ENFERMAGEM EM BLOCO CIRÚRGICO.
Página 21
Simples: quando desdobrado, abre-se totalmente, permitindo a exposição de
toda a sua superfície.
Duplo: do mesmo tamanho que o simples, porém dobrado de forma que, aberto,
ainda mantenha uma de suas dobras, expondo somente metade de sua superfície.
Tanto o campo simples quanto o duplo devem ser abertos puxando-se as suas
“orelhas, ou seja, as dobrinhas que se encontram nas pontas. Em alguns tipos de
cirurgia existem campos especiais, menores, com um orifício central, chamados de
campos fenestrados. Eles são usados em cirurgias pequenas, principalmente da
área de otorrinolaringologia e oftalmologia.
Existe toda uma técnica para se colocar os campos estéreis sobre o paciente,
variando de especialidade para especialidade. Os campos estéreis também são
utilizados para cobrir as mesas de instrumentais. Para tal finalidade, também podem
ser de tecido ou descartáveis. Nem sempre os campos usados no paciente são iguais
aos usados nas mesas, sendo, muitas vezes, de tecido os do paciente e descartáveis,
os das mesas, ou vice-versa. A técnica mais comum para colocar os campos
sobre as mesas é a seguinte: para mesa de instrumental pequena, primeiro abre-se
um campo duplo e, por cima deste, um campo simples, ambos colocados com todo o
cuidado possível para não esbarrar em paredes, chão, avental ou qualquer outro local.
Quando a mesa de instrumental é maior, por exemplo uma mesa de ganchos,
deve-se colocar primeiro um campo duplo ocupando metade da mesa, outro duplo
ocupando a outra metade e um simples cobrindo os dois. No caso de se montar o
varal, sobre este último campo ainda deverá existir mais um simples, colocado de
maneira a permitir que seja dobrado por trás da trave de ganchos.
Em muitos hospitais, existe um tapete de borracha que tem a função do primeiro
campo estéril. Então, o instrumentador deve abrir a borracha desenrolando-a sobre ela
já estará sendo desenrolado, simultaneamente, o outro campo de pano simples. Se o
campo for de papel descartável, ele não estará no “lap” de campos e será aberto, pela
circulante. Basta o instrumentador desdobrá-lo e colocá-lo sobre a mesa.
METODIZAÇÃO CIRÚRGICA
O instrumentador cirúrgico deve chegar a sala operatória com pelo menos trinta
minutos de antecedência em relação ao horário marcado para a cirurgia que vai
instrumentar. Assim, poderá separar, com calma, juntamente com a circulante, todo o
material a ser utilizado durante o ato cirúrgico.
Ao entrar no bloco cirúrgico, deve colocar a roupa de uso privativo e se informar,
junto a supervisora de enfermagem, sobre algum detalhe da cirurgia que ainda
desconheça.
Já na sala de cirurgia, deve se apresentar a circulante e solicitar-lhe a caixa de
instrumental e todo o tipo de material auxiliar de que necessitará. Quando o paciente
começar a ser anestesiado, é chegado o momento do instrumentador se escovar,
paramentar-se e iniciar a montagem da mesa. Tudo tem que estar pronto até o
momento em que o cirurgião acabe de se paramentar. O instrumentador, então,
entrega ao cirurgião a cuba-rim com antisséptico, pinça Cheron com gaze montada
para que proceda à antissepsia da pele do paciente. Uma vez terminado tal
procedimento, chega a hora de se colocar os campos estéreis sobre o paciente.