Observando a xilogravura acima, é possível afirmar que a representação do Bumba-meu-boi no desenho se
enquadraria melhor no sotaque: ________________________.
7) “No Bumba-meu-boi a celebração é feita principalmente em homenagem a São João e faz ressoar, com muita
___________, a fé e a devoção religiosa daqueles que brincam. No entendimento dos devotos, o folguedo é
realizado para agradar o santo mediante uma graça recebida como resposta a uma ___________ feita pelo
devoto. São essas as noções nativas de dádivas e contra dádivas por meio das quais se expressa, de maneira
sensível, a _____________ de troca entre o devoto e o santo. Também constituem os múltiplos sentidos da festa,
onde as características lúdicas, profanas e espetaculares _____________ com a religião”. (Iphan, p. 81)
Marque a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco.
(A) clareza; promessa; relação; coexistem.
(B) claresa; promeza; relassão; coesistem.
(C) clareza; promeza; relação, coexistem.
(D) clareza; promessa; relassão; coesistem.
(E) claresa; promeza; relação; coesistem.
8) Conforme o Iphan: “Arthur Ramos, seguindo os passos de Nina Rodrigues, explica o surgimento do Bumba-
meu-boi a partir do totemismo bantu. Busca legitimar sua teoria apresentando o costume bantu de realizar festas
totêmicas e relaciona essa tradição cultural com as festas para o boi no Brasil, para ele, inventadas por escravos
dessa etnia traficados para a colônia portuguesa na América e que já praticavam o totemismo no continente
africano. Para o antropólogo, o “totemismo africano de sobrevivência no Brasil é essencialmente de origem
bantu.” (Ramos, 1988: p.256). O totemismo bantu teve, segundo ele, grande relevância entre os afro-brasileiros,
“(...) principalmente o totem do boi que sobreviveu de maneira decisiva no Brasil, reforçado por temas análogos
do folclore caboclo dos vaqueiros, de influência ameríndia, em certos pontos do nordeste e centro brasileiros.
O totemismo do boi é largamente disseminado entre vários povos bantus onde, em algumas tribos, toma um
aspecto francamente religioso.” (Ramos, 1988:259).
A antropóloga Paula Monteiro explica que: “(...) o clã reunido simbolicamente sob o nome de um totem não
corresponde a um grupo local, nem a uma comunidade de sangue. O totem associa pessoas dispersas em uma
comunidade moral que se reconhecem por serem portadoras de um mesmo emblema, essa representação inscrita
nas coisas e no corpo do nativo para expressar seu pertencimento. Nesse sentido, tudo o que as relações sociais
reúnem sob a mesma rubrica é representado como sagrado, posto que organizam simbolicamente um grupo.”
Assim como o boi era um totem de um clã do povo bantu, que se identificava com as características do animal;
se você fosse escolher um emblema, análogo a um totem, para sintetizar a forma como você enxerga a si mesmo,
como se você incorporasse psicologicamente as caraterísticas desse emblema, seja um animal ou um
personagem qualquer. Você escolheria: ____________________________.
9) Em outra passagem do livro de Josué Montello, Os Tambores de São Luiz, o autor descreve:
“Em toda a volta do Largo de Santiago, várias janelas se abriram. E novamente a praça se animou, no alvoroço
de ver o boi do Marcelino, que ia passar por ali. Já se podia distinguir a toada dos cantadores, no intervalo das
matracas. Uma claridade avermelhada se abriu por cima das casas, e iam espocando os foguetes e os fogos de
artifício, que se desfaziam no ar, com seus penachos luminosos. Mas ainda tardou algum tempo, antes que
aparecessem os besouros e os busca-pés correndo à frente da multidão que precedia o boi, todo de veludo negro,
faiscante de espelhinhos, miçangas e fitas coloridas. Depois, o chão da rua pareceu sacudir com os pés descalços
batendo nas pedras do calçamento, ao compasso da dança nervosa que as matracas iam marcando. Por cima das
cabeças avultavam as ricas plumas que revestiam a cabeça dos caboclos, ondulando com os movimentos do
bailado. Muito comprida, a figura grotesca da Mãe Catarina fazia rir as crianças, defendendo-se dos besouros
que a perseguiam. Em redor, só gente do povo, a maioria negros, e todos entregues à folia, como se o tom das
cantigas e o ritmo das danças os exprimissem e irmanassem, debaixo da claridade do luar que os fogos de
artifício continuavam enfeitando.”
Nesta descrição, encontra-se os vários elementos sensoriais da festa do Bumba-meu-boi. Os estímulos sensoriais
numa festa, espetáculo, comício, etc. são essenciais para alcançar o efeito psicológico do transe, aquele em que