AULA 1 - SAÚDE COLETIVA ENFERMAGEM .pdf

AULA INTRODUTÓRIA SOBRE SAÚDE COLETIVA

1. Saúde Coletiva
e o SUS
Enfª Alice Mafra

2. Aula de
hoje…
• Diferenças entre Saúde Pública e Coletiva
• História e Reforma Sanitária no Brasil
• O Sistema Único de Saúde (SUS) e sua gestão
• Níveis de prevenção e Redes de Atenção à
Saúde
• O papel do técnico de enfermagem na Saúde
Coletiva

3. Saúde Coletiva
Abordaremosasaúdecomo
direitoeaimportânciada
comunidadenoprocessode
cuidado.Compreenderemoso
papelfundamentaldaatuação
multiprofissional.
Saúde Coletiva: comunidade, direito e cuidado
multiprofissional.

4. O queé?
SaúdeColetivaéumcampoque
estudaasaúdecomofenômeno
SOCIAL,diferentedaSaúdePública
quefocaemaçõesgovernamentais.
Elaanalisadeterminantessociaiscomo
saneamentobásicoeeducação,
buscandointervençõesamplas.
Saúde Coletiva: intervenções amplas para melhor
qualidade de vida.

5. Porqueestudar?
• Promover saúde: prevenir doenças na comunidade.
• Cuidado integral: visão ampliada da saúde.
• Impacto social: melhorar qualidade de vida.
• Atuação técnica: essencial no SUS e PSF.

6. Saúde Pública
SaúdePúblicaéoconjuntodeações
doEstadoedasociedadepara
PROMOVER, PROTEGER E
RECUPERAR ASAÚDECOLETIVA.
Issoincluiprogramascomoa
vacinaçãoemmassaeosaneamento
básico,essenciaisparaprevenir
doenças.
Saneamento urbano: Ações de saúde pública para o bem-
estar coletivo.

7. Saúde Coletiva
ASaúdeColetivaéumcampocrítico
einterdisciplinarquevaialémda
doençaindividual,analisandoos
DETERMINANTES SOCIAIS da
saúde.
Elaestudacomofatorescomo
desigualdadesocialeacessoà
educaçãoimpactamasaúdede
grupospopulacionais.
Gestão pública: saúde coletiva e qualidade de vida.

8. Saúde Pública Saúde Coletiva
Focanadoençaenocontrolede
agravosemnívelpopulacional,com
baseemumaabordagembiomédicae
higienista.
Objetivoprincipal:prevençãoeo
controledeepidemias,comoas
campanhasdevacinaçãoemmassa
queerradicaramapoliomieliteno
Brasil.Atuanaorganizaçãodeserviços
eaçõesparagarantirasaúdeda
população.
Surgecomoumcampomaisamploe
interdisciplinar,queanalisaoprocesso
saúde-doença considerando seus
determinantessociais,econômicose
culturais.
Seufocoéacompreensãoetransformação
dascondiçõesdevidaqueafetamasaúde
dosgrupospopulacionais.
VS

9. Origens Históricas
Apreocupaçãocomasaúdepopulacional
remontaacivilizaçõesantigas,comoos
romanoscomseusaquedutosesistemas
deesgoto.
NoséculoXIX,surtosdecólera,comoo
investigadoporJohnSnowemLondres,
impulsionaramosaneamentobásico.
Tratamento de água: saúde pública e sustentabilidade
urbana.

10. Saúde Pública no
Brasil
NoiníciodoséculoXX,aSaúdePública
brasileirafocounocontroledeepidemias
comofebreamarelaevaríola.
Campanhassanitaristas,lideradaspor
figurascomoOswaldoCruz,buscavam
erradicardoenças.
ARevoltadaVacinaem1904exemplifica
aresistênciapopularàvacinação
obrigatória.
Pessoasemcampanha de vacinação contra pólio em
Olinda.

11. Reforma
Sanitária
OMovimentodaReformaSanitária
Brasileirafoivitalnaredemocratização
pós-ditadura.
Culminouna8ªConferênciaNacional
deSaúde(1986)enaConstituiçãode
1988,queestabeleceuasaúdecomo
direito.
Issopavimentouocaminhoparao
SistemaÚnicodeSaúde(SUS),
garantindoacessouniversale
equitativo.
Debate constitucional de 1988: saúde como
direito.

12. Nascimentoda Saúde
Coletiva
ASaúdeColetivasurgiunoBrasilapartirda
décadade1970,comoummovimento
críticoàmedicinatradicionaleàSaúde
Públicavigente.
Seuobjetivoeraconstruirumsistemamais
equitativoeacessível,fundamentalparaa
criaçãodoSUS.
Protesto contra privatização: defesa do SUS e da saúde
coletiva.

13. SUS: Marco Central
• Marco legal: Constituição Federal de 1988.
• Concretiza princípios da Reforma Sanitária.
• Garante acessoUNIVERSAL, INTEGRAL E EQUITATIVO.
• Principal instrumento da Saúde Coletiva no país.

14. Gestão do SUS
AgestãodoSUSétripartite,
envolvendoUnião,estadose
municípios.Cadanívelpossui
responsabilidadesespecíficas,como
adefiniçãodepolíticasnacionaispelo
MinistériodaSaúde,acoordenação
estadualeaexecuçãolocalnas
UnidadesBásicasdeSaúde.Essa
articulaçãogaranteauniversalidadee
integralidadedoacessoàsaúde.
Território brasileiro: gestão tripartite do SUS.

15. Nível Federal
• Define políticas nacionais: PNHP, PNAB.
• Financia o SUS: Fundo Nacional de Saúde.
• Regulamenta e fiscaliza: ANVISA, ANS.
• Coordena o SUS nacionalmente: Ministério da Saúde.

16. Nível Estadual
• Coordena ações de saúde regionais.
• Gere hospitais regionais e especializados.
• Regula vigilância sanitária e epidemiológica.
• Apoia municípios com recursos e expertise.

17. Nível Municipal
• Principal executor da Atenção Primária à Saúde (APS).
• Gerencia UBS, equipes de Saúde da Família e programas.
• Responsável pela vigilância em saúde e campanhas locais.
• Articula a rede local para acesso a outros níveis.

18. Níveis de Prevenção
Sãoestratégiasorganizadasparaevitar
osurgimentodedoençasouatenuar
suasconsequências.
Elesguiamasaçõesdesdeapromoção
dasaúdeatéareabilitaçãodoindivíduo.Vacinação infantil: prevenção de doenças antes de
surgirem.

19. Prevenção
Primária
Consisteemaçõesrealizadasantesdo
surgimentodequalquerdoença.
Elaabrangeapromoçãodasaúde,como
campanhaseducativassobrealimentação
equilibradaeoacessoasaneamento
básico.
Incluitambémaproteçãoespecífica,
exemplificadapelavacinaçãocontra
doençasinfecciosaseousode
equipamentosdeproteçãoindividual
(EPIs)emambientesderisco.
Comunidade compartilha alimentação saudável: prevenção
primária.
Vacinação: proteção específica para prevenir doenças.

20. Proteção Específica
AProteçãoEspecíficaéumavertentecrucialdaPrevençãoPrimária,
focadaemaçõesdiretasparaevitardoençasouagravosespecíficos.
Issoinclui,porexemplo,avacinaçãocontrasarampoeousode
EquipamentosdeProteçãoIndividual(EPIs)emambientesde
trabalho.Taismedidasvisamblindaroindivíduoderiscosconhecidos
epontuais.

21. Prevenção
Secundária
Focanodiagnósticoetratamentoprecoce
dedoençasjáestabelecidas,masainda
emfaseinicial.
Seuobjetivoprincipaléinterrompera
progressãodaenfermidade,minimizando
danoseprevenindocomplicaçõesgraves.
Radiologia: riscos e benefícios na prevenção secundária.
Médico discute medicação para prevenção secundária com
paciente.

22. Prevenção
Terciária
FocanaREABILITAÇÃOelimitaçãode
danosparadoençasjáestabelecidas.
Seuobjetivoéreduzircomplicaçõese
melhoraraqualidadedevida.
Umexemploéafisioterapiapara
pacientespós-AVC,visandorestaurar
movimentoseautonomiaereinserção
social.
Terapia fonoaudiológica: reabilitação e melhora da
comunicação.

23. Rede de Atenção à Saúde (RAS)
Arranjoorganizacionaldosserviçoseaçõesdesaúde,estruturadopara
ofereceratençãocontínuaeintegralàpopulação.Seuobjetivoprincipal
égarantiraintegraçãodosdiferentespontosdeatenção,desdea
AtençãoPrimáriaàSaúde(APS)atéoshospitaiseserviçosdealta
complexidade.Issoasseguraacontinuidadedocuidado.

26. Centro de Saúde: Porta de Entrada
do SUS
• Porta de entrada essencial: Primeiro contato com o SUS.
• Atenção Primária: Base da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
• Equipes Multiprofissionais: Médicos, enfermeiros, técnicos, ACS.
• Funções: Prevenção, promoção, tratamento, reabilitação.

28. Técnico de Enfermagem
•Educaçãoemsaúdenacomunidadeeescolas.
•“Apoio”emcampanhasdevacinaçãoeprevenção.
•Atuaçãoemprogramascomosaúdedafamília.
•Coletadedadosparavigilânciaepidemiológica.
•Administraçãodemedicamentos;
•Realizaçãodecurativos;
•Verificaçãodesinaisvitais;
•Visitadomiciliareorientaçãoàpopulação

29. Conclusão
•ASaúdeColetivaofereceumavisãoampliadada
saúde,considerandofatoressociais.
•OSUSéoprincipalinstrumentoparagarantiro
direitoàsaúdenoBrasil.
•Açõesdeprevenção(primária,secundária,terciária)
sãocruciaisparaasaúdepopulacional.
•AgestãodoSUSécompartilhadaentreUnião,
estadosemunicípios,garantindoaatençãointegral.
•Comotécnicodeenfermagem,vocêépeça-chave
napromoçãodasaúdeenocuidadocomunitário.