SISTEMA VASCULAR
DOCENTE: ESP. MAGDA DE MATTOS
UESP
RONDONÓPOLIS/2008
FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO:
Anatomia –
Fisiologia –
- Ação de bombeamento do coração é efetuada pela
contração e relaxamento de sua parede muscular.
Sístole–Contração do músculo, os compartimentos
do coração tornam-se menores à medida que o
sangue é ejetado.
Diástole – Relaxamento do músculo , os
compartimentos do coração se enchem de sangue
em preparação para a ejeção subseqüente.
FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO:
Anatomia –
Fisiologia –
- Coração adulto normal em repouso bate
aproximadamente 60 a 80 vezes/minuto;
- Cada ventrículo ejeta aproximadamente 70 ml de
sangue/batimento e apresenta um débito de
aproximadamente 5 litros/minuto.
Débito Cardíaco : É a quantidade de sangue
bombeada por um ventrículo durante
determinado período.
FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO:
Sistema de condução e excitação cardíaca:
- Nódulo Sinoatrial (SA)- localizado na junção do
átrio D com a veia cava superior, gerando
impulsos elétricos fazendo com que os átrios se
contraiam;
- Nódulo Atrioventricular (AV) – localizado na
parede atrial, próximo à válvula tricúspide,
coordenada os impulsos elétricos oriundos dos
átrios, retransmitindo-os para os ventrículos
através do feixe de Hiss e ramos de Purkinje que
envolvem os ventrículos, promovendo sua
contração.
FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO:
Ciclo Cardíaco:
- Compreende a sístole e a diástole;
- Sístole- estímulo elétrico chega aos ventrículos –
contração e ejeção do sangue para dentro das
artérias pulmonar e aorta;
- Diástole - relaxamento dos ventrículos – pressão
dentro é menor que nos átrios – as valvas
tricúspide e mitral se abrem iniciando o
enchimento dos ventrículos.
FUNÇÃO CARDÍACA
CORAÇÃO:
Ciclo Cardíaco:
Primeira bulha cardíaca – produzida pelo
fechamento das valvas mitral e tricúspide –
corresponde ao som “TUM”;
Segunda bulha cardíaca – produzida pelo
fechamento da valvas aórtica e pulmonar -
corresponde ao som “TÁ” ;
Na ausculta cardíaca ouvimos o som de TUM-TÁ.
FUNÇÃO CARDÍACA
Levantamento de dados durante a entrevista :
Antecedentes Pessoais:
- Hábitos e preferências alimentares: gordura,
carne vermelha, sal, ingestão hídrica;
- História familiar de doenças cardiovasculares;
- Fatores de risco para doenças cardiovasculares:
hiperlipidemias, hipertensão arterial, tabagismo,
diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo,
estresse e uso de anticoncepcionais.
FUNÇÃO CARDÍACA
Sinais e Sintomas:
- Dor Torácica: fatores desencadeantes,
localização, intensidade, duração e
características (constrição, compressão,
queimação, peso, pontada, “facada”);
- Dispnéia: em repouso, paroxística noturna, aos
esforços, ortopnéia;
- Palpitações;
- Cansaço e fadiga: aos esforços, em repouso;
- Cianose: pele e mucosa, lobos das orelhas, leito
ungueal, lábios e língua.
FUNÇÃO CARDÍACA
Sinais e Sintomas:
- Síncope: início (gradual ou súbito), , frequência,
fatores desencadeantes (esforço, posição do
corpo , estímulos emocionais ou dolorosos);
- Edema de membros inferiores;
- Dor em membros superiores ou inferiores:
localização, início, intensidade, duração e
características (formigamento, queimação,
cãibra);
- Claudicação: intermitente ou contínua.
EXAME FÍSICO
O exame físico do coração inclui inspeção,
palpação e ausculta;
O paciente é posicionado em decúbito dorsal ,
tórax descoberto, onde o examinador fica do lado
direito ou esquerdo;
Necessidade de localizar os espaços intercostais:
- Ângulo de Louis – formado pela junção do
manúbrio com o corpo do esterno onde
identificamos a segunda costela e abaixo o
segundo espaço intercostal.
INSPEÇÃO
Verificar os batimentos cardíacos e o ictus cordis
- é o choque do coração contra a caixa torácica,
no 4° ou 5° espaço intercostal esquerdo, na
direção da linha hemiclavicular.
Pesquisar abaulamentos, retrações e circulação
colateral
PALPAÇÃO
Palpação do ictus é realizada com a ponta do
dedo indicador sobre ele, podendo ser verificado o
seu tamanho = ao da polpa do dedo indicador,
bem como a intensidade.
Palpar também as áreas de ausculta das valvas
cardíacas, colocando a mão espalmada sobre cada
uma delas
ÁREAS DE AUSCULTA
Área de ausculta mitral: corresponde ao ponto de
encontro do 5° espaço intercostal D com a linha
hemiclavicular, correspondendo ao ictus,
Área de ausculta tricúspide: corresponde à base
do apêndice xifóide,
Área de ausculta aórtica: corresponde ao segundo
espaço intercostal E, ao lado do esterno. O aórtico
acessório, localiza-se no terceiro espaço
intercostal E.
Área de ausculta pulmonar: corresponde ao
segundo espaço intercostal E, ao lado do esterno.
AUSCULTA
Necessidade de ter em mente o ciclo cardíaco, as
bulhas cardíacas e as áreas de ausculta cardíaca;
A ausculta das bulhas cardíacas deve ser
realizada em todas as áreas: mitral, aórtica,
aórtico acessório, pulmonar e tricúspide;
A primeira bulha coincide com o pulso, quer
dizer, com a sístole ventricular, apresentando um
timbre mais grave e é mais longo que a segunda
bulha;
Na ausculta do ictus pode-se verificar a
freqüência cardíaca, contando os batimentos
cardíacos em 1 minuto;
AUSCULTA
Através da ausculta avalia-se também a pressão
arterial;
Pressão Arterial (PA)- é a pressão do sangue
no sistema arterial de modo pulsátil, que
determina o fluxo sangüíneo pela rede de
artérias, determinada pelo débito cardíaco,
volume sangüíneo e resistência arterial
periférica.
Freqüência Cardíaca (FC) - número de
batimentos cardíacos/minuto, cujo valor normal é
de 60 a 80 batimentos/minuto no adulto.
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL
Lavar as mãos;
Orientar o paciente do procedimento a ser
realizado;
O paciente deve estar em repouso, caso contrário
esperar por 5 a 10 minutos;
Pode ser verificada na posição em pé, sentada ou
deitada;
O tamanho do manguito deve estar de acordo com
o tamanho do braço, e de 2 a 3 cm acima da fossa
antecubital;
O braço deve estar descoberto, posicionado na
altura do coração, cotovelo levemente fletido e a
palma da mão voltada para cima;
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL
Na coxa, posicionar o manguito 2 cm acima da
articulação do joelho;
Se a verificação da PA for na perna, posicionar o
manguito 2 cm acima da articulação do tornozelo
ou sobre a panturrilha;
Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o
desaparecimento do pulso para estimação do
nível da pressão sistólica, desinflar e aguardar de
15 a 30 sg.;
Posicionar o diafragma do estetoscópio sobre a
artéria escolhida e insuflar o manguito, após
abrir lentamente a válvula da pêra;
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL
Anotar mentalmente o primeiro som arterial que
ouviu (pressão sistólica) e o último som (pressão
diastólica);
Valores Normais da PA:
Sistólica- inferior a 120 mmHg
Diastólica- inferior a 80 mmHg
PULSO VENOSO JUGULAR
O exame das veias jugulares e de suas pulsações
reflete a dinâmica e as modificações pressurosas
do coração D;
Na inspeção e palpação, o paciente fica em
decúbito dorsal, cabeça apoiada sobre um
travesseiro e após em posição semi-sentada;
Cada lado do pescoço deve ser inspecionado com a
cabeça ligeiramente voltada para o outro lado.
COMPARAÇÃO ENTRE AS
PULSAÇÕES
Raramente palpável;
Aspecto ondulante e
suave;
Mais evidente na
posição horizontal;
Pulsações eliminadas
por compressão das
veias na base do
pescoço;
Modifica c/ inspiração
Facilmente palpável;
Galope vigoroso e
pulsátil;
Percebida em qualquer
posição;
Não é eliminado por
compressão;
Não é afetada pelos
movimentos respira-
tórios
JUGULAR INTERNA CAROTÍDEAS
PULSO ARTERIAL
Permite avaliar a freqüência a o ritmo cardíaco, a
amplitude e o contorno da onda de pulso, e
identificar obstruções ao fluxo sangüíneo;
Locais de exame: carotídeo, temporal, axilar,
braquial, radial, femoral, poplíteo, pedioso e
tibial posterior;
- Freqüência – normalmente se utiliza o pulso
radial, valores normais de 60 a 100
batimentos/minuto;
- Ritmo – o normal é o ritmo regular;
VERIFICAÇÃO DO PULSO ARTERIAL
Lavar as mãos;
Posicionar o paciente confortavelmente deitado,
semi-deitado ou sentado;
Colocar as polpas digitais do dedos indicador e
médio sobre uma artéria superficial do paciente,
exercendo uma suave compressão;
Contar as pulsações durante 1 minuto.
BIBLIOGRAFIA
1.POSSO, Maria Belém Salazar. Semiologia e
Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo:
Atheneu, 2006.
2.MARIA, Vera Lúcia Regina. Exame Clínico
de Enfermagem do Adulto. 1. ed. São Paulo:
Iátria, 2003.
3.PORTO, Celmo Celeno. Exame Clínico: bases
para a prática médica.5. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.
4.BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.