Aula 06 arte medieval o gótico

elizeusilva 1,256 views 18 slides Apr 01, 2013
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Arte e Estética
Aula 6 –Arte Medieval
O Gótico
Prof. Ms. Elizeu N. Silva

Arte Medieval –o Gótico
Em um aspecto particularmente o homem ocidental sempre se
destacou do oriental: ele nunca aceitou passivamente os
cânones. O Ocidente jamais conheceu a imobilidade. Ao
contrário, sempre demonstrou espírito irrequieto e
suficientemente ousado para experimentar novas soluções e
novas ideias.
No século XII, mudanças no pensamento filosófico e nas
condições socioeconômicas propiciam o surgimento de um
novo homem –e consequentemente, uma nova arte.

Arte Medieval –o Gótico
A tradução de escritos de Aristóteles levam à rejeição do
pensamento platônico então predominante. Passa-se da
abstração às sensações; da valorização do mundo das
ideias, à valorização do mundo sensível.
São Tomás de Aquino (1225–1274):
•“Deus gosta de todas as coisas, pois cada uma delas está
em harmonia com a sua essência”.
•“Tudo o que existe é bom, por participar do ser de Deus.
O mal é a ausência de uma perfeição devida e a essência
do mal é a privação ou ausência do bem”.

Arte Medieval –o Gótico
•Anteriormente, a crença na transcendência absoluta de Deus
(de inspiração platônica) envolvia, necessariamente, uma
depreciação da natureza.
•Esse Deus transcendente e inacessível atendia aos
interesses da aristocracia românica do primeiro estágio da
Idade Média.
•No entanto, um Deus presente e que agia em todas as
instâncias da natureza, que surge no período gótico,
corresponde a um mundo mais liberal em que a
possibilidade de ascensão social não está totalmente
descartada.

Arte Medieval –o Gótico
•Na arte e em outros campos da existência, observa-se um
certo equilíbrio entre liberdade e restrição (imposta pela
igreja).
•A depreciação da natureza, como expressão do mundo
sensível, em face da superioridade da transcendência
celestial (metafísico) dá lugar ao interesse pela natureza como
fonte de traços de sua personalidade e reflexo de seus
sentimentos.
•São Francisco de Assis (1182–1226) reconhece os seres da
natureza como “irmãos”, em uma nova possibilidade de
amor/afeto que se harmoniza perfeitamente com as ideias
liberais do período.

Arte Medieval –o Gótico
Todas as coisas expressam, cada
uma à sua maneira, a natureza
divina, e assim, também possuem
valor e significado para a arte.
•Giottode Bondone(1266–
1337) humaniza a figura dos
santos e introduz elementos
banais em sua pintura.
Antecipa, desta forma, uma
visão humanista do mundo, que
irá se firmando até o
Renascimento.

Arte Medieval –o Gótico
A arquitetura das igrejas é uma
importante expressão da estética
gótica. As antigas igrejas
românicas, consideradas
pesadas e arcaicas já no século
XII, logo foram substituídas por
construções mais ousadas e
dinâmicas.
Catedral de Notre-Dame. Construída em Paris
entre os anos 1163 e 1345, em estilo gótico.
Basíliade
Saint-Sernin.
Toulouse.
Inaugurada
em 1096.

Arte Medieval –o Gótico
As grandes catedrais do final do século XII e início do XIII em
sua maioria foram concebidas em escala tão imponente e
arrojada que praticamente nenhuma foi concluída
exatamente como projetada. Ao longo da construção, que
facilmente avançava além dos 100 anos, inúmeras
alterações eram incorporadas –fossem pela aquisição de
novos conhecimentos técnicos ou por novas concepções
estéticas e filosóficas.

Arte Medieval –o Gótico
As novas catedrais davam aos fiéis o vislumbre de um mundo
diferente. Eles ouviriam falar, em sermões e cânticos, da
Jerusalém Celestial com seus portões de pérolas, suas joias de
incalculável preço, suas ruas de ouro puro e cristal transparente
(Apocalipse cap. XXI). Essa visão agora descera do Céu à Terra e
tornara-se acessível a todos.
As paredes das igrejas góticas não eram frias e intimidativas.
Eram
formadas de vitrais polícromos, que refulgiam como rubis e
esmeraldas.

Arte Medieval –o Gótico
Tudo o que era pesado, terreno e trivial foi eliminado. Entregues
à contemplação de toda essa beleza, os fiéispodiam sentir que
estavam mais próximos de entender os mistérios de um reino
imaterial.

Arte Medieval –o Gótico

Arte Medieval –o Gótico
O artista gótico não estava
mais preocupado com a
beleza clássica de
proporção, equilíbrio e
harmonia. Começa a
interessar-se pela expressão
dos sentimentos humanos.
Esculturas na Catedral de Chartres, França.
Construída entre 1145 e 1260.

Arte Medieval –o Gótico
Pinturas e esculturas fazem referência direta a personagens
e passagens bíblicas. Em conjunto, elas formam uma
consubstanciaçâodos ensinamentos da Igreja.
Morte da Virgem.
Catedral de
Estrasburgo,
Alemanha. Por volta
de 1230.

Arte Medieval –o Gótico
A arte gótica se opõe radicalmente à abstração estereotipada
do período românico. Interessa-se, agora, inteiramente pelo
ser e pelas características únicas dos indivíduos.
Observa-se facilmente
o esforço do artista
para expressar os
sentimentos, a
ansiedade, o medo, a
bondade, a devoção,
de suas figuras.
Esculturas na Catedral de Chartres, França. Construída
entre 1145 e 1260.

Arte Medieval –o Gótico
A mudança essencial é que a arte unilateralmente espiritual
do começo da Idade Média, que rejeitava toda imitação da
realidade diretamente vivenciada e toda confirmação pelos
sentidos, deu lugar a uma arte que faz toda validade de
afirmação, mesmo acerca de matérias sobrenaturais, ideais e
divinas, depender da realização de uma absoluta
correspondência com a realidade sensível natural.
Desta forma, todo o relacionamento entre Espírito e Natureza
foi alterado.

Arte Medieval –o Gótico

Arte Medieval –o Gótico

Bibliografia
FERNÁNDEZ, A.; BARNECHEA, E.; HARO, J. Historia delarte.
Barcelona, Ed. Vicens-Vives, 1998
GOMBRICH, E H. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo,
Martins Fontes, 2000
VENTURI, Lionello. História da crítica de arte. Lisboa, Ed. 70, 2007