça chave.
As articulações distais do carpo, os ligamentos intercarpais, e o retináculo dos flexores mantêm o arco transverso do
carpo forte e fixo.
No terço distal do arco projetam-se distalmente os metacarpos centrais fixos (2º. e 3º.) – Arco longitudinal.
Como uma fundação estável essa unidade forma uma base de suporte para as outras três unidades móveis da mão.
Essa peça central move-se como uma unidade ao nível do punho sobre a influência dos principais extensores do punho
(extensor radial longo do carpo e extensor radial curto do carpo), e do principal flexor (flexor radial do carpo)







Elementos adaptativos da Mão

Ao nível da extremidade distal dos metacarpos o arco transverso da mão se torna móvel, isso é possível devido ao grande
raio de ação do 1º. Metacarpo em sua articulação com o carpo (em forma de sela). As cabeças do 4º. e 5º. metacarpos também são
móveis em relação ao eixo central da mão.

Quando se realiza a abdução da cabeça do 1º. metacarpo e o 4º. e 5º. metacarpos estão em abdução-palmar, forma-se um
arco transverso palmar, côncavo, que se assemelha a um semicírculo. Este arco transverso propicia um arranjo circunferêncial das
articulações metacarpofalangeanas para convergência dos dedos na flexão. Nesta posição, flexionando os dedos apenas
articulações metacarpofalangeanas, formam um cone. Traçando uma linha vertical do ápice do cone até a sua base, esta indica a
terceira articulação metacarpofalangeana, este ponto é o centro anatômico da mão.

Articulação Metacarpofalangeana

O movimento lateral nesta articulação é limitado pelo ligamento colateral. Quando o dedo esta em extensão ou
hiperextensão , este ligamento é frouxo e redundante, permitindo o máximo desvio lateral e medial desta articulação. Com a
articulação metacarpofalangeana flexionada ocorre limitação do movimento lateral.

Articulação Interfalangeana

A proximal apresenta até 120 graus de flexão, mas a extensão geralmente não ultrapassa 5 graus, devido ao ligamento
palmar.
A distal pode ser flexionada até 90 graus e permite uma hiperextensão de até 30 graus.

Músculos Digitais

Extensores Extrínsecos: O mais importante é o extensor comum dos dedos (O: epicôndilo lat. do úmero), se divide em 4
tendões, próximo ao retináculo dos extensores.
O retináculo dos extensores prende-se, por septos conjuntivos, ao rádio, formando 6 canais por onde passam os tendões
extensores dos dedos, extensor do carpo e abdutor do carpo.
Além do tendão oriundo do extensor comum, os dedos indicador e mínimo possuem extensores próprios, que se situam do
lado ulnar do tendão correspondente.
Ao nível da falange proximal, o tendão extensor divide-se em 3 cintas. A central, mais espessa, cruza a articulação
intrfalangeana prox. e insere-se na base da falange média. As duas laterais passam por um sulco de cada lada, e unem-se na linha
média, para em conjunto formar o tendão extensor teminal, que se insere na base da falange distal.

Flexores Extrínsecos: O músculo flexor profundo dos dedos ao nível do terço médio do antebraço divide-se em 4 tendões,
sendo que o indicador é independente.
O músculo flexor superficial divide-se em 4 tendões independentes ao nível do terço distal do antebraço.
Os oito tendões flexores dos dedos, o flexor longo do polegar e o nervo mediano passam pelo túnel do carpo, sendo que
os flexores superficiais dos dedos médio e anular passam pelo túnel superficialmente.
O tendão flexor superficial, divide-se em 2 tiras que contornam o flexor profundo, voltando a unir-se ao nível da
articulação interfalangeana proximal e insere-se na base da falange média. O tendão flexor profundo se insere na base da falange
distal.
Os tendões são mantidos em contato com o esqueleto das falanges pelas polias flexoras. Estas são em número de 5, a
primeira ao nível da art. metacarpofalangeana, a segunda na metade da falange proximal, a quarta na falange média, a terceira e
quinta polias localizam-se nas art. Interfalangeanas.


Músculos Intrínsecos

Interósseos: Estão situados nos espaços intermetacárpicos. Os dorsais são em número de 4. Originam-se das faces
laterais da diáfise do metacarpo adjacente e insere-se no dedo correspondente. Sua função é a abdução dos dedos.
Os interósseos palmares auxiliam na adução dos dedos, originam-se nas faces palmares dos 2º., 4º. e 5º ossos do
metacarpo e fixam-se na base da falange proximal do mesmo dedo.
Lumbricais: São em número de 4. O primeiro e o segundo são fusiformes e originam-se na base da borda radial dos
tendões dos músculos flexor profundo do indicador e médio. O terceiro e quarto são músculos bipenados e originam-se da borda
adjacente dos tendões flexores entre os quais se localizam. Inserem-se na borda radial da falange proximal.


Músculos do Polegar

Intrínsecos: situados na região tênar e primeiro espaço interósseo, relacionam-se com a fineza dos movimentos.
a) Grupo tênar lateral: m. abdutor curto;
m. flexor curto (superf. e profundo)
m oponente do polegar.

b) Grupo tênar medial: m adutor (obliquo e transverso)

Extrínsecos: são 4, sendo 3 dorsais e um palmar;
m. abdutor longo;
m. ext. longo;
m. ext. curto

m. flexor longo.

Circulação Sangüínea da Mão

A circulação arterial da mão provém das artérias radial e ulnar.
A artéria ulnar acompanha o nervo ulnar situando-se medialmente em relação a ele. Passa juntamente com o nervo pelo
canal de Guyon, onde é superficial e sujeito a traumatismos.
A artéria ulnar segue lateralmente ao osso psiforme e a seguir emite um ramo palmar profundo, antes de continuar através
da região palmar como o arco arterial palmar superficial. O ramo palmar profundo passa através dos músculos hipotênares e se
anastomosa com a artéria radial, completando assim o arco arterial palmar profundo.
A artéria radial é o menor dos dois ramos terminais da artéria braquial; sendo a continuação direta desse vaso. Pouco
antes de passar da face anterior para a posterior emite um ramo palmar superficial. Quando a artéria se curva dorsalmente sobre o
punho, segue profundamente aos tendões dos músculos abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar. A seguir cruza a
tabaqueira anatômica e une-se ao ramo profundo da artéria ulnar, formando o arco palmar profundo, cerca de 1,5 a 2cm proximal
ao arco palmar superficial. Situa-se abaixo dos flexores profundo e acima dos interósseos.
A drenagem venosa é feita por dois sistemas, o profundo, representado pelas veias que acompanham as artérias e o sistema
superficial que inicia-se na face dorsal dos dedos e segue pela face dorsal da mão.









Inervação da Mão

A mão recebe inervação sensitiva e motora através dos nervos radial, mediano e ulnar.
O nervo ulnar, na mão inerva os mm. hipotênares, interósseos palmares e dorsais, dois lumbricais ulnares e m. adutor do
polegar.
Nervo mediano: mm: pronadores do antebraço
flexores do punho;
flexores extrínsecos dos dedos;
exceto: m. flexor ulnar do carpo e da metade ulnar do m. flexor profundo dos dedos.
Na mão, a função motora do nervo mediano fica restrita aos músculos tênares, 1º. e 2º. lumbricais.
O nervo radial inerva todos os músculos extensores e supinadores do antebraço:
extensor ulnar do carpo;
ext. do 5º. dedo;
ext. comum dos dedos;
abdutor longo do polegar;
ext. longo do polegar.




Aponeurose Palmar

Situada imediatamente abaixo da pele. Formada por um conjunto de fascículos longitudinais que se originam
proximalmente do retináculo dos flexores, tendão dos músculo palmar longo e flexor ulnar do carpo, e dirigem-se para os dedos.
Estes fascículos prendem-se às pregas palmares e digitais fixando a pele aos planos profundos, estabilizando-a durante a flexão
digital. Alguns fascículos prendem-se à primeira polia anular e à placa volar da articulação metacarpofalangeana. Outros
contornam a articulação e prendem-se ao aparelho extensor dos dedos.
Existem 2 conjuntos de fascículos transversais, que contribuem para formar o arco transverso palmar, o primeiro situa-se
ao nível da prega palmar distal e forma o ligamento transverso palmar. O outro forma o ligamento natatório ao nível das
comissuras digitais.

Retináculo Flexor: é uma faixa fibrosa transversa que une os tendões flexores dos 5 dedos, com suas bainhas sinoviais e
o nervo mediano. Possui 4 inserções principais: a margem proximal estende-se do tubérculo do escafóide ao piramidal e psiforme,
e a margem distal estende-se do tubérculo do trapézio até o hámulo do hamato.

A face anterior do retináculo dá inserção ao palmar longo e mm. Tênares e hipotênares. Esta face é cruzada pelos ramos
palmares dos nervos mediano e ulnar e pela artéria ulnar.