As Eras Mass Painirivas DA TERRA
Em um jornal de 27 de abril de 1885, o presidente da Sociedade Her-
mética de Londres assinalou com relagäo à última obra: “O titulo des-
te celebrado fragmento € uma revelagäo da identidade que subsiste
entre as antigas religiôes de sabedoria e o credo do mundo católico,”
Enquanto escrevemos estas linhas, observamos anúncios de
varios novos livros teosóficos e espiritualistas, mas o mais importante,
que aparecen recentemente na Inglaterra € uma traduçäo de Die Welt
als Wille und Vorstellung [O Mundo como Vontade e Representagäo],
de Schopenhauer! - obra que auxiliou poderosamente a difusäo das
idéias budistas entre as classes mais cultas do Ori
sabedoria do filósofo nao Ihe permitiu trilhar os caminhos que con:
guia indicar a outras pessoas, ¢ tem sido observada que sua definicao
te, Entretanto, a
do universo - “uma enorme Vontade, correndo perpetuamente em
direçäo à vida""” - nao seria uma má descricáo de sua propria
tuigdo espiritual. “Prego a santidade”, dizia, “mas náo sou santo”. Por
fim, lamentou o fato de suas inclinaçôes animais näo Ihe deixarem
esperancas de passar em nirvana pelo portal da morte.
era apancs uma das eligibes do antigdidade, cujos mistrios ensinevom as mesmas verdo
des sobre o destino de alma (NT)
“Filésolo pessimist olembo, Arthur Schopenhauer (1788-1860) conduiu que o mundo,
tal como & dado, em suo aporente mul plicidode einconsisléncia, 6epenos um conjunto de
rmpresenlagies. O principio de leds o realidade 6 a Vonlade, que, sendo indopondonte dos
representosóes, ndo se submete ás leis darazdo. O real, portent, sario cogo.e itraciona,
mas a Vontode, principio imedulvol, aro a rai metafísica do mundo, « essóncia de tadas
08 coisos, presente lonto no notureza inorgánica como nos organismos inferiores e supe:
riores, inclusive nos seres dotados de conscióncio [o homer]. Paro o flésolo, o “querer
viver” 8 a raz de todos os males e de todo o sofímento, pois, como nunca & saisir
Vontode, a codo grav de realzog5o, mufiglica os desejos e, por conseguinte, us dk
cada salilacóo ocarrto um desejo maior, que éfontede dores maiores. dor posite,
€ o estado natural do homem o o Im poro o quel tende a natureza. Tal 6 0 profundo
pesimismo de Schopenhauer, poro quem todos os preceilos de moral o résumer em um
16: “Destrir em nés, por todos os meios, a vonlade de vive” Segundo o lésofo, o
homem pode liberar-sedessaservidño por meio de 1éselopos: o orte, pela qual o arista,
00 expressar a belezo, desliga-te da vida e de seus desejos dolorosos, a ciedude, que
liberia o homem do egoísmo, e o oscelismo, quo consiste, anim, na negocio de lodos os
desejos edo vontade de vier e no toto imersöo no nado. NT}
? Trodugbo literal do inglés. (NT)
No budismo, estado de ausénciaolol de sorimento; paz e plenitude o que se chage por
uma exosóo de si que € realizago do sabedoria. (NT)
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