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Mas para nos ajudar nesta conversa recorreremos às lembranças da nossa
querida usina. Isso mesmo, ela tem lá suas histórias pra contar, ainda que seja
jovem, ela já recebeu várias visitas e assim como o nosso outro vizinho, o aterro,
também gostava de ficar bisbilhotando a conversa dos outros...
Em uma bela manhã de quarta-feira um jovem mestre, de nome Ronaldinho
das Figueiras, que vivia discutindo as problemáticas ambientais e de gestão
pública, foi fazer uma visita à usina, ele já era defensor de uma maior participação
da comunidade nas decisões locais, sempre dizia que somente uma sociedade
organizada, teria condições de conquistar melhorias na qualidade de vida, pois se
a tomada de decisões ficasse nas mãos do poder público ou do interesse privado,
os chamados primeiro e segundo setores, haveria uma defesa pelos interesses
destes, em detrimento da vontade do chamado terceiro setor, ou seja, da
sociedade.
Ronaldinho destacava, ainda, o papel da Escola nesta conscientização, e
sempre falava da responsabilidade do professor de Geografia neste processo,
sobretudo por tem uma visão mais ampla destas questões, logo teria muito a
contribuir... Mas deixemos de blá blá blá e vamos ao que interessa; à conversa do
professor neste dia de visita com sua jovem aluna, e intelectual Silvinha.
Primeiro eles conversavam sobre a geração de energia, créditos de
carbono, Protocolo de Kioto e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo,
compostagem, reciclagem, para a seguir contextualizar o papel da comunidade e
do poder público nestas discussões, e é claro, a nossa vizinha usina, ficou de
ouvidos bem abertos para entender toda essa história agora vai nos ajudar com
seu relato...
Os Palavrões...
Bem, agora eu, a querida usina termoelétrica vai contar um pouco do que
ouvi nesta conversa; os famosos palavrões, ou seja, aquelas palavras, que para
mim uma simples usina, em um primeiro momento, parece de difícil entendimento,
mas que depois desta dis cussão, perceberemos que são conceitos