Imunidade contra Vírus e Parasitos Prof. Me Emily Moura
Imunidade a Vírus: Agentes intracelulares obrigatórios – a resposta imune é norteada para a defesa contra células infectadas, que servem de “fábricas” de novas partículas virais Imunidade Inata – extremamente importante os Interferons Tipo I (alfa e beta) os quais inibem a replicação viral, e também por ação de células NK destruindo células infectadas
Imunidade a Vírus: Imunidade Adquirida: diversos fatores, tais como: Anticorpos neutralizantes – impedem a ligação de moléculas específicas do vírus com moléculas da membrana celular, impedindo a entrada do vírus na célula O mais importante meio de defesa contra os vírus é a citotoxicidade exercida pelos LT CD8+ - Importante Resposta Th1 e produção de IFN-gamma Muitas vezes, uma infecção viral maciça resulta em processo de lise celular intensa , causando patologias específicas, como no caso da Hepatite Mecanismos de Evasão – mutações em moléculas imunogênicas, inibição da apresentação de antígenos, inibição de citocinas, morte de células imunes
Evasão da resposta imune pelos vírus Os vírus podem alterar seus antígenos e não ser mais os alvos das respostas imunológicas .
Evasão da resposta imune pelos vírus Alguns vírus inibem a apresentação de antígenos proteicos citosólicos associado ao MHC de classe I
Imunidade a Vírus:
Imunidade a Vírus:
Imunidade a Parasitas: A Parasitologia é formada do estudo de três grandes grupos: Helmintos , e Protozoários – agentes extremamente diferentes entre si em termos de estrutura, composição antígenica, localização no hospedeiro . Muitos dos parasitas apresentam um ciclo biológico com formas completamente distintas entre si no mesmo ciclo, e, em muitos casos , composição antigênica que varia sensivelmente de forma a forma (ex: de tripomastigota a amastigota, de larva a adulto)
Imunidade a Parasitas: Talvez sejam os microrganismos que estejam melhor adaptados para conviver o hospedeiro, e aqueles que desenvolveram as melhores estratégias de evasão da resposta imunológica Coincidentemente, não existem vacinas atualmente que apresentem boa eficácia no combate a NENHUM parasita. Muitos duvidam que ainda vá existir alguma. Resposta Imunes Variáveis – dependendo do tipo do parasita, e de sua localização.
Imunidade a Protozoários: Principais protozoários causadores de doenças: Plasmodium , Trypanossoma, Toxoplasma, Leishmania ( humanos e animais ), Leishmania, Babesia (animais) Intracelulares, podendo estar hospedados no citoplasma da célula ou em vesículas especializadas Forte interação com células APC – glicococonjugados de membrana ligantes a Toll (Tolls 4 e 2), ácidos nucleicos ligantes a Toll 9 (CpG não metilados), algumas proteínas ligantes a Toll 11 (flagelina) Defesa baseada na ação de macrófagos ativados, células NK e Linfócitos T Citotóxicos Resposta Humoral participando apenas em uma curta fase extracelular Todos os protozoários possuem formas diferentes em seu ciclo biológico, nas quais ocorre mudança sensível nas características antigênicas
Imunidade a Protozoários: Babesiose Babesia spp
Imunidade a Protozoários:
Imunidade a Protozoários:
Imunidade a Protozoários:
Imunidade contra parasitas Imunidade inata contra parasitas A principal resposta aos protozoários é a fagocitose, mas muitos desses parasitas são resistentes à morte fagocítica e podem replicar dentro de macrófagos.
Imunidade contra parasitas Imunidade adaptativa contra parasitas O principal mecanismo de defesa contra protozoários que sobrevivem dentro de macrófagos é a resposta imune mediada por células, particularmente a ativação dos macrófagos por citocinas derivadas de células T H 1 Interferon gama
Imunidade contra parasitas Imunidade adaptativa contra parasitas A defesa contra muitas infecções por helmintos é mediada pela ativação de células T H 2, resultando em produção de anticorpos IgE e ativação de eosinófilos
NK IFN - APC pTh pTh pTh CD8+ IFN- Resposta Imune ao Toxoplasma gondii T. gondii IFN- TNF- IFN IL-2 IFN- CD4+ Th1 NO (Langermans et al. 1992) O 2 - , H 2 O 2 (Nathan et al, 1983)
Resposta Imune ao Trypanossoma cruzi
Evasão Imune de Protozoários Reclusão anatômica no hospedeiro. Estágios intracelulares – evitam parte da Resposta Imune E.g. Plasmodium dentro de eritrócitos – quando infectados, não são reconhecidos por células NK e T C . Também a forma intracelular hepática apresenta essa opção. Leishmania spp & Trypanosoma cruzi dentro de macrófagos.
Estratégias de Evasão Imune em Protozoários 2 . Variação antigênica. Em Plasmodium , diferentes estágios do ciclo de vida do parasito expressam diferentes antígenos Variação antigênica também no protozoário extracelular Giardia lamblia .
2. Variação antigênica. Trypanosomas africanos - 1 glicoproteína de superfície que cobre todo o parasita - VSG. Imunodominante para a resposta mediada por anticorpos Tryps possuem “gene cassettes” de VSG’s que permitem mudanças constantes nesses VSG. O hospedeiro monta uma resposta imune para a VSG atual, mas o parasita já muda a sua VSG para uma forma diferente Estratégias de evasão imune em protozoários
Estratégias de evasão imune em protozoários 2. Variação antigênica Parasitos expressando novos VSG escapam da detecção por anticorpos, replicam e continuam a infecção Permite a sobrevivência do parasito dentro do hospedeiro – por meses a anos Mais de 2000 genes envolvidos.
Estratégias de evasão imune por protozoários. 3 . Mudança de antígenos / Diferenças de membrana e.g. Entamoeba histolytica . 4 . Immunosupressão – manipulação da resposta imune do hospedeiro e.g. Plasmodium. 5 . Mecanismos anti- imunes - Leishmania – inibição do processo fagocítico e da liberação de reativos intermediários do oxigênio.
Imunidade a Helmintos: Baseada principalmente em mecanismos desencadeados por Linfócitos T do Tipo Th2 Importantíssima a ação de eosinófilos e de IgE – Os eosinófilos reconhecem a IgE ligada a membrana de helmintos através de seus receptores FCe, secretando nesse momento enzimas que destroem diretamente os parasitas . Ativação dos Eosinófilos por IL- 5, Troca de Isotipo para IgE em Linf. B induzida por IL- 4, portanto a resposta do Tipo Th2 é protetora
Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos A grande maioria extracelular e muitos grandes para a fagocitose. Alguns nematódeos gastrointestinais – o hospedeiro desenvolve inflamação e hipersensibilidade Eosinófilos e IgE iniciam as respostas inflamatórias no intestino e pulmões. Dependente de histamina – similar a reações alérgicas (Hipersensibilidade Tipo I)
Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos Fase Aguda - IgE & eosinófilos mediam inflamação sistêmica – expulsão do parasito Exposição crônica : Ativação de macrófagos - granulomas. Th2 / Aumento da produção de IgE por Linf. B, do número de mastócitos e eosinófilos ativados - inflamação
Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos Helmintos induzem respostas do tipo Th2 - IL- 4, IL- 5, IL- 6, IL- 9, IL- 13 & eosinófilos & anticorpos (IgE). Reações ADCC característicasreactions, i.e. Células natural killer (NK) direcionadas diretamente contra o parasito agem por intermédio de anticorpos específicos ligados na membrana do helminto – E.x. Morte de larvas por células NK ativadas através de IgE específica.
Possíveis respostas efetoras contra esquistossômulos IgG2a
A IgE e eosinófilos são importantes mecanismos de defesa contra Schistosoma Destruição de esquistossômulos de S. mansoni Receptores Fc Quimiocinas
Resposta Th2 é protetora nas infecções por helmintos que vivem na luz intestinal C itocinas Liberação de mediadores Apresentação do Ag Produção IgE Liberação dos grânulos Efeitos Ativação de mastócitos Efeitos farmacológicos Vasodilatação, perda de líquidos e células, aumento da produção de muco em vias aéreas e fluido intestinal Efeitos Clínicos Asma Rinite Anafilaxia Expulsão de vermes da luz intestinal Antígenos Superfície mucosa GM-CSF, TNF- , IL- 8
Evasão da imunidade por Helmintos – Estratégias no hospedeiro vertebrado 1. Tamanho – dificuldade de eliminar 2. Inibição da resposta primária e inflamação. Muitos não são eliminados.
Estratégias de evasão imune em helmintos 3 . Cobertura com moléculas do hospedeiro - Cestodas e trematodas adsorvem moléculas do hospedeiro, e.g. Moléculas eritrocitárias. Disfarce molecular – moléculas com alta homologia com moléculas do hospedeiro E.g. Schistosomas – proteínas séricas, ( antígenos de grupo sanguíneo & MHC class I & II). O Helminto é visto como “self” pelo sistema imune.
Estratégias de evasão imune em helmintos 4 . Immunosupressão – manipulação da resposta imune . Em altas infestações por nematódeos, a infecção pode se passar por assintomática. Parasitos podem secretar agentes anti-inflamatórios que suprimem o recrutamento e ativação de leucócitos efetores ou bloqueiam a ação quimiotática de quimiocinas. E.g. Proteínas ligante a ß integrina CR3 de D. immitis – inibe recrutamento de neutrófilos
Estratégias de evasão imune em helmintos
Estratégias de evasão imune em helmintos 5 . Mecanismos anti- imunes – larvas hepáticas de Schistossoma produzem enzimas que clivam anticorpos 6 . Migração e.g. Dirofilaria- se movimenta no intestino evitando reações inflamatórias locais . 7. Produção de enzimas pelos parasitas – Filarias secretam enzimas anti- oxidantes