1: presbíteros:
Não há, á luz do texto bíblico, nenhuma diferença de sentido no texto do Novo
Testamento, entre presbítero, bispo e pastor, e que o apóstolo Paulo usa essas
três palavras para designar o ministro cristão, sobre cujos ombros pesa a
responsabilidade pela administração, ensino e proteção do rebanho do Senhor
na terra.
1.1: o presbítero no contexto local: na Assembleia de Deus no Brasil, a palavra
presbítero veio a ter um sentido diferente daquele que a Bíblia usa, servindo
para designar a classe de obreiros mais achegada ao pastor. É evidente que, se
formos procurar a raiz desse fato, vamos nos deparar com outros ligados à
nossa história, que não cabem ser tratados aqui. Devemos salientar, porém, que
uma das possíveis causas da consagração dessa ordem de obreiros, deveu-se a
centralização da administração das nossas igrejas no Brasil, configurada em
grandes campos de trabalhos, administrados por um só pastor. Como as
fronteiras desse campo de trabalho vão muito além dos limites do alcance de
um só pastor, o mais prudente pareceu a designação de uma ordem de
obreiros, como o presbítero hoje conhecido entre nós. O presbítero nesses
moldes, é viável por duas razões: se constitui num elo entre o pastor e a sua
igreja e vice versa; por outro lado é um tipo de obreiro que não acarreta ônus
financeiro à igreja, já que em geral o presbítero, durante o dia, exerce a
atividade profissional que desejar. Na prática, o presbítero exerce as mesmas
atividades do pastor, quando por esta autorizado. Assim ele pode batizar,
celebrar casamentos, celebrar a Santa Ceia do Senhor , ungir os enfermos,
dirigir congregações etc., devendo, porém, ter sempre em mente que ele não é
o pastor da igreja, mas deve trabalhar sob sua direção e orientação e dos atos
prestar-lhe conta.
1.2: o presbítero e possíveis problemas: há pastores nossos que não consagram
presbíteros como uma classe de obreiros distinta do pastor, alegando uma ou
duas razões seguintes:
a) porque não encontram apoio nas Escrituras para fazê-lo.
b) por causa do mau procedimento funcional de grande número de presbíteros
em igrejas locais, muitas das vezes impedindo a liberdade de decisão do pastor
junto à igreja, inclusive embaraçando os seus movimentos que vão desde privar-