Andrade, m.c. a terra e o homem no nordeste, manuel correia de andrade.pdf def

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About This Presentation

Geografia


Slide Content

& TERRA inDror
EO Basen »

©
NORDESTE

nun
178
com

A COLONIZAGAO PORTUGUESA E O PROBLEMA
DA MAO-DE-OBRA

egavelmente, dentre a grande extensáo

cra, a primeira a ser explorada, Por aquí passava
as naus que da Europa vinham para a Terra de Santa Cruz; aqui encon
iravam, por 0

cifes, penetrando nos estuários por um ou dei
quilómetros, xi 2

indústria da tinta. Bute :

havia em Pernambuco algumas feitorias, entrep x

na América, na incerteza dos primeiros anos de co; nquist: i

ais
éscravos a fim de se dedicarem a trabalhos ou Luis Ra
asimilado certos costumes alimentares indé

tinham caráter tempordrio, (
segundo Varnhagen, (2) foi remetido agi

nas, pois possuiam cul

(1) Oliveira Lima
topes”, vol. TL
(2) Varabagen
6) Dies
Din. 2,

étés, em “Hiscória da Coloniagio Por

o Brasil, tomo Y, pé 12

A Tere e o Homem no Norkesie 65

Ta com Bre Cn, pen nd gl em 1535
nd scons de el dolo de un bie de
tetra que se 2 do Rio Santa Cruz, ao Norte

Ss Team tica Duare Colo de comiera

los franceses, hostilizavam constantemente o donatário. Dai afirmar
só seria co eg ida através da agricultura da cana-de-agticat

pe ee Peel plas on

gy Cata publi
(7) Carta de 14 de abril de História da Colonia;
esa vol. TH, págs. 318 € 1

à “Revista do Instituto Hinórico © Geogrfico Bex

cl Corea de Andrade

€ sos flhos do donas

dos rios Jaboatso, Pirspama, Ipojuc
tendendo o povoamento eutopeu quase até a fox do Sao

. 2-0 Sul fol o resultado do forulec
© ao mesmo tempo que ll € cen ay

aquínhoar os seus co
Areas de matas consideradas as mais
nes e localizadas nas proximidades dos tre
páveis des rios que desembocam no Atlantica, o que pr
barque do açécar produzido para Olin
jomento do Nordeste a
“Antes destas, cidades localizadas a al

Goiana e Rio Formoso, em

em Alagoas, e Maruim e Sio Cristóvio, em Sergipe

A proximidade do port

da populacio, rigavam os Canavia
{quando o gado era ficient, fomeca a lnk
de uma civilizagio e sin Demo AM oe

Mas a posse da terra donda em extensos latifindios, is, vezes
com dezenas de léguas de extensio, ndo era tudo. Necessálo era
derrubar a mata, instalar os engenhos, as casas grandes, as senzalas,
plantar os canaviais € as Javouras de mantimentos, Para isso os ser
Europa — e escravos. A preagio de fndios tomouse, ento, uma at
vidade muito rendosa < olhada com grande simpatia pelo segundo dona
Utio — Duarte de Albuquerque Coelho

Em seu governo, após derrotar os fndios de Serinhaém, abateuse
sobre o gemio grande desinimo, e os brancos, sequiosos de excravos
Subiam os rios e aprisionavam os indios, trazendoos para o lito
quese sem encontrar resisténcia. AL eram cles vendidos ao prego
de um carneito, por dois cruzados ou a miléis a cabesa, conforme
assevera o cronista Frei Vicente do Salvador. (°)

los da

Nesta época tornouse famoso o ex jesufta Pade
veia, que sabendo fazer mágicas, penctrou para o interior com alguns
companheiros e convencendo os Índios do seu poder, por procesos de
magia, trariwos a Olinda a fim de vendélos aos proprietários sempre
sequiosos de escravos. Disto resultou para o pad xeiro, no 6
uma grande renda, como a alcunba de Padre do Ouro e o chamamento
à Portugal para responder a processo perante a Inquisigo, (19) apesar
de os indios cuetés estarem condenados à escravidio por haverem devo
tado em 1555 o Bispo D. Pero Fernandes Sardinha

Estava sendo, assim, concluida a fase da conquista, em
ve cada proprietário “era obrigado a sustentar quatro tergos de cspin
gardas, vinte espadas, dez langas e vinte giböes ou pelotes de armas
slém de manter uma casaforte; cada morador, por seu lado, dev
possuir uma arma: lança, arcabuz ou espada”, (1°) a fim de resistir a
flgum ataque dos selvagens, Süo desta fase, ou ncla inspiradas, as
asas-ptandes verdadeiramente acasteladas que existiram em Pernam

© que teve na do engenho Megafpe seu exemplo mals caracıc

Afastados os indios do Litoral e sendo ainda dispendiosa a impor:

fos africanos que provavelmente era feita desde 0
vero do primeiro Duarte Coelho, trataram os colonos de enviar en
radas que, subindo o rio Säo Francisco, trouxessem escravos do Sertäo,
Este caminho, apesar de ser o mais extenso, tinha a vantagem de

Hist do
Alfredo de, Aventuras € no Brant, págs. 49 4 97.
Ensaio de Interpe

permitir 0 tr rio, livrando os entradistas da penctracio
pela mata e da su le os indígenas
As entradas siofranciscanas resultaram em completo fracaso,
Assim, a que foi feita pelo provedo de Caldas, ausiliado
por Gaspar Dias de Taide, f i
‘a morte dos entradistas em mäos dos indios que os devoraram. À outra,
realizada em 1578 pelo Capitio Francisco Barbosa da Silv
axe resultados positivos, uma vez que os entradistas voltaram
la, cansados e estropiados. (22) Essas entradas provocariam
jergéncias entre os tabjaras € os por szeado com.
que aqueles se aliassem aos potiguares da Parafba e passıssem a atacar
a combalida capitania de Iramaracá. Os ataques indígenas provoca!
forte reagio dos Iuso-brasileires € a conquista des repiöes situadas a0
Norte da Nova Lusitänie. Realmente, foi novivel a arrancada feita
para o Norte e Nordeste, daqueles que, partindo de Olinda, conquis
aram a Parafba, o Rio Grande do Norte e o Ceará e arrebataram 205
franceses o Maranhäo, no curto período de 35 anos, de 1580 a 1616,
A cana-de-agicar acompanhou os conquistadores olindenses sempre
que estes encontraram condicóes de clima e solo que permitissem a sua
cultura. Dai surgirem os vales agucarciros do Paraiba do Norte
Paraíba, e u de Cunhad, onde Jerónimo de Albuquerque fundou o
engenho do mesmo nome no Rio Grande do Norte
Nos lugares onde as condicóes climáticas e edéficas nio permi
titam a cultura da canadeacicat, como nos tabuleiros litoráneos que
do Norte de Olinda m até o Rio Grande do Norte ot
caatingas localizadas a Leste e 20 Norte da Borborema, os proprie

organizaram currais e cr gado necessärio para suprir de
mentos € sgueateita de Olinda

O número de engenhos erescia constantemente; se eram 3 em
1550, (1?) somayam trinta em 1540, (14) sessenta e seis em 15

€ cento e quarenta e quatro por ocasiño da conquista holandesa (1°)
em Pernambue finda, dezenove na capitania da Paraíba

(12). Salvador, Frei Vicente do, Hiória fg. 220; Barbosa
(13) Costa Porto, Sabre thor enzenbor, em “Jornal do Comércio” do
Race, de 14 de janeiro de
(14). Gandavo, Pero de Magathies, Hist
em “A Nosa Primein Hi Asis Ci
(13) Cardim, Fermio, Tratados da Tera €
(16) van der Dussen, Adtien, Relasrior sobre
Gonsalves de Nell, neo

«dol ma de Kia Grad Tor, lan; an et Nee
Euro, Ada Alien © Don |
Bi; pollas poised nie ied
fe
nes Seren
sempre burla a via uma série de leis regula:

outubro de 1831. (1°

UVA-CCH/BIBLIOTEC

importagio de africanos para o Brasil, € escravidio negra € indígena
Duarte Coelho, jf em 1542, solictava ao Rei aut para impo:
10 Nordeste e, em 1559, a propria Raioha D, Catarina
Governador da llha de So Tomé que permitise a sad

de 120 negros do Congo, pagando apenas um terço dos direitos
tasio de negros de Guiné, de vez que o Padre Fernio

esteve em Olinda em 1584, afitmot que af havia

já poucos índios da terra. (91) Na

de uma eivilizagio agrícola e jé acostumado 40 regime
rica, oferecia maior produtividade no trabalho que o indi
frirem os propriesários, apesar do alto prego, adquir
a escravizar fndios para o trabalho. Dois fatos, poréna
s, à mé alimentagio, 90 ©
acional. O de Palma
ie abrangeu, conseguiv rompe
negras contra o cativeiro no Brasil, Estas revel
io do século XVII alarmaram o Governador D. L
que enviow forcas militares para os combater. D. D
€ Siqueira, Governador Geral que muito se preo
cultura nordestina, em cartas ao Rei (%2) achava que a escravaria de
Guiné, devido ao alto preso e
vigo, era a causa da ruína s senhores-de-engenho e tomavase
advogado da escravidio in

os que advinham da sua conser

21) Obve ciuda

Nul vol BVH, p

net leales peta
gros de A
a Alvino em seus diálogos:

coinego do sécule XVII, Brandónio di
este Brasil se hé criado um novo Gu

io impediram os propric

capitanias, há mais deles que dos naturais da terra, e todos os homens

Mas a produsäo do agúcar no cra apenas uma atividade agrícola

cla requeria um certo nie
no possufam. Daf haver tido Di

ho, logo nos primein

tempos, o cuidado de importar técnicos da Europa, os quais e

quase sem jue nunca se dedicavam à a
lustriis, aproveftavam a ocaso.

Tio grande era o número

de judeus e tal a sua importáncia em Pernambuco, nos fins do século

XVI, que a Capitania duartina recebeu a

visitagäo do Santo Officio,

demerando-se o seu representante em Olinda, procurando punir os ers.

ties novos que permancciam ficis As práticas religiosas do mosaísmo

Foram, cestamente, estes técnicos dos pelo primeiro Donatário,

s, purgadores, banqueiros
e os pequenos laveadores

iam construir o mücleo central de uma classe média rural que, pos

numerosa © dominada pela aristocracia do

concentracdo a resultante do aparecimento das grandes usines

2

OS HOLANDESES E A ESCRAVIDAO

ms) Ambrésio Fernandes, D
Diggues Júnior, Manvel, Populate e

diverso do da colonizag
rein wo oe del
de expandir 0

comegava a tomar-se sequioso de prod penis. Pr
datos que por isto atravessavam uma fase de constante e ascende
lorizagio. Os holandeses aqui chegaram conhecendo a terra € as
ossibilidades de lucro que dela podiam retira, conhecendo as grandes
bilidades de colocagáo do agúcar no mercado europeu. Dal acha:
historiadores modernos (1) que foi o comércio de acúcar e os
que ele poderia oferecer, a causa principal de escolha de Per
nambuco para Início da conquista holandesa no Brasil, após 0
experimentado na Bahia em 1624. Conquistaram uma
nizada cm fungio da producäo agucareira, visando a
branca, possuidora de grandes latifándios nos quais, ul

escravo, desenvolviam wma atividade monocultorn d
Assim, como explica Gilberto Preyre na série de livros
a formaçäo social do Nordeste, (*) a colónia port

landeses conquistaram tinha sua economia ba i

fündio, monocultura e escravidäo. Daf sua permanente relagáo com a

que Ihe fornecia os bragos necessários à agricultura, © com a
ra onde exportava açica vbrasil e de ol
‘como farinha de trigo, queijo, mant

iencäo dos holandeses nâo era des
consolidada, mas tomar aos portugueses as
privilégios que 1. Vencendo aos portug
a realidade mane
as na época. Dai
número de holandeses que logo a
ho, lavrador de cana e

190, Joué Rodelgues e Joaquim Ribeiro, Cielo
92. © 'hisoriador permambucino’ Alfredo de Carvalho admit

2) o, CaseCirande & Senel, 4? elite, Sobrados ¢ Mo
under, Orden Nordic nko or los pettiness delos
192 ¢ 15); Honório Rodrigues, Jo e Ribeiro, Joaquin, Ciiitacio Holden

Home no Nord

Pernambuco € as capitanias vizinhas e dela d
€ socialmente, estavam em plena fase de desen

endentes económica
mento quando, er

1630, os holandeses inicieram a invasäo. Segund mk, que ag
como verdadeiro espiño, (*) Olinda era o grande centro de colónio,

as quais 4.000

cravos, e cra também o ponto para onde convergia o come

fear, uma vez que o porto do Recife, entio

dela distava apenas 6 quilömetros. A dren agucareira
mais rica e de mais famotos engenhos, era a värzea do Capibaribe
que ficava próxima e dispunha, entño, de 13 a 14 engenhos, seguindo:

Também com mais de 10 engenhos em cada

eral Soiana, na capitania de Ttamaracd, e a do

do Norte, na capitania dest Nestes áreas o gado €

Zonas de cs
Calvo, por exe

Lins, (9) era x uiria que de

cres portáncia à proporgäo que se cami
à zona do Sño Francisco

vez que essa era a atividade quase exe
Bahia estavam cstabelecidos

de Tomé de Sousa uma verd

qual, em funcio desta ativid

fündio pecuário no Brasil. (7) £ claro que, se

(4), Verdonk, Adrien,
5) Sobre a
(6) Didgues
) Ve

Rio Una e pelo atual
engenbos.. Porto
or Cristó
Pecudria q
o Sul, uma

que no Norte da

105a Casa da Torre constitul, incgavelmente, um símbolo. do lat

Klo Grande,

‚oamento para o interior no primeiro século, os pecuaristas devian Di oui OS canaria foram des oul

“ocupar dreas desmatadas a do Una, grandes extensöes de tabu mado e em parte dispersado, Os fazendeiros d
leiros existentes em Alagoas, € os campos sergipanos € baianes. cisco levaram os snimais que pud

Bo Note. de OIM chin Tesco amos via bo es euros do grande rio. Os escravos, aproveitandose da lora, fogiram
aies de pequent pre a Vek Gos cr Coa interior, para as matas, e organizaram quilombos onde voltavam à vida

ies Ho Kenn pours. lé a: por axietuee Eure done Ke que levavam na África. Bandos de salteadores passaram a agir naquela
Norte da Peralba nas um engenho em Camaratuba, © o Cunhad tea outrora florescente € agora abandonada por grande parte dos pro
te. Nesta área surgia novamente em prietários que se retirara para a Babia

a a, da pesca e da agricultura Cabia aos holandeses reorganizar aquela economia cujos alicerces
ulagio sempre a a de haviam abalado, muitos inicialmente haverem 2e tornado
senhoresdeengenho e lavradores, compreend am de
ra da canadeagicar estava em apoio dos portugueses, conbecedores dos processos de de ca
do tetras ds matas € ds lavouras e da fabricagio do agar, para fazer flosescer as capitanias conquistadas
o desbravamento dos locais mais inds Maurício de Nassau, chegado ao Re 1637, era a figura mais
xtensas áreas com solos propícios ainda ni indicada para concluir e consolidar a conquista, pois as suas qualidades
conquistadas por ela. Poderia estenderse pelos vales färteis do Sul le administrador juntava grande espírito de tolerincia ¢ profundo
e do Norte, assim como para o interior, onde as espessas matas eram amor à terra conquistada. As tarefas exam muito árduas. Esa neces
perlustradss apenas de Indios © pessoas dedicadas à sitio combater os salteadores que agiam na regido agucarcira, captar
exploracío do p n ssuiam al agenhos que a confianga e a colaboragio dos portugueses © luso descendentes que
hem sempre moíam todos os anos, cumpos de crlagio € s de permaneceram nas capitanias conquistadas, destruir os quilombos,
mantimentos, Forneciam, assim, os alimentos necessétios A área cana se aos Indios que em geral odiavam os portugueses, conquistar os
vicira e ds vilas e povongdes das € tinas. Também o ma pontos fornecedores de escravos — a África e o Marañhäo — reunir
€ os rios exam muito piscosos, os sos car © gado disperso, reorganizar a pecudria e tomar providencias a fim de
guejos e as matas, abund normalizar o abastecimento do Recife e da cidade Maurícia que
re A à à conde holandés, ira criar na Ilha de António Vaz, Eram todas,
mero de pessoas. G én 4 D, viv para muitos realizarem em muitos anos.
urgador, o eseumador, (*) 0 feit 3 muitos engenhos podiam ter sido já consertados, informou que 27%
om o tempo, os mulatos negros foram ascendend dos engenhos das capitanias conquistadas náo moeriam naquele ano,
houve até escravos que chegaram a ser mestres d do até alguns euja reconstrugio se apresentava a0 holandés como
em cada engenho havia, entáo, em média, de 50 i ita
senhor, além dos pertencentes sos lavradores. Est 5
de Guiné, ou fndios locas, au do Maranh

Das engenbos mencionados, « maior — 78 =

Be een

Intense que provocaram grande desig las ande thos — 23 — aiguridos& Companhia das Indias Ode pels
des D isis alcala Os : s fi. Só alguns,

= eae lo seer prea, 9 a
igi ra ict ae ees de cap isto, os os eram ver os a comerciantes judeus

Mas a producio do agícar nio dependia apenas da reconstrucio ‘que os reve
dos engenhos. Era necessário que os proprietários e die Bitantes e jur
pusessem de eseravos, Estes, antes da conquista, eram constituidos. produtos de ag

és grupos: os indígenas da regiño que, legalmente, où haviam cobrit as d om a econ
sido apreendidos em guerra ou sido adquiridos 208 tapulas; os indígenas tengio dos escravos, a manuten

va Pernambuco, e os negros causados pelos satudores, soldados holandeses As vers muito pr

ados.
x, uma vez que o preso deste produto nfo d
¿cio dos engenhos, aquisigio e manu

a prónria família e os orciulzos

aprisionados no Maranhäo € remetidos po
trazidos da costa da Africa, de váras nacdes,e oriundos de vos p e uds bares depo
desde a Guiné aut o Congo e a Angola. (19) Os holandeses, visando Gfavamn er canaviis da frea sob o dominio batavo, TncarsSes cssas qu
conseguir apio dos iis que pertence bos de regio, Uber Se tornaram mais fregüentes após a volta para a Holanda do Conde de
ido dos negros e dos Indios do Marambio. Tambén, para que a Nast:

2 pontos da costa Naquela época, porém, o sen

africana, como os portos da Costa d Luanda me um agricultor, de vee que cul

de Sio Tomé, e passaram, eles pröptios, a ana, quando o fazia, preferindo industrial
pólio da Ci y os etam trazidos amontondos em navi lavradores. Assim, no 1 le van der Dus
Sob condigöes alimentares sanitirias as mais precárias e oma o

ande mortandade, Condigóes, dizem, (11) mais p ainda qu uns 13%
ds dos tumbeiros portugueses e agravadas, sobretudo, p de 85% dos partid à

indóstria agucarcira se reorganizasse, o

mero de partidos de cana lavrados pos, apenas
doo a Estes as vezes lavravam terras própr Pre suas canas
es ‚a o engenho próximo que mais Ihes aprouvesse. Cabia a eles o

Chegando ao Recife os negros eram ex o Blane erato da cans, colheita ¢
‘empregados e

deveria, com isto, obter grande luero, uma vez que o escravo en ‘em partes iguais, uma para o senhor e outra para o lavrador. O lavra-
€ de 38 a 35 florins em Angola — € w ife a pregos cle ‚dar Dee ete dee 5 de to
dos de 200 a 300 florins por pega comum (1) —; quando os Satan sas rs % ES

lo 0 agócar produwido dividido

a fim de atender à sua cultura, E

© de juntas de bois de que dispunba, variava com as posses © 05

tid dia cul pi sem, cabia ao lavrador
los que podía cultivar, Apés a moagem,

mercado ou lugar conveniente,

mt de Mallo, new, José

los e bois. Ors, um lavrador que cultivasse
de que cada tarefa correspondía à
sm 24 horas, m

À Toms à 0 Homem no Nordeste
TU Manuel Corre

epee se arch m nl e eu volé
de trabalho. Lavouras de subsisténcia ainda eram cultivadas pelos
Earl caged nme corra ne En
oscilav peared e 70 indivíduos, conforme a capacidade do e

omingos € dias santifiendos, enquanto os holan
escravos nos do hr or

seem cas, guardar apenas os domingos. Os seems de
fus tinham mas lola, £ que estes, por motivos zligiosos, gust
davam Jos € por temor as autoridades guardavam também Os

(13) van der Dassen, Adrien, Reafrio o onquissaas

ATereg. e Hames 6

eset os lr (2) Bas mes es Jde 08 elon
ar fe com que or eins anaes san emo
Feen AV Y almas que “tet negara ee 150 es
ee a a a de
teas sere fap hoc O pls es de
Yara où cotes de Sout, er pos a e dos 0
fio dio, € outa qu gun ma Be

ar fer com

custado
lim de nao devant pega” the ean
ages ca

s no devia ser É
le o caras. Enter
sos e cientes do valor dos seus escravos, cor
Joño Fernandes Vieira, recomendavam qu

oo Fa Mio se castiga
v aus nem com p

das quand E
valoriz£los, mas que os >
que core

alguns dias. (17) Vése, assim, como eram pouco humanas as co dites

mesos picados com navaha € Tac
se depos, sobre a feridas, sal, sumo de Iimao

No Brasil holandé
o trabalho esct
dedicando-se à coleta,

of indios lites que viviam em seus aldcamentos
€ fio, acitavar, ds vezes, trballu por algu tempo, desde

que thes
prormetessem aguardente ou outras bebidas fortes. Nao tendo

o, neto, José Antöni, U
o cm 1663, e “Boletim do Inst m Nabuco de Pe

Boxer, C. Ry abra cada, ples. 188

em chogas na maior miséria, náo se dispunham a trabalhar se
ouvesse o estímulo mencionado. (2%) 3
As destruigdes causadas pela guerra e o alto prego da escravaria,
Im com que os seahores-de-engenho € lavradores e
vagos de que dispunham na cultura d
mios, Re
Ita de alimentos básicos, sobret
mo tal fa see ros
capital, resolveu 0 de Nassau determinar que cada scaho
engenho ¢ cada lavrador de cana plantasse mantimentos
que entre estes se exigisse a plantacño de 5.000 covas de togas por
que possuíssem, Os lavradores que se dedieavam a outros cul.
ras deveriam plantar 1.000 coves )
Assim, tentando apenas substituir os iniclalmente
produto que à sua pro
consideravelmente a cid ecife € à m

desenvolverem

3

O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E A
DE TRABALHO NA SEGUNDA METAD
XVII E NO SECULO XVIII

No período que se estende
elhores solos e
1 mais desenvol mitiram uma po
ma produ ‘econ’
ambém a política monopolista das poténciss colonizadoras
à baixa

: sidade em Pernambuco. Isto porque, ficando
em daqueles conos, col er

perficie dos Estados nordestinos ficou p Jesbravada, o que
io ocorreu em outros trechor do
do Sul do país e So Paulo, que fi

‚mento feito em 1774,
toda a regido estudada, de
até Pened
Bahia jé eram também 1
canavieica localizava-se quase sempre próxima 20 I
sn e para o interior em fre
ahaém, Vitória de Santo Antio <
fieavam, nos fins do século XVI, em Gres de
pauhrasil. Espalhados pela regido havia 387 engenhos
Engenhocas, Em Sergipe, nos fins do sé localizavan
10 no vale do Vaza-Barris e 20 na Cot

A

Pe

ire, Dr. Feliberto de Olivia, História de

À Teme € 0 Homem wo Nordete 83

co do asicar basavam, O alodio sind limenava
sobretudo no Rio Grande do Nor lo Mamanguape. (Pe
rafba), € 20 Sul, nos vales do Sao xipe, de So Fran
100 reses, 2

que se destecvam pela prodario de
modelando uma puisngem bem divers da que antes ea. Mat

rerras de massapé, deixando para o fumo
ser usado como moeda pars a aquisg > au Alta, Assim,
a iten que produc agícar para o mercado euro € se abastecia
de negros na costa africana passou a ab inente,com ©

dividida em classes. No eae a figura do senho
son ou oto, ee ey © bye,

implicavam num
o dos prédios

; a caldeira € o

Indispensdvels como a
assentamento, a “casa de p posto em formas,
fem estrados s tanque pars de furo, 0 seca
onde, após o escoamento do mel, ele e à secar ao Sol, e 0 encal
Zemento onde ele era acondicionado para a exportacio, como tambén

a casa do feitor € a senzala (Foto n° 9). Empr também capital

1a aquisicio de cscravos, bois e cavalos sem os quais a cana nio
la plantada nem moida, O número de escravos era sempre de virias
a = dispunham de 150 a 200

sempre nde número de bragos, ra f de quando se
=> t utilizada na cultura d ho feijäo, feita em fins dk
oagem que se estenderia até mag ou abril do ano seguinte. Ass
1400 long cielo vegetaivo da cana-de-agicar,o senbordeengenho
tia € anda hoje tem semps ano corre
da 62 lla
© paso que #5

rad,

Devido a ete sobres é que
deengeho sempre aseos de brags, sempre precios agi
Sempre teve endividado devido o ato preso dos negros € À fr
Genre perds des mesmos por doengas, acidenes ou fuga. Salenta
thor por fuga, porque, apesar de se amar sempre que © negro su

1% Menael Corres de

com pacióncia, sem reagio, o cativeio, o fato € que ele sem
estava a fugit para 9 mato, a organizar quilombos, a suicidarse, à
epoténcia dos seus

Feagir, enfim, das formas mais diversas contra a p

© social dos lavradores.. Muits vezes, flhos ¢
navame Inuradores do p
nto outros, mais pobres,

O ponto nevrálgico para os lavradores era a relagio destes com
pender da conduta dos mes
que respeitevam os direitos
Era fregiente o senhorde-
ma “casa de puegar” dur

vrador ficava sem saber
quanto produzira nem a qualid «duzido, podendo o
nhorde-engenho Ihe dar uma cota inf inha direito ou

da cana na época cera, e esta, passado 0
comegava a secar diminuindo o seu conteúdo de agú

uma séria queda na producto do lavrador. Outras vezes o proprictário
io negava o corte, mas chegada a cana a0 engenho, deixava-a no
eiro por trés ou quatro dias, ficando a mesma azeda e imprestivel
O senhor-de-engenho perdia a meagio, mas no se arruinava porque
dispunha das canas próprias e das dos partidos dos outros lavradores,
mas o lavrador que só dispunha daquela, perdia em uma semana o que
The custara um ano de pesados servigos; deisava de dispor dos meios
los a atender scus compromissos, ficava insolóvel e, em conse
a, arruinado
Outras vezes, depois de ter o lavrador cortado e moído suas
canas, tratava de fazer “aceros” nos partidos j4 explorados € queimar
palha a fim de que a soca nascesse € Ihe desse no ano seguinte uma
renda razodvel — prática ainda hoje usada sobretudo nos lugares
Gmidos a fim de climinar os ratos dos canavisis. Entäo o senhor de.
ngenbo comunicava estar extinto o seu arrendamento e Ihe dava um
prazo curto pata desocupar o sítio, uma vez que pretendía en
a outrem. Com pequena indenizagäo ou sem qualquer indenizaco, con
forme a consciéncia do proprictáio, viase o lavrador obrigado a perder
colocagio e as socas da cana que plantara € a ter de procurar esta
belecer:se em outro lugar, embora, com ess , no possamo
concluir que todos os senhoresdecngenho agissem assim; muitos deles
fram corretos no trato com os seus laveadotes e demais de
O que se deve salientar, porém, € que a estrutura econd
dominante € a organizasio políticosocial dela emanada, permitiam que
Fesses abusos fatsem cometidos sem que os lavradores tivessem a qu
recorrer em defesa dos seus mais legítimos direitos. Toda a or
22930 pollticesocial se orientava no sentido de garantir ao senbor de
bo o exercicio pleno do seu poder sobre suas terras, agregados €
dependentes
A inseguranga na renovagäo dos contratos de arrendamento cons
para Tollenare, que nos visitou na segunda metade do século
) o principal empecilho ao progreso dos lavradores que, por
Ísto, construíam pequenas e toscas habitagóes ao lado de cercados
provisórios, já que a qualquer momento poderiam ser expulsos. As
Tends de que dspunham empregiva sempre em negros cm gad
porque eram bens que podiam ser transportados para onde se trans
ferissem, Analisando o problema, achava o observador francés que os
Javradores deviam ser protegidos por lei que obrigasse os senhoresde
engenho a arrendar os terrenos baldies com contratos de arrendamento
ue durassem nove anos. Assim, os lavradores, garantidos por
prazo longo de arrendamento, poderiam fazer nas áreas que exp

G) Tollenare, L. F, Notar Dominkes, pis. 93

A Terra e. Homem no Ni

were insulgßes, preocupandose também com a conservagio do

f Era, assim, bem difícil a vida dos lavradores nos séculos XVIT

e XVII, Mas sœur problemas náo advinham apenas das relagós com
o ra pajar na época da sara, geralmente com jo

Doradas em algons aos desrufam salas Intitas © at, à vez, ©

Também o capi, sempre a erster e a cxgir limpas a fim de año

Mt 0» Animal predadores, causando dissensdes ente os propre,

tanos dos canavais€ os propicios doi animais. Quem conhece a

esa dito rudo, cul produto rei de exporago, a cana

Fado malos, estavam mais vinculacos finda 20 senhorde

engenho. D vam or escravos, que eram considerados

conseguiam dos ah de-engenho autorizacio para desbravar um
er te pobre, coberta de folhas e os únicos
Po ros ou nos manguezals 3 ocalizavam próximos à a, con-

E) Notes Dominic, pin. 34

90. Manuel Coreis de And

Uva

‘urn cra em geral. muito baixo, mo necessitndo por iso de tex
Rae grandes esploraóes

A insegurança era u nie na vida dos moradores, uma vez

ue o proprietiio, por qual
3 ¿los das verras que ocupavam. Isto se dava fregüentemente devido.
Y oroblemas de falla — os senhore-de

ngenho tinham especial predilegäo p es de moradores (
provocando até assassinatos. Proprictários havia, que dificilmente sa
d riedades sem guardacostas, temendo a acño agress
res que hava espolado de ou eras, Consulado uma bes
parcela da populagio rural, cram ci sera de
abalho

se náo absorvia esta massa humana disponivel por pre o
Sseravo ao asslaiado. res, asia, Jentamente, como que À
‘ds extinggo do tráfico, uma reserva de mio-deobra de que os

e ictários disporiam na hora em que os escravos Ihcs faltassem

ese en eg

(9) Tolenre, ors citada, pis. 96
10) Ohne cited,

O feitor.mor era a seg
engenho; dele recebin ordens äs

despedido a qualquer moment

a autoridade, depois do proprietário, no
nes por escrito e as transmita sos

os partidos, Quando o senhor se

re Ihe dava ordens e podia
e cabía ao feitor-mor castigar

A missa aot domingos e a confes
camento para os que adoccessem
Erigassem entre sie que faltasse

ribuigdo sua fiscalizar os eseravos, conté

xe fugissem, obrigálos a asistit

. todos os anos € providenciat medi
CabiaIhe ainda evitar que os escravos
20 trabalho. À negros

fe auto.bastecessem, O feitor mor ob a € em suas
rocas nos dias santificados e durante o inven do 0 engenho estava

pejado, aos sábados. Com
mentdos as suas cust

Diéques Júnior (
mente no Brasil, sendo

do senho

livres, um pedago de terra para s

daqui
como “sistema do Brasil”

à ss Antillus, passou à se

que seve ultivaseem, nos dise
mas, d obrigava

no já fazia o famoso Jodo Fernandes Vicia, (12) heröi da Resta.

io Pern a — à

balhar em “su née dai al

cados, fazend © repouso que a Igreja Ihes garantia, e que ©

vemos que o chamado “siste
senhor € nfo para o eseravo.
mor com a boiada, uma vez

gozariam sempre que pos

balho,
Os afazcı

empregado
do Brasil” era uma vantagem para ©

la cram os cuidados do fcitor

ie para os bois nio havia tronco € eles
de um dia de descanso por um de tr

rosos, devendo fiscalizar o estado das construgóes, cercar os canaviais,

defender as matas, impedir que os viz
consertar os agudes, levadas © pomtes,

lagio — casa em q
bilidade o feitor-mor
milreis por ano,

UD Pop
412) Gonsalves de Mel
tm 1663, piss 20 à 87, R

BE Manuel Co

inhos inva propriedade,
fiscalizar a olaria © a desti
cvardente — limpar ox pastos,
o servigo € tomanha responsa.

Sob as sure orders o fetor da moenda, que percebia cerc de
mis pr an, um des, ondas sc à

fogo nos canaal por descuido dos negros bo

Gesinadas ao coznkamento do caldo de cana

part à ue de purge, quedo pasada à competaca da mese pur
Barro colocado na parte superior da forma. Além da responsbiidade

mel de furo” que matériarprima para a fabricagio da aguar
dente. Sea saldtio era bem inferior a0 do mestre-deagúcar, uma v
ue 56 nos grandes engenhos chegava a perceber quarenta mil

conforme a qualidade, em branco, macho, batido e mascavado. ApS
5 encuixamento devin determinar o bareamento dos canos das calzas,

(13) Antoni, obra cited

a retirada do Diimo, a porgio dos Ie etc. Por este trabalho
pereebia de trinta a cínqienta mil ré

Além destes havia os eseravos, que cram numerosos, atingindo
nos grandes engenhos de 150 a 200 individuos. Sua importincia era
tanta que um cronista colonial a eles se teferindo afirmow: (14)"Os
escravos sio as mios € os pés do senhor-de-engenho, porque sem eles
no Brasil näo € possivel fazer, conservar e aumentar a fazends, nem ter
engenho cortente," Eles eram encontrados por todos os lados, tanto
nas fábricas, nos partid
como nas barcas, Todos os anos eram adquiridos värios deles para cada
engenho, sendo originärios de pont sos da costa afr
eram fraeos, como os oriundos de Cabo Verde e Sáo Tom

los de cana, nas rogas, nas olaras, nas s

Angola tin vapacidade para os ofícios mecánicos, enquanto
os do x e bons para o servico da cana e da casa
espertos exam, ds vezes, aproveitados para aprender ol
+se caldcieiros, carpinas, calafaes, t

Theres erum empre
da indústria. Apenas no campo, as mulheres no trabalhavam com o.
machado; no plantio e na limpa do canavial, os escravos eram postos
+ se recolhiam A senzala à noite, termi
Na colheita da cana, cabía a cada negro
por dia, trezentos e cingüenta feixes de 12 canas que eram amar-
rados por uma escrava. Assim, cada cortador de cana era acompanhado
na sua faina por uma amarradora. Essa quantidade era o suficiente para
asño de uma forma de agir.
Uma vez cortada e amarrada, era a cana transportada para a casa
depositada num amplo salio, o “picadeiro”. Este ocupava
à a monda, ficando o outro lado
no engenbo a traçño animal, ou por
gun, At rabalhavam vérin e
umas ‘pleadeiro” para j noenda, 0
n grande risco, uma y E ser pr
+ espremidas entre os tambores da mo cana na mesma
uma terceira, ainda, fazia passar o b sores, uma
quarta cuide ‘comertar € acen adeias; finalmente, uma
outra cuideva do “parol” — tacha em que se wa o caldo da

(18) Antoni, obre cedo, pág. 9.

94 Manuel Corrcia de Andrade

cana que la para o cozinhamento. Assim, como o engenho mola as 24

Na casa das fo

(© escravas necessitavam de outras sete que com

al

thavam sempre escravos

do “parol

a Ao lado

© perseguidos pelo senbo sho ou pelo
Os presos em cortent vabalhar como cal
, limpava ¢ ace ndeias ¢ trava a espums
tomar a coloc ira. Com

onsumiam muita lenba, era grande 0 número de escravos que

cbendo cada um a tarefa diáia de cortar € arrum
om sete palmos de altura e oito de largo, o suf

am os escravos negros que punham o mel cozinhado no

At, além do purgador
barro sobre a forma
acteur e amas
escravos nos baled

nsportavam as formas para a casa de p

e do caixeito, rabalhavam eseravos; uns punha
agácar, outros assistiam ao baleäo de

s ainda traziam as formas, tirando delos os pies

m 0 barro de purgar. (25) Ainda trabalbavam

Estes cscravos levavar vida dura trabalhando seriamente durante
todo o ano na cultura, na limpa e na colheita da cana, assim como na

fábrica de agúcar. Um

das lavouras de subsistencia, Qualquer reclamacáo cra punida com

A alimentagio

como informa Antonil, () “no Brasil costumam
‚vo sio necesrários rés P.P.P,, a saber, plo, pau €

nstitufda de farinha de mandioca e came seca

era entregue a cada cscravo em uma cula; além disto recebiacn tam

Assim, vivendo con
alimentados, sem

mo verdadeiros animais em senzalas infectas, mal

15) Antoni, obre

4

TRABALHO ESCRAVO E ASSALARIADO NO
SÉCULO XIX

© século XIX foi um perío transformaçées econ
micas, políticas e socials. Os velhos e durante

culos haviam ido uma evolugio muito Jena, foram sacudidos p

série de inovaçües que melhoraram a técnica

profundamente tanto os processos industriais, como os de

A cana de car, que era a senhora absoluta da passou a softer
concorrén: nara de exportagio que interessava também
108 grandes propricr o algodáo —. Embora este concorrente
tenha sido vencido na regiño úmida, foi durante alguns anos conco:
rente da economia acucareira

Dentre os melhoramentos introduzidos na agro-indistri do apúcas
«alienta se, nos primeiros anos do século, o uso do arado,
no século XVIII, mas gen lo
de uma ariedade de cana, a calana, trazida da Gu
durante o curto período d sio deste território por tropes por.
tuguesas, (1) Tomando conhecimento da existéncia de outras terras

ucio de acúcar, os senhoresde-engenho, sob
vam os grandes centros regionais, o Recife e Sal
vador, passar a preccupars com a inroduo de nova
€ de novas variedades de cana, so notarem que, com ©
jana, como acontecera antes A erionds, também degenerava e decaía de
producño. Por isto, ainda no século passado, passouse a cultivar novas
variedades surgidas de variagócs espontäncas da cana calana — a “impe
rial” e a “cristalina” — que s6 seriam suplantadas no período republi
cano, pela cana “manteiga” ou “Flor de Cuba”, obtida graças a seleçües
€ cruzamentos fetos no engenho Cachoctinha, situado no municipio
de Vitöria, em Pernambuco, pelo sev proprierário, Manuel Cavale
Albuquerque. (2)

Com as novas variedades dando o aumento da produtividade, sen
tiram os senhores-de-engenhe a necessidade de aum Jugo €
melhorar a qualidade do produto a fim de, no me concor
erem com o agécar das Antilhas e com o produzido na pröpria Europa

as A industrializagio da Beter

Pinto, inca Ferca, Dates €
toma I, pig 190; Kener, Henry, Vier

Bras, plas. 23 €

96. Manuel Come

Esses, que cram facil
durante o cozinhamento — e muito olho de cata, nos meses de entre

nie alimentados du

afra — de abril a setembro — necessitavam ser retirados para outras
Areas como a regiño de Bom Jardim recebiam muito gado di
le Tracunhaém durante o inverno, que ia pastar “no verde

pia as féric

1865, (5) nos vales agueareiros da Pa
culo passado, (2) enquanto Alagoa
que os Estados mais setentrionas, po
1851 e 5 em 1852. (09)

Ainda neste perfodo, a cal passou

substituir a potassa na fabr

lo do agúcar, as que tinham os seus tambores coloca

Posisto horizontal, foi fcita

à substitulgäe das formas de barro por formas de madeira © mei

lizouse o uso do bagaço como

is conseqiéncias, uma vez que aten

a fim de atender à fome insacidyel das casas de caldeiras

tempo resolveu o senhos ho ©
aso que se acumulava em torno da casa

Na segunda metade do século comes

los supazes de fabricar agúcar br
esmagar canas de vérin engenbos

melhor qualidade e que, de acordo com o

separariam a atividade agricola da indost

le
neo, libertando-
tes, capazes de
cat acicar de

a ce eu Garat =p
geiras que nso poderiam cultivar cana,

ferro a fim de que estas substitufssen
transporte da cana, ¢

até os desvios construídos À margem da
total da indóstria acucacira, 0

Estado, já que garant

inglesas, francesas

aras de bol
lea. Os carro
‘mesma, Era a moder

També

pos cone, fim de que cau tiva sun zon de non Os coques, rexpetando o imperialismo da cana, confinaram-se

Apesar dos tropegos si à estrcita faixa lito 0 n a que se desenvolvesse, al, uma
Tat Aurea a 13 de mao de 1888, Y hava ee ae do vom {al à alien
Be EEE € al Sá ‘canaviais; pois, como testemunhou o arguto Koster, (19) numa
Firmeza e Bom Gosto, instalados em 1884 em Pernam: Paoncées como a de Gamboa, em que a pessoa de maior conside-
juanto, em Alagoas, di a última década do século ae Y
ximidades do Recif jesias de Mamanguape e Tramaracá, (7)
sio dk ‘como nos pont listantes, emoldurando o litoral da
le no moeu mais SP de Alagoas Sergipe © Fan. O coqueto, sp
ae Ba en de leva si a sete anos para comesas a produit, nio expla indu
assim, a aividade agrícola © a industrial em uma 6 mo, ‘ Tasso e da Propriclade jé asinalada na prima

Comunidade fi mem pobre e de cor
cio e prestígio da Comunidade fosse um homem po cor
e, salientese, u que nao dispunha, como outros, enri

quecidos, de “cartas ra” em seu favor.

thier, que Mas até af chegava a tirania da cana, uma vez que o gado dos ih

seu tragado planejado
aqui esteve

foram construídas a ÿ desenvolvia

Essis estrada irlam var os engeabos distantes do oral: dos A mendioca, o feito e as frucias largamente consumidas por
a ao bi rs Sn om a posto de vanguardcros do avango canavieir, ocupando

cie. Iam também provocar a decadéncia de cidades siundas os RER cmmadas € distantes à espera da chegada da cana, © as regides

fundos dos estuários, que por serem portos tinham uma desenvolvida ‚oadas se limitavam a ocupar os solos qué

funsio comercial, como Mamanguape, Golana, Rio Formoso, Porto > ena Tavoura fit por escavos €

alto, Alagoas, Valena, Camam et para o aut da da sobra, e por senhoresdeengenhe

A concorréncia do algod u sério problema pat € lavradores $s comune ee
im sério problema para m h regio da Mata e do
a canedeagicar que, considerada até entäo como cultura imperial dependentes. Sintom: qu je, na regiño da Mata € di

Litoral Oriental, a fabrica ar aca pelos mesmos processos

oe Ort i a der, de una ce de acia” ia por
sendas que Suen Ira de decis, gal van, Sect (9 po domi blonds, sii com sc
úrcas em que ela nio podia, nas condiçôes da época, me de farinha existentes nas “grotas” e nas dos nossos atunis

- x 4 engenhos. Enquanto a fabricagáo do agúcar ev oluiu desde o engenho:

apossarase das terras, conquistara as várzcas de massapé € as grotas

de barro vermelho, destrufra as matas, afugentara os animals

(16) Koster, Henny, Viegens ao Nordeste do Bra pie. 346
(17), Kiddee, Daniel P. Remimiscóncas de mage e german
is. 24

WO Mane! Core de Andrade

as grandes usinas que moem anualmente mais de 300.000

de agdcar, a casa de farinha continua muitas vezes a ser movida
a forga humana, Apesar de su tancia, foi uma cultura relegada
a um plano secundário, sempre desprovida de protegáo € sempre des
cuidada a ponto de a sua falta ver sido freqiientemente assinalada em
toda a historia notdestina, falta que estava a dificultar e a piorar cada
ver mais o regime alimentar, por si Já deficiente, de moradores e es

O gado foi sempre um servo da cana; ocupava Areas pioneiras à
sua espera « cada vez se disinciava male do litoral, endo, conso

mente, que it alongando cada vez mais as suas caminhadas
os centros de consumo, Foi ele que desbravou
fluviaisdistantes de Olinda, fixandosse, so Sul, no Vale
‘ao Norte, nos tubulciros da Parafba e do Rio
Nao fosse a pecuäria e os tabuleiros se teriam tor
mios demográficos e económicos entre as áreas mi.
das e férteis das värzeas

A cana o expulsava sempre para o interior, tanto que a fe
Igaragu, ao Norte do Recife, teve de ser transferida para Goiana, depois
para Pedras de Fogo e, finalmente, para Ttabaiana, jf no Agreste, (2%)
onde permaneceu até os nossos días

Mas com o algodio o problema foi diferente: cle enfrentou a cana
€ néo foi apenas lavoura de pobre, como afirmou Gileno de Carl, (20)
mas também lavours de rico, como, referindo-se A Parafba, assegurou
Celso Mariz. (31)

À cultura algodocira, feita no Nordeste desde o inicio da colon
zagäo, teve uma fase de estagn te o século XVII e a prime
metade do século XVIII. Desenvolvewsse, depois, em funçao da fab

o de tesi » usados na vestimenta dos eseravos e, mais

rial, com o desenvolvimento
da indústria téxtil que entáo se processava na Inglaterra. Portugal, como
"sufrutuário de nossas tiquezas, ganhando tomas enormes como inter
medidrio entre o Brasil € a Ing low a cultura deste produto
€ eriou em 1731 uma estacio pecçio do Algodio e, logo as,
ima Alfandega do Algodéo. (2) A sua cultura, que se iniciara na

Brand pá
a
(0 Algodáo em Pernambuco (Wists Histo rep

regio úmida, logo se propagou para o Agreste e o Sertio como
repelida pela cana e pelo clima, Mas, se nas ¿pocas de baixa do prego

algodio recuava para o Agreste, deixando a Mata livre pa

indo subia o prego ou quando havia crise na indist

xa do algodociro avangava sio 20 litoral

ciclo vegetativo curto € produto industrializado por comerciantes
extabelecidos em vila e po +, até, em engenhos e usinas

como ocorreu em Serta Grande, er a primeira metade do
século XX — por bolandeiras e descarogad
tava a preferéncia de ricos e pobres, de senhores deengenho e lavra

Cultura fácil, barata, democrática, deixavase associar à fava,
feiiio € a0 milho, fornecendo o rogado a0 pequeno agricultor, a um
6 tempo, tanto pr ara a venda como alimentos. © seu curto
cielo vegetativo re E ‚cas limpas ou capinas; consegies
agícar. Nio havia, assim, vantagem em adquirir eseravos a preços ele

os para que eles rabalhassem apenas durante algum tempo, ficando

rios meses, sem produrir e consumindo alimentos, Dai +
do algodociro na segunda metade do século XIX quase nao

preferivel pagar a moradores as fainas

agrícolas, mesmo quando a proc s se tornou grande € a

diérios, Os saléios altos, mas pagos cada dia, eram mais vantajosos

que a aquisicio de escravo essa aquisicio era difícil e represe

tava uma grande inversä Produto leve, o algodio era
thi e can died

ido por mulheres e criancas; daf uma série de vantages

ara enfrentar a cana nas ocaslöes em que 0 mercado europe necess:

tava de algodüo. Koster, nas primeiras décad
trou até ricos senhores-de-engenho, como o de Cunha
mais nobres estirpes de Pernambuco — a dos Albuquerque
cultivando.o em seus dominios, ao lado da cant-de-açécar
ande expansio teve a cul
‘quando os E.U.A. no a0 mer.
sa ocasiao 0 algodo avango pelo Vale do Par
‘com a cana as terras drenadas pelo Mamanguape € possibilitou
devassamento dos interflúvios do Siriji com o Tracunhaém, ao Norte
le Pernambuco. Nessas regiöes ele nfo só disputou terras à cana,
as hibridas, uma vez que mantinham

Koer, Henry, la, pie. 105.

sca cen eee
Diégues Júnior. (3) Teve também grande importáncia em $
de sescentos que produziam 20 mil caixas de 50 artobas
imperialista, reste, nas regides de brejos. Como prodi

Tollenare, que esteve no Recife em 1817, (21) teve oportunidade de

24) A respeto cree berto Osério de, O Rio Pa
Wb Norte, págs ade, Manel Conia de, O Y
Fito de "Geogr
Pere, née 22, Pi
Uy ple 210; Lita Tavares, À
26) Conta Pe
potro das Costas de Bras

À Terra © 0 Hom

observar o mercado de escravos onde os negros de ambos os sexos, di

a id ios tipos fisionömicos eram vendidos apenas com
uma tanga, expe ares de possiveis compradores ou de sim
curiosos. O pre ie elevado, pois custava
Feten de 900 francos, enquanto um boi eustava, geralmente, 200 francos
um cavalo, 70 francos. Assim, em média, um esctavo valia cerca de 4
bois ou 13 cavalos. Nesses mercados ele era vendido aos senhoresde

ngenho, que o levavam para as suas propriedades. No Sul de Pernam-

Buco e no Recóncavo da Babia, apesar da existéncia d terra
Apesar de exis

proprio Henty Kester, como sen
de maior trabalho, getalmente di
para as sas plantages. (25) avi ta
loas que eram arrendadas a pe :
Tecravos devido à seu alto custo
E pats a fazenda. Ess
dores tinham permissio para derrubar trechos de matas, levantar chow
panas de barto ou de palha, fazer pequeno roçado € dar dois ou trés
assim, aquilo que se chamou “moradores de condisäc”,
metad do € até os Bsses mor
furavam colocarse sob a tutela do serhar.deengenho; nagu
no interior nordestino, näo se gozava di ma garantia govemas
mental. Os senhores.de.engenho, emb

TO Manuel Corrie de Ana

sem, entio, em porgöes bem menores que na época de Duarte Coelho,
{quando as sesmarias podiam ter dimensdes ilimitadas — passaram a ter
a extenso máxima de quatro léguas de comprido pp largo
em 1695,(2") reduzidas para trés de comprido por uma de largo em
1729, ¢ passaram a ser de uma légua em quadro no século XIX (8°)
— détinham grandes latifúndios e em suas terras eram senhores abso
Jutos, Os desordeiros e Indıöes de animais ertamente na regido
agucareita, criando uma situagio incerta pu lago. Alguns
ces, como António Bernardo e o C famosos € vivem
sinds no cancioneiro popular. Dai os moradores pobres procurarem
colocarse sob a protesio destes potentados, recebendo deles amparo
cum Os senhores-de-engenho, por outro lado, ocupa.
‘vam assim melhor as suas terras, dispunham de bragos para as lavouras
e de pessoas que os acompa pas Tutas contra visinhos. Si

morador era pres uma falta, o seu patrio considerava-se

diminuido em sua autoridade, desprestigiado, e procurava libero.
Ainda hoje, zaro € o proprictário que nao se sente diminuido se vn
morador seu for desarmado pela autoridade policial. Para ret
moradores, costumavam os senhores-de-engenho emprestar pequenas
quantias 10s mesmos, só permitindo que os devedores deixassem a sua
propriedade quando o débito fosse saldado. O préprio Koster perseguitt
morador ql deixar o engenho Amparo, de sua propriedade,
sem s s. (2%) Este hábito, de uso generalizado em
grandes áreas nordestinas, apesar da nossa leqislagio proibir a pristo
por dividas, é em parte tolerado pelo art. 1.230 do Código Civil, quan:
do este dispöe que o locatário de serviços agrícolas € responsävel pelo
pagamento dos débitos do locador com o locatário anterio
Os moradores viviam em choupanas € na maior pobreza, dispondo
i de esteiras e panelas de barro, mas andavam sempre armados
almente de "peixeira” e de uso proibido pelas
calizada entre Igaragu €
fabricagio deste tipo de arma. Geralmente
'almocrevavam”, isto €, transportavar o acca
tem cavalos para os portos ou para as estagdes de estrada de ferro
+ também participavam com os escravos do trabalho no cito.
Com as restrigóes ao tráfico e sua posterior abolig
Ventre livre e a venda de grande parte da populagio escrav

130) Car, Gene de, Geografía Econdmica
Dra, plas. 323

À Tere 4.0 Homen

ferais do Sul, que estavam em franca fox

mero ‚vos € os trabalbad
à sua contribuigio na producio d
ofícios como os de pedreito, es

expansiva, diminufa 0
ados jam aumentando

do Recife, eram exercides por homens livres que muitas vezes residiam

m vilas, cidades e povonçées, Este fato qu

de Pernambuco era ainda’ mais sent

nde era menor o mimero de esc

na mais atenuada ao Sul do Recife

que, visitando este Estado em 1859, Robert
com sua grande área agucarcira — a Coting
ido A falta de bragos

do surto de cdlera-mórbus que grassava na re

calidad, nfo era grande a percen
lagio dos Estados nordestinos dos meados p:

io Grande do No
C < Cámar

€ observava ao Norte
Rio Grande do None ©

ons € Tanto
AvéLallemant deparou

de cscravos na popu:

a os fins do século pe

scudo, (**) munca o Estado
do as escravos dal adqui

ow retardado à terra

potiguar, os eseravos do Rio Grande do Norte náo chegaram a cons

tituir uma grande persentagem da populag

pois em 1805 compreen.

diam apenas 16,39 do total dos habitantes da entéo a. 0

número de escravos subiu à proporgio
agícar; assim, em 1835, ha pi

jue aumentos a producto de
10.240 eseravos, conti

nuando o número a ascender até 1870. O avango da cultura do algo

© a grande seca de 1877 arruinando m

venda de grande quantidade de escravos para o Sul, a ponto de
1884 restarem apenas 7.623 cativos em toda a Provincia. Compar

se com a Bahia, em 1854, ase que, e
© Rio Grande havia ape
10 escravos para cada

hos com 70.000
bos e 1,508 escravos

58 para cada engenho na Bahia.
sidente Passos, tinha a Bahia oito vezes 1

rique Augusto, O Qe

‚&lallemant, Robert, Vege
wei, 7, Perera Rego, D
m reinado no vis. 1239

(34) Cascudo, Luts da Clara, His
4534

106. Manuel Cor

do argumentava,

0.10 de 18
‘ulm a)

Grade do Merc

e seis vezes mais escravos que o Rio Grande do Norte, (*%) Nos mea

do século era comum haver senhores.de.engenho, de pequenos
engenbos, € claro, que mantinham sua propriedade com 4 ou 5 escravos
€ 20 ou 30 trabalhadores livres, Estes, além de ficarem na mais rigo
osa di ia do senhor, ganhavam saldrios já entño baixíssimos,
em to 00 xéis diérios. Tanto que, ao ser aprovada a Lei Aves,
havia no Rio Grande do Norte apenas 482 escravos; a transisño para
o trabalho livre jé havia sido feita

Na Paraiba o quadro a diferente; grande era 0

es livres que ganhavam de 400 a 600 reis difris,

Na realidade, na Paraiba munca houve grande pe
escravos na populagio, uma vez que eram 16,3% (20.000 escravos em
122.407 habitantes) em 1825 e apenas 5,796 (Isto é, 21.526 ese
para 377.226 habitantes) em 1872, (*)

Em Pernambuco, mesmo, sobretudo ao Norte, na “mata seca”,
o trabalho assalariado era, na segunda metade do século XIX, de uso
generalizado, Henrique Millet, profundamente preocupado com os
nossos problemas, afirmou (9%) que a supressio do tráfico ná
Salientou ainda que as lavouras de algodio eram feitas qu
mente por assalariados, assim como "mais de metade da
canude-a5ú proporgio cada ver mals importa
tava, na safra dos engenhos, o quinhio d
isto € ao 5 e parois? 86 cere trabas mi p sr
quese

© próprio Millet admitia, em torno de 1875, que afastados os
grandes engenhos que produziam mais de 5.000 pies de agdcar por ano

© pao de agécar pesava em média 75 kg — outros, mum conjunto
de perto de 2.000 engenhos de Pernambuco e capitanias vizinhas,
cujo agúcer era comercializado no Rec
avam, entio, sald
41 1,000 reis diários — caso ©
ido agiicar que, entre 1872 e 187:

arroba (15 guilos). Achava ele, por iso, que o Juro líquido dado pelos
engenhos náo compensava o custo da
Em Alngoas a situagto era
desde que, ainda em
6% da populacio total da Província, pois, segundo os cálculos de T.
ola, (19) scriam 48.816 individuos numa populagio total de
310,585 habitantes. Também al, à proporeño que o número de escravos
dimimufa devido à aboligáo do tráfico, à lei do ventre livre, A venda de
escravos para o Sul e ds medidas de alforria cada vez mais numeros
depois de 1879, nfo deve ter a aboligäo trazido grandes transtornos à
economia ag e que o Nordeste náo recebei, como
Paulo, peus, € que estes näo se adaptariam ds
bragos, como o café, e hav
aquela formidivel reserva de mäo.deobra representada pelos mora
dores que, devido as suas infimas condisöes de vida, à sua ignorincia
e ds condigöes de trabalho entao existentes, facilmente seria abeorvida,
como o fot pela agro-in Gear, Também o escravo que se viu
liberto de u e ma ajuda, sem terras para
cultivar, sem assisténcia di os, sentiu que a liberdade adquirida
se constituía apenas no direito de 1tocar de senbor na hora que Ihe
rouvesse, Transformou-se em assalariado, en dor de condicio
upanas de à comer carne

13) © salério do

wal soltera séria redugäo apés o término da gi
los Unidos reconquistaram o m

expulsando do mesmo o nosso alg
caiu, sua cultura foi se reduzindo cada vez
mais e milhares de ores se viram sem ter o que fazer. Aumen-
tando a mio-decbra dispenvel, os proprietiiosrebaixaram os saláios
numa proporcio de 40 a 60% dos pagos durante o rash alpodoeiro
hamos mesmo que a crise do agúcar posterior à abolicio resultou
mais da falta de mercado externo, devido à concorréncia do
de beterraba curopeu e do a 1, do que da libertacio dos
escrayos. Esta fot feita na he que as condigóes económicas e

SAT Ml, Heisse Angus 0! Quoin Ribs © « Crew de Laa
le VII, 3 e ses.

(40) Espladolo, Dr. Thomaz Jia Als

(41) Car, Gilene de, Geogrfis Económio la C
mo Basil, pág 49

108 Manuel C

socials estavam a exigir tal medida, que náo foi progressist
que ao cscravo liberto no deu qualquer perspectiva de um
caño para seu trabalho. A liberdade de ir e vir, de nfo ser
dade de um senhor, foi a única conquista que 0 escravo ©
com a Lei Aur

5

O DESENVOLVIMENTO DAS USINAS E
PROLETARIZAGAO DO TRABALHADOR RURAL

Os engenhos centrais da nona década do século pasado const
tufram um fracasso na tentativa de modernizacio do nosso parque
asucarciro, e fizeram ir por terra o sonho do Baräo de Lucena de separa
à atividado agrícola da industrial, As companhias estrangeiras que
montaram os engenhos centrais nfo estavam, através de seus técnicos,
identificadas com as naturais e económicas do mei

tino, a maquinaria era de má qualidade e insuficiente (1) e es

tuais, impedindo que a atividade ade
A melhoria da indústria aguca po a imperativo ce

nómico. O acúcar bruto de pelos engenhos
ang, no competir no mercado inter © muitos pro:
prietärios já vinham procurando, desde 1870, aperfeigoar as s
instalados industriais a fim de produzir um acúcar de melhor qui:
lidade, Daf surgiu a usina, que consistia na instalagio de moderna
fábrica de aqúcar em terras do antigo bangúé e as custas de seu pro:
prietärio; quase sempre de pr lo mais rico, As vezes possuidor
P P

de vários engenbos, mais esclarecido, e de esp reendedor
As dus últimas décadas do século XIX foram o período em que
a usina sofreu © seu impulso inicial em Pern

Wdagio agucarcira no Nordeste, uma vez que af surgiram,

© 1900, cerca de 49 usinas. (2) A instalagio, porem, e

6 estudo prévio das condigóes existentes, sem a anälise das
influéncia que caberiam a cada usina e, muitas vezes, freq

mesmo, eram instaladas por pessoas ou firmas que no dispunham
de capital necessário A movimentagio de uma grande indústria; tanto
ue muitas dessas veinas entäo instaladas, estäo hoje de "fogo morto'

wom Aqucerir, pá. 18.

+ 0 Homem no Nordeste 109

endo encerrado idades industrials poucos anos após a

falta or a relagio das usinas fundadas
ins de cuttas que vera

eco ma ucminiuragse de Barbs Lima, que fot mito
mrad
Bio cas da Central Sto Jodo, no Vale
Edo no seal XIX. Em À 2 condes cent
ram, nos vales do Barata do Meo e do Mundas, que 180 favo
decia rs ele Monda, a Sinimbs o pe

Vale do fiquid. (4) Sergipe também teve suas primeiras usinas 2
$8 0 Rio Grande do Norte inicaria o século À

Apesar da crise iniciada em 1901, como o consumo interno jf
absorvia mais de 70% da produgäo nacional, continuaram as usinas

(2) Car, Gileno de, O Agde

(4) Cari, Gileno de, Aspecto

Correa de Andrade

© clerado pres do pelo produto, devic
feigoou e elevo a cm de produçio das já existen

Alas

Babia

Como vemos acima, o Ri do Norte e a Paraiba tiveram,
ns, enquanto em Pernambuco, Alagoas € Sergipe, estes nú

foram aumentados. (5)

Deve-se, porém, salientar que a producio de agúcar nño era maior
ou menor conforme o número de usinas, uma vez que, apesar do menor
número de fábricas, a producio pernambucana era 8 vezes maior que
sino tempo que Alagoas, com apenas 13 usinas, tinha

duro 50% superior A sergipana com 70 usinas. É que em

Sergipe se desenvolveu largamente a fundagio de pequenas usinas,
-orrespondentes, cada uma delas, quise a um antigo bangié, enquanto

Pen xs © até mesmo outras usinas. ulo de curiosidade chama-
Satta de 1943.35, ter sido de 783.613 saos o, na salt
do de 716.763 sacos de 60 quios,enquanto a Catende, a maior usina

salas: 761884 € 466.277 sacos. Também
193336, tee senha male produc que 2
de 36 pan 22. Em 1979 à is. ees
ating à 653900 saco mu aa 193940 waeendeu a 790.079 sats
130041

Em 1973, ao analisarmo tas de produgäo estabelecidas pelo
LA.A., as imaiores usinas permambucanas säo: Central Barreiros
1.200.000 sacos), Catende (983.000 sacos), Central Olho d'
(703.162 sacos), Cucau e Santa Teresinha (700.000 sacos, cada
nco usinas deverdo produzir um total de 4,286,000 sacos ou
30% da producio estadual (17.810.000 sacos de 60 kg!

Além de Pernambuco, sé Alagoas € grande
ste — 26 usinas com a quo
is Estados possuern poucas usinas e
usines com quota de
1.000.000 de sacos
Rio Grande do Norte —
&, Maranhio e Piauf, com uma asina cada ¢
200.000, 100.000 e 60.000 sacos. À política gover
I implantagäo de estímulo à fosio de wsinas e à transferéncia para
as, provocaré, natural a redistribuicio geográfica
das mesmas. Na situngio attal dificilmente poderio ma p
Quenas usinas que produzem menos de 100.000 sacos anualı. A usa
era, assim, um auténtico D. € terras, (2) estando sempre dis
der seus tilhos, como rentéculos, pelas dress
adeste obter cada ver mais canas. Esta fome de terras iia dar
sgravamento de do Inuftindio que desde e colo
ye o Nordeste, Na realidade, as antigas sesmarias, de dimen
ram sendo desmembradas pelos primitivos proprie.
igio que os filhos se tornavam adultos ou que as flhas
< casavam, a fim de que novos engenhos fossem fundados, para uns
© outros. Dat se falar em engenhos “caberas de sesmarias”, quando
se quer referir engenhos muito grandes e antigos, e haver multas vezes
genbos chamados “velhos” ao lado de outros denominados “novos
Por isto os grandes latifindios primitivos foram se dividindo até

D Moral Correia de Andrad

priedades médias, digamos assim, capazes de canter um
engenho bangiig, propriedades que, conforme a área em que se local
zavam, tinh imente de 200 a 1.000 hectares. Com a usina, esse
o de propriedades näo só fo detid
como se passou a formar um processo de concentragio fundiria a ponte
de haver usinas, hoje, como a Catende, a Central Barreros € a Sant
lores a 33.000
sea dominio mais de cing

comun em Pernambuco, Hé, assim, vsinas que

as, 20 serem instaladas, dicpunbam de máquinas com capa.
smento superior A capscidade de produgáo

sondigöes técnicas entio dominantes — dos engenhos a ela vin

ulados, e tratavam de adquirir mais terras para atender A fome de

canas de suas moendas. Adquiridas as terras sem certo planejamento,

6 desequilibrio passava a proceder de forma & ando at

máquinas com copa produgio agrícola, © tratavam os
usinciros de adquirir novas máquinas. Assim, ampliando
€ as máquinas ela ia acentuar cada vez mais a concentracio

m as estradas de ferro, quer particulares, quer da antiga
al Rede ária do Nordeste, muito co

o poder expansivo das usinas ¡4 que permitiam que

n para clas transport Assim,

a usina Brasileiro, hoje de “fogo morto”, mas que tere seu periodo.

oreo e foi uma das mais importantes do país na década de 1931-40,
a, Alagoas, possuis engenhos A margem da estrad

em Unido © Sio José da Laje, a cerca de 30 quilémetros de

Por sua vez as estradas de ferro particulares de cada usina

ño só cortavam os engenhos próprios como, multas vezes, mediante

concessdes, passavam por engenhos de tereeiros, Estes quese sempre
desmontavim suas máquinas, passando os proprictáios, agora sem

dustrializar sua produsio, de bangúe fornecedores, As estradas

de ferro, itradiando-se em mui < sempre subindo

où descendo um vale, demarcavam a extensio da área de influéncia

de cada usina. As de uma zona onde havia bons

engenhos era disputada entre várias u levar até

lá os seus tcilhos, e estes engenhos eram verdadeiramente liloados pelos

seus proprietálos, vencendo a empresa industrial que desse maior p

Também a passagem dos engenbos particulares era com
prada por altos pregos. À crise, com a conseqliente queda do acde

se iniciou em 1923 e ating

auge em 1930, teve suns conse

léncias sobre a indústria estendida até 1940, fazendo com que muites

5 suas portas, apagassem seus [ogos

tomando se tributirios de outros mais poderosos.

Interessante, porém, € salient

bangúé. Com menores eipitas, técnicas mais atrasadas, baixa pro

vidade e pondo no comércio

lito de qualidade lesion; à
sinciro, voltado que estava para
aç3o do bangüé fezse com tal

energía que, apesar de sua fraqueza coondmica € das vantagens conse

guidas pelos usineiros y

fim da década de 1951-60, velo p
bangüß reagiv por mais de 70,
baquear realmente depois de 1930.

talientamos que em 1914, exatamente

61

Também em Alagoas em 19.
engenhos, cerca de 618, continua
cerca de 319 do acicar al

Estas, com © novo surto de des

sticamente a extinguirse. Assim O

A investida das usinas, para 56

Para citar apenas alguns exemples

Mundial de 1939.45, nño s6 aumentaram consideravelmente a sua pro

do e 20 melhoramento das ro:
fluëncia, estendendo a mesma até

ss encostas Ingremes da Borborema, (*) Casos hi de usinas situadas

ndentagöes da Mata, nas caatingas

da Borborema, como ocorre com a Santa Helena, na Parafba, com a

tral Olhos LA
€ com a própria Serra Gi
Crauaté, em Canhotinho, Perna

ls, em Pernambuco

o, localiza entes muito
jo Rio Canhoto, afluente de Mun-

dad. E que nos periodos favordveis, quando o acúcar dä bom preso.

eo LA À. — Instituto do Agicir
utinas em locals topograficamen
rio da usina Lara

) Cost, Cecio, lagos

do Alcool — permite, fundamse
Tal € 0 caso da

de Lourdes, na bacia do Capibaribe-Mirim, na década de 1951-60, que anual de 790.079 sacos de agticar, existiam no pequeno Estado 22

O) se
Hoje o número de usinas também diminui e, no Rio Grande do à da grande indéstra. Por ito, em mesmo na histórica área
sacos. José Ermirio de Morais, que recentemente vem aplicando ca A grande ragio fundiária tornou-se um dos mals graves pro

O avango do gado, porém, näo provocou a queda da produsío
agucareira sergipana, hoje com quota de 900.000 sacos para a salra
19723. Na tealidade, a maior porgdo das usinas desaparece e a pro
io de agúcar concentrouse em seis fábricas com capacidade que
oscila entre os 250,000 (Central Riachuelo) e os 73.000 (Vassouras
€ Proveito) secas anus, Estas usinas slo pequenas se comparadas
com as de Permambuco e Alagoas, mas tam porte e
dos outros Estados do Nordeste

{ares € uma producdo de 1.060.000 sacos de agir na sfta de 1972 & Mata un ste tensio social € de choques entre propre
Be peas ines come Regala save le Pera tov e tarados. Dala SUDENE, i em seu princi Plano Deo
a a ac de elo AA ues mS vm de do mio me, Eo,

9), Valverde, Orlando, O Norte neitos, onde seriam instalados lotes familiares pro

© Estatuto da Terra promulgado em fins de 1964 € a criaio do
IBRA (Instituto Brasileiro de Reforma Agtétia) trarim p
priedades rurais feito em 1963 cons fnio, na regio, do anit Se abe ees, Rares, ic >
lo por explorasio e : o
Dai sere
à Usina Caxangá, com mais de

par a pests cidos pias, Marcin
vive em Salvador — ou para o Brasil Sudeste — Rio

Ge Janeiro & Sto Paulo — ou ainda para o Norte do Paraní. Assim,

e medios proprietirios. De acordo com este programa os latilundidtios

que possulrem mais de 1.000 ha, deveräo organizar projetos, cedendo

agricultores, que encontraräo financiamento e asssténci 160

fea equivaleme a 1000 ha, a 30% nas proprcdades com mais de sacos (Aliana € Cinco Rios) € a menor com quota de 20.000 saco

1.000 menos de 3.0 0 du an i (Altamira). Sua produgfo total de 1.000.000 de sacos de 60 kg tem

ee ee mi yuca expresso na tegiño nordestin

ÜInstrugäo NR 08/72 do INCRA). Os presos por hectare das tera paisagem agucreita do Nordeste, a do fomecedor de cana, sucess

A Bahia, Estado outrora jdutor de agdear, teve os seus
canuviais bastante reda que o Recöncavo fl, em grande
parte, ocupado pelo fumo (Cruz das Almas, Sio Félix, Cachocira)
pela mandioca (Nazaré e Marag pelo cacau em sun porcio
cridioml. Hoje possui ses usinas, as maiores com quotas de 260.000

rável de proprictários mais conservac ‚ve uma ponde- i F 3 a 1
sde dos mesos ao PROTERRA
Rigas mrad doe polen sn INGEN a 26.0:
Hera 77.000 ha. deters, (1) dos 130.000 que deverian
Tudor para o INCRA, Na Furia der ser Iberador 1

deengenho, uma vez que até 1930 no tinha o usineiro obrigagio de

a cana do fo fícando este com o fomecimento, mais
edo ou mais tarde, dependente do usinciro. Também as balangas das
© que ocorreu em Sergipe, o recuo da cana ante o avango do O a oo en

gado, tem consegiéncis socials das mais sérias, já que empregando a

Apro-indistria do agúcar maior número de bragos do que a pecuitia,
isso acarreta um grande desemprego no meio rural. O usineiro, tornado
sita de poucos bragos, dispensa € faz com que grande

parte doy moradores se retire de suas terras. Estes afluem, entio,

forecimento que partcipava da cora total da usina, sendo
esta obrigada a moer as canas dos engenhos a ela vinculados. Conse
ram também facilidades de + financiamento, para a realza

de fomecedores consegui
viver e constituem, ainda hoje, os produtores de gran
= canas moidas em todo o Nordeste, Assim, na safra de 196061, em
(10) O Estado de Sio Paulo de 2711973 Pernambuco, eles contribulram com 4990 das canas esmagadas, en

A Tema e 0 Homem no Nordeste 117 db diesel Cie di Andre

ya safra de 195859, a 7
we 38%. Sua importáncia €

ram a terra na entre: si A Monte Alegre, no vale do Maman
a possui mais de 60 lavradores os cm um engenho vizinho.
St nn ow Se Sa Ce qu Cie €
ao ee nizaram em cooperativas, seno como excecio, para instala-
OIT oe i de gem à le de
mens Bl Wi cs Oxia e sug ug

rade, Gilberto Osbtio de, O Rio Para do N

cola; por isto adquitem grande número de engenbos
sees. Ee odo
oblema que preocu
(azendo cs al dus usina
3 sobre as outras variedades da Coimbatore, da PO), de
seu razodvel rendimento agrícola. Por ser uma cana de ciclo

canas esmagadas em Catende
mbém baixa em Santa
Por isto há quem al
o bangiexciro tomarse fornecedor proprictáro
ndeiro c, finalmente, ter de deixar a terra que
durante quese toda a vida. (12)

fe sua Generali Mi

UVA- CH/BIBLIO

nomia do fornecedor, nem a clásica independéncia e alivez do senbo:

da Borbore Seizing a fr

(13) Lacerda de Melo, Argero at” pra mo Nordeste da Bas,

m "Anais de Assocacio dor Coogan Be vol X, tone 1, pr 2)

zucho do agécat, que passou a ter boa colocas ado externo;
1 usinas, modernizadas, trataram de expandir suas dreas de influéncia
© muitos dos senhoreedeengenho que viviam de “foros” na cidade,
ar à atividade agrícola ou encontraram melhores ofe
à suas propriedader e das usinas, Trataram entdo
de expulsar os foreiros, As vezes
sem Thes de do alguma, a
as lavo
< permanecesse jas posses, chamadas localmente
à a condicio ruíssem os pomares, colbessem
im plantadores de Assim, de várias ma:
08 aracad
usando “elogane” de combate “à condig cambio"
esta luta dos foreros, dos pequenos rendei
térios que os queriam desalojar de sitios ocupados, muitas vezes
nas de anos, que surgiu o caso do engenho Galiléa, em V
Santo Ántáo; caso que deu origem is Camponesas lide.
radas pelo entio Deputado Francisco Juliño, As consegiéncias da
imeiras vitétias dos grandes proprietdrios sobre os foreiros foram
sentidas pelos habitentes das cidades citcunizinhas que viram, repen:
tinamente, diminuir as frutas que eram vendidas em suas feltas, 20
:empo em que os presos sublam assustadorsmente. As con:
¿icocs alimentares, que sempre foram precárias na regio úmida nor
“destina, tornavam se, assim, cada ver mais dices

955, fol grande a drea, outrora ocupada por foreiros, que f
de alastarse da atividade a que se dedicar
à cas sora des tabacs rara na étés aucun, Conforme
grupedos em tes cateo moradores que seidem na propre:

forma esteios de madeira ocupando as várlas extremidades da de mandioc i edecearí. (
‘ fran ode a posed wea a Be caine Bora es

ma cozinha, A maioria, porém, € formada por très ebm alelos Fe} As con ris, os salários baixos € 05

que se sucedem da sala da frente à cozinha. Nunca, ou unca, so. eros pa O nocda de entio, cram caros. Havia, porém

mais compactas, para o atendimento das necesidades fisiol s. Esta filhos menores também ajudavam a cuidar do SE lo; äs vezes criavam
piorar as digóes médico-higiénicas regionais. A casa com a área vaca de leite ou um cavalo. O rogado e as criagdes comple

O morador fixado em um “sitio” tem uma série de obrigagóes vestimentas. el

com © pue, ade a genial dee ade due unt coco, Na dis 1956/65 is sistema de vida
so terminantemente proibidas a fim de que o morador em caso de e gem e os de em

ras cansadas!

mudanga no possa pleitear indenizagío, Geralmente a mais cultivad vigos por semana, o que impede o

€ a mandioca; em Alagoas cultivase muito ‘ena Paratha e no Rio varas

Grande do Norte o algodio tem grande importáncia nestes roçados. No Rio Grande do Norte, em seu vale mais fértil — o do Ceuré

Este sistema € ainda generalizado nas Áreas em que o processo usineiro Mirim smdigées topográficas e edificas tém uma influéncia

está em desenvolvimento e onde o proprietärio exige apenas uma "su muito grande sobre a distribuigio do habitat; as habitagdcs se dis

jelsio” de trés ou quatro dias por a do das chuvas, fbvem sem forma linear en terras da

À ropordo que o proceso win vou, a dra culivada com

sana vai aumentando € os proprictários nao sé restringem os sftios tes ad ld EG >
(15 fo beilheu era vendido à CIS 3,30 0 quilo; o old a

6.280; 0 Geb 290 à muni u CES 905 © o chargue à CS 380

‘080 0 lito, € o liso à CH 1

dos moradores, irandolhes as drcas mais favordveis, como exigem dos
mesmos cinco ou seis dias de servigo por semana nos seus canaviais,
+ que impede os trabalhadores de cuidarem dos seus rosados, Vai entäo A farinha de mandioca era vendia à
se procesando gradativamente a proletarizagio da massa camponesa. (16) Cam, Gileno de, Aspectos Acacrctos de Pernambrco, nis. 15.

A Tera e a Homem mo Norderte 123 124. Manuel C

Jnumosas € as da encosta, mals ingreme na porgäo Norte e menos incl

nada na Meridional. (7) Por isto os moradores que vivem quase mesmo engenho, até em um mesmo sítio, À proletarizacio c, conse
rupados nio dispóem de terras para a cultura junto a suas habi Glengemente, o empobrecimento cada vez maior do tab

agées. Permitcim que os moradores cultivem “mil covas”, isto €, um ao desconientamento, à insatisfacto, Os. propi

ergo de hectare, mos terrenos arenosos da encosta chamados arisco compreendendo isto, realizam pequenos trabalhos de assisténcia que

‘ou nos tabulciros também arenosos dos planos interfhivios. Nunca Gervem de meros paliativos, sem consegúéncias positivas, ou exercem

‘ou quase nunca eles usam deste direito, pois as áreas de cultura ficam medidas drásticas, violentas, para conter os anscios populares

‘stantes das casas em que residem, o solo € «dutividado, A

à área € exigua, as garantias de colheita do roçado näo exister, uma ‘

vez que podem scr despedidos a qualquer momento, € o tempo de qu

Uspaem para cuidar das lavouras € pouco, pois a época de instalacio

da lavoura (agosto a setembro) coincide com a do plantio e col

das canas, quando wm de di

preocupagäo com a manutençäo do trabalhador residente nas
proximidades leva os usineiros e senhores-d
10 mesmo alguma assisténcia social, embora em 1941 he
giosa.. Essa assisténcia social, porén, está muito
sos trabalhadores na indústria, que contribuem pa
previdéncia, s40 sindicalizados *e tém uma série d
a proximidade existente entr des dos engenhos. Estes, alé rd idardo das Leis de Trabalho. Aos
extenaäo que varia entre 100 ¢ 200 heceares, tem concedidos nem mesmo o direito a férias e à perc
linear, sio compridos e estreitos, formando todos eles lotes com testada i thee cues dl
no leito do Ceard-Mirim, possuindo, assim, áreas de vérzen e em seus \üente, porém, receberem
arisco e de tabuleiro. A uma testada de alguns metros de largur renee armadas pes
margem do rio, corresponde às vezes um comprimento de quiló a extraño de der Essa assisténcia, fe
Nas zonas de grandes ¢ de muitas usinas, no Sul d e prender o u
de Alagoas, a proletarizacio dos trabalhadores já chegs ntensidade, conforme as condigóes ecc
A maioria delos reside em casas localizadas nas sedes dos € menos evoluida de pensar dos proprie

SP embrando antigas senzalas — e nio tem direito de fazer lavouras Jsisténels social que muitos costumavam prender o trabalhador; em
Jas usinas que teoricamente dio terres para esse fim, na Algumas áreas dominava um costume bastante ofensivo à liberdade do

Jem o cultivo das mesmas, pois exigem dos vrabalhador no € que era multo apropriadamente chamado de “compra do tra

por semana. Dése, assim, a proletarizagio crescente ¡hndor”. Consistia no seguiate: o proprietirio faclitava a0 tabalhs-

al campo. À proporgio que aumenta a produsio de dor pequenos empréstimos; este, ganhando pouco, com familia nume

Sgicar € que se usa a técnica agricola e industrial mais avancada, o Jota © abasteccndo-se em baracäo que cobrava sempre propos elevados,

fato als alientado por Caio Prado Júnior em trabalho recente. (19) 2 dito ar elevava, o proprietirio comegava a negar novos empréstimos
Por isto, nessas Areas, os trabalbadores náo se fixam mais; nada pos Slegando que a conta estava grande. Ameacava de um descosto

suindo, vivem errantes, rabalhando hoje em um engenho, amenbá em manal no saláio a fim de que fosse feita a amortizagio do débito. O

denominada geralmente de “bomba”, € o din Trabathador desesperado precurava sair para outra propriedade mas ©

Suns sucesivas mudançus, a0 contrário do a 5 Se mio saldasse a conta, Entio

a core nas zonas de menor proletarizaio, onde € comum a um we 39 débito so proprierrio do

lor passar vários anos, ds vezes até dezenas de anos em um hycnho onde la morar e, se conseguis, pagava o débito anterior © se

medera; mao era ivre, porém, porque “se vendera ao novo proprietá

io pod sale de suas errar quando pagasse a importineia de

lo, Maio, Fiona de Habia ree so "da. Inervel € que quando o morador näo encontrava quem © com

Bea se Cros cala ES asse € sala à noite fugido sio usada — da

remniedade do credor, era comun que este conseguiste o apoio de

ri autoridade que fosse prender o [oragido onde estivene a fim de

sise para o credor e saldasse o débito. As vezes, 0

inicio par se de Questáo Adria no Bras

© Homem no Nord

taabalhador que fugia fie do eredor trab
e 9 ds Em verdadeios ereeres privados. Embora hoje esta

nando esporádico, ainda ocerre a imposigäo de castigos curporais

te dos trabalhadores rurais vive, porém, nas cidades,
Sio getalmente pequenos aglome
dos poucos funcionários públicos

Grande pare
a ários e artífices, vive uma grande quantidade de

comerciantes, propri de de

Genie que se mantém gragas 20 servico no Campo, nas
'O trabalhador vive neste aglomerado que chama geralmente

a dia que quiser, fre

sere Bo Los qu deja var o ae que ner

os sábados, poder fregienta
pois organiza de ces sáb gi

0 direito de receber saldrio um pouco

Euh! isténcia médico-dentéria,

mais elevado. Näo recebe, porém, qualquer ass ”
Farmactutica nem social, € dificilmente consegue empréstimos

Tim 1963 o Estatuto do Trabalhader Rural veio grandir

a ıbalhadores, organizados em sindicatos,

Fesistiram, Criowse uma atmosfera de tensäo na regido € a le
r aplicada com maior ou menor intensidade. Com a aplic
Bas eme, nt Ihadores avulsos contra:

A assisténcia
sindicatos
do trabalhador

ers a a previdencia

rural. A partic de 1971 — Lei Complementar a i
wos trabalhadores rurais, que passaram a gozar do
por invalidez, e as suas familia
tanto, ao traba

dese assim, portanto,
alhadores urbanos desde

Giteito A aposentadoria
A pensio e ao auxilio
“quinta década do século XX.
Os “corumbas", “eaainguciros” ou "curaus” lo habitantes
es do Seto que passam o ‘iverno” — seas
à cultivam layoutas de subsistencia
ecendo, como veremos no Pré

vosa — na sua regito.
como rendeiros, se nio possuem te

‘imo capítulo, até o período da colheita. Chegado, p

À Tera e o Homem no Nordeste. 121

0 e outubro, quando as

do pla Outubro, quando as winas comecam a moet ¢ a

ricolas no Agreste, cles
em diregio & área canavicira, As vezes a pe, As vezes
© vém oferecer seus trabalhos nas usinas e engenhos, AL

s primeiras chuvas que sio no Agrest

quando. regressam aos seus lares a fin Fern

Os corumbas se dest nde capacidad
10 gregitio que os une € os mantém sempre fat
lores da regiäo canavicira, e pelo apetito y

€ demonstram a0 chupar
a cana où 80 tomar O seu caldo,

avia difcudade de trampone € ces e lemon > 0

Natal a0 Ano Novo, isto é, de 24 de di

20 Agreste

a — período que vai do

bro a 1 de fanciro —
do As veres de 15 e

passar 03 sábados € os domingos

Sem esta mâo-de-obra agrestina as usinas do Nordeste

ha
ss dos dr wa. Em pgs rear lin 3 oy
Alagoas, nao er arabs an a
Sehe

No Vale do Ceard-Mirim, por

ma única que dispensase a couperagio dos
» mi usa ha Bla turn dires de 90% ene número

le mio-de-ob

vem das regióes agrestinas vizinhas, (M
Na Parafba essas migragóes sazonsis 46 fa !

Hoi < fazem com menos inten“

idindo o plantio com a colhei

número de trabalhadores da salra sob MU

ntensidade semelhante 40 que ocotre
-mambuco, Alagoas e Sergipe,
forecedores de corumbas os do

Agreste, como Taipu, no Rio Grande do Norte; Guarabira, Sapé, Toga

© Itabaiana, na Paraíba; Bom Jardim, Limociro, Gravatá, Bezertos

(20) Andrade, Gilberto Osdrio de, Rio CearéMicim pág. 33

128 Manuel Coria de Androde

Caruaru, Cupira, Panelas, Sio Bento do Una e Bom Conselho, em Per:
pambuco; Palmeira dos Indios, Arapiraca, Junqueiro, Anadia e Li
moeiro de Anadia, em Alagoss ete.

Interessante & que estas migrosóxs sazonsis,devido à diresto das
sss caminhos, sto feas, em geral, mu dins Noreste Sader
sobretudo em Pernambuco. Assim os corumbas de Taquaritinga do
Norte, Surubim e Verteates deslocamse quase sempre para Vicéncia,
Allanga e Nazaré da Mata, os de Limociro e Joño Alfredo, para Vité
Tia de Santo Anızo e Moreno, os de Gravatá, Bezerros « Carvaru, para
Amara, Gamelira e Ribeiro, os de Cupira e Panelas, para Catent
Palmares e Bareirs, os de Garanhuns e Bom Conselho, para Vigosa,
Unito e Sao José da Lage, já em Alagoas, enquanto os de Palmeira dos
Indios e Arapiraca se dirigem para os vales do Sio Miguel, do Jiquid
do Coruripe etc

As usinas mais distantes do litoral, como Rogadinbo, Pedrosa,
Catende, Serra Grande ete, por se loalizarem prónimas a0 Apreste
tecebem corumbas mais faciimente € em maior nömero. Aquelas lo
lizadas distante, necessitam, ds vezes, enviar caminhöes As cidades
agrestinas em dias de fera para agencia trabalhadores. As usinas Sta
Teresinha, Sto. André e Central Barreiros, localizadas muito a Teste,
próximas 40 litoral, tém,freqientemente, que lanar mio dese recursa
para conseguir os bragos de que necessite.

tamos seguramente informados de que em algumas usinas
— Catende, Rogadinho e Sta, Teresinhn, sobrctudo — témse fado
am suas famila, trabalhadores oriundos do Agteste, o que € vante
joso para as mesmas, uma vez que estio aumentando consideravel
e necessitam sempre de bragos

É pequena a proporgáo da área cultivada com máquinas agrícolas,
Bo os processos de cultura da cana ainda sio rotineiros; além disso
io se prestam A mecanizasio, ou por passerem grande parte do ans
ercharcadas — a Coruripe, por exemplo — ow por s
cortadas por canal e valetas de drenagem, como oco
Dal o grande emprego que tem ainda hoje a ensada, No Vale do Cor

sendo substitufda pelo furdo, instrumento de origem indígena
O regime de trabalho sofreu modilicagócs consideráveis nos últi

mos anos; até a década de 30 era paga sempre a difria, iniciando-se
a faina agrícola com o pascer e terminando com o pór do sol, Os tra
balhadores eram reunidos em turmas que trabalhavam juntas, enfilei
adas, sob a vigilincia do feitor. Era o cito. As 10.c ds 15 horas, os

A Tera ¢ 0 Homem no Nordeste 129

Imogo e o jantar, fazendo-se uma pausa a fim de

bragas cm quadro, cm Alagoas, O morador pela manhä val para o

o Clara pelo “cabo maids de con” du ia que e
liza para ver se 0 trabalho fol executado como devia, o trabalhador
se reta, livre pelo resto do din. Cont

io e na adubacio da cana costumam pagar di

balhadores de servigo, sendo na adubagäo largamente empregado 0 tr
alho das mulheres, mâo-de-obra que é empregada com menor intensi
ade na limpa ou capina das canas.

Bato £ pago à no do "cent de Le” de cana cortado € emarado.
Gada fre deve ter 12 canas © um trabalhador comum corta de 100 a
200 ches por dia, podendo um excepcional cortar uma mia diria
em pe vida é muito cara. Assim, em 1973 o bacalhau é vendido entre
E 800 € C28 1000 ko conforme sla de barrica où de ca, à
chargue oscila emre CS 1000 € 018 1200, a Incnhe de mandioes
€ da a Ce 1,30 0 kg, o felfo a Cr$ 1.80, o apr a CIS 1.00
€ vendidbaté a Cop 023 à unidad.

à de tomtom que ce

o barracio, onde o 10s sfo de inferior qualidade
€ 0s pregos ainda mais altos, Há até lugares onde 0 pagamento nio

Manuel Corea de An

ficando este com condigdes para impor os presos, Também as feiras
mais de venda de tecidos, roupas (ctas, patos e utensilios, que de
cerca», carnes € outros alimentos, como ocotte no Ágreste
homem do campo, do trabalhador rural, Em entrevista € inquéritos
ue realizamos, tivemos a oportunidade de constatar que a sun alimen
tario € feta À base di se
oriundo das praias © do Rio Si estes desta
manjuba, a piranha, havendo um verdadeiro comércio org
ondo de ca para o seu transporte. Tambem um minúsculo
io rural pobre, As vezes ela adguire
+ que chama “lombinho”, retagos de carne seca de inferior qualidade.
Feijio, macascira € jerimum (abóbora) £ó come quando planta, O
charque e o bacalhau, comid a desde a época da escravidáo,
subiram tanto de prego que ho apenas nas mesas das casas
de 80% da populagio; a el

das Ch de € a anemia, consegüente do nivel
de vida I e la regiño agucarcira

6

ALHO NO CAMPO, NA CULTURA
DO COCO, DO ARI

Na regiso da Mata e do Litoral Oriental a cana de age no con

seguia dominar gi extensdcs continuas, mas apenas as faixas

ne, formadas pelos terragos de acumulagio de 2 a 3 m acima do

rel do’ mar, alguns trechos da ema, as margens do

Sio Francisco, os campos sergipanos que chegam quase até a praia € 0
Sul da Bahia

Na faixa Iitoränen, por sobre os terragos de acumulacio acima
mencionados, © coqueiro domina im; Na verdade, apesar
de ser, como a canadeagícar, um vegetal exótico, aqui introduido
pelo colonizador portugué logo se estendeu pelo litoral,

Dino du pola leen ara toda Son pence 1 paca o inter

a do terrago arenoso, ora se alargando por quilómetros,

Tera e ol 10 Nordeste. Bb

como ocorte As vezes em Pernambuco € fregüentemente em Sergipe
ora se do a ponto de desaparecer, como ocorre na Paraíba, 20
Sul de Jodo Pessoa, e em Alagoas, em certo trecho situado entre Santo
ténio e Maragoji._ Algumas vezes esse terrago € seccionado na foz de
algum rio, como o Parafba do Norte, o Goiana, o Serinhsém, o For
Na praia o coqueiral domina in % endo visto
a grande distáncia cobrindo com a sua som
cadores, os apetrechos e redes de pescar quando expostos 20. vento,
as “calgaras”, onde os veranistas descansam e os pescadores concertam
as suas redes, como a própria vepetagäo rasteira que af se desenvolve
As pequenas povongöcs € cidades litoráneas como Muriu, no Rio
Grande do Norte, Pitimbu, na Paraíba, Sio José da Coros Gr
€ Jaguaribe, em Pernambuco, Maragoji e Barra de Santo António, em
Alagoas, Porto das Cabras e Atalaia Velha, em Sergipe, e Barra do Jr
Tri ou Conde, na Bahia, desenvolveram-se no meio do coqueiral de tal
forma que as casas e pala n em verdadeita promiscui-
dade, Fora do terraço a lt jeiro em menor escala nos
tabuleiros entre uma ou outra plantagio, devido à sua importincia,
como a do engenho Ubu, em Goiana.
sande a área cultivada com coqueiros e cons
io de cacoda-baia nos Estados nordestinos, dest
candovse entre estes por sua produsio a Bahia, Alagoas e Sergipe, como
os trés malores produtores nacionais, como vemos na tabla seguinte
referente ao ano de 1970. (1

Taseta N° 5

Maranhäo

Ceará 38 64

Rio Grande do Norte 41

Paraíba 42
63.3:
103
92.6

182.665

UD Amuério Euaitco do Brad, 191.

(Montel Corrie de Andrade

A cultura do coco-da-bafa, por nio exigir grandes cuidados, pro.
durir continuamente por dezenas de anos e nño necessitar de dispen-
diosa industrializagio, tanto € feita por grandes, como pot pequenos
proprietários, embora o inicio da sun producio s6 se dé vérios anos
lo — 5 a 6 anos se feito na
Jeiros — O cogueiro ando, porém, introduz

mos 30 anos, náo tem se expandido muito comercialmente, apesar de
ate colhido devido
À sun pouca y fruto deteriorarse
ais rapidam lo coqueiro comum, tornando precária a venda
Como planta de “fundo de quintal” para uso doméstico, sobretudo
para fornecer “Água de coco verde”, tem tido grande aceitacäo. Muitas
vezes, o coqueiro € cultivado em pequenas propriedades de 20 a 30
metros de frente, de testada para o mar, estendendo-se por centenas
vezes forma verdade Köndios
A usina Cent por
exemplo, estendendo suas terras até a praia, possui um departamento
destinado a supervisionar e tratar do coqueital de sua propriedade,

que correspon: 100.000 pés. Pouca € a mâo-de-obra emp
ada no coqueiral, de vez que se faz uma capina anual, guase sempre
realizada por trabalhadores que residem nas cidades e vilas do litoral
sendo o pagamento feito à didria ou por tarefa. A tarefa corresponde
a 25 bragas — uma braga equivale a 2,20 metros — em quadro, le
vando um homem de dois días meio a trés para executéla, Quando
a proprictário dispöe de recursos suficientes, realiza acubacño com a
torta de mamona e sais minerais, sobretudo o nitrogénio, potéssio €
cileio. Com a adubisio, a produsño do coqueiro € maior, atingindo,

dia, de 40 a 60 frutos anualmente. A maioria dos peque
ários nao aduba os coqueirais e tem, por isto, uma producio

bem menor que a dos grandes proprictários

O principal trabalhador do coqueiral coco” que,
munido de uma “peia de corda” e de uma foice, sobe na palmeira,
tira o fruto maduro e corta as folhas secas. Percebe um salário por
cada palmeira em que sobe, desfrutando, em média, $0 coqueiros por
dia. O coqueiro dí quatro ou cinco safras anuais, uma em cada dois
A populagdo praicira sua sombra e adquite aos proprio
vários as palhas para cobrir suas casas, rolos do tronco para facilitar
a ida das jangadas para o mar e a salda dessas do mar para a terra;
alimenta-se com o fruto, mas quase nunca possul coqueiros ou trabalha
o coqueiral. Esta miltilp
mente o pastor cvangélico Daniel P. K quando no século
assado visitou a Tha de Itamaracs, as suas múltiplas apli

A Tera €. 0 Homen no Nordeste 133

cagóes, afirmou o visitante nort "0 coco é de fato © prin:
cipal vegetal da regido. e, conquanto aii aheçam na ilha todas
as suas aplicagdes, ainda assim ele Jona à populagio alimento,

Ja, combustivel, teto e comércio. Além da venda do coco natura
ya polpa € convertida e a casca em vasilhames ¢ as fibras em
5, O val bebida € reconhecido por todos. A
fornece naterial necessärio para a construgio de
uma casa completa. Pode também ser trabalhada em forma de cestos,
cercas, e qua de ser usada para escrever, a0 passo que
cinza contém potassa. À ponta da haste constitui excelente iguaria”. (2)
Com o coco sio feitos famosos pratos regionais como o feijio de coc
o doce o, 0 peixe de coco e a cocada. E comido também com
do pela populasio praicira, substituindo a mantciga
A industrializacio do coco-dabafı € fcita de forma sumária
armamse no meio do coqueiral galpôes de palha de coqueiro onde os
frutos sio descascados e empilhados à espera de transporte para os
portes, para as fäbricas de beneficiamento e os centros consumidores
'egionsis em barcagas e caminhôes, No descascamento os trabalhadores
ganham por milheito de coco descascado, podendo os mais dis
descascar até 1.300 cocos por din. Uma bon méd: ih
por dia, Como só os frutos grandes e médios bon colo
aci no mercado consumidor, cxistem fábricas, sobretudo em Sergipe
e Algous, que indusralizam os frutos pequenos, produzindo óleo €
farinha de coco; este óleo pode ser de dois tipos: com e sem aúcar.
Embora o coqueiro seja uma planta de grande valor económico,
a ponto de se calcular o valor das propriedades na praia náo pela
extensio, mas pelo número de palmeirss frutificando que possuem, náo
nanentemente, uma grande quantidade de trabalhadores. O praiciro
dedica:se quase sempre à pesca, embora por processos ainda bastante
Fotineitos, com jangadas, em viveiros ou em currais. (9). Ele € cons
derado em toda a regiño como preguigoso, como homem que gosta de
xo trabalho, o que € em parte um exagero, uma vez que € multo
a afana do pescador, Na verdade, s o regime de trabalho ndo tem
»po € porque, na praia, a a € encontrada nos

z, Daniel PR le no Bra
3) Lacerda de Melo, Mi
les 233 € segs

grande quantidade, os casanguejos, crustáccos que dio excelentes pratos
jaqueiras — corre em. Itamaricl, bananeiras, como 28 18:00
Vale do Ceará. aruta — tubéculo cuja far sta à
br 5 € mingaus — no Cabo de Santo Agos
prietério, com a ajuda de familia e de um ou dois empregados, encar

baixo Sio Francisco, a jusante de Propri a principal cultura,

ra o consumo local ¢ a cebola q

na Amazónia, € o seu regime, e näo o da 4, -

A ches garante uma adubacio natural da drea inundada, de ver
adas “lagos de aros”, As ren situadae a
or sto melhores produtoras de argo. À produtividade ds tertas
ribeirinhas do Sao Francisco ;

olhcita € diversa, conforme se estejn
nas pros ‚abugu — ou a montante de Penedo,
devido a0 oval ser irrigado naturalmente, devido à
maior influencia da mare dinámica, assim como a colheita ter de ser
jada antes de agosto, més em que o debito do Sio Francisco já sc
Auzido, fazendo, consegientemente, a água salgada dk

cano penctrar muito no ri
A cultura do arroz era feita na regiño desde o século passed
usandose uma vatiedade de pouca penetracio no mercado consumidor

turbano, chamada localmente de macambira ou chatinho, de gräo ve

melho € curto; propagava se facil x muito rústico. Iniciando.

suas atividades, resolveu a Comissio do Vale do Sio Francisco, hoje

SUVALE, após 1955, revolucionar a rizicultura regional, introduzindo

à variedade de arroz chamada cana roxa ou arroz do Texas,

que € hoje a dominante, Também cultivam uma outra linhagem oriunda.
gous, Minas Gerais

o dí asistencia aos proprictáros € ag
iio das culturas, no combate As pragas, sobre

, vendendo inseticidas, máquinas agrícolas e wilhadeiras

presos, módicos, e facilitando o paga:

o a prazo com juros banc am n plano de mecan
zagño, cobrando so agricultor uma taxa horária pelo uso do trator.

O proprietärio tem quase sempre multas terras, mas ndo as cultiva
disetamente. Isto seria para ele grande transtorno, uma vez que náo
teria servigo durante todo o ano para os seus moradores, como ocorre
ma árca canavieita. Os trabalbos +30. iniciados quando baixa 0 nivel
do rio com a limpa dos campos onde o arroz será cultivado, limps

feia por assalaiados pagos pelo proprictitio, Estes salários variam
com a quantidade de bragos disponíveis e com o tipo de mato a limpar.

Finda a limpa, esses asslariados sio dispensados, passando a obter
sustent pesca, caca, rogas — que esporadi-
camente se apresentam. Há, assim, subemprego a
E entio plantado em canteiros, na regiño de Piagabugu, em
margo, conforme a distáncia da fox, a fim de ser entregue a0s
meciros na época do transplante, em abril e maio. A colheita iniciase
tem julho, estendendose até outubro, quando, devido à diminuicio do
débito do rio, a mare oceánica, salgeda, sobe o mesmo mé acima de
tre Penedo e Proprid a semeadura se procede em malo
ai sendo feito à proporgio que as águas do rio vio
a se estende de setembro a dezembro.

€ feita pelo proprietário, que paga a trabalh
as atividades amunis receb

xn as cidades em que
le suas familias, € se estabelecem em choupanas
a toma conta de

varefo compreende
ase um tergo de
quese

drcas mais amplas,
© 9 proprietärio n

as mudas do proprictário, quando entio deb
residem, acompanhados
nas proximidades do arrozal

número de candidatos €

Marituba abrirem
as em quadros de 30 por

renagem de certos
goas do arroz” sio divid
60 brasas e com declive da ordem de 30 a 40 centímetros
a colheita se estende, a montante de Penedo, até outubro e

sm a penetragio das

So instaladas portas d'água que náo só impec

à salda das mesmas, a fim de que
minha para o centro da lago

Como os meciros necessitam adqu
salários, € praxe os proprietdrios financiarem os
10 més a rescber na colheita
rozal desde o transplante

¡Cale a0 mesiro cuidar
a colheita, por um espago, em m

le possa ir ser descascado nas usina
pode ser feita manualmente, a pau, 0 que estraga
a chamada trilhadeir

racas à Comissio.

où através da méqu

Para usar a trilhadoira tem o meeiro di
do (o alqueire alagoano equivale

pagar ao propriet
auc por ca aaueire beein :

pagando ainda ao cevador que trabalha

à tilhadeira o mı

ido do proprietário e por ele pago, e de 8 a 10 ajudantes que

ma tilhadeira des

Ja Comisszo do Val

108 com juros de

para 06. proprieráios
neficiamento € o arroz dividido, ficando
a vender à sua parte jetário por prego
equivalente a do
‘9 meciro pode v

À reclamagio é grande, mas os proprietérios alegam que seus lucros sio

pequenos, U 1 alguns proprietitios em Penedo dando
terras a agricultores de arroz, cobrando apenas 25% da producio, ao
E uma medida que, SCguida por outros propriciáios, sobretudo quan-
do as seras de av form ampliadas € diminlt oferta de baços
poderá revolucionar O regime de trabalho na regi

O arroz vendido aos proprietitios de usinas de beneficiamento
tabelecidos mas cidades _ Penedo e Proprió ‚sobretudo — é seen
descascado, e remétido aos mercados consumidores em caminhôes,
{quando localizados no Nordeste, e por via marítima quando destinados

so Rio de Janeiro e 2 Santos, Uma firma penedense — Peixoto, C
seul dois vapores empregados neste tran A

colhido na área de Piagabugu € feita em estufas, devi
ainda fregücntes em julho, agosto € SCtembro, mas o arroz
celhido no estio era AUÉ 1962 secado no leito das ruas das cidades mais
mportantes, como @COtte em Penedo, na parte da cidade vizinha 10
porto. Os mecires de arroz nio se limitan à atividade rizicultora, que
os emprega apenas durante a cinco meses Por ano; alogam tam
im, na zona de Tgstia Nova, terras onde cultivam roca, fejf0 e milho,
jo. De qualquer forma, tém baixo

da Babia € praicamente uma área nova

{al afirmo ape s primeiras vilas do oral

So Jorge dos LIbé0* € Porto Seguro — forum fundados no séeulo
> porpetaram © Sas capitan

À parte dos Los do séeulo KYLIE as 20 Oeste de

Llbéus onde comeso a ser cultivado, com sucrsso, 0 caca, ult

ado externo, de ve” que mais de 90 producio E destinada

xportagfo. Sua cultura e a riqueza canalizada por cla para a re
provocaram migragdes de lores de outras regis da Bahia € de
Sergipe, criando al um sistema agrícola e uma sociedade diferentes di
uaisquer outros do Brasil. O cacaucio, necessitando de sombra para
se desenvolver, ndo acarrerou destruigio da loresta

ente, fez com que houvesse grande necessidade de

período da colheita, Po pequeno o mémero di

inos nas fazendas, zesidindo ot mesmos nas eidades €

servigos aos proptictários quando convocados, como a
ntre-afra o trabalhador deixa-se ficar nos centros urbanos

© Teabuna, sobretudo — vivendo de servigos ocasionais, ou migra
para outras regiôes. Nas fazendas o cacau imperialisticamente ocupa
soda a área agricultá

cercados nas sedes de fazendas, e inexistem culturas de subsisténcia, A
farinha,o milho, o feto, as rutas eos legumes consumidos na área sio
mportados de outras regides e vendidos, conseglentemente, a presos

Modernamente, nas dreas arenosas situadas na prosimidade da
costa e refugadas, devido as condigBes pedológicas, pelo cacao, vém

do ocupadas por culturas que se desenvolvem na re fungio
o crescimento industrial do país, como 0 dendé e a seringueira. Sto
Culturas fetes por grandes empresas com elevado emprego de capital €

¿e técnica moderna e que utilizam miodeobra assalaiada. A pecuária

e a exploracio florestal sio também duas atividades de grande impor
fáncia económica no Sul da Bahia

A recente abertura da BR-101, que diminvird a distáncia entre
Salvador e o Rio de Janeiro, estimulará o desenvolvimento do turismo,
sobretudo se levarın am Porto Seguro

idade histórica Iignda a fe Théus, popu:
jurizada em todo o país pelos famosos rom

w

PROPRIEDADE, POLICULTURA E MAO-DE-OBRA
NO AGRESTE

as áreas mais secas e distantes, fazendas e currais onde soltavam o
gado visando abastecer os seus engenhos (Foto n* 10)
© Agreste, localizado quase inteiramente sobre a Borborema, ape
1 sar de próximo à área apucareira e de dispor de condigóes climáticas e
astagens favoriveis ao desenvolvimento da pecuária, foi tardiam:
ARIA E O POVOAMENTO povoado. Na realidade, só a sua porcio baixa, situada ao sopé da serra
DO AGRESTE fe que se estende rafa do Norte e do Maman
guape, foi ocupada por criadores antes de guerra holandesa. Essa
do foi desde os primeiros tempos uma atividad cupacio, que se estendia até as proximidades da scıra do Cupaoba
onde Duarte Gomes da Silveira possuía curras (1) esparsos em Área
muito ampla, resultara do devassamento do médio Mamanguape pelos
feanceses que com apoio dos potiguares dominaram a regiño por várias
décadas do sóculo XVI, desenvolvendo intenso comércio de pau-brasi,
produto típico des matas secas. (2)

onómica subsididtia da cans-doagúcar, Os engenhos cram quase sem
e movidos a tragio animal e tanto o transporte da cana, dos partido
para a ffbrica, como o transporte do acúcar, das fábricas para os portos

de embarque, estavam sempre a exigir grande número ls e de
valos, Nas entresafras eram esses animais colocados em áreas de
praias ou, se distantes do mar, em srechos pa andes props A parte alta, as superficies aplainadas sobre a Borborema, náo
les, a fim de passarem o “inverno” sem molestar as plantagdes, ni haviam sido explocadas, mtornadse ao Sul por criadores
criar transtornos as atividades agrícolas, Näo dispondo de arame far de gado quando subiam o Sio Francisco, no Norte quando aleangavam
pado para fazer cercados, costumavam os senhores-de-engenho destina e 2 Vales do Agu e do Apodi e so Oeste quando os criadores
à criagäo propriamente dita, áreas distanciadas x baianos transpuseram o Rio Sáo Francisco © subiram os seus afluentes
como de Olinda e do que exam o gr da margem esquerda — o Moxoté e o Pajeú —. O Ipanema seria a
iro, Por isso, por ocasiäo da invasio holandesa, jé a agricultura ca via de penetragäo para o Agreste, como assegura Hilton Sert. (2) 56
navieira se concentrava em alguns vales como o Paraíba do Norte, 0 após a guerra h m, & que esta regido seria conquistada e
Capibaribe, o Jaboatáo, o Ipojuca € o Serinhaém, enguanto a pecuária economicamente integrada no Nordeste
extension ocupara os amplos tabuliros alzosnos sobrerado nas fest O devassamento do Agreste deve terse iniciado durante a ocupa:
Mn ile ts to holandesa, quando companhias de emboscada e predadores ligados
pelos Mamanguape, do C xl ande do to governo portugués da Bahia procuravam, usando os mais d
is caminhos, destruir os canavials da deca submetida ao dominio batayo.
Este conhecimento se tormaria mais sistemático após a expulsio dos

Nos primeiros tempos a criagño foi uma atividade a que
holandeses, quando os pernambucanos tiveram de destruir o Quilombo

omo no dispunham de capita adquiri © Quilombo dos Palmares, com uma série de redutos sidites,
dades da costa on dos is navgbsch, uns vez que os enon stendiam desde Aral, em Alagoas, até Garanbuns, em Perna

sores, fizeram com notes keine able 5 {D Hermann, Hl, Deieriäe Gera de Capiro de Pareibe (1639)
Rio So Francisco me cm “Revista de Mate Arqueológico, Hltrico € Geográfico Pernanbacao’
3° 51, pls. 29 e 26,
(G) Andedo, Manvel Coria de, Os Rios de Agicer do Nordete Orienta
1 “0 Re Hamergaope, pi: 2,
(©) Seve, Tüten, Perguin Arpctor de ua Googafis Urbena e de

holandesa e o medo de perder se nals, re
Ricos senhore como Joie Fernandes Vieira, André
Vidal de Negreiros e Duarte Gomes da Silveira, costumavam funda

A Terra e 0 Homem no Nordeste 14

assim, grandes porgúes da Mata e do Agreste. A

hargem a que i s surgissem em
lo dominio do go

hes tomavam a terra € avizavam, a

© que cham guerra justa”, no

o desbravamento le parte do Sertio, como

om que os remanescentes das

veis aos brancos e menos cobigados.

Assim, após estes dois eventos, a lg 4 Negro e

das tribos indígenas, passaram os governador
do Paraíba do Norte, do Capibar do Una. Af
se constiíram, nos primeires tempos, grandes fazendas, uma vez que

ie us
wvam, assim, estabelecimentos o

ren se

MALE de ohn ods corte

tee

146. Mentel Cor

ausitos, cada um com 4 ua especialidad, donde a exsténcia do cam
peiro, do errado, do benzeder e do amasar, (1)
es de outre, recblam o “sina” au a “fera”. O sal ca feito geral
que era leo de mancia diferente por cada proptindto.. O gado
bovino era marcado com um feiro em brasa cam as iniais de seu
Gate fests local Ant) toe de
aoe a scan posos mi
ir gordo, os “bois do ano", unie où vagues

de ysis sesmaias para apartar 0 gado, separando os animals de pro

de. "juntas où “opartegdes",tornavamse vel
pois rcuniam vaqueros das mais diversas procedénca.

: al ale ais Fogle so lie. de vaquero,

mu coatings sem sr prendo. Er 0 animal bravo se

a aus un
mas moe em st pete Par à a Capa conocemos
y animal bravio. O que o derrubava, além de grande fama, rec hia
como prémi, ou o animal vencido, où uma imporidacia em din
‘nda hoj, no Será fzem feta deste tipo, precedidas por impresos
em que se a data, o local, os carciriios de animal € ©
lar do premio. A. prop da; (0) festa popular em tole =

e, ceremente nas agas partages
ds fazenda, pois em cade or que masi, um Ihe perenca
+ os outros tés eram do propriehio. Ao uparur, podía 0 vaquero
devido A devada prodosio, > vaquero tennineva tanbem fuendeio

4), Decumentcio Hisdrice Pernambucan, vol, 1, págs: 4, 91, 93, II
ol Notas sabre « Paraiba, las, 31 € 32
(5) Jolly, Tine, Notes sabre a Pera
(6) Cimara Caseudo, Lats, Tradider Populares
ir. D à 25

A Terra € 0 Homem no Nordeste

Fr, chamados ora de “elugados" ora de “fábricas”, (%) que faiam
Soros aniliares tescbendo pequena remuneragio em espécic, além
de casa € comida, Agueles que as boladas para a bros
mida, fazendo viagens de muita am chamados de range

te de Sordo tnba uma alimentaio própea. Em um alfoje
de euro, o “mocó", lerava a pacoca (came seca pissda no pilio

a limpida. (9)

5 as näo ofereciam mais séria resisténcia, e ai ariam rosados

Ham ments Dies, sobredo @ milo, o (ie € à
‘ont també cia o Los seos os ros ap
mado à wide Tores peo engl d'équa aluvial; xa avidade

Seele chamada, ainda hoje de “lavoura de vazante”, de vez que

jo lo do rio A proporgdo que baba o nivel das Agus

Gernimente os agricultores ndo se favam nos brejos; abriam cl
oigo nos días de mus intenso trabalho € de local para guardas

ss, Gralene emp os su cobras flor de pi

tp ft suponia sins om 1932 por Miso Lada de Melo (9)
a sra Ney, o Serio pemambucano, e por da em 1961, no baie
Sto Francisco, em Als

As aan ds slo de fezenda cram de grande pobreza x
compas com simulado cgebos da Rio Mes

a emo ample de onde se tear todas as vores € 0

Cámara Caso
9) Joti, Ten, Notar sobre e Peru, pi:
10) “Lacerda de Mei, Mácio. A Serre Negra

Nos meados do século XVII, quando a populagío agrestina

mäo-de-cbra af existente, os Indios refugiados nos bi

à coleta dos produtos florestais e à agricultura; foi
centrarse grupos humanos que se

quenas vilas. Ag a ing
as vezes foreiros, agricultores e rend abs

abriram condigöes, passaram a fornecélos Mata e 20 $

sim. n a metade do século XVIII, existiam na regiño
agrestina seis freguesias com uma populagdo total de 14.095 hab. (11)

distribuida de acordo com a Tabela n° 6.

Tassia N° 6

Campina Gi
Cimbres
Bom Jardim
Limos
Bezerros

Garanhuns

480
140
668

Observase, assim, já em 1774, uma tendéncia

traçio populacional nas áreas Umidas de brejo, onde se lo
c

nbres, Bom Jardim e Garanhuns, dedicando-se ess

margem dos caminhos de penciracio: Campina Gi
‘do gado, era como a porta de penetracio po

ara o Caririz Limocito e Bezerros, localizados

do Capibaribe © do Ipojuca, cram “pousos”
y que do Recife demandavam 6 Agreste ou o Se

es, procuravam o Recife

UN) die Geral de Capiunis de Pernanbne
Anis da Bibliotecs Nacional do Rio de Jan

populagio agrestina era em geral pobre, limitandose a cultivar
produto cuja cultura se expandia desde os meados do
nas q inicio do século XIX realizaia uma revo:
tio — o milho, o feijo, a mandioca e a
cana deacócar, para fazer mel € rapadura. As lavouras davam, assim,
Iucros reduzidos,
O gado destinado so abastecimento do mercado inte
grandes” despesas, nem também grandes hucros. À popu
Campina Grande —, ora apascentando o gado dos senhores-de-engenho
da Regiäo da Mata, que ia passar o "inver Agreste — Bom
Jardim —, ora se alugando como tangedora do gado que ia para 0
Recife ou para Salvador — Garanhuns, Cimbres ¢ Bezersos, Int
sante € que a influencia dessas duns cidades era muito grande na regio,
uma vez que y o de Garanhuns e de Cimbres para o Recife. 0
mesmo tempo em que ia de Bezcrros, localizada muito mais próxim
desta cidade, para Salvador, A da Capital be

a chegava,

O SURTO ALGODOEIRO NO AGRES
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO,
ASSALARTADO

operou, apds os meados do século XVIII, uma ver

agritia no Agreste. Cultura autéctone que tivera

> século XVII © tornarse uma das prinipais culturas agrícolas do
Nordeste até os nostos dis am para 0 se

haces amigas por D. Joo VI em 1808; © os eventos palit
intctnacionais como a Guerra de Secessio, eliminando do mercado
punham de técnicas mais aperfeigoadas < de produto de melhor aval
dade que o Nordeste brasileiro

150. Manuel Correa de Andrade

té 1940, o algodäo foi um dos principais produtos nordestinos € o feita no periodo mais seco do ano, podiam a algodociro ©

nico vou a canarde-açécar com algum éxito, na disputa as eb da malo vi de sl o posto penas
ren sae mo campo. Esta vantagem vita animar os 8 oprictárics da

de Pereira da Costa, (2) o Governo criou uma Inspecgto do Algodio, sem abandonar, ao contrário, melhorando ainda mais a sun atividad

Same ea chicago d argo detinade A exportar. As cuirs

lominava o parque acucarciro, tanto com « baixa produtividade ag Fr

da cana "erloula”, como da balxa produtividade industrial dos engenhos

à trio animal, © economista Celso Furtado (+) € de opinido que esta

regido, sempre criadores de gado, uma vez que aumentariam seus Iucros

Ainda hoje podemos observar como, no Agreste
mais ligada

Iaifóndio, p les proprierá rincipalmente

pecuaristas bsidiariamente, . regra 36 € q

© desenvolvimento da cultura do algod
fase possibilitou a liberaçäo da mäo-de-obra que a indústria açucareira Cámara, pongousse'acseteds dls se cares de died: daseavolvencad
tio podia absorver, € permita a expulsio de excedente populcional mas alada após a abertura dos portos quando o Recife, ligado di
ural Agrestee otras cas précis à Mata. seme ao comércio inglés e depois 20 francs, leve os pregot dos pro-
a canz-dvapicar, Nib 39 os grandes propsictácios, utilizando md lese Tai

y natureza uma cultura mais democrática que 3

irgente que a da cana, colocou o beneficiamento do algodäo na mao climáticas, con (© de Deus, Cimbr
ia fom a canadengiear. Ainda hoje as edndes | Ba de No

Ds Got . m, do Tracunhaém, do Siriji, do
i hate ea ee eae ir decile res da

Ccupava, permitindo a0 pequeno agricultor produzir em uma mesma algodio teve ainda grande importáncia no nosso século; mio fosse a
Be hun hc dt preparecio. da terra e de limpeza das cul GER 1629-90, 4 pita delegar scan e a er hor aso
dao alimento eg produto comercial. Alem dito, ap «colt, Packie ales fips ts feo aldo D pue on

(4) Pereira de A ho em Pernanbaca, Viste Hist
She 495, is

152. Manuel Conce
À Tera € 0 Homem no Nordeste 151

Didi Ue Male seo sridas do AE € de Sata centemente, com certeza com dinheito do algodáo, um sobrado para

Os cronistas que nos visitaram nos primeiros anos do século XIX, sua residéncia € senzalas com "um orto" para alojar seus
Tollenare e Koster, sobretudo, afirmavam que os grandes proprietários
de terras, após a abertura dos portos, euféricos com os altos pregos de
algodio, ‘organizavam verdadeiras ms deste produto, C

vavamıno aristocraticamente, como faziam com a cana-deagícar. Assim,
para o arguto comerciante francés que aqui esteve em 1816 € 1817,
a cultura algodocira era feita nas terras afastadas de 10 a 15 léguas
da Capital, havendo proprictários que empregavam de 100 a 150
negros. No Ceará havia até proprictórios que dispunham para a sua

No Brejo da Paraíba, a fase inicial das culturas de subsisténc
mandioca, cereais e cana em pequena escala para ser mot
engenhos de mocada de pau, verticals e movidos a boi — havia sido
substiulda pela algodocira, já em 1815, a ponto de hover, na primein
metade do século XIX, 16 na vila de Arcia, quatro bolandeitas, além
das localizadas em outros povoados € sitios. Al, o algodio, apesar de
ter contra ele “os inconvenientes das chuvas excessivas, da friagem
também das pragas” que prejudicavar as saftas pendentes, foi mais

cultura, de 300 negros. Pouces cram as despesas com a manutengio i
dos escravos, uma vez que nio davam carne aos mesmos, alimentando-os
com farinha e angu de milho, obrigando.os a cultivar a mandioca € 0
milho, este em associagio com a malvicea. E possivel que houvesse
a época muita caca no Agreste € que o préprio escravo tratasse, nas
scasiges de menos trabalho, de com limentacio. Admi
tindo que cada negro produzisse 20 arrobas de algodáo por ano e que
petior ao que daria no trabalho dos engenhos, iso

o que deveria ser maior na área

a, onde se teria que exigir do negro um trabalho mais ärduo,

>. (9) O que encarecia o produto era o transporte para ¢

porto do Recife através de péssima so de animals

compensdor de que a cama até menos do sul. (1) $
se ínicion o terceiro ciclo económico do Brejo paraibano — o da
de agécar — sucedendo ao algodé ma forma que este sucedera
Na ceatinga agrestina paraibama também o algodío se ala
1 forma que as propriedades rurais af localizadas “chegaram a rive
lizar com os engenhos de agúcar «e pelo número
que chegaram 2 possuir, € pelas construçües, como pelas y
Tucros que dava o cxerciio da in
Mas näo foram só os grandes proprietitios que s
cultura do algodäo; os poucos peguenos proprictários e moradores pus
sıram logo a semeslo nos pedagos de terra de que dispunham, asso
ciando-o 20 milho e ao feijdo, a fim de colher de um mesmo roçado o
produto de subsisténcia e o de venda. Para estes, a produgio era pe
quena, mas as despesas também eram mínimas, pols Investiam apenas

mesmo a pequena producto feltos nas proximidades do
vo a que esta cultura fosse emputrada pata o interio

ses, distantes virias léguas do po m m in
A il oak AE tim pouco de trabalho. Näo #6 a possbilidade de podes faze culta
de muitas leguas de terras, deixaram-se em a cultura dessa o

malvácea; Kester em sua viagem ao Norte observou que, em face da

ssociada, como o fato de ser a mesma
rio ter o agricultor necessidade de industrializar o produto, fazia com
o algodio, mais democrático que a cana, se toraasse cultura de rie
Também compreenderam os proprietdrios que a “
do algodao e a palha do milho poderiam ser rıgio suplementar para 0

incerteza da produ cira ante as ica hn

do prego de u
m Jardim, p

ado nos meses mais secos — janeiro e feverciro —. Passaram,

a ceder “pela palha”, terra aos moradores p d
y e dos povoados próximos, Em margo, primeiras chuvas, 0

proprictário entregava a terra ao agricultor, que semcava o milbo, ©

feijao, a fava e, em maio, o algodäo. Durante o an

Ihendo para si o produto do seu roçado, devendo con

dezembro e devolver a terra 0 p io a fim de que 0 gs

Pindoba, cujo dono era rico € possula muitos escravo
hóspedes com luxo e iguarias. (+) Também um outro con re

(5) Tollenare, LF, Notes D > Para ai transportado, se alimentasse com o resto!
oster, Henry. Viagent 40 Nordeste do Brasil, pigs. 103 a 107

ae, Hey, Viatens ao Nordeste do Brat, paps 268 à 2 (8) Aime, Honio de, Bro de Ares, pág. 147 e

(3) Jolly, Irinen, Notes sobre a Parada, págs. 115 € M6,

154 Manuel Corria de Andrade

período anterior ds primeiras chuvas. Nenbuma renda era co

que havia muitas teras € poucos agricultores, € dies
terra cra dada “pela palha”. Este sistema vigorou até 0 in
século e ainda hoje, nas zonas mais distantes e nas terras
utiva, &, ds vezes, encontrado em vigor,

O trabalho cscravo náo era, porém, o mal paro a cultura
algodocira, O algodäo, sendo uma lavoura de € tivo curto,
ava trabalho 10 negro apenas de malo a dezembro e sun colheita
vgamente feita por mul inka, como a cana, de ser cu
ado todo o amo. Por isto foram o ietétios compres
durante oito ou nove meses, Também os pregos dos escravos passara
elevar muito a parti pois da extingio do tráfico, ©
wos de seca, manté-los cra um problema. Dal item os faze
civos do Agreste gradativamente substituindo o trabalho excravo pelo
livre, chegando mesmo a pagar « poca, quando
6 algodio subia e queriam amplis la no Sen
carense, chegaram a pagar, em 1863, 19280 reis por um día de ti
balho, (1%) enquanto em Pernambuco, em 1873, os salrios oscilavam
e 15000 e $800. (11) Nesse ano, segundo depoimento de test
os nossos problemas rural, (22) o trabalho
cravo desaparecera completamente das nossas culturas de algodio €
legumes, onde dominava a pequena exploracio, continuando, porém, a
compreender perto de 30% dos trabalh canaviais
Na segunda metade de século XIX, quase um século após o surto
algodociro, novo produto viria transformar as paisagens agrestinas
devastar ireas de mata nos brejos e ampliar a contribuicio
a à economia regional — o café —. Ele se desenvolveria
tanto nas dress de brejo, nas enc as e nos planallos de altitudes
saperiores a 300 metros, co cbordos da Borborema, na área
em que o Agreste € a mata se encontram e confundem. Introduzido
mo Nordeste nos últimos anos do século XVIII (19) e inicio
XIX, (04) 0 café foi por algumas dezenas de anos planta de qui
cultivado apenas para uso doméstico. Nos meados do século X
porém, aproveltando o baixo rendimento dado pela c
'deagícar, fol o café introduzido nas áreas de altitude

Millet, Henrique Augusto, Or QuebraKilor e 2 crie de Eatoura
Millet, Henrique Augusto, Allis à Laune e Crédito Rel, pip. 33
Mari, Colo, Cidade € Homent, pig 934

outer, Fenty, Visgns ao Nerdee, ét. 46.

A Tomo e 0 Homem mo Nordeste 135

nas e tradi
kejo paralbano sua
pida © brilhante; introdurido na área de Bananciras
840, se produto rei desde as últimas
écadas do século pussado até 1925, quando foi liquidado pela pra
Toedens parabibensis, Banancles vives neise período. grandes
mouse al uma aristocracia do café, com corondis, comendador
tario — o de Araruana —. À pequena cidade teve igreja grande
adéncia chegar, tario ma praga que os conhecimentos 16
‘da época näo souberam combater. (19) No seu período áureo 0
Brejo paraibano, aproveitando-se de des
ana “caiana” pela praga da gomose, que atingiu o seu climax
© café teria, assim, o seu auge de desenvolvimento na última
«década do século passado € nas duas primeiras deste século, A des
iruigäo dos cafezas, de 1921 a 1925, provocaria uma volta à cana
deagícar, om Areia e municipios vizinhos, com a criagio de engenhos
padureiros a vapor € a posterior instalasdo de usinas — Santa Maria
em 1931 e a S. Francisco em 1948 (19) — e 0 desenvolvimento das
culturas de famo, em Bananciras, © da agave, sobretudo em Areia,(#
vase, asim, que no maior brejo agrestino houve uma suces
clos económicos em poucos séculos de utilizacio da terra.
clos determinados pelo aparccimento de culturas que subsitufam
Outras geralmente devastadas por pr se porém, que a
dear, o café €, modernamente, a aga lavouras feitas
no estilo de grandes culturas que imperialis € afıstavam para
as áreas de solos pobres os outros produtos. Foram lavouras que car
euros, deixando em situagio de miséria a maioria da populagio.

dio näo tinha, af, grande importincia como nas dicas

penas 3,630
escravos, isto 6 1496 dos cativos da Paraíba, e mas os trae
bulhadores rurais levavam e levar, até os nossos dias, vida de eseravo,
Horiclo de Almeida, o asguto escritor arciense, falando sobre os mora
dores dos engenhos € fazendas do Brejo paraibano, alirma que “Os

16) A in Be Os Ra
7) Almeida, Horkcio, Brejo de Ares, págs. 147465.
18) Almeida. José Anético de, A Poraiba € os seus problemas, pág. 208

iros de porcos. E nestıs esterquerst criavam a
Sp iraus de vara ou no chäo úmido, n
Coldade, Quando chovia, a égon corra
ende todos viviam No terreiro dos cascbres, meninos pan
"der anes ji pegavam no pesado para ajudar os pas.
Rocados nio tinham porque mourejavam no alugado os seis dias da
m porque © paro no thes dava te
bados. O saldo do salfro, que wo fim da semana re
pars à farina, a pinga €, ds vezes, um luso de fava para 0 consumo
peitadores, sevisais. Comendo pirio d'gua com
à Os que tinham uma cabra de lite para susteno d
consideravamse ricos. Meninos de cinco anos cachimbavam
dos país para prevenir contra possivel dor de dente, © pito
Soltamento de social em que viviam’ (19)
Em Pernambuco e Alagoas o desenvolvimento da cafeicltura tam
grande impulso na Regilo de Mat, nos municipios localizados 20 s
ide € exporcio lo a sera de Taquartinga, a6

Ipojuca com o Una, e no Planalto d huns, estendendo-se em
Alagoas pelos municipios bordo meridional da Borbo
Palmeira dos Indios, Quebrán Vigoss. Na Bahia
pada Diamantina io, seras como a de

am de cafezais. As condigde

oráveis nestes brejos, uma vez que a

vivamente altas que apresentay
os solos profundos conservavam

fixaçäo de rafzes. O sombreamento, de uso generalizado em qu

a regio, mantinha um razodvel pH de solo e atenuava a er

Encontrando condigdes favordvels e mäodeobra assalariada barata,

Almeida, E

sion, Em 1936, para uma produgio nordestina de 26.200 tone
nambuco entrou com 20976 toneladas, o que corresponde a 79,6%
30 regional, seguido do Ceard com 2.852 toneladas (10,8%

do nordesina) e de Alagoas com apenas 1,845 toncldas, o
Ins

vidade. Os fazendeiros d a
m deiner se vom A pe

6.0 Exodo para as eidades. Em Ares de encosus em que 0 afeal

nbreado, com o desmatamento house à accloracio dos proce
152 ton. em Pernambuco < 10.082 ton. no
mi 1.183 ton, ficando os demas Estados da
producio inferior a 700 ton, Hoje o IBC ctl csm

café, uma vez cultivado, 36 comega à frutficar aoe ts a

rite. Este ainda podía, nas ccuides de difcudades, sugar sca
egidis este servigo leve, permitindo que os

Ihante a situngäo dos trabalhadores nos cafezais a dos asalariados
runs de outras áreas do Nor
do século XVII
XX; a agricultura
om a melhoria das condigdes técnicas, o aumento da densidade demo.
prálica e a construgio de boas estradas que Iigam a regido de capital
de Estado, assim como a maior divicio de propriedade, val cada ver
sis se diversficando, torn lo policultora « contribuindo,
de forma superior à Mata € a0 Sertäo, para o abastecimento das £
cidades nordestinas. A pecuária val perdendo cada vez maiores áreas
Pensadora, pois val passando dos padrdes culturais mais extensivos

¡zando na producto de leite e d

a consideravelmene in

S RELAGOES DE TRABALHO NO AGRESTE
EM NOSSOS DIAS

ee oa
en

A Terms ¢ 0 Home no Nord

do Agreste sto formados por proprcdades ou exploragBies cam extens
shade csclonreto combi, elorameno eig 9 €

determinado nio +6 pele > P

mes de menos de um hear. O uso da terra € o nivel de vida dos

de age, us tadicionsia layoures de subsisténc, Tem cle, geal

que Is garante uma senda cera, (1), Si0 os atesos, chamados m

dividida E em brejor como o da Serra de Ve

Belo Jardim, o de Serra Vermelha, em Carwru, e on de Be

Salz; odo ito, paré, £ ufliete pe
de dinheiro para adquldr adubos, dm cles uma produnßo minime

1). Berande, Nil, Obreseger sobre a pute
‘air da Auocio de Geögnlos Bras

en re a

picstatand:
os grandes e
ther a guarda e admin

que, a partir de setemb
«queno proprictário se preocupa com 0 aut
se de que dispóc
macazeira (aipim) € mand
ssociado ao fijo < à fava, e ciar algu
jos por uma vaca de lite 0
A vaca destin

o Alfredo, pe
para a

nas cidades Iitoriness, nas capitais dos
quente, também, cada familia criar
a venda,

À 1e lecomoverem e resorts os pro ,
à à cidade, tér quase sempre um cavalo “de cangalha”, um burro
um jumento, ou, ds vezes, u o sarro de bol puxado por dois

mais eficiente, uma educacio que os leve a melhor utilizar os recursos pi
que o meio Ihe oferece, tiverem a amplo ao crédito bancário € dade em. cercados, dos à hy
ota nos empréstimos de entresafra e do intermediärio na inde parte do ano sio divididos € re

o

sim, Banco do Nord do Bras a expansäo do Sila a

dito agricol
de 1960, pr om a organizacio das
o pequen sem esperar à sua vinda A agéncia do Banc
Sun agio foi freada pela incapacidade do mesmo de atender a u ve pastagens na Mata há
número de Dat experigncia de cana. Com m mars,
1963-4, com upoio aatinga, on edo", isto €, a período €
antes gragat ao florescimento da
nte era freqiente o senhor-de-engenho t

Hoje, como executor do programa “he sar de vezés “inverno”.. Hoje cass costume val
di ando os armazéns da CIBRAZEM para depo- Se cane a aumento’ constante da capot producto
ee

Coria de Andre
A ena e Lee ne Do 1

idoro e Bat

durant 4

© rato divo do pad

Justa do Trabalho.

CALENDARIO AGRICOLA DA ZONA DE PASTOREIO E CULTURA
DO ALGODAO E CEREAIS DO AGRESTE

CONVENGBES

PASTOREO ==-
FLANTIO E LINEA,
CRESCIMENTO.

comema

‘COWETA DE ALGODAO + 9

Os “corumbas” sio conhecidos na zona da Mata por ni

ES

hos da mata, que na sede d
este fim tamb

feahos de "fogo morto”. absorvidos

Bhosamente de “g

matos”, por gestarem de chop
aca propriedade canavlia |

castelos”, los a hospedi

“dador e Coronel da Guarda Nacional, que abrigou no passado, no pe

ode áureo do bang, m

¡queza e opulencia, está, hoje, suja €

Semiabandonada, transformada em “galpio”, onde se alojam durante

salta os “corrumbas”. Sua permandnch pa zona úmida € d

montar rogado

le do Agreste € as precárias condigées de vida

itos dos seus flbos tem abandonado a terra e se Lido
cidades maiczes, nas capitis litordneas — Recife € Salvador sobre

tudo — où seguido em
do Paraná e Brasilia
nada mals 6 que o

Gispbs a permanecer mais

mgragio para o Cent

à cultura da cana dençécar e d

bem que em propongöes ben
Cupase com

s-dearars” para o Rio, Sio Paulo, Norte

consraor de cp
= fer um longa e se
ara o Sul e C

a de brags

mais modestas que na zona da Mata

fricultura do tipo plontation, ocupando grandes

.deobra esalariada, numerosa, preo.

la

ainda osclavam entre Cr$ 33,00 € Cr$ 30,00, (
ninimo. €
© salério mínimo, os sistemas de moradores esto em complet

x úmida migracio igual rams. para

importante até 1965 e que gerava condicócs de
erzas ea 0 café. Quando felta em pequeno sito,
fio que com a sus familia limpava o cafezl €
At grandes e médias propriedades possulam moradores
para as calturas de subsisténcio. 0, à
porém, devido a0 alto preço alcancadk
m Camocim de Sao Félix «dando

m salio inferior so corre bripagäo podem

slo, GE o

cages de
has em terra are
fentam 0x municp

dutors de fumo, Estes quatro Estados reunidos produscm cerca de
10,3% da producio naclooal. A área de cultura mais
ce supe mis empl, por, € à de Arai,
x campos de fame que se estendem por cerca de 104 15 q.
tros em tods es. Fumais mals densos que os de Cruz das
Almas, na Bahia, e de Ubi em Minas Gerais,

O fun ura extremamente trabalhoss, mas remunera
dors, € cultivado frios ou meciros e peguenos e médios
opriccrios que dispdem de áreas que mo excedem quase sempre
plantio € feito na estapfo chuvosa, a partir de março, desde

que sore dois transplantes para ser colbido a parir de agosto. Trint
as após o primeiro corte, o fumo poderá dar um segundo, q

soci”, Pagise atuslmente ao trabalhador que uz as “leas” por

varela, corsespondendo essa medida a mais de 3.000 m2. O trabalhado,

leva de quatro a cinco dise para preparar as “leias” de un

Usam também a messio, costumande os mecios tebalhar ajudados

pela propria família. Se pagam O servigo à didra, cea € valorizad

astalariados das regides viznhas allocm para a fica Fumiculcora du

a colheit. Para abrigar estes wabalhadores migrantes, os

iários costumam construir, junto ou nas proximidades de sun ea
quartos que lembram os “castelos” dos engenhos de a

da Mata

Colhida folhs de fumo, € cla posta a secar em
varas arrumadas no campo durante 23 dias, ou enrolida por processo
que dura 90 dias, para obterse o fumo de fumo uma
lavoura que exige cuidados especials, adubagio € tratamento demorado
antes que seja lancado no mercado; dai serem as reas onde € cul
vado de alta densidade demográfica € ser o salitio do trabalhador
mais elevado.

Por ser lavosra de ciclo curto, permite que se faga
rotasäo de culturas, beneficiando até com o adubo que para ela € colo
cado, a lavouta que a substitul..Enquanto em Ubi a lavoura que far
totagäo com o fumo € o milho, (*) em Arapiraca € o algodio herbáceo,
plantado a parie de julho no meio do fumal, para ser colbido em
nero. Tirum, assim, o propricirio e o meciro, em um mesmo pedago
de terra, lucro correspondente a duas lavouras. Ainda cultivam em
pequena escala, viando ao autoabastecimento,o miho, feito ea fava.

O LATIFUNDIO. A DIVISAO DA PROPRIEDADE E AS
RELAÇOES DE TRABALHO NO SERTAO E NO
LITORAL SETENTRIONAL

1

A PECUARIA E O LATIFUNDIO NA CONQUIS
DO SERTAO E DO LITORAL SETENTRION

Sertáo nordestino foi integrado na colonizacño portuguesa grag
A movimentos populacionsis partidos de dois focos: Salvador ¢ Olinda
ram estas duas cidades que se desenvolveram como centros de áreas
de terms férteis de “macsape” e, conse

Igucareiros que comandaram a arremetida para os seriöes à cata de
letra onde se fizesse a cri pensivel 20 fornecimento
¿le animais de trabalbo — bois € cavalos — os engenhos, € ao abas-

A esploracño da hinterländia baiana foi iniciada por entradistas
¡que sublam os rios da vertente atlintica — o Jequitinhenhs, o Para
uagu, o Itapicuru, o Real etc. — à procura de minas que os encheriam

DS a made ALG coon bor ala ae Epia, de Tale

Coelho de Sousa, do cronista Gabriel Soares e do famoso. neto de

Garcia «'Ávila € dente, porém, estabelecidos na casa

forte da b 8 aly embors
filo desdenh gue maior
de conseguir doaçôes de terra, sesmatias, que

Lavar 0 Sert lo jcuru € 0 Rio Real, pa

Rio Sio Franc n este grande rio deteve a amb

de terras dos d € que, através dos seus vaqueiro:

I prepostos, estabeleceram currals na margem exquerda, permambucana
pottanto, do Rio Säo Francisco e ocuparam grande parte dos series de
Pernambuco e do Piaul. Aré no Carr cearensepleitearam os homens d

may i Homer © Facto), pigs 45 e e

A Tere € 0 Homem mo Nordeste 179

ee usina So Maral
Fiotial maior do que mui

des, mais de 340 I

seus afloentes. Co

a, s6 se compar

so Mafrense, Joio Peixoto Viegas, Low

Soares ¢ Manvel de Olive

m, come quere
goeiras dos indígenas que atacados pelos
tinham para onde recuar, passando a defende

Esta lata difícil em um meio hostil contra selvagens bel

assim como a defesa das te das nos curris como.
prestigio em Salvador, nem das habilidades nocessárias para obterem
sacs de terras nos meios s, no conscgulam sesmarias.
© ataque dos indios, mas para nio serem perseguidos pelos
Salvador. Reconhecendo o dominio da terra 208 mesmos
no que chamava de “s mente um foro que atingia
(0 mibrás na Bal rios nfo tinham aquel:
cipados dat sesmarias, mas enim formados quese

is dominaram os Indios

ES pt

daran Natal, no Poten ou
Amazonas. (1)

XVI po po m Tesdósio de Oliveira Ledo,
Gmga ast tremenda expansdo que cada día ocapara sal 14
teva Role quese sendos por mais de 10 anos € que
ue ch ‚com gade dol alfaro Mater as #
ais fel casas, levantara curé de paul

tava o gado no pasto, afugentando os Índios para as seras ou p A “quarts” dos bezerros © porros que msciam. utras Areas en
cuatingas des interflóvios onde havin falta d' “adas em cnfiteuse, os “sitios”, que correspondiam a uma légua em
o ano. Vivendo na idade da pedra, retirando o sustento principalment (Quadro e cram arrendadas a 10 mibréis por ano ans posseiros. As
da caga e da pesca, o indígena jul E dater os Arandes distancias e ar dificuldades de comunicagio fizetam com que
is e cavalos dos € mo fa ts side D ina Tello que per cursa ne rt
© animal, vinha a vindita € a scagio do finalmen 1 melo o máximo, a fim de atender de suas necessidades, Assim na
Guerra que provocou multas mortes e devastagdes, que atralu os ban alimentasio usavase principalmente 4 carne ¢ o lite, este abundante
antes paulistas, hébeis na Jura co "penas no "inverno", frutos silvestres e alguns produtos de uma inc
lerasamento do interior e que se © a plente Javoura de ia fei jos, mas vizantes dos rios
tribos € com o aldeament Oy, nos bons inven pris cuatinga. Lavoures de ciclo vege
ou a ocupagäo, pela pecu 0 a lvo curto ‘ram confinadas por cercas
© de quese toda a Paraíba. Vai à de varas ou de p im de impedir a danificacio provocada po:
mente à colónia portug atimais (Foto n

le trabalho € a carne As dicas mais povos mambo ‘m utenslios domésticos e móveis eran

o aa ouro. Capistrano de Abres, analizando o complexo cultural qu
© sistema de criaio era o mesmo et ne 3 apenas Minow a regido € que ele com grande oportunidade u “civil
aquí as extensôes eram maiores, 4 suin tigi do couro”, afirmour (*') "De couro era a porta dis cabana
116, algumas delas, mais de 3.00 as secas eram mals tito aplicado wo chäo, € mais tarde a cama para os partos; de
rigorosas, provocando grandes prejuizos aos criadores, € as comunicagöes des as cordas, a borrachn para carregar água, o mocó ov alorje
com o Ihoral, mais diffeis devido As imensas distáncis para levar comida, a mala para guardar a roupa, a mochila para milhar
Neo de sécalo VITE as arado balazos e avale, a peia para prendélo em viagem, as bainhas de fac, as brocas

Edo Rig So France pal > © Ds sbirdes, a roupa de montar no mato, us bangs para €

hoje terrtório mineiro), das Ras, Verde, Paramirim, Jacuipe, Itapi para apanhar sal; para os aqudes o material de aterro era

u, Real, Vasa Barris e Sergipe, possuindo perto de 300.000 cabeyas fm couros por juntas de bois, que caleavam a terra com o seu peso;
los o Serio, e quando Spix e Martius percorteram o Nordeste

Os curais perambucanos, que deviam abrigar peto de
ocupavam a margem esquerda do Rio Säo Francisco
Preto, Guerra, Corrente, Jajed, Moxot6, alér bogarem ao Piauf ainda encontrar as farendas de prope

em Alagoas do Parle do Nate, de Paie Ania ido Governo Imperial, a sistema de criagio extensivo enunciado. por

aribe, do Acaraó, do Piaul e até do Parnafba. Era um Anoni. At, segundo cles, (2) as deze rends reise
«de Olinda, a Leste, até a fronteira do Ma ilivididas em trés insposóes, cada uma dirigida por um Inspetor que
IlaMhava 3005000 por ano. Cada fazenda cr por um vaqueiro

ha frente da boiada a fim de que os animals o acompanhassem.

Para Olinda c, posteriorme
Assim, havia um caminl

© Norte, passando por Goiana, Espirit y
3c, Canguaretema, Papari, So José do Mipibu, Natal, Ag

em suas Drow

aquel
pernani

demand
Arcado

do Tibau, Aracati e Fortaleza (ver mapa n° 3). Outra
a drenar 0 gado plauiense para Olinda, através de Golan,

Tapesoë, Patos, Pombal, Sousa, So Joe

ud, atingindo Crates, onde se juntava à
ama piauiense € traza o seu gado pars a área Canavieia. (20)
¿canos, fez 0 Governo de Olinda consteuir dois ca e
ava o Sio Francisco aingindo Cabrobó, que junto com Dilo
ram as duas freguesias pernambucanas do médio Sio Francie

na segunda metade do século XVII (1774). Estes caminhos, tendo

jessar a Borborema, aproveitavam os Vales do Capibaribe € do
Assim, o primeiro, partindo do Recife dti se para Limoeiro
e do Capibaribe e subia o sio até sues nascentes, Atravessando
ilivios ia atingir o curso do Pajcá na fazenda Sao Pedo,
este sio, passando por Serra Talhada € continua
resta, de onde se desviava para o Oeste a fim de
© segundo caminho subia o Vale do Ipojuca até a
le Ororobá (tracado atual da Rede Ferroviária do Nordeste =

da estrada central de Pernambuco), à atuel
ade de Ins is zando Tacaratu

o
disc

gado ceatense, porém, chegava magro a Olinda e, devido à
pagana maltes pre que © paraiban
randence. Dat se lem fem

suas reses já abatidas

€ em couros. Para a salga dispunham
da for do Japuaribe, enquanto os bois

=
ip

u te sio. Surgiram, asim, as
lo chargue, mais eonhecido no Nordeste como " earne.do
mitiram Aquel regiño competir com a Paraíba ¢ o Rio Gi

do Norte no abastecimento de Pernambuco, cias" s

Cameci

Togo tiveram congéneres na for do Parnafba, do Acaraú
im, do Mogoró e do Ag

arnatba e, logo apés,
dominaram comple
que está sofrendo

chamou de

da cana de ages

O DESENVOLVIMENTO DA AG
SERTANE

Francisco e teve afluen

Raimundo isso. (1)
Essa agricltura sesringia se apenas A mandiocs, ao milho, ej,
Estes € que deviam provera sua alimenta dentro das cond
© melo natural Ihe oferecn. Nem mesmo o al ia do litoral para ¢
vias do Sao Francisco e de alguns dos seu afluentes, como o Rio
Aina hoje a retirada do que chamam "sal da terra” € feta
nas margens do grande rio sertancjo. No litoral setenteional, desde
© Agu até o Acaraó, 0 clima quente e seo, a costa baixa € a prescnga
de mares coun amplitude razodcelpermitiam o aparecimento de salinas
ouhecicas desde a época do povoamento, Hoje, na co
tante parque slleiro do pals
ara cirio, (2), So depois, à propoçie que « popalagío fi se ade
de Tbiapaba, Meruoca, Baturté e o Cat, no Ceara, as de Joïo de
Vale, de Martins e de Portalegre, no Rio Grande do Norte, a do
ner, na Parla, as de Ararpe © da En Verde, em Per nos
as de Agua Branca © Mata Grande, em Alagoas, à de Tubs, na Bah

Hee cercados Inteaimente por tes de arme frpado que idea
o limite entre uma € outta tea, O travessio era formado ora pa
tim valado, ora por uma cerca, que podia ser de pedra — freqente Al

(A) Hidra Econo ple 9.
{2}, Pito, Trancas O) Carr, pie, 26

190. Manuel Coria de Andrad

id —, ora de varas, ora de ramos, ora de “espinhos”, isto 6, de
Ictáceas, Algumas vezes 0 travessäo eta fixe, mas de vezes era repre
ado por uma cerca de fácil locomogio, e cle avangava ou recuava de

1ordo com a estacio do ano ou com a vontade de um Coronel pode
1090 ou de um político influente. Nos últimos cingúenta anos, o arame
Tispado vem sendo empregado neste mister € € comum os grandes
pluprictários cercarem reas de melhor pasto formando as “mangas”
ue reservar para o seu gado, Restringem, assim, a possibilidade dos
jos « de pessoas pobres erlatem animals nas dress de campo

sm comum”. A importincia desses iavensöes chegou

nossos dias c, ainda em 1928, o Govemador Esticio Coimbra
[ieocupouse com a construcio de um valado com 86 quilômetros di
Faensio, que protegesse a cultura de mandioca da Chapada do Araripe
y qual Inverteu grandes quantiar, sendo esta obra considerada como
Wilh das que marcaram a mia adminietracio por tentar um zoneamente
ANNEE à agriculture e a pecuéria, (5) Alada hoje o governo de Per
Aquelas primeisas culturas juntarseia logo a cana de-açieur, sur

lo, ainda, no século XVIII, os primeitos engenhos de mel e rapa
hos pequenos, com uma moenda de madeira, movidos

a trago animal — bois ou cavalos — e apenas excepcio

Mente 4 Agua, e que em vez de acúcaz produziam rapadura ou aguar
Fingeahos deste tipo, verdadeiras “engenhocas", ¡é molam cana
Hla" no Cariri cearense em 1731, (1) e seu número subia nessa
Falke 37 que "fabricavam mel € rapadura” cm 1765. (*) Célebres
Ais engenhos rapadureiros eram quase todas as serras sertanejas,

illu da Baixa Verde, em Pernambuco, e de Agua Branca, em Alagoas
Aid nas margens do Sao Francisco, pequenos engenhos rapadureiros
dl ilsenvolveram disseminando canaviais pelas margeas e ilhas do
Wide vio. As canas a cles fornecidas chegavam As fábricas por via
rl), em canons. Crato, no Cariri cearense, e Triunfo, na serra da
Alan Ver! sio, a0 seu modo, centros açucareiros produtores
He Inuduras que ainda hoje sáo largamente consumidas no Serio pars
light cortos alimentos ou diretamente misturadas com farinha. Hoje
Mpegs rapadurciros se encontram em decadéncia, em face da agño
His ls que, abrindo escritórios de venda de agar nas principais e
Hille sotianejas, vém colocando no mercado regional o secar cristal
Mio deste tipo de agúcar € devida tanto à facilidad de trans

We tu ras Ber, pá. 193,
Me File, José de, Engentor

Teno e o Homem mo Nordeie 191

ortes quanto A necessidade, por parte das usinas, com producio em fos € por serem os senbores mais pe M

ic ampliarem 0 seu mercado no pals, sobretudo nos períodos Matas ear) nec Res

alo do mercado externa. Ar£ vijenies iutres, como os in Ios incline Lmbraenos aquí do depomento deepens, de qu
nde cles sio menos mumerosos, e principalmente nas pl

Por isto a aboligio, feita no Ceará em 1884 € not outros Estados

genhos fundados por proprictários vindos da regido
omaram-se diferentes a fsionomia € as relagdes de trabalho
nehas úmidas, daquelas dominantes na catinga, pols os
shores. de-engenbo, embora aio dispusessem do prestigio e das dispo
nibilidades econó € viera daquela zone, tentaram organizar
Plantation do tipo realized da Mata, Para isto organizarım Como nos brejos agrestinos, também no Sertéo, a partir de 1840,
im sistema de trabalho ag lo eseravos; procuraram tam fmegou a desenvolverse a cultura do cıf&. Os pequenos engenhos m
bé interessar homens Iivres es ar a cana para moer “de ine Mlireiros eiveram na wma séria concorrente, de vez que m
fem seus engenhos, Sorgian no século XVII, no Sertio úmido, vias foram transformados em cafezas, Sertas como a de Ibia
os lavradores, como ocorre culos antes na captania duartina. E Tibi; de Meruoca, de Baturité, da Baixa Verde € o prdprio Ca
(0 cido do agéear nas seras frescas do Sertio, como no brejo para fine tornaramse, por varios anos, grandes produtores, Nao somente

¡ne deagócar foi o produto mais importa

va grandes presos; a capacidade des m MIO suo algndociro,
ne Ar nt 5 : ade 63
sata a das Gestnas saqueos engerhon de gro pee : ia xx

Wied atravessava as cuatingas por caminbos com mais d
Pinheiro, após atenta investigacio nos velhos carórios do Mr: em demands do poro
‘due 6 pequeno número de escravos era o resultado do is nos teases ingleses
alto preço dos mesmos, pois custavam, faz um sécul, “centenas de mil
re”. A distänein do Moral e as pésimas estrados impediam a expo
tage dos produtos agrícolas que se destinavam apenas ao mercado,

Issa aividade agrícola, porém, passado:

ssalriado no Ser. Real
erienal, impeding kuras se expandissem por grandes dread Made desenvolvimento ao trabalho asalariado

€ que of proprietitios dispusessem de capital necesstio à equisicao de

tia, Por isto mesmo, por ser a escravara pouco nine

ile, huma área em que «

em escravos. Escravos que, devido ao curto ciclo vegetativo do algodio,
Beate punto aio dd ner ceo Gee et el cE Gh
suficiente bara pagar a sta manutengio e que nos períodos de seca
iam vendidos a pregos Ínfimos pata outras regides ou morreriam de
nanigio. Por isto mesmo, em 1872, em uma populagio total de 721.688

habitantes, havia no Ceará apenas 31.913 escravos,

SANO]
© salio pago aos tabalhads
producto agric :

No pertodo da Guera de Sacro not E. U. Ay por exemple
sbindontdas imentcion, importados de outros Estados
pela Taspto de Obras Com as Sco de Emo
neudes no Cea, mat de cingdenta anos depots, em 1924, de 19800
so. (2) O aumento seria, assim, de menos de 50% em quese
60 sos. O que eu, pore, € que, vencidos os F ied
racional eo press no puis. On algodon mineur os tabla
dors, endo sour salis vadidos pan $400 3300 don, volara
à vue fsa a rash, Deter $400 « $500 dirs € que af
sai subiram até ap os 19800 de 1924

Apés o período do rush algodoeiro, passaram os agricultores setas
nejos a regular sua vida amanhando a tera, ajudandose uns sos outroß
€ procurando obter tanto o produto comercial por exceléncia — 9)
algodáo —, como os produtos alimenticios. Acsim, nos anos reguläre,
costumayam os sertanejos, reunidos em mutirio, :
gados em outubro, fazendo a queima em fins de dezembro, a
de que em janeiro fossem construidas as cercas, Com a chegada dd
inverno” — período chivoro efe de familia, ajudado. pela
11), Pleo, Trives, obra cad 36 eH
They, Resblpho, Hostia de Sect do Coad, pie. 2
Bacon, Dr. Palo de, Impress ve Fa

Muller e pelos fihos, faria a semeadura. Esta cra iniciada pelo
Rio “ligeico”, pelo milho de “sete semanas”, (14) o jerimum € à
ieluncia. À mandioca, o algodio, o milho e o feile eram semeados
dlépols. Entre o primeiro e o segundo plastos, a familia mantinha o
ogado limpo, enquanto o cheie trabalhava assalaciado nas grandes e
Mi propiedades. O saliio era utilizado. na aquisigio de fatioha
¡que consttula com a caça do bretudo, 0 alimento cotidiano.
sto cram colhidos € consumidos o milo, o feijáo, o jerimum
len mel Em setembro comegatam 4 deufzer a mandioca, ares
Tar a “farinhada”, trabalho em que contavam com a ajuda dos pa
MS amigos, sende fri guardada em sacos sche gov ei
Wares nas pequenas cases de caipa. Esta cooperacio de farinhuds €
'inumente chamada de “ajutório”. A farinha devia ser consumida
fin parcimônis, pois dela dependia o sustento da famlia até abri,
iano rogado comegava a dar o jerimum, a melencia e as primeiras
Viena de feijao. A colbeita e venda do algodio permitiam ac
Hubullisdor aquísigio de roupas © outros utensilios para a fami. (22)
Tipe cra o modus oivendi do trabalhador sertancjo sem terra nas dress
INE castinga. até quase os nowsos dias. Pelo calendário agricol
Fipusemes, observa se que, morando em uma propriedade, tinha
Allador que dividir o seu trabalho entre o rogado pr
tela, O trabalho para o patrio era, as vezes, remunerado em dinheiro,
a um que o morador necessitava pagar renda da terra que cultivava
Jui si em dinheiro ou com p as vezes el
Welt para cultivar sem pagar rendas, mas obrigava-se rés días
Higos gratuitos para O proprietáio, estando, assim, sujelto ao
hambio", À gama de rela era muito variávl e, como estas relagó
Iesliera em nossos dias, serio estudndas no próximo capi
A carnaubrira, palmeira que recobre grandes áreas dos vales secos
Uli Ac, do ApodiMosoró, do Jaguaribe © do Acaraú e € abun:
Mil medio Sao Francisco (Foto n° 17), tinha uma grande importd
Vido A multiplicidade de utilidades que apresentava. Yirlos foram
Mi vila ue impresiono, a pono de, o fino 1
isle airmar que ela “fornece uma madeira muito linda, forte ©
MAI, com que aqui se fazem as armagdes dos telhados, dé também

iene citas =
e mot on

partir de 1840, chegou a vez do café, que sem roub
uma vez que era cultivado apenas nes manchae
oust, a6 a segunda década do nosso século, um produto de gra
cla mas dus áreas. Hoje, com as facilidades de comuni
‘Agreste voltowse para xa e a racionalizacdo da pecudla
enquanto o Sertio mas Vagarosamente val transformando sun organ
zacio económica e cultural. Houve, assim, como no todo brasileir

PARCERIA E TRABALHO ASALARIADO NA
ECONOMIA SERTANEJA

A pecuéria € hoje, como foi no passado, a grande riqueza do Set
Ho, apresentandose ora como aividade quise exclusiva,

por léguas ë cantingas, isto porque, mas margens
izes de Act, de ApodiMogoró c do Jasa, sucsie he
tts Vehos da Paras, o danado Seto Baixo de Pernunbixe €
nos aos ns, de outubro noveno — "época da NON

— aná mano ou abril Nest periodo a temporada no amp

cael, una vez que a cts está sede, à gun € andar, a
rt ap zes, € a5 “esla” gordas oferecem bons pros, Em
nesta “estagio chuvosa”” que o proprleério Fncalra a atencio do
las onde há pastagem mais abundance, Estas seras «30 considera
fis Vo reigénio” do gado, e a sua exstända € a ramo de ser da pe
ia sctanja em grandes ficas. No Sertfo baiano o gado do Vale
A abia, de um lado, € Goits e o Pia, do outro. Sho as “gerals”, Esta
Icio, conforme a intensidade e 0 periodo das chuva, sabendase
Butubee. © gado j está to aostumado a esa migrasSo que mu
bu que 14 fou por cinco où ses meses insiramente live, em
la hamada vulgarmente de “o toa
Em Pernambuco, nas bacias dos alluentes do Sto Francisco, farse
Anbei esta migracio sazonal; assim, o gado do baixo Pai, pc
Und Arapu, ou para alto curs deste ro, ara Seta Tallada, on
1 livendcitos logan cercados à fim de nio 26 disporem digun, como
AN aprovelar o restolho ds culturas de algodo, fava « milho, al abun
White, Para o alo Pajeá — Municipios de Tabira, So José do Ego
Francisco onde, em geral, cultivam capi fartura e cabeludo,
1 Um ver que so axe 10 hectares de ers para al
MÍN Grande, sio suficientes de 3 a 6 hectares por cada tés. Domina
Por so mesmo costumam cercar as melhores eas da propi

ages; o gado
sita” € na seca sobe puts as serras do
Pocäo. Na
equi
indo o rest
como a denomina com mita
eoreconomistu: Dircou Lino de Matos. (2)
A chupada do Araripe € ponte pura onde € tanto o gado
€ trarido quase sempre em maño, (2)
fim de aproveitar 0
à flor © à vag 5 © a flor do
À. € € retirado com as primeiras chuvas para gue mio sch
Gerais, pelo * Assim, em quese toda a
ago sazomal € ito que se re
indo o proprietärio nav a faz anvalmente, ne.
aqueiro, que

de pagaienio em 6 plenitude, permitindo que os animais d

vaqueiro se lado dos seus, como se fossen

zzenda”. Ouitos, porém, achando que os aninnals crcscem mais “com

à vista do dono” e que ele, ao contrário do vaqueiro, está ausente à
ie é io dos do empregado, exigern, enti

que o vaqueito Ihes venda os animais que a ele couberam, loro ane

a parcilha, Tiram, assin à diu o vaqueiro vir

sto, os fazendeiros es
a tradicional € passen a va
uelros um salário semanal que rurumente salto
mínimo, Em 1960, encontramos oa Chapada di, no Rio Grande
do Norte, a “quartiaio cx u sun plenitudo, uma vez
ue até o lite e o queijo apenas na es

la Baixa Moiene (Corwribuicio ao
de erre), it 61

Sh

es poder ser fatal se a cactécea escolhidn for 4 peque
as sid. A lida com o gado na caatinga cheia de galh

se © such « péu, gibio, joleco ou peitonl

cle was
nas y (alas, perneiras e lavas, tudo
Papudo e same

a ouro do chamado veado caating
alimentos cotid gue.
h

Im sempre a0s pcs um par de
co a0 valor

s o, indicativa de que, se nao está
sentado, pode faré lo a qualquer momento, © maior problema, com
: o criado solo, à lei da natureza, que le e lon © 0 da dua, Já que a ze 0 gado tem de ser
ista que o gado criado solo, AI Da I NEN nduzido por dezenas de quilimetros até os bebedoures, Dal o ca

a E tume de deixar o gado sem Beber durante 48 bon
aa cimbas no leito dos rios

onsumida na regiio da Ma

mode adas, Nas migagoes, condoz o gado + 08
me ‘visitando-o algumas vezes durante 0

Cacimbas que vito senda aprofundadas à
gares distantes proporgäo que baixa o nivel do le

“rio idas de um lado, para que os animals nao desinuanı tous tones
para que dumas cagas de que sao portadores. Mans
Sun familia se encres de Governo pernambucano nos últimos anced
dolo eda coalhada. Neste Mava a stengio contra 0 perigo deste

2 Po dam da reconstruo de crc
palm

aros Cap dead, ode oem ua ol eg
de profundidade. A existencia de água durante todo O ano permite
do permaneya na chapuda calcária de janeiro a dezembro, ao

E Tambem € trabalho seu a doma des

poderia ficar nela na
1a € tal, que nessas fazendas o
© casa de máquinas que bombeiam dgua säo, ao lado das man

po e taria, cbrigando-o à realizar gra

pee hoa en as, as Únicas construgóes de alvenaria, as quais contrastam com
maven propiedades em abe à za das de taipa habitadas pelos vagueiros

a o res- Sua importáncia decorre do uso do

Geralmente nessas tegións 2 ais se destacam os carreiros
xotó. Quando € 1 radicional carro-de bois, que y
Mn costuma e silo diminuindo de ano para ano com a abertura de novas estrads
mtrados, como 0 aumento do número de caminhóes. Na tealidade, tem sid

Além des

Marre em Pernambuco com 0 vale d
e lt, feito, fava <

amiob
ande conquistador do Sertäo, 0 ve
stzuturas seculares e transformando 08 af
somo mandacaru €, POS mesos de vida delas decorrentes
y de ser queimadas usando avental © cha
anos mais secos, o fact e de en ee
e dudas so ¡ado da ao animals

Tinentagäo do gado; às vezes

dio où ramas de certas ärvo
carogo de algodio ou ra
umbuzero, a jutema

cers ea Ber de (e culo que ven
a ingazera, 0 O carreiro que pachorrentamente
Tae vara 20 ombro, condu pelos

uxados por duas ou trás juntas de
u bois, € auxiliado no seu mister por seus filhos de mais de dez anos de

As vezes 0%
feaham sido subme

nimais sfomeados € coctceas no campo +
fidimentar prepariçio, © qu a

302 Masel Correia de Andra A Tere ¢ à Homem no Nordeite 203

dem com a pai os mistéros de uma profs
ida de perso em geraci
angedores também constituem uma outra p
aparecimento, estando o seu campo de agio Im
mais distantes, de i

Sao Francisco cm
pattinds do Nort

do que com as primeras chat

metade do algod:

grieltor dante à form

das culturas, ficando © aguicd

« leoninos, Devemos lembrar
a, esto os agricultores sujeitos a perd

sbítsio do proprictário & ona como ¥
Dámocles sobre a cibeç do agricultor, de vez que ele, nao
«contrato escrito, nao possul garantias ra tetra, podenda
à qualquer momento s de procurar área para tr
balhar em concicóes idénticas em outza fszenda
Algumas áreas sertanejas vêm tenda maior desenvolvimento e
teasformando cstes característicos estruturados em
ploragño da terra Assim, municipios sertanejos de Alagoas como Ja
caré dos Homens, Major Isidoro, Bazalka, Palmeira dos Indios e Pi
de Agúcasvém desenvolvendo largamence 4 peris de core e de lie,
com base na cultura da palma. Na cidade de Basslha há mesmo uma
moderna fábrica de aticínios que apenas desse mun
«pio, cerca de 11.500 Litros dis ‘os palmais de hect
10 lado da criacio de gado com alza percentagem de
traidos do Norte de Minas
nam ao consumo do Recife e
lam de cuatro a cinco mil bois por
mo, usim o trabalho assal Os emp:egudos que ttabalham no
so do gado em caráter permanente, sfo contratados eventualmente
entre moradores de cides € vila próximas, assalariados para 0 plantio
e trato do palmal, Na cultura da palma
correspondem a dois tercos dos salários
bém näo tém direito
a dar cinco di
e580 à propriedade da te p
e médios proprierärios que näo querem vendé-la
albo comaga ao as a imesromperse

a 4 primeira efecto;

€ constitu café, sendo ieita no
próprio campo. A segunda & feita à noite, em casa, compreen-
dendo © mesmo cardäpio, screscido de pequenos pedagos de carne ou
co nos dias que segu a. Condigóes de trabalho tio

fazem com que grande parte dos sertanejos desta área procure

rar para o Sul do país, saindo grande quantidade minhóss

as us semanas com este destino. Esta migragio atcrrorin os [uzen
de lee e de carne, acarreta uma

Sines ds a
crab
a cola a
as où wate, feta desde 0
ando consieravelmente à sua dre des
Gas à levaio da fsa do vio por
m poss Bilde de sendas superi
pestis, a soba Os mores I
— cobrando 30% do prego desta — o dinhe anto nh
produto, adubo e ie. O. produn amente ven
do a dono da era pelo prego co scado! Cabe ao mes,
(Foto n? 19 csi importadas dav ax Cini,
ex que io produz cebola de qualia
x entrada do produto nos mercados ciadinos, Apés a agate ven
colhida tts a quatre meses depois. As doaslimpas que a ecbol leva
la sio (ctas a mio, empregando nen trabalho as mu
<cntímetos de comprimento, € vendidas para o Sil para onde =

y, cm “Obvervadoe Eo

a Partant à

adas em caminhoes. Quando © proprietärio cultiva a cebola
conta, © que náo € frequente, usa mao de obra assalariada
ne a major ou menor necessidade de bragos. À cebola tem dado
grandes sendas a pessoas, proprititios, sobretudo, que fo estavamı

habilitadas a investir bem estes capitais, Daf notabilizarze Cabrobó,
maior centro “ceboleiro” do Nordeste, pela grande venda de camivhoes

re, uma y gam os “ceboleiros” que a sua i
áncia social se elevar fer mais cm relacio A quantidade
caminhôes e de roy ossulrem

rigadas. E, depois da cebola, a cultura mais importante, estendendo

as margens do rio € nas ilhas, Pequenos engenhos, movidos a
E bois e cavalos — a óleo diesel e a eetricidade, trans
formam a ica gramínea em rapaduras vendidas em toda a repito ser
taneja. Interessante € que velhos engenhos de bois passam diretamente

movidos a eletrcidade, pulando, qu 1, uma série de

de engenhos. O plantio n geral por meciros
que recebem do € 0 transporte da cana até a lá
ica. Eles cultivam, limpam e 5 a moagem
produgio dividida: 50
dinheiro. Quando os proprietétios € canadeagicar, pagam
Ses entre proprierd mesmo tipo
as a no cultivo da fijo, do milho,
do algedio e dos demais produtos cultivados nas marjens do Si
Erancisc perma anjeiras, mangueiras, banan
ete, sio feitas apenas pelos proprictition

Entre os projetos de irigegäo u serem implantados na re
siofranciscana, figura o da insalacio de uma grande usina de ay
com capacidade de produgo de cerca de 1.000.000 de sacos por ano
devendo ser uma das malores do Nordeste. Hi, também em implan

projeto Bebedouro, graças A asdo da SUDENE € da SUVALE
pastagens visando à produgäo de carne e, já implanta
io, o de cultura de uva de mesa (Molina, em Santa Maria

Boa Vista) e de vinha (CINZANO)

Nas margens do Sio Francisco há uma importante atividade arte
anal que é representada, como nas pralas, pela confcccáo de zendas
de bilros, pela tecelagem de redes e pela extrayio do "sal da terra
que € largamente consumido náo x6 em uso doméstico, como usado
processo de salga dos peixes. A pesca vem se desenvolw
derayelmente € 2 industrializacio do paixe por processos rot

signal: for flo
an que as várseas 830 muito largas

ubal e utilizados pela populació para cultura de man
nstrugáo de habitacóes e 2 das folbas
sio devidos a in ï mo passa
badas para cede avoura, sobrezud

210. Manel Coria de Ar

iba atravessou uma fas eric no periodo 1966
colita era anti-econémiea, porque os custos de pro
30 eram superiores ao valor do produto, Os proprictáris passara
e ree ony es
Rone donee ae
0 enrmauba] para ocupar a drea com culuras
ti Fenda Nos. clus anos Houye Intervencto: de
neo do Brasil, que melhorou os precos do produto fazendo, outra
ez, CEE «Prodi
O earnaubal náo marca apenas a paisagem e 0 calenditi agrícola,
e ehe
Glee an terra de vives. Como sta & a Unia produtiva no meio dos
roses fée secos © denrées dos te Vos as
els sesmarias, ao serem divididas pela sucessio hereditéra, o forum
fm fatias que partem de mar a 0 interior, Dal denen a
forma hoje dominante de m alumas
Beet una boa co ros ei
<uilómetros de fundo, e a formagio de um habitat linear pelo qual as
o eee Pa
Paralla ao Ko, apreséntam se como se fossem ur persue,
tio próximas se acham umas das outes, THA casos extremos, como um
que constatamos, em que uma propriedade tinka nove braas de frente
ot seis quilometios de fundo, E grande a número de pequenas pro
edades nose cunluindo deste ft poréna que dis o
tee tes ae
ares, inclindo em seus dominios värzeas, tabu
o Piaté, que € considerada muito subd
Me parte de fud perce ner e popa
elas ele Soak
taza do Agu tem 40.000 hectares aproximada:
my cónsideragses sobre a esta fundida ma
repetidas em relacio o vale do Apodi £ do Jaguarbe

Pela extensño ocupada pelos camaubais € pela multipliidade de
aplicagoes dos produtos da carnaubeira, podemos armar que há um

xo cultural na xegizo, uma verdadeira civilizacio da
catnattba que está a exigit um minucioso levantamento, um verdadeiro

inventário que a encare do ponto de vista da importáncia económic
das influencias culturas, antropológicas e sociológicas, sem esquecer où

aspectos. históricos.

qöctemente, com as folbas coladas sobre peas de neo de ca

wu suis onde se transportar mercadorias ho dorso de
Gatos, A cera, que o wub al produto, fonts de ro ms
ae lad do como, da vizio. da can

Os camaı
Iheita, de seiembro a dezembro, excepcionalmente até janeiro 0}
que quise sempre eles edo a

mesmos. Pousos foram os plantios
sificados de segunda rundial, apds 1945, com a
creditamos que as plantacdes nfo se tenham

ente, devido o de exttat

frzea e de 20 anos nos tabuleiros.. Apenas quando © mato est
grande costuma-se brocar o carmaubal, © que náo se faz fregüen-
‘uma vez que sio poucos os vegelals que consexuem desen
€ à sombra dos carnaubais. ‘Tanto assim que, quando o car
naubal € novo, costumase no vero trizer © gu de que ele
se al e tiva; a0 envelhecer o camaubal, pores,

o. bem vista pelos proprietitios dos

das as míquinas de beneficiamento, À este barracäo dio pomposamen
te o nome de “usina”, Quando nfo dispóem de máquinas, uam 0
tradicional processo da batedara, quese desaparecido na Värzea do Açu
mas ainda de uso generalizado no Jaguaribe. Esse processo tem a grans
de vantagem de deixar a palba em condigdes de ser utilizada na fabrica
ño de bolsıs, chapdus e estetas, ena cobertura de casas, É
porém, por provocar uma queda na produçäo de cera por uni
naioría dos proprietirios, porém, beneficia a ceta através de máquinas
a diesel de 5 a 12 HP. Hé ainda na regio o empreiteio, que possu
a máquina e se instala na zona produtora, migrando de uma proprie
dade para outra a fim de beneficiar a cera dos pequenos proprietários
que nao dispöem de meios para adquirir a míquina. Estes empreiteltos
tam com os proprietatios “a olho” o beneficiamento das arrobas
cobrando uma taxa por arroba. Outras vezes, porém, 0 con
ie base: dois tergos da producño «do do proprie
As máquinas trabalham sob a ditecio de um maquinista compe
Lente € capaz de fazer pequenos conscttos de que ela necesito, tendo
suas ordens um banqueito que transporta as folhas do estaleiro a
lum banco, deixando se prontas para serem usados na máguina; um ceva
dor que toma as folhar no banco, pando-ss de trás em
um bagacciro que remove o bagaço di palha da
po. já qu automaticamente ensacado pela máquina.
maquinista € o mais bem temunerado dentre estes trabalhadores, e
{quanto os travxciros que transportam as folhas do estaleiro para a ws
ito pereebem salérios que corresponder a 50 ou 60% da
30 do primeiro
No processo do cozinhamento ainda trıbalham o mestre o
de cera, o auxiliar do mestre € o prenseiro,
propriad:
Logo após ela & clasificada em tipos diferentes: a do
das folhos ainda no de (odo abertas e por isso de melh
fem primeira e em mediana, e a de folhas, que € €
ordurosa e arenosa. Os presos gatantem aot produtores
favoriveis um lucro tio elevado que conforme extensio do
maubais residem sempre fora da propricdade, quer nas principais €
des da regiño (Aru, Mogord, Aracati, Russas, Limociro do Norte etc.
quer nas capital dos Est Fortaleza ou Natal — où até, os ma
ricos, no Recife ou no Rio de Janeiro, 56 necessitam ir ao carnauba
no cı jo da safta

216 Mansel Correia de Andrade

Passada a safra da cera de carnaibs € o periodo d
sal tratam 03 moradores de cuidar de suas lavo
ttilizando as terras de los e des
da Ponts Grande, esta inteiramente localizada na fazenda Itu, imenso
la 2.000 hectares. O calenditio agrícola depe
de mais da varingäo do nivel das águas dos rios e Lagos que da época
s chuvas. Em as plantagoes se iniciam e
+ feveteiro com a cultura do feijao associada a do algor
mente da variedude verdio, Estes vegetais sio plantedos primeiro,
porque as primeiras terras descobertas sio arenowas e eles se desenvel
Ver bem em solos silicosos. Com a baixa das águas sio
sobretudo pas | “argilosos que se crestam com a insol
onde so plantados 0 nia, o jerimum € o milho — este
nes anos bons, enguanto 0 sorgo, chamado na regiño de milho tr
cultivado nos anos maus. — O sorgo, por fechar muito a0 se des
volver, impede a associacio com outras culturas, Nas Jagoas também
vem sendo muito cultivado nos últimos anos, após 1956, 0 arroz
cas de vit innigasio mio 36 estas cul
tado, Os proprictários que profbem aos meciros as lavouras
nentés para evitar complicagóes se quissrem despedios
mesmos a "mein" do algodío €
meciros ainda sio obrigados a
terra e pagam juros do dinheiro que
fem que a lavoura está a se desenvolver. Quande

dugio € ponca e ao ser feita a colheita, em agosto.
áo & suficiente pata pagar os débitos à fazenda,

Os agricultores utlizam neste trabalho processes rotineltos, a
enxada ou o espeque — bastáo de pau branco resistente e com ponta
fina — que batendo contra o solo cava “'covas” csteetas e profun
colocam as sementes de sorgo e um pouco de arcia. A prof
didade deve ser relativamente grande a im de que 0 passarinho io
destrua as sementes. Apesar do emprego de processos totinciros, as
tras de vazante e os fundos de lapoas secas sio tdo férteis que se
obtém, em média, 5.000 quilogramas de sorgo ou 3.500 de arroz por
ha. Os meciro Igodio sua cultura comercial, vendendo.o
ogo apés a parti, los, apds 0 pagamento da terça
dos proprietfios, imentacio da familia, armaze-
randoos para o vero € +6 nos anos de bos produgio vendem a sobra
Interessante & o processo por eles empregado na conservagao de certos
creais como o feijdo, colocamno em uma lata de querosene em que

Lagoa do
damente

a juntan o peixe pescado no o 0

1960, colhemos informagdes d © sorgo, na

nto da Velha Joana, cuis

aha”, O comerciante que financiara o plantio o fzera
com a condicio de que

la populacio do Si

secas dos seus E

Esta cultura, que € feito la

lade

inferior ao do mercado; E interessante
10 Sul do Saara, teve larga difusio
as arinha fa

dos; resistente à estiagen

5

na Indin, na Chin: ea

poderia dar ao gado, como já salientou o

‘em relatério a0 Banco do Nordeste
à 0 des

o acontece quando tabalham
tros de profundidade

magnifica impressäo de farra. Depois, a consetvasio de

adquiridas no Recife © em Sio Paulo, e a falta de asssten

fizeram com que este surto agrícola amainassc. O bispo
‚cu Mendes, que foi le animador do aproveitam

dos vales do Apodi e fambem fol transferido da

dendo os agricultores um entusiasta © verdadeiro a

Outra à te & a fella no
aprovsitan s fontes existentes próxim

Dix Sept o na man

deiro”

à cch

os beiradeiros fazem canteiros onde misturamı 4 are

acol aluvial que e

quisessem adquirir moto-be Muitos pea

de largura por vinte € um de comprimento. A um conjunto

ates, 0 que
medios proprieté

Em outubro e novembro, à proporcio que calhem o alho, plas

a cebola, das variedades encarnada, branca e de leite, as quais &
colhidas trés meses após o Tevando neste período duss limpas
Após a colbeita, em janeito © vés a enchente do: rio que
pa todo o leito, espalhando a arein e destruindo os lastros e caniciros
que só serio reconstruldos após a estagio das águas. A producio €
oda vendida para Fortaleza, Nat © Salvador, sendo o trans
porte feito em caminhöes. Desenvolvese, assim, em pequena drca
no leito do rio, uma agricultura de jardinagem na qual trabalham os
morédores da margem com suas familias, Constitui uma pequena
itha agrícola na imensidao das caatingas onde domina a pecuária exten:
siva menos exigente, como os caprinos, uma vez que a
posamente crismada como “a capital
terras pertencentes a “fazendas de bodes

No Carrie nas serras frescas há um contraste muito grande
com as ras seruncjas vizinhas, Os habitants destes verdadeios os
gostam até de ser chamados scrtanejos. Sentem que £ maior a seme
ximo. O contraste o pela topografia, devido à presenga
de seras, pois o Carr fica ao pé da Chapada do Araipe, na vertente
rates, as serra frescasloalizan-se sobre porgdes ¡mas alta € mais
expostas aos ventos úmidos, como ocorre com a de Triunfo; & deter
exposigio das rochas subjacentes nos pontos mais acidentados, pela
atividade agrícola que af substitui a pecuitia típica do S
“manchas úmidas”, determinadas ora pelas condigócs climáticas
pela cstrutura geológica, constituem verdaderos odsls no meio do
pencplano semistrido, Dentre cls destacam-se por sua grande extent
© Cariri (7.649 km?) © a regido de Triunfo (quase 500 km?)
pequenos proprietärios, Para se ter uma idéia do fo, basta salenter
s dedicam se geralmente à policltora, cultivando
a © amendoim nos pontos mais Úmidos
agir, que moem mediante o pagamento, da
y dos que nio secam completamente
quise sempre por canavias, e de haver no Cari

‘um regulamento que controla 0 uso da água em irrígacio pelos vários

agricultores.
<l, prevendo-se nos pontos em que se faz a elctificacáo
rural utilizar até a energía clérica. Os engenhos de pau movidos a boi
ais distantes, mas “manchas úmidas” dos sertóes piavierses. Est
1956, em Triunfo, a 113, com capacidade de p cada um de
300 à 400 cargas de rapadura por ano, (13) enquanto no Cariti, só no
municipio do Crato, exisiam em funcionamento, em 1958, 73 engenhos,
dos quais 67 acionados a motor diese, tes a Agua e u ‘)
Hoje grande parte dettes engenhos estäo de “fogo morto”, e projets se
a instalagio de uma usina de agúcar no Carini cearense, Em Inh
Ham na regito da Mata antes do surto usineiro. Os moradores dist
Terme peas proprelades cm casas de tp, dion em tomo dest
(de exiguas areas onde cultivam para si um pouco de algodo € lavouras
de subeistöncia. Da colheita destas culturas nio participa 0 proprieté
rio, que exige do empregado um certo número de dias de servigo x
semana por prego inferior a0 pago aos trabalhadores de fora. 56 a
cana de agúcsr € que, sendo plantada mesmo por moradores, paga mics-
a moagem. A diferenga de salário entre os moradores € os
Go pela moagem. À :
iabalbadores que nfo residem na propriedade € considerada como 0
sento de aluguel da casa e do sitio. Nos períodos de safra exi
carre na Mata, utiliza-se o braco dos migrantes que vém das casting
vizinhas à proeura de trabalho,

cuidando do plantio, passam a ter as mais diversas ocupagdes: aparece,
© "'cambliciro” a disigir cavalos e burros que transportam a cana
abo; 0 “cortador” de can, que ganha sl
30 €, com seu facto "rabo-de alo”, despe os solos tirando
Tapidamente © cobertura verde dos canavins; o “botador” de cana
ma moenda, que a qualquer descuido pode perder o brago, tragado pela
mesma; oF 5", que pegam feixes de cana mo “pl
€ colocan sobre a mesa próxima à moenda, 20 aleance do bo

3) Laceida de Melo, Miro, Paisegens de
Para, pág. 10,
114) Figuccado Filo, José de, Engendos

caldeireiros, que sio os ajudantes do mestre-deagúcar; o “tirador” de
Dagaco, que remove os residuos da cana da moenda para a bagaecita
ade ficario expostos ao sol a secar. A descrigio das fang
varios trabalhadores que mourejam em um engenho de rapadın
nuito as descrisdes minuciosos 4 s colonials

inicio do século XVIIT, o argut

nadas que se estendem por mais de des horas de trabalho, per

em disti doc dade © a produpio de cad
o pequenos — de um terço a meio hectare — € lavra

mel, Mo bi um estado sistemático das praas que as

À preocupacio das estagdes experimentais voltase unicamente para à
grande lavoura, para a cultura de exportagio e, em menor escala. para
Tanto quanto a teforma de uma csrotura, tornase premente
cforma de uma mentalidade, € pre aslo 40 povo para

w

O MEIO NORTE E A GUIANA MARANHENSE

2
A OCUPACAO DO TERRITORIO

1

FRANCESES E PORTUGUESES: A CONQUISTA

Na conquista e do Meio Norte distinguimos duns dí

do povoamen! upasao do espago. O litoral, inicialmente dispur
tado entre franceses e s, fi ocupado por poroamento oriundo
de Olinda, ponto de onde pastiram os lusos para a conquista de todo
litoral setentrional e da pröptia Amaztnia, Ao mesmo tempo, cor

gado oriundos de Bahia, subiram

or — Chapada Diamantioa — e as nascent dos aluentes da m

Aiteita do Sto Francisco ¢, ap N

avessaram 45 ch ea

adas par m a o espago piauiense
lo meridional do Mar

a pombe o

m » Meio Norte ndo s
or 5 à Vintec seis “molinetes
Portuguesa no x fazendo no sec rn
ativa de povoar Gapitanias Hered deren ma il ele
mente ao Norte de Ttsmaracís durante quase Restivini cria e And) Nabe
em grande parte duranté a estagde das chivas — 0
andes plantios de fruticas, utili

{quando os portugueses, oriundos d

nimo de Albuquerg:

O comércio era feito sobretudo a Este

processo de o, ampliando

cerrados onde cri

oil, Faziam
ses icles

di

odos secos, no inverno. Dos animals

do he

das vacas par

a Revolucao I

5 Necessitando de poucos b
facildade de escoamento da prod nero o liter pecusria ultra ex
rio, apesar de

I, pouce ul

Nor

do per
A

x 3
© PROBLEMA DA MAO-DE.OBR

da mio de cbr
So relativa

Compan

3 portanto em o

weram seendoos trabalhat

où fugiam para a

para complemen
mocambes, e

pret

A populagio px ahalhava nos Ia

a abundante a oferta

datos

lid
ndios, de

entrepesto, onde as adguirem pelo preso que es
inferior ao do mercado. O pa

© caboclo, ignor

magra tefeigio, cle
babagu e passam a a
sua habitaglo, apa
rosos, de vez que ei

existem no sub-bosqu

ida primitiva, em habitagto de palha construld

meio de Além da apanha do bi
Bela mans
minha 3 que se afastam gradativ
xdo os cocos que encontran
da palmeira dé em média
día de 200 a 300 ©
muito p

«idos, sendo numerosas

ser danific ki

js améndoas, depo
pode ums mülhe
lecidos mas principal

Os processes primita

a
ee

uma máqui
dividido em duas partes, Parid
andoas em uma cuis. T
de 8 a 10 quilos de am
y relagdes de trabalho existentes ©
os grandes responsivels pola baixa q

E imprestionante o baixo n simentes ex

ndante no Nordeste e no Centro Oest
Jugio racionalizada poderis dar uma grande con
emia, Infelizme aera estudos peo:
mera, continu rar qual à área pela

coquilho, £ ben
loresta sopor

€ se comprom
ma nova área de
lar, O que

"Governo do Estado,
raus de uma polities
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