umas às outras não é eubiótica. A verdadeira religião é a que procura
entender e unir os Homens, sem distinção de raça, gênero, ideologias,
etc. É o caso da Eubiose, que a todas estuda e considera, podendo, por
isso, quem preferir, chama-la Religião-Síntese.
─ Mas existem templos...
● Existem três templos: um em São Lourenço, Minas Gerais; outro na
Ilha de Itaparica, Bahia e o terceiro em Nova Xavantina, Mato Grosso. O
de Itaparica é uma pirâmide assentada sobre uma base cúbica, na forma
de um grande obelisco. Eleva-se a 22 metros de altura, dominando, do
pico de uma elevação, a baia de Todos os Santos. Marca o ponto da con-
cepção do movimento eubiótico, ocorrido em 1899. O de São Lourenço e
o de Nova Xavantina têm a forma arquitetônica dos templos da Grécia
clássica, um momento luminoso da História no qual Arte, Ciência, Filo-
sofia e Religião comungavam às suas sombras. Um deles, dedicado a
Apolo, tinha estes dizeres no pórtico: “Homem, conhece-te a ti mesmo e
conhecerá o universo e os deuses”. Concorde com esse pensamento, a
Eubiose pode ser também considerada como Religião-Sabedoria. Os
templos foram construídos em honra à paz universal, à síntese harmo-
niosa das religiões e ao futuro avatara, que presidirá a nova etapa evo-
lutiva que está para começar.
─ Que ideia a Eubiose faz de Deus?
● A Eubiose concebe Deus como a “Suprema Lei que a tudo e a todos
rege”. Dessa forma satisfaz ao intuitivo, ao artista e ao místico, que sen-
tem Deus como harmonia; e aos intelectuais, que buscam a verdade
através da lógica e que, por isso, têm de admitir, por sólida evidência,
que há ordem no universo, que a ordem universal se manifesta através
das leis naturais, que estão são efeitos de leis sempre mais abrangentes,
até chegar à Lei Última, que acaba por ser aquela mesma entidade que
os místicos chamam Deus, mas, dessa forma, sem o risco de que Lhe
atribuam certas características humanas, nem todas sadias, como ocor-
re algumas vezes nas religiões correntes.