CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO CATETER:
A escolha do cateter deve ser baseada: nas necessidades individuais do paciente, objetivo da
cateterização, tempo pretendido para manter o cateter, tipo de urina drenada, conforto do
paciente.
O calibre do cateter deve ser determinado pelo tamanho do canal uretral do cliente. É utilizado o
sistema francês quanto maior o número do calibre, maior é o cateter.
➢Crianças de 8 a 10 Fr
➢Mulheres de 14 a 18 Fr
➢Homens de 16 a 18 Fr
A duração do período de cateterização deve determinar o tipo de material selecionado;
Os cateteres plásticos são adequados apenas para o uso intermitente por serem espessos e
inflexíveis.
TIPOS DE CATETERISMO VESICAL:
Cateterismo Vesical de Alívio –cateter
Nelaton
Cateterismo Vesical de Demora –cateter
Foley
CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO OU INTERMITENTE
Umcateterreto(sondadenelaton),edeusoúnicoéintroduzidoporumperíodo
suficienteparadrenarabexiga.Quandoabexigaestivervaziaocateterdeveser
retiradoimediatamente.
Estetipodecateterismopodeserrepetidoquandonecessário,porém,ousorepetido
aumentaosriscosdetraumaeinfecção.(catetersem“cuff”).Paraeliminarurina
residual,prevenirinfecçãourinariaelesões,diminuicálculosvesicaisemimetizao
processonormaldemicção
INDICAÇÕES:
·Alíviopararetençãourinária;
·Obtençãodeurinaestéril;
·Avaliaçãodeurinaresidualdepoisdamicção;
CATETERISMO VESICAL DE DEMORA OU CONTINUO
Umasondadedemoraoufolleypermanecenolocalporumperíodoprolongado.Possui
umbalãoinsuflávelcomáguaqueenvolveasondaexatamenteabaixodaextremidade,
quandoinsuflado,obalãorepousacontraasaídadabexiga,fixandoasondanaposição.
Asondaderetençãooudedemorapodepossuirduasvias(sondadeFolley),outrêsvias
dentrodocorpodasonda.(sondadeOwen,paralavagemvesical).(catetercom“cuff”).
TIPOS DE SONDAS DE DEMORA:
· Sonda Folley
· Sonda de Owen
Tempo de Permanência: 7 dias
Numeração:
14 –16 em mulheres
16 -20 em homens
INDICAÇÕES:
➢· Facilitar a eliminação vesical.
➢· Facilitar a avaliação da quantidade de
urina residual.
➢· Permitir uma avaliação continua e
apurada da diurese.
➢· Fornecer uma via para irrigação da
bexiga.
➢· Realizar o controle indireto da função
hemodinâmica e
➢promover a drenagem de paciente com
incontinência
➢urinaria.
➢· Esvaziar a bexiga para procedimentos
cirúrgicos ou
➢diagnósticos.
➢· Controlar sangramentos.
3. Cuidados com a bolsa coletora:
✓Conectar o cateter ao coletor antes do
cateterismo;
✓Conservar o coletor sempre em nível inferior
à bexiga, para evitar fluxo retrogrado,
evitando sua contaminação (não arrastar no
chão);
✓Desprezar a urina em recipientes limpos e
individualizados, evitando o contato do tubo
de drenagem com objetos e superfícies
como cálice, cama e chão;
✓Esvaziar a bolsa coletora quando a mesma
atingir 2/3 da sua capacidade, a fim de
facilitar o manuseio e diminuir riscos de
refluxo.
4. Lavagem / irrigação vesical:
NUNCA LAVAR O CATETER VESICAL
A lavagem vesical é permitida exclusivamente
em pacientes portando cateter vesical de 3 vias,
nos casos de obstrução por coágulos;
Quando a obstrução é prevista/esperada, o
médico deverá prescrever irrigação vesical para
preveni-la;
A lavagem e/ou irrigação do cateter vesical não é
recomendado, exceto em cirurgias urológicas e
em pacientes em condicionamento para
transplante de medula óssea.
MATERIAL:
✓Bandeja de cateterismo vesical;
✓Sonda Folley12 a 16 (adulto) ou 6 a 10
(crianças);
✓Bolsa coletora sistema fechado;
✓Antisséptico (solução aquosa) ou solução
de clorexidina degermante;
✓Gel hidrossolúvel/Xilocaína;
✓Luvas esterilizadas e de Procedimento;
✓Ampolas de água destilada;
✓Biombo;
✓Seringa 20 ml não luer-lock;
✓Agulha 30 x 10;
✓Cateterismo vesical contendo 1 cuba rim
ou cúpula redonda e 1 pinça cheronou
tipo kelly;
✓Gazes estéril;
✓Campo estéril;
✓Fita adesiva hipoalergênicaou
esparadrapo.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
➢Higienizar mãos antes e após o manuseio do cateter e/ou tubo e/ou da bolsa de drenagem
➢Manter o fluxo da urina, favorecendo a drenagem com
➢Em pacientes acamados, com sonda vesical, deve-se fazer higiene íntima após cada
evacuação.
➢Em alguns casos de retenção urinária pode ser colocada bolsa de água morna ou compressas
na região suprapúbica.
➢Observar e anotar o volume urinário, cor e o aspecto.
➢Desinsuflar o balão na retirada da sonda vesical, observar e anotar a primeira micção
espontânea.
➢O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente “fechado” e trocado toda a vez que for
manipulado inadequadamente.
➢Não abrir o sistema de drenagem, para realizar coleta de exames.
➢Realizar higiene perineal com água e sabão, e do meato uretral, pelo menos 2X ao dia.
➢Esvaziar a bolsa de drenagem quando necessário, não permitindo que ultrapasse o limite
recomendado
➢Interromper se houver resistência na introdução da sonda