Aula 2 - A memória evanescente o que é lembrado e o que é esquecido ao longo do tempo.pptx
dayaned3
205 views
25 slides
Mar 08, 2025
Slide 1 of 25
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
About This Presentation
Aula 2 - A memória evanescente o que é lembrado e o que é esquecido ao longo do tempo.pptx
Size: 17.43 MB
Language: pt
Added: Mar 08, 2025
Slides: 25 pages
Slide Content
1 a 1º bimestre Aula 2 Ensino Médio História "A memória evanescente": o que é lembrado e o que é esquecido ao longo do tempo
Os "espaços" e "tempos" na produção do conhecimento histórico: o lugar do historiador; Narrativas e sentidos de "passados"; Tipologias das fontes históricas (suas diferentes linguagens). Analisar a relação entre memória e história na construção dos sentidos do "passado"; Analisar como as fontes históricas se relacionam com os significados dados a elas no presente; Compreender as diversas tipologias de fontes históricas.
História & memória Foco no conteúdo Tintânide Mnemosine que personificava a memória na mitologia grega. Dante Gabriel Rossetti. Mnemosyne , entre 1876 e 1881. Domínio público. Delaware Art Museum . Wikimedia Commons. Reprodução – ALAGIS/WIKIMEDIA COMMONS, 2013. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mnemosyne_(color)_Rossetti.jpg . Acesso em: 17 set. 2024. A produção do conhecimento histórico depende de narrativas historiográficas construídas subjetivamente por intermédio dos observadores, constituindo diferentes memórias sobre o passado, que podem variar ao longo do tempo, da religião, do gênero, da etnia ou da classe social. A relação entre história e memória na construção do passado é complexa, pois a memória é carregada de subjetividades e influenciada por interesses sociais, culturais e políticos, moldando a interpretação do passado.
Embora a história busque a objetividade como a ciência que estuda os indivíduos e as sociedades em relação ao tempo, ela não está completamente desvinculada da memória, pois historiadores podem usar os vestígios de significação da memória como fonte histórica para entender como eventos, personalidades ou locais foram ressignificados ao longo do tempo. Desse modo, é necessário compreender que a definição de documento histórico vai além do documento escrito, e varia conforme as perguntas que a ele são indagadas, selecionando-o para o embasamento de narrativas historiográficas. Foco no conteúdo
Toda história sofre influência do período contemporâneo, visto que o historiador questiona as fontes históricas com base em anseios, preocupações e questionamentos do seu tempo, colaborando para a dinâmica da História. O olhar do presente Toda história [é vista pela] história contemporânea. Toda elaboração do conhecimento exige um indivíduo que imprime sobre a história (toda a história) uma organização harmônica e não discordante.” Fonte: FERREIRA, 2014. Foco no conteúdo
Além de influenciada pelo presente, a análise histórica é moldada por nossos referenciais e valores culturais, o que pode levar ao etnocentrismo – uma visão de mundo na qual o grupo em que fazemos parte é tomado como referência para analisarmos tudo o que existe ao nosso redor, em que tudo é pensado e sentido por meio de valores, modelos e definições do que é certo ou errado. O etnocentrismo na análise de fontes históricas Foco no conteúdo Esse fenômeno dificulta a compreensão e valorização das diferenças culturais e pode gerar estranheza, medo ou hostilidade em relação ao “outro”. O etnocentrismo reflete nossos preconceitos e se torna uma barreira para o entendimento intercultural, além de impactar a interpretação dos eventos históricos. Reprodução – CARLOS RUAS/UM SÁBADO QUALQUER, 2012. Disponível em: https://www.umsabadoqualquer.com/800-conceitos/ . Acesso em: 17 set. 2024. Fonte: ROCHA, 1988.
O documento histórico depende da memória construída pela subjetividade do observador. Deste modo, a mesma fonte pode embasar diferentes narrativas historiográficas. Leia a afirmação a seguir e julgue se é falsa ou verdadeira: Falso Verdadeiro 1 minuto
Falso Verdadeiro Leia a afirmação a seguir e julgue se é falsa ou verdadeira: O documento histórico depende da memória construída pela subjetividade do observador. Deste modo, a mesma fonte pode embasar diferentes narrativas historiográficas.
Leia com atenção o trecho ao lado, também disponível em seu livro. Agora, vamos praticar! Ora, se o documento é a pedra fundamental do pensamento histórico, isto nos remete a outra questão: o que é um documento histórico? É notável como o historiador resiste em definir seus conceitos de trabalho, mesmo os fundamentais. Discutir o que consideramos um documento histórico é, na verdade, estabelecer qual a memória que deve ser preservada pela História." KARNAL, L.; TARSCH, F. G. A memória evanescente. In: PINSKY, C. B.; LUCA, T. R. ( orgs .). O historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2009. Na prática Ao ler um trecho, grife as partes mais importantes para que você possa compreendê-lo melhor. Veja no livro! Atividade 1 10 minutos
Com base nos textos, responda em seu caderno: Na prática A ciência histórica se define em relação a uma realidade que não é nem construída nem observada como na matemática, nas ciências da natureza e nas ciências da vida, mas sobre a qual se 'indaga', se 'testemunha'." LE GOFF, J. História e memória. Campinas: Editora Unicamp, 1990. p. 7. Veja no livro! Atividade 1 O que os autores querem dizer ao afirmar que "o documento é a pedra fundamental do pensamento histórico" ? De que forma o historiador pode definir qual memória será preservada? Quais cuidados devemos tomar ao analisar documentos históricos para evitar enviesar as narrativas historiográficas com nossa subjetividade individual?
O que os autores querem dizer ao afirmar que "o documento é a pedra fundamental do pensamento histórico" ? Os autores afirmam que o documento é pedra fundamental do pensamento histórico, pois, é por meio da análise das fontes históricas, vestígios do que já ocorreu, que os historiadores constroem narrativas historiográficas sobre o passado. De que forma o historiador pode definir qual memória será preservada? Ao analisar fontes históricas e definir quais narrativas serão priorizadas, o historiador pode suprimir memórias legítimas e interpretações divergentes sobre aqueles documentos históricos. Quais cuidados devemos tomar ao analisar documentos históricos para evitar enviesar as narrativas historiográficas com nossa subjetividade individual? É necessário analisar com cautela o conjunto de fontes históricas disponíveis, elaborar boas perguntas para questioná-las, compará-las com o acervo de documentos e evitar que a subjetividade pessoal se sobreponha à análise científica dos vestígios do passado. Na prática Correção
constituída de intuições do narrador. resultado do compartilhamento das vivências. caracterizada pela uniformidade dos relatos. marcada pela seletividade das lembranças. dissociada do contexto de surgimento. (Enem 2022) O texto ressalta um aspecto fundamental da produção de memória ao identificá-la como: O testemunho nunca é um relato exato do que aconteceu. Na verdade, ao expor seu passado, o sujeito está sempre procedendo a uma reelaboração pela qual memórias tidas como negativas podem, consciente ou inconscientemente, ser esquecidas. Em certos momentos, simplesmente para seguir em frente, é preciso esquecer." VASCONCELOS, C. B. As análises da memória: balanço e possibilidades. Estudos Históricos, n. 43, jan.-jun. 2009 (adaptado). Aprofundando Veja no livro!
Aprofundando constituída de intuições do narrador. resultado do compartilhamento das vivências. caracterizada pela uniformidade dos relatos. marcada pela seletividade das lembranças. dissociada do contexto de surgimento. (Enem 2022) O texto ressalta um aspecto fundamental da produção de memória ao identificá-la como: O testemunho nunca é um relato exato do que aconteceu. Na verdade, ao expor seu passado, o sujeito está sempre procedendo a uma reelaboração pela qual memórias tidas como negativas podem, consciente ou inconscientemente, ser esquecidas. Em certos momentos, simplesmente para seguir em frente, é preciso esquecer." VASCONCELOS, C. B. As análises da memória: balanço e possibilidades. Estudos Históricos, n. 43, jan.-jun. 2009 (adaptado).
C) Marcada pela seletividade das lembranças. O texto aponta que o testemunho é afetado por fatores que, de forma consciente ou inconsciente, são capazes de afetar as memórias de novos acontecimentos. Por isso, a alternativa correta é aquela que expõe a seletividade das lembranças, tendo em vista a memória como a visão do passado orientada pelo olhar do presente. Aprofundando Correção
narrativas científicas. princípios cristocêntricos . arquivos positivistas. valores etnocêntricos. conceitos socialistas. (Enem 2023) O texto elabora uma crítica à produção historiográfica ocidental por se pautar em uma abordagem com: SILVA, A. P. Memória oral e patrimônio indígena no Brasil nas crônicas do século XVI. Anpuh : XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009 (adaptado). Aprofundando Veja no livro! A historiografia ocidental estudou a colonização da América apenas do ponto de vista dos europeus, que deixaram testemunhos escritos presentes na documentação da época, sobretudo nas crônicas de viagens. A visão baseada na oralidade, em línguas desconhecidas pelo europeu, não foi incorporada sistematicamente ao estudo dos povos indígenas, considerados ‘povos sem história’.”
Aprofundando narrativas científicas. princípios cristocêntricos . arquivos positivistas. valores etnocêntricos. conceitos socialistas. (Enem 2023) O texto elabora uma crítica à produção historiográfica ocidental por se pautar em uma abordagem com: A historiografia ocidental estudou a colonização da América apenas do ponto de vista dos europeus, que deixaram testemunhos escritos presentes na documentação da época, sobretudo nas crônicas de viagens. A visão baseada na oralidade, em línguas desconhecidas pelo europeu, não foi incorporada sistematicamente ao estudo dos povos indígenas, considerados ‘povos sem história’.” SILVA, A. P. Memória oral e patrimônio indígena no Brasil nas crônicas do século XVI. Anpuh : XXV Simpósio Nacional de História – Fortaleza, 2009 (adaptado).
c) valores etnocêntricos. O texto aponta uma visão etnocêntrica a respeito da colonização das Américas, pois, ao não incorporar os testemunhos deixados pelos povos nativos, a narrativa dominante se baseou apenas nos registros que eram considerados, pela historiografia, fontes confiáveis sobre os eventos da conquista (em geral textos escritos). Aprofundando Correção
FERREIRA, P. H. A história como liberdade – Benedetto Croce e Roberto Rossellini . Associação Nacional de História (ANPUH), 2014. Disponível em: https://www.encontro2014.mg.anpuh.org/resources/anais/34/1402972549_ARQUIVO_Ahistoriacomoliberdade-BenedettoCroceeRobertoRossellini.pdf . Acesso em: 17 set. 2024. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 2022. Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; Prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, 1º dia, Caderno 1, Azul (2ª aplicação). Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2022_PV_reaplicacao_PPL_D1_CD1.pdf . Acesso em: 17 set. 2024 INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (Inep). Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 2023. Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; Prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias, 1º dia, Caderno 1, Azul (2ª aplicação). Disponível em: https://download.inep.gov.br/enem/provas_e_gabaritos/2023_PV_reaplicacao_PPL_D1_CD1.pdf . Acesso em: 17 set. 2024. IOKOI, Z. M. G.; QUEIROZ, T. A. P. de. A história do historiador . São Paulo: Humanitas, 1999. KARNAL, L.; TARSCH, F. G. A memória evanescente . In : PINSKY, C. B.; LUCA, T. R. de (Org.). O historiador e suas fontes . São Paulo: Contexto, 2009. Referências
Slide 2 Habilidade: ( EM13CHS101 ) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais . (SÃO PAULO, 2020)
Slide 3 Tempo: 3 minutos. Dinâmica de condução: P ermita que os estudantes conversem entre si sobre esta reflexão. Em seguida, conduza com os alunos a apresentação de algumas reflexões, direcionando a reflexão para o ofício do historiador e a necessidade de fontes históricas para a estruturação de narrativas historiográficas. Expectativas de respostas: E spera-se que os estudantes compreendam que o ofício do historiador é mediado por fontes históricas, sendo que a ausência de documentos não significa que a sociedade não existiu, mas inviabiliza a formulação de explicações e narrativas sobre aquela civilização.
Slide 4 Tempo: 3 minutos. Dinâmica de condução: B usque a contribuição de, pelo menos, três estudantes sobre a pergunta acerca das fontes históricas. Expectativas de respostas: É possível que os estudantes afirmem que apenas as tabuinhas cuneiforme sejam fontes históricas. Deste modo, conduza o debate para afirmar que o que define um documento histórico é a indagação feita pelo historiador.
Slide 15 Tempo: 10 minutos. Dinâmica de condução: Conduza a discussão disciplinada resgatando elementos já abordados em aula, como a peculiaridade da História, enquanto ciência em que o objeto é imutável, mas em que as fontes históricas podem variar, além de centralizar as perguntas e indagações contemporâneas como centrais para que a História esteja em constante transformação e aprimoramento.