Aula 2 coleta de material para exames laboratoriais.
drikasaraiva
82,785 views
49 slides
May 19, 2013
Slide 1 of 49
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
About This Presentation
No description available for this slideshow.
Size: 497.37 KB
Language: pt
Added: May 19, 2013
Slides: 49 pages
Slide Content
Coleta de material para
exames laboratoriais.
•Os principais objetivos do exame
laboratorial são confirmar, estabelecer
ou complementar o diagnóstico
clínico.
•Fornecem elementos para o
prognóstico de determinadas doenças.
•Estabelecem critérios de normalidade.
•Delineia fatores de risco evolutivos.
Para que o laboratório clínico
possa oferecer respostas
adequadas, é indispensável que o
preparo do paciente e a coleta do
material a ser examinado sejam
realizados obedecendo-se
determinadas regras, sem as quais
toda a rotina laboratorial pode ser
seriamente prejudicada ou mesmo
inviabilizada (MACHADO e
ANDRIOLO, 2002).
Fatores que interferem nos
resultados
•Técnica da coleta do material
•Atividade física
•Período de jejum
•Dieta
•Administração de drogas
Exames comuns
•Sangue
•Urina tipo I (EAS)
•Urina 24 horas
•Urocultura
•Exame de escarro
•Parasitológico de fezes
•Coprocultura
MÉTODOS DE COLHEITA DO SANGUE
PUNÇÃO VENOSA
PUNÇÃO ARTERIAL
ELISABETH THOMÉ / SANDRA LEAL
ELISABETH THOMÉ / SANDRA LEAL
CUIDADOS PARA FAZER A COLHEITACUIDADOS PARA FAZER A COLHEITA
ANTES
•Identificar o paciente
•Reunir todo o material e acessórios
•Explicar o procedimento ao paciente
•Se houver necessidade de jejum,
verificar que esta exigência seja
cumprida
DURANTE
•Colocar o paciente em posição
adequada para fácil acesso da veia
•Pedir ao paciente para cerrar o punho,
a fim de distender as veias
•Selecionar uma veia para punção
venosa
•Aplicar um torniquete alguns
centímetros acima do local de punção
•Limpar o local da punção venosa (em
geral, com álcool isopropílico a 70%).
Deixar secar.
L
DURANTE
•Efetuar a punção venosa introduzindo a agulha
com o bisel para cima e formando um ângulo de
15º da pele
•Se for utilizado um VACUTAINER, empurrar o
tubo no suporte tão logo seja introduzido a agulha
na veia. Quando o tubo estiver cheio, removê-lo.
Outro tubo pode ser então inserido no suporte.
•Se for utilizada uma seringa, puxar o êmbolo
lentamente e de modo uniforme à medida que o
sangue enche a seringa. Transferir o sangue para
tubos com tampa de cor apropriada.
•Liberar o torniquete quando o sangue começar a
fluir.
L
APÓS
•Colocar um algodão sobre o local. Remover a agulha
e aplicar pressão no local.
•Misturar o sangue com os aditivos nos tubos
homogeneizando suavemente os tubos.
•Descartar apropriadamente os materiais
contaminados, como agulhas, seringas e algodão.
•Rotular cada frasco de sangue
•Providenciar a entrega imediata da amostra de
sangue ao laboratório.
•Se o paciente estiver em jejum, retirar a restrição
dietética.
COMPLICAÇÕES
POTENCIAIS
•SANGRAMENTO
•HEMATOMA
•INFECÇÃO
•TONTURA E DESMAIO
Urina
•EXAME FÍSICO: Volume, cor, aspecto,
odor, Reação e pH e Densidade.
•EXAME QUÍMICO QUALITATIVO: Proteína,
Glicose, bilirrubina e corpos cetônicos.
•EXAME MICROSCÓPICO: cilindros,
hemáceas, piócitos
•EXAME BACTERIOLÓGICO: urocultura
• A cor da urina normal varia (diversas
tonalidades de amarelo), dependendo
principalmente do estado de desidratação
do paciente.
piúria, hematúria, hemoglobinúria.
Volume e cor
-Normal 600 a 1600 ml em 24 h (adulto)
-Oligúria, poliúria, polaciúria, anúria.
COR
•Citrina a âmbar
•Alaranjada
•Amarela intensa
•Esverdeada
•Vinho ou castanha-
avermelhada
•Castanha a negra
•Quase incolor
•Vermelha
•Verde ou azul
•Leitosa opalescente
•Castanho-escura
•Normal
•Urina concentrada
•Cenoura, beterraba
•Amitriptilina
•Hemoglobina, mioglobina,
beterraba
•Metildopa
•Urina muito diluida
•Sangue, rifocina
•Azul-de-metileno,
Pseudomonas
•Lipidúria, piúria
•Levodopa
Exame químico qualitativo
-Proteína: Normal – até 150 mg de proteína no volume de 24 horas,
mas esta quantidade não é detectável pelos métodos correntes de
investigação.
Proteinúria – traços – menos de 0,5g/l;
+ - equivalente a 1g/l;
++ - até 3g/l;
+++ - de 5 a 10 g/l;
++++ - mais de 10 g/l.
Causas da proteinúria: Transitória: febre, após exercício intenso,
maratonista, estado infeccioso grave.
Ortostática: pode ocorrer em pessoas normais
ou em doenças renais em fase inicial.
Processos primariamente normais:
Glomerulonefrites, Sindrome Nefrótica, Insuficiência Renal Aguda,
Pielonefrite, Tumores Renais e Litíase.
Processos secundariamente renais:
Insuficiência cardíaca, Hipertensão Arterial, Arterites e Trombose da
Veia Renal
-Glicose: Normal: ausente;
Glicosúria: + - 0,5 g%;
++ - 0,75 g%
+++ - 1 g%
++++ - 2 g%.
-Bilirrubina: Normal: ausente;
Positiva: colúria – aumentos de
bilirrubina direta.
- Corpos Cetônicos: Presentes na cetoacidose
diabética e na inanição.
Exame microscópico
Pesquisar o sedimento de 10 ml de urina, após centrifugação de 5
minutos a 1500 r.p.m. Usar aumento em 4000 vezes.
-Células: Hemácias: Normal até 3 por campo. Aumentadas nas
infecções e inflamações do trato urinário.
Piócitos: Normal até 4 por campo. Eliminação
aumentada nos processos infecciosos e inflamatórios do trato
urinário. Na mulher, a piúria não tem o mesmo significado que no
homem, tendo em vista a contaminação vaginal da urina.
Bactérias:
-Cilindros: Cilindros hialinos: Urinas concentradas. Todos os
outros cilindros vinculam-se ao sofrimento do trato urinário
(Granulosos, hemáticos, piocitário, epiteliais, céreos e graxos).
- Cristais: Uratos – Urina ácida;
Fosfato de cálcio e amoníaco magnesiano – urina
alcalina;
Enxofre – Administração de sulfadiazina.
Exame bacteriológico
•O plantio em meio de cultura deve ser feito no
máximo uma hora após a colheita.
•Incubação por 24-48 horas, é feito a contagem e
cálculo do número de colônias, seguidos de
identificação do germe e antibiograma.
•INDICAÇÕES:
suspeita de infecção urinária;
controle evolutivo de infecção urinária;
qualquer doença do aparelho urinário principalmente
obstruções e malformações;
cateterismo vesical.
•EAS = Exame “padrão” – É constituído
pela determinação das características
físicas, elementos anormais e exame do
sedimento.
•UROCULTURA= É o “plantio – “cultivo”
em meio de cultura (ágar simples – Placa
de Petri).
Coleta de amostra de urina
Interpretação
•Abaixo de 10.000 colônias por ml – contaminação;
-Entre 10.000 e 100.000 colônias por ml – suspeitar
(repetir);
-Acima de 100.000 colônias por ml – infecção
urinária;
-Valorizar contagens entre 10.000 e 1000.000
colônias, se houver: Obstrução urinária,
cateterismo vesical atual ou prévio, uso de
antibiótico e isolamento de germes como E. coli,
Pseudomonas e Klebsiela.
EAS/UROCULTURA
Materiais necessários
- EAS
Recipiente limpo;
Frasco coletor de
urina;
Seringa de 10 ml;
Agulha 40X12;
Luva de procedimento;
Material para higiene
dos órgãos genitais;
Identificação
- UROCULTURA
Recipiente estéril
(cuba rim);
Frasco de cultura
estéril;
Seringa de 10 ml;
Agulha 40X12;
Material para higiene
dos órgãos genitais;
Identificação;
Execução da técnica
1.Lavar as mãos;
2.Preparar o material necessário, rotular o frasco com: nome, leito, número
de registro, hora, tipo de material e assinatura e levar ao
quarto/enfermaria.
3.Calçar luvas de procedimento.
4.Explicar o procedimento e solicitar a ajuda do paciente;
5.Encaminhar o paciente até o banheiro;
6.Orientar o paciente sobre o modo correto de higienizar as genitálias,
estimulando a colaborar e instruindo a realização da higiene com água e
sabão, enxaguando abundantemente com água corrente;
7.Fornecer a cuba rim e solicitar ao paciente que despreze o primeiro jato e
colha o jato médio ( na mulher solicitar que os grandes e pequenos
lábios sejam separados, evitando-se o contato do jato urinário com o
vestíbulo vaginal); Supervisionar a coleta de urina;
8.Aspirar de 5 a 8 ml da cuba rim com a seringa e coloca-la no frasco
coletor;
9.Tampar o frasco, assegurando a veda ção completa, para evitar
vazamento de urina, evitar contaminar a parte externa do vidro, que será
manuseada por outras pessoas;
10.Auxiliar o paciente a retornar ao leito;
11.Levar material utilizado no procedimento ao expurgo;
12.Lavar as mãos;
13.Colocar material em saco plástico fechado e identificado;
14.Encaminhar material ao laboratório;
15.Relatar nas anotações de enfermagem.
OBSERVAÇÕES:
-Coletar a primeira urina da manhã e o jato médio;
-Na coleta de urina para urocultura o recipiente (cuba rim) e
frasco de cultura devem estar esterilizados.
-Para urocultura de pacientes acamados e ou desorientados ou
sem controle de suas funções fisiológicas, deve ser realizado o
cateterismo de alivio para que haja coleta de forma asséptica e
sua retirada deve ser tão logo seja feita a coleta;
-Enviar imediatamente ao laboratório, após identificação no
frasco.
Execução da técnica
EAS - PACIENTE COM
CATETERISMO VESICAL
•A bolsa de drenagem de urina é
considerada como contaminada;
•A desconexão do sistema aumenta a
possibilidade de infecções;
Luva de procedimento;
Seringa de 5 ml;
Agulha 25X7 ou 30x8;
Algodão ou gaze;
Álcool à 70 %;
Frasco coletor;
Identificação;
OBSERVAÇÃO : Na urocultura o frasco deve ser
obrigatoriamente estéril.
Materiais necessários
Execução da técnica
1.Lavar as mãos;
2.Preparar o material necessário, identificar o frasco e
levar ao quarto/enfermaria;
3.Fechar o sistema com uma pinça ou o clamp da bolsa
de drenagem de 30 minutos a 01 hora, para permitir
que a urina seja armazenada;
4.Realizar a assepsia da via de coleta com uma gaze ou
algodão embebido em álcool à 70%, deixe secar;
5.Calçar a luva de procedimento;
6.Introduzir a agulha na via de coleta e aspire 5 ml de
urina ( 2 a 3 ml são suficientes);
7.Remover a agulha e limpe a via de coleta novamente
com gaze com álcool a 70%;
Execução da técnica
8.Injetar a urina em um frasco de coleta (estéril, se for
urocultura);
9.Tampar o frasco coletor;
10.Desprezar a agulha e seringa em um dispositivo para
descarte de material perfuro cortante;
11.Retirar a luva e lave as mãos;
12.Colocar em recipiente plástico, fechado identificado
também;
13.Encaminhar material ao laboratório.
14.Relatar nas anotações de enfermagem.
OBSERVAÇÃO: O ponto de clampeamento deve ser
justamente abaixo da via de coleta. Certifique-se de
soltar a pinça ou o clamp da sonda após a coleta.
URINA 24 HORAS
•É o volume de urina coletado nas 24 horas
para fins laboratoriais;
I.Orientar o paciente sobre a finalidade do exame,
necessidade de coletar a urina de todas as
micções e a técnica de coleta;
II.Orientar a equipe de enfermagem sobre a
necessidade da observação da diurese e da
eliminação pelo paciente;
III.Para iniciar a coleta peça ao paciente que urine,
despreze esta urina e anote o horário;
IV.Toda a urina a partir deste momento deverá ser
colhida e a amostra final deverá ser obtida o mais
próximo possível do término do período de coleta.
Execução da técnica
•Lavar as mãos;
•Providenciar materiais e rotular o frasco;
•Solicitar que o paciente esvazie a bexiga e iniciar a coleta,
registrando o horário;
•Fornecer uma comadre ou urinol ao paciente e oriente
que urine neste recipiente e solicite pela enfermagem;
•Colocar a urina em frasco específico de coleta e
acondicione em geladeira ( caso não haja refrigerador
específico, estude a possibilidade de toda amostra ser
encaminhada direto ao laboratório ou isopor com gelo);
•Pedir ao paciente para urinar ao término do período de 24
horas(no mesmo horário do início da coleta);
•Encaminhar ao laboratório
•Realizar anotação de enfermagem
Observações
•Durante o período de coleta, coloque
cartazes com avisos na porta do quarto, na
porta do banheiro e próximo ao leito, para
relembrar os funcionários e o paciente
sobre a necessidade de guardar toda a
urina.
•Se a paciente estiver menstruada,
certifique-se de anotar;
•Marcar qualquer quantidade perdida de
urina durante a coleta do exame.
Identificação
•NOME;
•REGISTRO;
•TIPO DE MATERIAL;
•DATA;
•LOCAL;
•HORA;
•ASSINATURA.
ESCARRO
Indicação
•É o exame feito para detectar a
presença de microorganismos no
escarro.
Execução da técnica
•Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o
método para coleta do material;
•Lavar as mãos;
•Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar
ao quarto/enfermaria;
•Orientar a higiene oral somente com água, sem anti-
séptico, antes da coleta;
•Orientar que o material deve ser escarrado e não
cuspido;
•Fornecer o frasco. Orientar o paciente a tossir
profundamente e expectorar (escarrar) no recipiente,
fechando-o em seguida;
•Lavar as mãos;
•Encaminhar ao laboratório;
•Realizar anotação de enfermagem.
OSERVAÇÕES
1.Deve ser colhido pela manhã, em jejum, após
uma higiene oral simples;
2.O volume não é importante, 1 a 3 ml de material
purulento ou mucopurulento é suficiente;
3.Se o paciente for fumante, coletar o escarro antes
que o mesmo fume;
4.Caso o paciente apresente tosse improdutiva
deve-se colher o material em gaze esterilizada e
encaminhá-la, imediatamente, ao laboratório.
EXAME DE
FEZES
Exame macroscópico
•Peso por 24 horas: 150 a 200g.
•Consistência: pastosa a sólida
•Forma: cilíndrica
•Odor: fecal
•Coloração: castanha
•INDICAÇÃO:
•Pesquisa de parasitas;
•MATERIAIS NECESSÁRIOS :
•Recipiente específico;
•Comadre;
•Espátula;
•Fita adesiva.
Parasitológico de fezes
Execução da técnica
•Orientar o paciente sobre a finalidade do exame e o
método para coleta do material;
•Lavar as mãos;
•Preparar o material necessário, identificar o frasco e levar
ao quarto/enfermaria;
•Encaminhar o paciente ao banheiro, fornecendo a
comadre e frasco coletor;
•Orientar ao paciente para colher as fezes com auxílio da
espátula, colocar no recipiente e fecha-lo;
•Orientar ao paciente a lavar as mãos assim que terminar
de coletar o material;
•Lavar as mãos;
•Encaminhar ao laboratório;
•Realizar anotação de enfermagem
COPROCULTURA
•Orientar o paciente sobre a finalidade do
exame e o método para coleta do material;
•Lavar as mãos;
•Preparar o material necessário, identificar o
frasco e levar ao quarto/enfermaria;
•Encaminhar o paciente ao banheiro,
fornecendo a comadre;
•Coletar com cotonete específico a porção
média das fezes que não tenha entrado em
contato com a comadre;
•Lavar as mãos, encaminhar ao laboratório e
realizar anotação de enfermagem.
Execução da técnica
Referências
•MACHADO, A. M. O.; ANDRIOLO, A.
Dados laboratoriais mais frequentes
para o raciocínio clínico. In: BARROS,
A. L. B. L. et all. Anamnese e exame
físico. Porto Alegre: Artmed, 2002,
cap. 16.