antimicrobianos Farmacologia e Terapêutica Veterinária Universidade de Passo Fundo Escola de Ciências Agrárias, Inovação e Negócios Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Farmacologia e Terapêutica Veterinária Prof. Dr. Renan Idalencio
INT R ODUÇÃO Substânci as q uímic a s e m pregada s n o comb a t e de mic r org a ni sm o s Grego – ant i = contr a , bio = vida Dois grande s grupos Inespecí f ic o s – atuam sobre mic r orga n is m o s em geral , q uer sejam pa t ogênic o s ou não Antissépticos e desin f e tan t es Especí f icos – atuam sobre mic r org a ni s m o s responsá v eis pela s doenças in f eccio s as
CON C EI T OS GERAIS Quimi o t er á picos anti m ic r obianos T oda a s ubstân cia q uími ca p r oduzida po r sín t ese labora t orial, q ue a presenta m p r opriedades antim ic r obian as Origem Natura l – p r oduzido ou obtido atr a vés d e mic r organismos P enicili n as nat urai s (fungo penicillium ) Sem i - sintético – porçã o fundamental da m olécula obtida a pa r tir d e organismos vi v os A m picilin a e am o xi ci l i na
CON C EI T OS GERAIS Origem Biosin téti c a – obtida pelo acréscimo de substân c i a s nas culturas mic r o b i a n a s capazes de al t erar a estrutura molecular do a n tibi ót i co P enicilina V - f en o xim etilpenicili n a Sin t obi ót i co – obtidos e x clusi v amen t e po r sín t ese labora t or i a l (sintético) , a pa r tir de precu r sores obtidos por mic r org a ni sm o s Cloran f enicol
CLASSIFI C AÇÃO Mecani smo de aç ã o A daptado de Andrade, 2 08 Me c anismo d e ação E x e m plos Inibição da sín t ese da pared e cel u lar mic r obiana β- lactâmico s : penicil inas, celalosporinas Nã o β- lactâmi c o s : bacitracina , v ancomici n a, In t e r f erem na atividade da membrana celular mic r obiana P olimixin a , an f o t ericina B , nistatin a , colistatina In t e r f er e m na r e plicaçã o ge nética F ormação de p r o t eínas de f eit u osas: aminoglicosídeos P e r t u rbação na tradução gênica : cloran f enico l , t e traciclinas, mac r olídeos In t e r f erên c i a c r omossomal Quinolonas, grisefu lvin a , áci d o nadrixíli c o Fármacos antim e tabólicos Sul f as, nit r ofur a no s , a m próli o , trim e t oprina
ME C ANISM O DE AÇÃO
CLASSIFI C AÇÃO Espe c t r o de ação A m pl o espect r o A tuam s obre um g rande grupo de mic r or g ani s mos Cloran f enicol , t e tracicli n as, a m picilina , am o xicil i na, q ui n olona s , eri t r omicina P e q ueno espect r o A tuam s obre um limitado g rupo de mic r organismos P e n ici li n as, e s tr ep t omi c i n a, n e omi c i n a, bacit ra c i na , polim i xi n a , griseofu lvi na
CLASSIFI C AÇÃO Espect r o de ação A daptado de Andrade, 2 08 E s p e ct r o d e ação E x e m plos Ba c. Gram + P enic i linas, ce f alosporinas, bacitracina , mac r olídeos Ba c. Gram - Aminoglicos í deos e polimixin a s Ba c. Gram + e - Clora n f enico l , t e traciclinas, a m picil ina, ce f alosporinas, q uinolonas Ba c. anaeróbicas M e t r onidazol , clindamicina , t e traciclinas, am o xicilina + cl a vu l a na t o , cloran f enicol Micobactérias Es t rep t omici n a, ri f acina Micoplasma T e traciclinas, tiamulin a , q uinolona s , tilosina, erit r omici n a Espi r o q u e tas P enic i linas, erit r omicina, ce f alosporinas e t e traciclinas Rické t tsias D o xiciclina, t e tracicl i na, imidocarbe
CLASSIFI C AÇÃO Tipo de ação A daptado de Andrade, 2 08 E s p e ct r o d e ação E x e m plos Bac t ericida P enic i linas, ce f alosporinas, aminoglicosídeos, q uinolona s , ri f acin a , polimixin a s, polipeptídeos Bac t eriostáti c os Clora n f enico l , t e traciclinas, mac r olídeos, lincosaminas, sul f as, trim e t r opin a , n o v obiocina
USO DE ANTIMIC R OBIANOS EM MEDICINA VETERINÁRIA Usado de f orma t erapêutica e p r o f ilática Uso t erapêutico A dministrado em ani m a i s q ue apresentam doenças in f ecc i os a s Uso p r o f ilático P r ocedimen t os cirúrgic o s
USO D E ANTIBIÓTICOS Pres c rição de antimi c r obianos
USO D E ANTIBIÓTICOS Prescrição de antim ic r obianos A gen t e e tiológico Identi f icado se m pr e q ue p ossí v el Q uad r o c línico, localização do p r ocesso in f eccioso, f aixa etária, a chados labora t oriai s Sensib i lida d e do agen t e ao a ntimi c r obian o escolhido Antibiograma T e m p o longo par a liberação do res u ltado
USO D E ANTIBIÓTICOS Escolha do antimic r obiano Capa z de destruir o mic r org a ni s mo (bac t erici d a) em v ez de inibi r o seu dese n v olvimen t o (bac t erio s táti c o ) P ossuir a m pl o e spect r o de a ç ão E x e r cer atividade em fluidos orgâni c os ( e xsuda t o , pus) Nã o pe r turbar as de f esas do orga n is m o Nã o p r oduzir r e ações alérgica
USO D E ANTIBIÓTICOS Escolha do antimic r obiano Nã o f a v orecer o dese n v olvimen t o de resistência bac t eri a na Distribui r - se po r t odos os t ecidos e lí q uidos do organis m o, em conc entr a ç õ es ade q uadas P oder ser admin i strado po r di f eren t es vias T er al t o índi c e t era p êutico
USO D E ANTIBIÓTICOS O r e gim e de posologia ade q uado (dose , in t e r v alo de dose e d uração do tra t amen t o) é de fundamen t al i m po r tância par a garanti r a utilização racional antimic r obiana É essencial administ r ar os antimic r obianos em con f ormi d ade com a posologia recom e ndad a , para minimizar a f alha t erap ê utic a , e xplorar o p o t encial de e f icáci a do fármaco e cu m pri r o regi m e de carência A e f icáci a clínica e xige n ão só q ue o patóge no seja susc e tí v el ao fármaco seleciona d o , mas também q ue o fármaco seja capaz de pen e trar e ser ati v o no local da in f ecção
USO D E ANTIBIÓTICOS P en e tração sobre as principais barreiras f isiológicas A daptado de Andrade, 2 08 B a rreira f isiol ó gica An t i bió t ico s d e boa p en e tração Hema t oencefálica Sul f as, q uinolonas, cloran f enicol , t e traciclinas Pró s t a ta Quinolonas, cloran f enicol, erit r om i cina, clindamicina, t e traciclinas Ocular Clora n f enico l , q uinolonas, aminoglicosídeo s , t e traciclinas Os s o Quinolonas, ce f alosporinas, lincosaminas
ASSOCIAÇÃO DE ANTIMIC R OBIAN O S O uso de anti b ióticos de f orma isolad a é o modo mais recom e ndado par a a t erapêutica Contudo , a l guma s situações re q uerem a associação de antimic r obianos In f ecções gr a v es In f ecções mistas A umentar a e f iciênc i a t erapêutica R e ta r dar o e f ei t o de resistência
ASSOCIAÇÕES DE ANTIMIC R OBIANOS A daptado de Andrade, 2 08 E f ei t o T ip o d e ass o ciação E x e m plo Sinergismo Bac t eric i da + ba c t eric i da Ce f alospor i n a s + penicili n a s P enici l ina s + q uinolonas Quinolonas + aminogl i cosídeos P enici l ina s + aminogl i cosídeos Bac t eriostá t ic o + b a c t eriostá t ico Sul f a +tri me t opr i na Bac t eric i da + ba c t eriostá t ico Cloran f en i col + polimix i n a s Sul f as + polimix i n a s Antagonismo Bac t eriostá t ic o + b a c t eriostá t ico Lincosaminas + ma c r olídeos Lincosaminas + Cloran f en i col Ma c r olídeos + c l oran f enicol Ma c r olídeos + t e tra c ic l inas Bac t eric i da + ba c t eriostá t ico P enici l ina s + c l oran f ecni c ol P enici l ina s + ma c r olídeos P enici l ina s + t e tra c ic l inas P enici l ina s + linco mis i n a s Ce f alospor i n a s + c l oran f ecni c ol Ce f a l ospor i n as + m a c r olí d eos Ce f alospor i n a s + linco mis i n a s
USO D E ANTIBIÓTICOS C aus a s m ais c omuns de f alh a s na antibi o tic o t erapia Diagnóstico incorre t o Escolha incorr e ta do antimic r obian o (períod o de esp era de até 7 2 hora s após o iníci o do trat amen t o) R esist ê ncia b ac t eriana ao antibiótico escolhido F alhas na associação ou associação incorre ta Es q u e ma t era p ê u tico f alho ( t e m p o d e v e ser de no mínimo 7 dias) T e m p o v aria con f or m e a en f ermidade ( e x : piodermi t es bac t erianas p r ofundas – >3 dias)
USO D E ANTIBIÓTICOS C ausas mais comuns de f alhas na antibi o tic o t erapia E f ei t os cola t erai s dos anti b i ó ti c os Uso ind e vido em pacien t es contr a - i n dic a dos In t eração do anti b i ó ti c o com out r os fárm a c o s T erapia de s upo r t e inade q uada
REAÇÕES A D VER S A S CO M USO DE ANTIBIÓTICOS Efeito tóxico Exemplos Nefrotoxicidade Ami n ogli c os ídeo s , T e tr a ci c li n as, Polim i x in as , Su l f on a mid a s , Ce f a l osporin a s Hepatotoxicidade T e tr a ci c li n as, E rit r omicin a , Griseofu lvi n a Neurotoxicidade Ami n ogli c os ídeos , Polim i x in as Qui n olo n a s , M e t r on i dazol Enterocolotoxicidade A m picilin a , L i n comicin a , C l in damic i na Toxicidade medular Clora n f e nicol , T ri me t oprim Artropatias Qui n olo n as Inibidores do metabolismo de outras drogas Clora n f e nicol , T e tr a ci c li n as
SULFONAMIDAS QUINOLONAS NITROFURANOS BETA-LACTÂMICOS - Penicilinas - Cefalosporinas AMINOGLICOSÍDEOS TETRACICLINAS MACROLÍDIOS LINCOSAMINA POLIPEPTÍDEOS E GLICOPEPTÍDEOS AFENICÓIS ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS E BACTERIOSTÁTICOS
SUL F ONAM I D AS Bac t eriostático de a m plo espect r o An t agoni smo no M e taboli s mo áci d o fólico: ant im e tabóli co A tuam contra G r am + : S tre p t ococcu s , S tap h yl o cocc u s , Bacillu s , Clo s tridium e N oca r di a ) G r a m - : S a lm o nella , E. co l i , Kl ebsiell a , E n t e r o b ac t e r , P a s t eurel l a e P r o t eus Algumas ri c k e ttsias P r o t ozoários ( T o x op l as m a e Eimeri a )
SUL F ONAM I D AS F armacocinática Oral Rapid a me n t e abso r vidas palatabilidade - red u ção no con s umo H 2 O Al t eraçõ e s na f l ora rumi n al e i n t e s tinal End o v enosa Aplicação lent a – região peri v asc u lar pod e gera r irrita ção e até ne c r ose
SUL F ONA M I D AS Distribuição Distribue m - se a m plamen t e po r t odo o organ i smo e em mui t os t ecidos moles SNC A r ticulações Placenta M e tabolismo Fígado
SUL F ONAM I D AS E x cre ç ão R enal: p rincipal Bil e / F ezes Lei t e Suor Lágrima
SUL F ONAM I D AS Uso em medic in a v e t erinária A daptado de Spin o sa , 2 1 1 E s p é cie a nimal U so Cãe s e ga t os T ra t o urinário, respiratório, pele , TGI, t o x oplasmose B o vinos A ctinobaci l os e , actinomicos e , pas t e u relos e , coccidiose, pododermati t e nec r osan t e Ovinos e c a prinos A bcess o de casco, en t eri t es, tra t o respiratório, polia r tri t es E q uinos T ra t o respiratório, doença v ascular do p o t r o Suínos E s t rep t oc ocos , rini t e atró f ic a A v es En t eri t es, coccidiose, tra t o respiratório
Sulfanilamida Sulfisoxazol Sulfacetamida Ácido para- aminobenzóico Sulfadiazina Sulfametoxazol , sendo as duas últimas de maior importância clínica. SUL F ONAM I D AS
SUL F ONAM I D AS Usos em m e dicina v e t erinária Mai s e ficaze s em in f ecçõ e s agudas P ouca e f iciência em in f ecçõ e s crônicas, com debris em grand e q uantidade A assoc ia ç ão com o trim e t oprim é altamen t e v antaj o so, uma v ez q ue ambos os f á rmac o s atua m sobre pa r t es di f eren t es da mesma vi a de f orma ç ão dos ácidos nucleic o s
SUL F ONAM I D AS E f ei t os c ola t erais Cristalúria Anima i s desidrata dos Sis t ema hema t opoié t ico R edução nas c oncentr a ções de á c . f ólico In to xicação aguda Cegueira , sialorr é ia , hipe r pnéia , e x citação In to xicações crônicas Opacidade d a len t e, cera t oconj u nti vi t e seca, al t erações GI e polia r t r i t es
QUIN O L ONAS Antibiótico bac t ericida - ini bi ç ão sí n t e s e DN A 1 º G e ração – espe ct r o res t ringi do a bactéria s Gra m negati v as ( en t e r obac t eria s ) In f ecç õ es uri n a r ias 2 º geração Á t omos d e flúor - e spe c t r o ( fluo r q uinolon a s ) Gram - Gram + Cla m ydi a , M y coplasm a , Brucell a , M y cob a c t erium In f ecç õ es uriná r i as e g ast r o i n t es ti n a i s, cut â n e a s, óss e as, a r ti c u la re s , t eci d os moles Nã o são antibac t erianos d e 1 ª eleição Al t ern a ti v a depoi s d e A T B d e 1 ª elei ç ão
QUIN O L ONAS Mec a nismo d e a ç ão Inibição das t opoisom e rases bac t eriana do tipo II Catalisa m a direção e a e x t ensão do espira l amen t o das cadeias de DNA O uso de cloran f enicol ou de ri f amicina concomitan t e ao uso de q uinolonas p r oduz e f ei t o antagônico, poi s é necessário a f ormação de RNA para q ue as q uinolonas possa m atuar
QUIN O L ONAS Distribuição: Largo v olume de d istribuição , baixa ligação com p r o t. Plasmáticas SNC Ossos Próstata Bi o trans f ormação P a r cialmen t e bi o trans f ormadas Elim i na ção pelo s rins [ ] urina - uso in f ecções uriná r i a s
QUIN O L ONAS Classi f ica ç ã o : 1 ª geraçã o - tóxicas par a carní v o r os!! Á c . nalidíx ico , ác . o x olínic o , ác . p ipemídico Espect r o r e duzido Gram n e gati v os, especialmen t e en t e r obactérias 2 ª geração En r ofl o xacin o , no r fl o xacin o , cip r ofl o xacin o , ofl o xacino E specialmen t e gra m negati v os Gram positi v as Cla m ydia , m y coplasma , Brucell a , M y cobac t erium
QUIN O L ONAS Uso em med i cina v e t erinária P e q ueno espect r o de a ç ão – 1 ª g eração E. coli , P r o t eus sp . , Pseudomonas P ouco u tilizadas 2 ª g eração In f ecçõ e s urin ária s, p r ostati t es , gastren t eri t e bac t eriana gr a v e, pneumo n i a po r bacilos gra m negati v os, o ti t es, in f ecçõ e s cutâneas, os t eomieli t es , meningoence f ali t es bac t eriana e endoca r di t e esta f ilocócica
QUIN O L ONAS T o xicicid ade 2 ª g eração T endin ose e a r t r opat ia s (j o v ens: < 8 mes e s): 2 a 5 x a dose Náusea V omi t o Diarreia Dor abdominal Ge s tan t es – A bo r t amentos são ra r os, al t eraç ã o ca r til a ge ns f e t os Alergias cutâneas / F o t ossensibiliza ção / E rupções cutâneas Cristalúr ia Dese n v olvimen t o de cepas Gra m - resis t en t es Anemia hemolítica T o xicicid ade 1 ª geração Altamen t e t o xica carní v o r os Neu ro t o xicid a de
NIT R OFURA N OS Bac t erio s táti c o s de a m pl o espect r o Inibem os sistemas enzimáticos essenciais no crescimento bacteriano Nit r of u ra n t o í na Em maiores con centra ç ões – ação bac t erici d a Gram n e gati v os e gra m pos i ti v os (meno r ação) Uso - in f ecçõ e s sis t ema uriná rio - in f ecçõ e s de pouca i m po r tância (subclínicas) Contra indicad a inici o gestaçã o e em re c ém nascidos
NIT R OFURA N OS F urazolidona Nã o d e v e ser 1 º escolha T ricomonas , His t omonas e Gia r dia En t eri t es gra m negati v as Salm o nella , S tap h yl o cocc u s , S tre p t ococcu s , E.coli Nit r of u raz o na T ratamen t o local de f eridas contam i nad a s resist ê ncia ba c t eriana L a vagens u t eri n as e de c a vidade s e x t ernas
NIT R OFURA N OS M e t r onidazol A dmi n is t r a ç ão pela via IV e V O ( monogá s ti c o s ) A m plamen t e di s tribuídos – barreira hema t oe ncefálic a e placent a (e f ei t o mu t agênico) T ratam e n t o de in f ecç õ es po r Clo s tridium, F uzobac t erium , Pe p t ococcu s , Thricomon a s , Giargi a , E ntam o eba hi s t ol y tica E f ei t os ad v e r sos – ata x ia e co n vulsõe s Cãe s – ne ut r o p e n i a e h emat ú ria R eações ad v e r sas – relacionadas ao uso sistê m ico Hipe r sensibi l idade U r ticaria Dermati t es Hepa t o t o xic i dade Ana f ilaxi a Neu ro t o xicidade (ataxi a )
BE T A - L A CTÂMICOS P arede c e lular Estrutura fundam e ntal par a a man u t e n ç ã o da vida bac t eri a na V ariá v el con f orme o tipo de mic r org a ni sm o s Gram + (90% ) e Gram – ( 1 0%)
BE T A - L A CTÂMICOS P enicilin a s e ce f alospori n as In t e r f erem na p r odução da pared e celula r , atr a vés da inibi ç ã o da atividade da transp e p tidas e , a ú ltima f ase na p r odução dos peptidoglicano s E x e rcem aç ã o bac t eric i da Nã o atuam em pare de celular f ormad a , necessita de b actéri a s em multip l icação
PENI C ILINAS Anti b iótic o bac t eric i da F armacinética A bsorção Rapida m en t e ab so r vida s pel a vi a IM e SC P enicilin a s as s ociadas a v eículos oleosos – absorção p r olongada em 1 8 horas Distrib u i ç ão Di v e r sos t ecidos Concentraçõe s el e v adas nos rins , fígado e pul m ões
PENI C ILINAS Distribuição F raca pen etração no S NC Difund e m par a a ci r culação f e tal, atr a vés da placenta Bi o trans f ormação e e x creção Me tabóli t os inati v os Grande e x creção p e la urina Eliminada pelo lei t e
PENI C ILINAS Tipo s de penicilina P enicilin a s natura i s P enicilina G - p r ocaina , benzatin a , cristalin a (sódica ou p o tássi ca) Espect r o d e ação cu r t o Gram posit i v as ( S tap h yl o cocc u s não p r od u t ores de penicilina, A ctin o m y ce s sp., Clo s tridium , Le p t ospir a , e tc. E f ei t os ad v e r sos Hiper s e ns i bi l idade IRA – reaj u s t e en t re in t e r v alos e d os e s
PENI C ILINAS P enicilin a s sem i - sintétic a s De a m plo espect r o de ação A m picili n a, am o xicili n a , h etaci lin a , m e ta m picili na Gram posit i v as e algumas Gram negat i v as ( Salm o nella , Es c heri c hia coli , P a s t eurel a ) An t ipse ud o monas Carbenicilin a , tica r cilina, azlocili n a , m e xlocilin a , piperacili n a – Pseudom o nas aer u ginos a e P r o t eus sp. P od e m s e r associ a dos à inibidore s das b e ta - lactamases – áci d o cl a vurô n ic o , sulbac t am
PENI C ILINAS P enicilinas sem i - sintéticas De a m pl o espect r o de ação E f ei t os ad v e r sos R eações de hipe rsensib ilidade Associação com as t e traciclinas r e duz o e f ei t o bac t ericida das ami nopenicilin as
PENI C ILINAS Uso em m e dicina v e t erin á ria In f ecções respiratórias In f ecções GI In f ecções urinárias In f ecçõ e s hep a t obiliares In f ecções ca r díaca s
CE L F A L OSPOR I NAS Antibióticos bac t ericidas I m pede m a s ín t ese da pared e bac t eriana Classi f icação d as ce f alosporinas G r u po E x e m pl o C a r ac t erí sti c as 1 ª geração Ce f al o tin a , ce f apirin a , ce f ad r o xila , ce f al e xina , ce f azolin a 2 ª geração 3 ª geração Ce f aclo r , ce f o xitina , cefu ro xina , ce faman dol Ce f tiz o xina , ce f tria x on a , ce f tiofu r , ce f operazona , ce f tazid ina , cefovecina 4 ª geração Ce f epim a , cef q uinom a , cefpi roma R esis t en t e a b e ta - lactamas e s de S tap h yloc o c c us , sensí v el a b et a - lactamases de en t e r obac t é r ias R esis t en t e a vár i as b e ta - lactamases R esis t en t e a vár i as b e ta - lactamases , ati v a contra Ps e udom o na s aeruginosa R esis t en t e a b e ta - lactamas e s de S tap h yloc o c c us , en t e r obacté rias e pseu domonas
C E F A L OSPOR I NAS DE 1 ª GERAÇÃO Ce f al o tin a , cefalexina , ce f azolina A bsorçã o - apenas para u so paren t eral (IM , SC, IV ) A bso r vida s po r vi a oral Ce f al e xina Espect r o de ação Gram positi v as S tre p t ococcus sp. S tap h yl o cocc u s sp. Arcanobac t eriu m p y ogenes Algumas bactéria s Gram n e gati v as Es c heri c hia coli P r o t eus Grande dese n v o l vimen t o de resist ê ncia
Difus ã o rápi da Nã o ultrap as s am a BHE M e tabolização hepática : 2 a 4 % da dose E x creção renal D r oga ati v a E f ei t os cola t er a is inde sejá v e is E f ei t os noci v os f e tais Hiper s e ns i bi l idade Dor após aplicação IM Diarreia P o t en c ial i z a ç ão dos e f ei t os nef r o tóx i cos dos amin ogl i cosídeos (gentamicina) principalme n t e ce f al o tin a : rel ação dir e ta com do s e A s soc i adas com fu r os e mida - gr a v es lesõ e s r e nais C E F A L OSPOR I NAS DE 1 ª GERAÇÃO
C E F A L OSPOR I NAS DE 2 ª GERAÇÃO P ouca ou nen h uma utiliza ç ão e m Medici n a V e t eriná r ia
C E F A L OSPOR I NAS DE 3 ª GERAÇÃO El e v ada ação contra bactérias Gra m neg a ti v as M esmo as resis t en t es as d r ogas d e 1 ª geração Alta e f icác i a contra bactéri a s Gra m positi v as R esis t en t es as b e ta - lacta m a s es Eliminaç ã o lenta 2 4 horas d e in t e r v alo entre dos e s
- C e f tiofur - Cefovecina - Ce f tria x ona Ultr a passa m a BHE Elimin ação renal ( 75 % d a dose e m d r oga ati v a) Elimin ação bili a r ( 25 % d a dose e m d r oga ati v a) P oucos e f ei t os cola t erais T o xici da d e e xtremam e n t e baixa E x cel e n t e ação sinérgica com os ami noglicosídeos Cus t o e l e v ado C E F A L OSPOR I NAS DE 3 ª GERAÇÃO
C E F A L OSPOR I NAS DE 4 ª GERAÇÃO Cef q uinoma D is p oní v el para uso v e t erinário A m plo espect r o d e ação A bsorçã o - paren t eral – IM E limi nação renal ( 80 % na f orma d e d r oga pur a ati v a)
INDI C AÇÕE S CLÍNI C A S 3 º E 4 º GERAÇÃO Pneumon i as Septicemias M e tri t es Masti t es In f ecçõ e s do aparelho uriná rio Gast r oen t eri t es pri m ária s N a pr e v enção de in f ecçõ e s secundárias na P a r v o vi r ose Piodermi t es Meningi t e P r o f ilax i a em cirurgia o r t opédica, abdominal e p el v e
C E F A L OSPOR I NAS E f ei t os ad v e r sos e limitações Uso p r olongado – nef r o t o xi c id a de Dese q uilíbrio na mic r oflora digesti v a P odem p o t encializar os e f ei t os n e f r o tóxic o s dos amin o glic o sídeos
AMIN O GLI C OSÍDEOS N ão ultrapas sam mucosas Espect r o d e ação reduzi d o Gram negati v as Mecanism o d e ação Bac t ericida Inibe a sín t ese de p ro t eínas Necessári o q ue bactéria s es t ejam em f ase de c rescimen t o Sinérgico s com as p enicilin a s - h á aumen t o na pen etração dos ami noglicosídeos na célula bac t eriana
AMIN O GLI C OSÍDEOS Co m ponen t es do g rupo Estrep t omicina Le p t ospira , De r ma t op hyllum , M y cob ac t eriu m, Brucela Gentamicina Gram positi v as In f ecções renais, sep t icemias , respiratórias, gast r oen t eri t es Neomicina Tópico , o t ológico, o f talmológica T obrami cina - Pseudomonas aerugionosa
AMIN O GLI C OSÍDEOS F a r maco c i n ética A bsorçã o - IM / IV / SC via oral : tra t ame n t o d e diarr e ias Distri buição N ã o a lc a n ç a m co n cent r ações e f e ti v as n o L CR , h umor a q uo s o e na prósta ta Ní v eis t erapêutic os - fí g a d o, b a ç o, pu l mões , r ins , linf a, b i l e e l í q uido si n o vial
AMIN O GLI C OSÍDEOS F a r maco c i n ética E x creção - renal - filtraçã o glomeru l ar 50 a 60 % da dose - 2 4 horas R estan t e da dose - ligação na s células co r ti ca i s renais Elimin a ç ã o t o tal - até 3 dias
LIM I T AÇÕES DO USO DE AMI N OGLIC O SÍDE OS T ratamen t os mui t o p r olongados Nef r o t o xicidade L e são ren a l P aci e n t es com in s u f iciên c i a ren a l An imais de s idrat ados O t o t o xicidade Su r dez, v e r tigem
TETR A CIC L INAS Anti b ióticos bac t erio s tátic o s de a m pl o esp ect r o Naturai s ou sem i - sintéticas Cu r ta, in t ermediária ou longa a ção F armacocinéti c a A bsorção Via oral - utilizada com suc e sso e m cães e ga t os
TETR A CIC L INAS F armaco c inétic a Distribu i ç ã o t ecidual D o xiciclina P ele, s e io s maxilares, s e creção b r on q uial, lei t e, lí q ui d o si n o vial A cúmulo em fíga d o, r i ns e pele A tr a v essam a barreira placentária
TETR A CIC L INAS F armaco c inétic a M e taboliz a ç ã o P a r cial – fígado E x creção U rinári a e bil iar ( d o xiciclina e minociclina ) R enal - mai or pa r t e como d r oga ati v a Lei t e e f ezes
TETR A CIC L INAS Mec a nismo d e a ç ão Inibem a sín t ese p r o t eica Espect r o de ação Bactéria s Gram positi v as, Gram negati v as aeróbicas e anaeróbicas, clamídias, ri q ué t sias , espi r o q u e tas, micoplasma e alguns p r o t ozoários E x e m plos Bo r d e t ella b r on c hisé p tic a , Erli c hia canis , Brucella sp . , Anapl asma , A ctino m y ce s b o vis , Mora x ela b o vis , Chla m ydia sp.
TETR A CIC L INAS C a r ac t erí sti c as Naturais Sem i - sintéticas Classi f icação das t e traci c linas G r u po E x e m plo Cu r ta ação T e traciclin a, o xi t e traciclina , clo r t e tr a ciclina In t ermediária Deme clocic lin a , m e tacicli n a , ação Longa ação D o xicicli n a , minoci clin a Sem i - sintéticas
EFEI T OS A D VERSOS Nef r o t o xicida d e Co m e x ceção da d o xicic l ina Hepa t o t o xicidade F o t ossensib i liza ç ão Nec r ose t ecidual Des c oloração dent ária e inibiçã o da calci f icação Diarreia s e v era – utilização oral em ruminan t es
M A C R OLÍD E OS Antib i ót i co bac t eri o st á ti c o ou bac t eri c ida F armac o c inét i ca A bsorção V ariá v el Azit r omicina be m abso r vida Erit r omicina e tilosi n a sofrem influência do pH gástrico
M A C R OLÍD E OS F arma c o c in é ti c a Distribu i ç ã o Difunde - se b e m em t odos os t ecidos E x creção Mucos a in t estinal - f orma ati v a nas f ezes U rinári a - f orma i n a ti v a
M A C R OLÍD E OS Mecanism o de ação Inibem a sí n t ese p r o t eica Co m p e t em pelo mesmo local q ue o cloran f enicol e a lincosa m ida s , po r esse m o ti v o não d e v em ser associados Espect r o de ação Gram positi v o – S tap h ylococcu s , S tre p t ococcus Gram n e gati v os – P a s t eurell a , Ca m pylobac t er Micoplas m a s , rickétsias e clamídias Azit r omicina – menos ati v a contra Gram pos i ti v os, mais ati v a contra anaeróbios e Gram negati v os
M A C R OLÍD E OS E f ei t os ad v e r sos Hepa t o t o xici dade em doses e t e m p o p r olongado Dese q uilíbrio em mic r o b i o ta entérica em e q uinos e b o vin o s Irritan t es aplicad o s pe l a via par en t eral Ca r di o t o xi c id a de pela vi a IV - tilmicosi n a
M A C R OLÍD E OS Uso e m medicina v e t erinária A r tri t es sépticas Rini t e atró f ic a suín a In f ecçõ e s bucais Pneumonia s Apres e ntação Erit r omi c i n a Tilosina Espiramici n a Cla r it r omic i na Azit r omi c ina
LINC O SA M INAS Anti b ióticos bac t erio s tátic o s Linco m i c i n a e clindami c i n a F armacocinéti c a A bsorção 9 % clindamicina – oral 5 % lincomicin a – oral Distribu i ç ã o A m pl a – e x cel e n t e pen etração em ossos e nos t ecidos moles, incluindo t endõ e s F raca pen etração nas m eninge s
LINC O SA M INAS F arma c o c in é ti c a M e tabolização Hepática E x creção P orção inal t erada e seus m e tabóli t os – urina, bil e e f ezes Mecani s mo de ação Im pedind o a sí n t ese p r o t eica Co m p e t em pelo mesmo local q ue o cloran f enicol e os mac r olídeo s , po r esse m o ti v o não d e v em ser associado
LINC O SA M INAS Espect r o d e a ç ão Gram positi v as aeróbicas e anaeróbicas T o x oplasma sp. M y coplasm a sp. Neospora caninum E f ei t os a dv e r sos En t e r ocol o t o xicidade Lesão de r e vestimen t o mucoso E q ui n o s , coelhos, hams t e r s e po rq uin h o s - d a - í n dia
LINC O SA M INAS Uso em med i cina v e t erinária In f ecções po r esta f iloco c o s e estrep t ococos In f ecções po r micoplasm a s Os t eomi e li t es P eriodont i t es Piodermi t es
POL I PEPTÍDEO S E GLI C OPEPTÍDEOS Anti b ióticos bac t eric i das P olip e tídeos P olimi xina B – atua na membr a na ci t oplas mática d a bactéria , desorganizando a estrutura da membr a na Bacitracina – Inibe a sín t ese da pared e celular Glicopeptídeos V ancomi cina - Inibe a s í n t ese da p a rede celular Rápida ação sobre bactéria s em crescimen t o
POL I PEPTÍDEO S E GLI C OPEPTÍDEOS Uso em medicina v e t erinária P olimixina B – in f ecções cutâneas, oculares e o t ológicas Bacitracina – in f ecçõ e s cu t âneas e p r om ot ora de crescimen t o ( Clo s tridium em a v es e su í nos) V ancomicina – Esta f ilococo s e estr e p t ococos resis t en t es – pneu m onias, endoca r di t es, os t eom i eli t e s , e abcessos nos t ecidos moles
ANFENIC Ó IS Antibióticos bac t eriostá t ico s ou bac t ericidas Cloran f enicol e flo r f enicol F armacocinética E l e v adas concentrações em di v e r sos t ecidos A tr a v essa BH E e meio intracelul a r E q uin o s – ad m inistraçõ es d e v em ser m ais cu r tas – m e tabolização rápida Eliminados no lei t e
ANFENIC Ó IS Mecani smo de aç ã o Im pedind o a sín t ese p r o t eica Co m p e t em p elo mesmo local q ue as lincos a m i n a s e os mac r olídeo s , po r esse m o ti v o não d e v em ser associ a do
ANFENIC Ó IS Espect r o d e a ç ão A m pl o esp ect r o Gram positi v os e negati v os Clamídias , rickétsias e micoplasmas R eações ad v e r sas Anemia aplásica
ANFENIC Ó IS Uso em med i cina v e t erinária Uso o f tálmico – ulceras de córnea ? P ododermat i t es Pneumo ni as e In f ecções do SNC Anima is de p r odução - flo r f enicol liberado para u so t erapêutico