CONSULTA PRÉ-ANESTÉSICA
PRINCIPAIS ITENS AVALIADOS:
•Alergias,
•Uso de medicamentos,
•Tabagismo,
•Alcoolismo,
•Uso de drogas,
•Doenças tais como: diabetes, hipertensão arterial, doenças
cardíacas e pulmonares, hepatite,
•Uso de prótese dentária,
•Sangramentos,
•Avaliação de exames pré-operatórios,
•Anestesias anteriores,
•Exame físico: auscuta cardíaca, auscuta pulmonar, deformidades
da coluna vertebral, abertura da boca e flexibilidade do pescoço.
MEDICAÇÕES USADAS NO
PRÉ-ANESTÉSICO
SEDATIVOS:
•DIAZEPAN (Diazepan/Valium)
•MIDAZOLAN (Dormonid)
FINALIDADES:
•Sedação,
•Amnésia
•Diminuição de reflexos indesejáveis.
TIPOS DE ANESTESIA
ANESTESIAS REGIONAIS (tipos)
. Bloqueios Espinhais
. Raqui ou Bloqueio Subaracnóideo
. Peridural
. Bloqueio de Membros Superiores
. Bier
. Interescalênico
. Axilar
. Bloqueio Intercostal (BILAM)
A COLUNA VERTEBRAL
A Coluna Vertebral é formada por 33 vértebras, sendo:
. 7 Cervicais (C1 a C7)
. 12 Torácicas (T1 a T12)
. 5 Lombares (L1 a L5)
. 5 Sacrais
. 4 Coccígeas
OBS.: A Medula Espinhal no adulto, termina
ao nível da 2a. Vertebra Lombar.
Raqui ou Bloqueio Subaracnóideo
TÉCNICA:
1. Paciente sentado ou em decubito lateral, com as pernas fletidas sob o abdomen,
2. Assepsia rigorosa com alcool iodado,
3. Apalpar a crista ilíaca e traçar uma linha até a coluna,
4. Identificar o espaço L3 L4,
5. Introduzir a agulha de Raqui com o bisel lateralizado
Pele Subcutâneo Ligamento supra espinhoso Ligamento inter espinhoso
ligamento amarelo Duramater Espaço Aracnóideo Liquor
6. Aspirar e injetar o anestésico.
•A raquianestesia, também chamada
de
bloqueio subaracnóideo
ou anestesia
raquidiana, é o nome dado para a anestesia
decorrente da aplicação de um anestésico
local no interior do espaço
subaracnóideo.
Raqui ou Bloqueio Subaracnóideo
A punção deve ser feita abaixo de L2.
Medicações usadas para Anestesia Raqui:
•Lidocaina pesada
•Bupivacaina pesada
Principais Complicações:
•Imediatas:
–Hipotensão,
–Bradicardia,
–Nausea e vomitos.
•Tardias:
–Cefaléia.
Peridural
PERIDURAL
A anestesia pode ser realizada em qualquer ponto da coluna vertebral,
desde a Cervical até a Sacral; sendo mais comumente usada nas
Torácicas, Lombares e Sacrais.
TÉCNICA:
1. Paciente sentado ou em decubito lateral, com as pernas fletidas sob o
abdomen,
2. Assepsia rigorosa com alcool iodado,
3. Apalpar o espaço vertebral desejado,
4. Infiltração da área com anestesia local,
5. Introduzir a agulha de Peridural,
Pele Subcutâneo Ligamento supra espinhoso Ligamento inter
espinhoso ligamento amarelo Espaço Peridural Duramater
6. Confirmar o Espaço Peridural (gota de soro ou êmbolo fácil),
7. Aspirar e injetar o anestésico.
PERIDURAL
Medicações usadas para Anestesia Peridural:
•Lidocaina 2% com ou sem Adrenalina
•Bupivacaina 0,5% com ou sem Adrenalina
•Bupivacaina 0,25% com ou sem Adrenalina
Principais Complicações:
•Imediatas:
–Hipotensão,
–Bradicardia,
–Nauseas e vomitos.
Bloqueio de Membro Superior
Bloqueio Regional Intravenosa (Bier)
TÉCNICA:
1. Punciona-se uma veia no dorso da mão,
2. Garroteia-se o membro e injeta-se o anestésico,
3. Passa-se outro garrote abaixo do anterior e retira-se o primeiro.
Obs. 1.: Este tipo de anestesia é utilizado para pequenos
procedimentos com duração aproximada de 1 hora.
Obs. 2.: O segundo garrote só pode ser retirado, 30 minutos após ser
realizada a anestesia.
Medicação usada para Anestesia Bier:
•Lidocaina 1% sem Adrenalina
Bloqueio de Membro Superior
Interescalênico
TÉCNICA:
1. Paciente em decubito dorsal com o braço ao lado do corpo e a cabeça virada para o
lado oposto,
2. Apalpa-se os músculos escalenos Anterior e Médio,
3. Na fenda inter escalênica, introduz a agulha,
4. Aspira e injeta o anestésico.
Medicações usadas para Anestesia Interescalênico:
•Lidocaina 2% com ou sem Adrenalina
•Bupivacaina a 0,5% com ou sem Adrenalina
Bloqueio de Membro Superior
Axilar
TÉCNICA:
1. Paciente em decubito dorsal com o braço aberto,
2. Apalpa-se a artéria axilar,
3. introduz a agulha,
4. Aspira e injeta o anestésico.
Medicação usada para Anestesia Axilar:
•Lidocaina 2% com ou sem Adrenalina
Bloqueio Intercostal
BILAM
Usada para cirurgia de nódulo de mama.
TÉCNICA:
1. Paciente em decubito dorsal com o braço atrás da cabeça,
2. Apalpa-se os espaços intercostais,
3. Introduz a agulha em direção às costelas,
4. Abaixa a ponta da agulha,
4. Aspira e injeta o anestésico.
Medicação usada para Anestesia BILAM:
•Lidocaina 2% com ou sem Adrenalina
Classificação cirúrgica
•As cirurgias podem ainda ser classificadas
quanto ao porte cirúrgico ou risco
cardiológico (pequeno, médio ou grande
porte), ou seja, a probabilidade de perda de
fluidos e sangue durante sua realização.
- Grande porte:
Com grande probabilidade
de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cirurgias de emergência, vasculares arteriais.
• Médio Porte:
Com média probabilidade de
perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cabeça e pescoço – ressecção de carcinoma,
ortopedia - prótese de quadril.
- Pequeno porte:
Com pequena probabilidade de perda de
fluido e sangue. Por exemplo: plástica
mamoplastia e endoscopia.
•Quanto ao tempo de duração as cirurgias
ainda podem ser classificadas quanto a:
- Porte I: com tempo de duração de até 2
horas. Por exemplo: rinoplastia.
- Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4
horas. Por exemplo: colecistectomia,
gastrectomia.
horas. Por exemplo: transplante de fígado.
Tempo de duração cirúrgica
.
- Porte III: de 4 a 6 horas de duração. Por exemplo:
Craniotomia.
- Porte IV: com tempo de duração acima d 6 horas.
Por exemplo: transplante de fígado.
•Quanto ao potencial de contaminação da cirurgia:
•
- Cirurgia limpa:
•
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de
dreno, não traumática. Realizadas em tecidos estéreis
ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em
que não ocorreram penetrações nos tratos digestivo,
respiratório ou urinário. Por exemplo: mamoplastia.
Cirurgia potencialmente
contaminada:
•Cirurgia realizada em tecidos abertos e
recentemente traumatizados, colonizados por
microbiota bacteriana abundante, de
descontaminação difícil ou impossível, bem como
todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica
grosseira, na ausência de supuração local;
presença de inflamação aguda na incisão e
cicatrização de segunda intenção ou grande
contaminação a partir do tubo digestivo.
Cirurgia infectada:
•São todas as intervenções cirúrgicas
realizadas em qualquer tecido ou órgão em
presença de processo infeccioso (supuração
local), tecido necrótico, corpos estranhos e
feridas de origem suja. Por exemplo:
cirurgias de reto e ânus com secreção
purulenta.
•As cirurgias também podem ser classificadas de acordo
com a Associação Médica Brasileira (AMB), que diz:
Para a AMB as cirurgias são classificadas de porte 0 a 8,
sendo o porte zero um procedimento com anestesia local e
à medida que se utiliza a classificação em ordem crescente,
existe também crescimento da complexidade cirúrgica.
Portanto, trata-se de uma classificação com finalidade de
cobrança do convênio e Serviço Único de Saúde (SUS),
principalmente dos honorários médicos (anestesista e
cirurgião), da instrumentação cirúrgica e da sala de
operação.
TEMPOS CIRURGICOS
•Os tempos cirúrgicos, de modo geral, são
classificações empregadas nas intervenções
cirúrgicas de acordo ao momento e as ações
desempenhadas pelo cirurgião.
Diérese
•A diérese significa dividir, cortar ou separar.
Separação dos planos anatômicos ou tecidos para
possibilitar a abordagem de um órgão ou região
(cavitária ou superfície), é o rompimento da
continuidade dos tecidos.
•Classificada em: Incruenta (com laser, bisturi
eletro-cirúrgico) e Cruenta , Curetagem (raspagem
na parede uterina).
•Debridamento.
Hemostasia
•Hemo” significa sangue; “stasis” significa deter,
logo a hemostasia é o processo pelo qual se
utiliza um conjunto de manobras manuais ou
instrumentais para deter ou prevenir uma
hemorragia ou impedir a circulação de sangue
em determinado local em um período de tempo.
Sendo feito por meio de pinçamento de vasos,
ligadura de vasos, eletrocoagulação e
compressão
Exérese
•EXÉRESE
-
• Tempo cirúrgico em que é realizada a
remoção de uma parte ou totalidade de um
órgão ou tecido, visando o diagnóstico, o
controle ou a resolução da intercorrência.
Síntese Cirúrgica
• Refere-se ao momento da junção/união das
bordas de uma lesão, com a finalidade de
estabelecer a contiguidade do processo de
cicatrização, é a união dos tecidos.
•O resultado da síntese será mais fisiológico
quanto mais anatômica for a diérese
(separação)
•REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Goffi FS,
coord. Técnica cirúrgica: bases anatômicas,
fisiológicas e técnicas da cirurgia. 4. ed. São
Paulo: Atheneu, 2000. 2. Parra OM, Saad WA.
Noções básicas de técnicas operatórias. São Paulo:
Atheneu, 1998. p.63-95. 3. Santos JSS, Kemp R.
Fundamentos básicos para a cirurgia e cuidados
perioperatórios. Medicina (Ribeirão Preto) 2011;
44(1):2-17