Aula 7 - karl polanyi

mcserafim 3,047 views 12 slides Sep 08, 2010
Slide 1
Slide 1 of 12
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12

About This Presentation

No description available for this slideshow.


Slide Content

Karl Polanyi e a
Sociologia Econômica
Profs Carolina Andion &
Maurício Serafim
[ ESAG/UDESC ]

Textos
POLANYI, K. The Economy as Instituted Process. In POLANYI,
K; ARENSBERG, H & PEARSON, H. W. Trade and Markets in
the early empires. Economies in history and theory. New
York: Free Press, 1957. pp. 243-270.
POLANYI, K. A Grande Transformação: as origens da nossa
época. Rio de Janeiro: Campus, 2000. (Capítulos 4 e 6)

Biografia
Nasce em Viena em 1886 (filho de engenheiro e
empresário húngaro e mãe Russa)
Estuda na Universidade de Budapeste e obtém
doutorado em Direito em 1909 (se envolve com
movimento estudantil de esquerda)
1910 – 1915 – Atua como advogado, mas
desgosta-se da profissão
1915-1917 - Serve como oficial de cavalaria no
Exército Austro Húngaro, durante a Primeira Guerra
foi hospitalizado em 1919
1924-1933 - Após casar-se, atua como jornalista e
editor em jornal de negócios em Viena,
especializando-se em negócios internacionais

Biografia
1933 - Devido a emergência do facismo na Austria
ele imigra para Londres
1935 - Participa do grupo de esquerda cristã e co-
escreve Cristianismo e Revolução Social
1937 – Atua como tutor na Universidade de Oxford
1940-1943 - Torna-se residente scholar no
Bennington College em Vermont e escreve a
Grande Transformação
1947 - Torna-se professor na Columbia University
onde lecionou até o fim da vida a disciplina História
Econômica Geral
1957 - Escreve Trade and Markets in The Early
Empires
1964 - Falece em Ontario, onde passou a morar
desde 1950

Reconceituando a economia
Significado formal: o termo é tomado aqui no sentido de
“economia de meios”. Maximização da satisfação (das
necessidades) pelo exercício consciente da escolha entre
meios raros – pressuposto da escassez.
Significado substantivo: deriva da interdependência do
homem em relação ao seu ambiente social e natural.
Essa relação fornece os meios para suprir suas
necessidades (subsistência). A escolha então não
pressupõe e não se dá apenas pela insuficiência de
meios (escolha moral, por exemplo).
Somente o significado substantivo pode abarcar a idéia de
economia em todas as sociedades.

Economia como processo
instituído
Processo instituído de interação entre o homem e
seu ambiente que resulta em um contínuo
suprimento de meios de satisfação material
Processo: movimento, mudança dos elementos
materiais em termos de localização, de
apropriação pelos agentes ou ambos (circulação/
transações e gestão/disposição).
Instituído: Esse movimento não se limita a uma
interação mecânica, está inserido num contexto
institucional mais amplo que lhe atribui sentido.

Economia como processo
instituído
“A institucionalização do processo econômico
confere a este processo unidade e estabilidade; ela
cria uma estrutura que tem uma função definida na
sociedade; ela modifica o lugar do processo na
sociedade, dando assim uma significação à sua
história; ela concentra o interesse sobre os valores,
os motivos e a política. Unidade e estabilidade,
estrutura e função, história e política definem, de
maneira operacional, o conteúdo do nosso
pressuposto, segundo qual a economia humana é
concebida como um processo instituído” (POLANYI,
1957, p. 249-50).

Economia como processo
instituído
Economia está imersa (embedded) e enredada em
instituições econômicas e não-econômicas (como
parentesco, política, religião).
O estudo do lugar ocupado pela economia na
sociedade pressupõe compreender como o
processo econômico é instituído em diferentes
tempos e lugares (arranjos institucionais).

Múltiplas formas de
integração/regulação econômicas
A esfera doméstica diz respeito à produção para o uso, seja para a família,
seja para o clã ou para a comunidade. As pessoas trabalham e produzem
para responder às suas necessidades, por meio de grupos fechados.
A redistribuição corresponde a movimentos de apropriação em direção a
um centro. O fato principal de sua organização é a partilha entre os
indivíduos. A redistribuição supõe uma autoridade: o chefe, o templo ou o
senhor estão no centro deste modelo.
A reciprocidade refere-se a movimentos entre grupos simetricamente
ordenados, o que ocorre, por exemplo, com o dom e o contra-dom. A
reciprocidade pressupõe relações sociais de proximidade.
A troca se apresenta nos movimentos de compra e venda freqüentes, como
aqueles do mercado. A troca pressupõe um equilíbrio entre a oferta e a
demanda e um sistema de preço (atos de barganha).
Formas de integração não determinam estágios de desenvolvimento. Várias
formas subordinadas podem estar presentes e convivendo com uma
dominante (pluralidade de lógicas econômicas)

Produção Distribuição Consumo
Redistribuição
Reciprocidade
Swedberg (2003)

Produção
Troca
mercantil
Consumo
Lucro
Swedberg (2003)

Crítica ao mercado auto-
regulado
Separação entre esfera econômica e política. Sociedade é
subordinada às exigências do mercado
O trabalho (seres humanos), a terra (natureza) e a moeda foram
transformadas em mercadorias fictícias, o que teve
conseqüências destrutivas para a sociedade.
Incluí-los nos mecanismos de mercado significava subordinar
seres humanos e natureza às leis do mercado.
Reações de autodefesa da sociedade: sindicalismo, legislação
social, protecionismo agrícola, controle monetário. Estas
medidas protegem a sociedade, mas atrapalham o
funcionamento dos mercados: crise de 1929 e busca de
superação do capitalismo liberal.
Polanyi descarta a absolutização de mercados e Estado. Entre
mercado livre e planejamento estatal existe um vasto campo
para regulação social – contramovimentos protetores (Vinha,
2003).
Tags