Moldeiras Sempre que desejamos uma cópia fiel de um determinado objeto, há a necessidade de realizarmos uma ação chamada de MOLDAGEM O resultado da moldagem que corresponde ao negativo do objeto moldado chamamos de MOLDE A inserção de algum material, como por exemplo, gesso ou resina acrílica, resulta no que chamamos de MODELO. Para executarmos esta ação necessitamos de um recipiente para conter o material moldador durante a moldagem, que chama-se: MOLDEIRA
Por tanto, em prótese, MOLDEIRAS são recipientes apropriados para levar à boca do paciente certa quantidade de material de moldagem, previamente e corretamente manipulado, distribuindo-o uniformemente sobre à área a moldar e mantê-lo em posição até seu endurecimento total. Há dois tipos de moldeiras: 1 – de estoque - geralmente de metal, encontradas nas dentais, lisas ou perfuradas. 2 – individual – Feitas manualmente geralmente de resina acrílica Moldeiras
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Inicialmente devemos realizar um exame do modelo para determinar a presença de áreas retentivas. Retenções são alterações da superfície do modelo que poderão impedir a remoção da moldeira após sua confecção; Assim, sempre que encontrarmos áreas retentivas, elas deverão ser ALIVIADAS com a deposição de cera rosa nº 7, transformando-as em áreas expulsivas; Moldeiras Individuas
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O passo seguinte consiste no isolamento do modelo, ele é necessário para evitar que a RESINA ACRÍLICA penetre nos poros do gesso e impeça a remoção. O isolamento é feito com um material a base de alginato, chamado de: CEL-LAC. O Cel-lac é aplicado em camadas com auxílio de um pincel, que ao secar, forma um película protetora evitando a aderência da resina acrílica. Moldeiras Individuas
O preparo da resina acrílica se faz proporcionando corretamente o monómero e o polímero, que na marca CLASSICO, muito usado nos laboratórios é de 3x1, ou seja 3 partes de pó (polímero) para 1 parte de liquido (monómero). Coloca-se o monómero no pote de vidro e imediatamente o polímero que é espatulado até que ocorra saturação de todo pó, com uma mistura totalmente homogênea. Em seguida o pote de vidro é fechado para evitar que monómero evapore, A Resina Acrílica passará por 6 fases: 1 - Arenosa (logo após a mistura) / 2 – Pegajosa (inicia a adquirir consistência) 3 – Fibrilosa (Forma Fios) 4 – Plástica (resina permite manipulação) 5 – Borrachoide (Não permite manipulação) / 6 - Densa (polimerizada) Moldeiras Individuas
Moldeiras Individuas Após a Fase Plástica, a resina entra na fase borrachoide e não permite mais manipulação. Logo, o trabalho deve ser executado na fase PLÁSTICA da resina, para permitir sua adaptação sobre o modelo isolado com Cel-lac .
Moldeiras Individuas Enquanto aguardamos a fase plástica da resina, vamos realizar a demarcação dos limites da borda moldeira no modelo de gesso que deverá ser aproximadamente 1,5 mm aquém do fórnix do vestíbulo. Para tal vamos marcar com lápis cópia o fundo do sulco que servirá de referência para o estabelecimento do limite.
Além da marcação dos limites da moldeira, também devemos isolar duas placas de vidro e adaptarmos nas extremidades uma lâmina de Cera nº7 dobrada, que determinará a espessura da moldeira individual (aprox. 2mm). Ao atingir a fase plástica, ou ligeiramente antes, devemos retirar a resina do pote de vidro, manipular em esfera, colocarmos na placa de vidro e realizar a compressão da resina com as duas placas de vidro até que as ceras se toquem, assim a prensagem deixará a resina com a espessura ideal. A manta prensada de resina deverá ser levada até o modelo e sutilmente adaptada por pressão digital até seu perfeito assentamento. Os excessos serão cortados com a Le Cron e guardados para confecção do cabo que deverá ter aproximadamente 1x1cm, posicionado centralmente, com angulação de 45°C para vestibular. Moldeiras Individuas
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Quando retiramos a moldeira individual do modelo as marcações com lápis cópia deverão aparecer na parte interior da moldeira indicando as áreas a serem desgastadas com a broca MAXi -CUT. Deve-se desgastar a borda até a altura do limite demarcado, e a espessura da borda deverá ter no final aproximadamente 2mm. A parte posterior da moldeira deverá ser desgastada na linha do AHHHH..... Vibrátil, tomando com referencia a linha imaginária que liga as tuberosidades da maxila. A moldeira será finalizada com lixamento de suas bordas, evitando dessa maneira que machuque a boca do paciente. A sequência das moldeiras inferiores é igual a superior, mas levando em conta o recorte da porção lingual. Moldeiras Individuas
Instrumentos necessários para confecção de Moldeiras Individuas Materiais: Polímero Pó, Monómero Líq , Cera Rosa n° 7, Isolante Cel-lac . Instrumentais: Pote de vidro para Resina Acrílica, pote dapen para isolante, pincel, espátula, Le cron e placa de vidro.
Vídeos Confecção de moldeira individual
GODIVA É um material de moldagem termoplástica anelástico . Apresenta o tipo I (baixa fusão) e tipo II (alta fusão), a sendo a tipo I a indicada para realizarmos moldagem na cavidade oral, principalmente para selamento periférico em moldeira individual de resina acrílica. É comercializada em forma de bastão, a godiva deve ser aquecida sobre a chama de um lamparina, ou em banho quente para que seja plastificada (apresenta superfície lisa e brilhante) antes de ser utilizada.
Selamento Periférico com Godiva Aquecer lentamente a godiva sobre a chama da lamparina até atingir aspecto liso e brilhante (plastificado) Colocar a godiva plastificada sobre a parte da borda marginal da moldeira individual Levar a moldeira a boca do paciente solicitar que o paciente faça movimentos como sorriso, bico, som de O e A e manipular a mucosa do paciente. Importante que a godiva copie os movimentos as incursões musculares, freios e bridas.
Óxido de Zinco e Eugenol A pasta de óxido de Zinco e Eugenol é uma pasta de moldagem anelástica indicada para moldar arcadas desdentadas com auxílio de moldeira individual. É composta por duas pastas uma pasta base constituída de óxido de zinco, óleo mineral ou vegetal e a pasta catalisadora contendo eugenol. As pastas são porcionadas em comprimentos iguais e misturadas com espatulação vigorosa antes de serem utilizadas. Pasta manipulada deve ser levada a toda extensão da moldeira até onde há godiva.