REGULAMENTAÇÃO DO
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Baseado na Lei nº 7.498, de 25 de junho de
1986, que dispõe sobre a regulamentação
do exercício da Enfermagem, do Decreto nº
94.406, de 08 de junho de 1987, o qual
regulamenta a Lei nº 7.498, e da resolução
COFEN nº 271/2002 que a reafirma, diz:
“ o pré-natal de baixo risco pode ser
inteiramente acompanhado pela
enfermeira (MS, Brasília 2000).”
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL
Sabe-se que um pré-natal inadequado é
espelho dos altos índices de
morbimortalidade, uma vez que 90% das
causas de morte materna diretas são
evitáveis no pré-natal e menos de 10%
morrem de causas indiretas.
OBJETIVO DO PRÉ NATAL
O principal objetivo de pré-natal é prestar
assistência à mulher desde o início de sua
gravidez, onde ocorrem mudanças físicas e
emocionais e que cada gestante vivencia
de forma distinta.
A assistência ao pré-natal é o primeiro
passo para o parto e nascimento
humanizados.
IMPORTÂNCIA DA CONSULTA PRÉ-
NATAL
A consulta de pré-natal envolve
procedimentos bastante simples, podendo o
profissional de saúde dedicar-se a escutar as
demandas da gestante, transmitindo nesse
momento o apoio e confiança necessários
para que ela se fortaleça e possa conduzir
com mais autonomia a gestação e parto.
Adesão ao Pré-Natal
Está demonstrado que a adesão das
mulheres ao pré-natal está relacionada:
Com a qualidade de assistência prestada
pelo serviço e pelos profissionais de saúde, o
que, em última análise, será essencial para
redução dos elevados índices de mortalidade
materna e perinatal verificados no Brasil.
Assistência Integral à Saúde da
Mulher
A assistência pré-natal deve ser
organizada para atender às reais
necessidades da população de gestantes,
mediante utilização dos conhecimentos
técnico-científicos existentes e dos meios e
recursos disponíveis mais adequados para
cada caso.
FINALIDADE DA PRIMEIRA CONSULTA
DE ENFERMAGEM
Tem como objetivo: acolher a mulher
respeitando sua condição emocional em
relação à atual gestação,
esclarecer suas dúvidas, medos, angustias ou
simplesmente curiosidade em relação a este
novo momento em sua vida;
identificação e classificação de riscos;
confirmação de diagnóstico;
adesão ao pré natal e educação para saúde
estimulando o auto cuidado.
ROTEIRO PARA A PRIMEIRA
CONSULTA
Levantamento de prontuário antes da
gestante entrar no consultório – avaliar:
realidade socioeconômica, condições de
moradia, composição familiar e
antecedentes
Esclarecer a gestante que seu
acompanhante poderá participar de
seu atendimento, se o desejar,
Levantar as expectativas da gestante
com relação ao atendimento
Identificar as experiências anteriores.
Utilização da Sistematização de Assistência
de Enfermagem (SAE): entrevista com
preenchimento da ficha obstétrica;
- realização do exame físico geral e
específico;
- registro dos achados, diagnósticos ou
levantamento de enfermagem;
- prescrição de enfermagem ou plano de
cuidado
SOLICITAÇÃO DE EXAMES E
ENCAMINHAMENTOS
Solicitação de US Obstétrico (1º e 3º
trimestre ou quando se fizer necessário)
Agendamento do primeiro grupo
Agendamento da primeira consulta
médica
Agendamento da coleta de citologia
oncótica
Orientações de acordo com os achados, com
atenção ao calendário vacinal
Preenchimento do cartão da gestante
Encaminhamento ao serviço odontológico s/n
Encaminhar as situações de urgência e
emergência (sangramento, rotura de bolsa
amniótica, trabalho de parto prematuro,
hipertensão grave, etc) diretamente ao
hospital de referência.
CONSULTAS SUBSEQUENTES
Revisão da ficha obstétrica e anamnese
atual
Anotação da idade gestacional
Controle do calendário vacinal
Exame físico geral e gineco-obstétrico
Determinação do peso
Calcular o ganho de peso, anotar no
gráfico e observar o sentido da curva
para avaliação do estado nutricional
Aferição da pressão arterial
Inspeção das mamas
Palpação obstétrica e medida da altura
e circunferência uterina
Anotar no gráfico e avaliar o
crescimento fetal através do sentido da
curva (após 16ª semana).
Ausculta dos batimentos cardiofetais
Pesquisa de edema
Exame especular ( se necessário)
Interpretação de exames
laboratoriais e encaminhar para
avaliação médica se necessário
Solicitar VDRL, HIV,Urina I e
Glicemia de jejum nos três
trimestres.
Acompanhamento das condutas adotadas
Orientar sobre os métodos contraceptivos
Abordagem sobre a dinâmica familiar
Abordagem sobre a situação trabalhista da
gestante
Orientar sobre: alimentação; mudanças do
corpo; higiene
Agendamento do retorno conforme o
fluxograma ou com a necessidade.
EXAMES DE ROTINA
Hemograma
Urina I (EAS)
Urucultura
Glicemia em jejum
Tipagem sanguínea com fator Rh
Quando Rh negativo - solicitar Coombs
Indireto,
se negativo - repeti-lo a cada 4 semanas a
partir da 24ª semana.
se positivo – referir ao pré natal de alto risco
Sorologias:
Toxoplasmose
HIV (esclarecimento e concordância
verbal)
Hepatite B e C
Sífilis (VDRL)
QUEIXAS MAIS FREQUÊNTES NA
GESTAÇÃO
NÁUSEAS E VÔMITOS
PIROSE
FRAQUEZAS E DESMAIOS
CÓLICAS, FLATULENCIA E OBSTIPAÇÃO INTESTINAL
HEMORRÓIDAS
CORRIMENTO VAGINAL
QUEIXAS URINÁRIAS
DIFICULDADE PARA RESPIRAR, FALTA DE AR
DOR NAS MAMAS
DOR LOMBAR
CEFALÉIA
EPÚLIDA (SANGRAMENTO NAS GENGIVAS)
VARIZES
CÃIMBRAS
CLOASMA GRAVÍDICO
ESTRIAS
PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS
PADRONIZADOS NO PRÉ NATAL
Ácido fólico 5 mg 1 comprimido ao dia até a 14ª semana
Sulfato ferroso 40mg 1 comprimido ao dia até 3 meses
após a gestação
PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
Para o pré-natal de baixo risco é proposto
um mínimo de 6 consultas como preconiza
o Ministério da Saúde.
PROGRAMA DE CONSULTAS
“O intervalo entre as consultas deve ser de
quatro semanas
Após a 36º semana, a gestante deverá ser
acompanhada à cada 15 dias, visando a
avaliação da pressão arterial, da presença de
edemas, da altura uterina, movimentos do feto
e dos batimentos cardiofetais.
Frente a qualquer alteração, ou se o parto não
ocorrer até sete dias após a data provável, a
gestante deverá ter consulta médica
assegurada, ou ser referida para serviço de
maior complexidade”.
CRONOGRAMA DE CONSULTAS
As consultas deverão ser intercaladas
entre médicos e enfermeiros, respeitando
o risco obstétrico de cada paciente.
A CONSULTA DE ENFERMAGEM
–Individual-, onde será preenchido o
prontuário da gestante do Ambulatório,
constando:
História clínica e obstétrica, cálculo da idade
gestacional e data provável do parto,
avaliação de risco gestacional, exame físico e
obstétrico, Pressão Arterial, peso, estatura,
altura uterina, avaliação das mamas e
orientação ao preparo para amamentação,
orientação aos cuidados com a pele, ausculta
dos batimentos cardio fetais, identificar e
orientar sobre as queixas mais freqüentes.
NORMAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
AVALIAÇÃO DE RISCO
CRITÉRIOS QUE DEFINEM UM PRÉ-NATAL
DE RISCO E QUE NECESSITAM SER
ACOMPANHADAS E ENCAMINHADAS
PARA O MÉDICO
PRÉ-NATAL DE RISCO
Antecedentes de mortalidade perinatal
Antecedentes de mal formação congênita
Antecedentes de prematuridade
Antecedentes de parto prematuro e /
ou morte intra-útero
Aborto habitual
PRÉ-NATAL DE RISCO
Retardo de crescimento intra-
uterino (RCIU).
Diabetes gestacional
Hipertensão arterial
Cardiopatias
Gestante com idade menor de 16 anos ou
maior de 35 anos
PRÉ-NATAL DE RISCO
Excesso de ganho de peso durante a
gestação
Desnutrição, anemia.
Toxoplasmose, Rubéola , sífilis e HIV na
gestação
Síndrome hemorrágica na gravidez
Pneumopatias na gestação
PRÉ-NATAL DE RISCO
Nefropatias
Alcoolismo Crônico
Gemelaridade
ENVOLVIMENTO FAMILIAR
Importância do trinômio pai-mãe-filho
Importância do pai durante a gestação
Importância do vínculo pai e filho para o
desenvolvimento saudável da criança.
Importância e orientação do planejamento
familiar