Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes
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que eles realizassem o tratamento de alguns casos com o novo braquete
que eles mesmos ajudavam a serrilhar.
Em 1926, de volta à Austrália, Begg começou sua vida clínica utilizando o
arco de canto e seguia a filosofia não extracionista de Angle. No decorrer
de seus tratamentos, com a finalização de alguns casos, Begg não estava
ficando satisfeito com o perfil resultante de alguns pacientes, de modo que
decidiu então fazer desgastes interproximais nos dentes, como observou
haver nos aborígines australianos, ou refazer os casos recorrendo a
exodontias.
Begg estava retratando muitos casos que haviam sofrido recidiva, só que
desta vez com extrações e, nestas ocasiões, ele começou a notar que o
arco de canto não estava conseguindo fechar os espaços das extrações
rapidamente e que havia dificuldades para reduzir a sobremordida
profunda.
Em 1929, começou a usar o fio redondo 0,020″, em vez de usar o fio
retangular, para diminuir o atrito e, por volta de 1932, passou a usar o fio
0,018″, construindo nele as alças verticais. Em 1933, substituiu o braquete
do arco de canto pelo do arco-cinta, por ter menor largura mésio-distal.
Segundo Begg, esse braquete podia usar forças mais suaves e os dentes
estavam se movendo com maior facilidade. Para ajudar na paralelização
das raízes, Begg usou o recurso de outro apoio na banda, distante do
braquete. Com isso ele notou que podia reduzir a largura do braquete do
arco cinta. Por essa modificação esse braquete é chamado de braquete de
Begg.
O aparecimento do aço inoxidável trouxe grandes vantagens à
especialidade. Begg procurou o metalurgista Arthur J. Wilcot, da
Universidade de Adelaide, escola onde ele lecionava, e o incentivou a