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(1) Substituição dos casos pelas preposições;
(2) Tendência para simplificar a morfologia e a sintaxe;
(3) Uso escasso de orações subordinadas, tendo preferência pelas coordenadas ligadas “e”;
(4) Eliminação do dual e uso parcimonioso do modo optativo; aparecimento apenas 67 vezes no Novo
Testamento;
(5) Uso mais frequente do artigo;
(6) Simplificação das riquíssimas formas verbais do grego clássico;
(7) Mudança de sentido de muitas palavras do grego clássico, por influência religiosa, tais como:
batizar, justiça, graça, amor, glória, carne, cruz, mundo, crer, espírito, cálice, dia, etc.
(8) As formas diminutivas se tornam mais comuns;
(9) Emprego mais generalizado de construções perifrásticas nos verbos;
(10) Os adjetivos são mais usados no grau superlativo do que no comparativo;
(11) Preferência pela ordem mais direta, pois no grego clássico predomina a ordem inversa;
(12) Emprego frequente dos pronomes sujeitos, em casos dispensáveis por estarem eles
subentendidos nas desinências verbais;
(13) Idêntico valor fonético para as vogais gregas;
(14) Emprego de vários latinismos, tais como: Legião, centurião, denário, colônia, flagelo, etc.
(15) Uso frequente do presente histórico nas narrativas;
(16) Uso de palavras que são empréstimos diretos do aramaico, a exemplo de: geena, Eli Eli, Hosana,
Litóstrotos (gabatá), Satã, Talita cumi, Rabi, Maranata.
(17) Frequência de hebraísmos, tais como: “filhos da luz”, “filhos da perdição”...
Apenas a carta aos Hebreus, o Evangelho de Lucas e alguns trechos de Paulo são escritos num estilo
mais literário.
O vocabulário mais rico não é o de Paulo, mas sim o de Lucas, que emprega 250 palavras novas no
Evangelho e, mais ou menos 500, em Atos.
Se a linguagem mais polida e mais erudita é a de Lucas, a mais pobre e menos aprimorada, quanto ao
estilo, é a de Marcos e a de João, especialmente no Apocalipse.