O Funcionalsimo de Bronislaw Malinowski Bronislaw Malinowski foi um dos expoentes da antropologia funcionalista britânica da primeira metade do século XX. Para ele, cada sociedade deveria ser estudada como um “todo”, como um organismo possuidor de uma lógica interna e singular, subdividido através de uma complexa rede de relações entre os indivíduos. Ele também acreditava que a análise antropológica deveria se realizar de forma sincrônica, imediata e levando em conta os factores sociais, psicológicos e biológicos dos nativos. Malinowski, defendia que as instituições sociais têm como função satisfazer as necessidades biológicas dos indivíduos. Ou seja, segundo a definição de Laplantine (2003), cada pessoa possui um conjunto de precisões, cabendo a cultura desenvolver diferentes maneiras de resolver essas necessidades, de forma colectiva, através das instituições . No livro “Uma Teoria Científica da Cultura”, Malinowski (1970) afirma que a cultura representa a totalidade social, a conjunta de todas as instituições, um “ambiente artificial”, uma forma de resolver as necessidades humanas. O mesmo define função como uma acção colectiva responsável por satisfazer uma necessidade (fome, procriação, protecção, etc.). Mas, para que isso ocorra, é preciso que haja cooperação, organização entre os indíviduos. A organização, por sua vez, precisa de um arranjo, de uma estrutura bem definida, a qual se chama instituição.