AULA DE FILOSOFIA - ESTOICISMO - 1ª SÉRIE

BartolomeuDosSantosC 1 views 18 slides Oct 08, 2025
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Aula de filosofia sobre os principais elementos da filosofia estoica.


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C. E. NAZARÉ RAMOS FILOSOFIA – 2ª SÉRIE – 3º PERÍODO PROF.: BARTOLOMEU ESTOICISMO - RAZÃ E VIRTUDES: A ARTE DE VIVER EM PAZ

O QUE É O ESTOICISMO? O estoicismo é uma escola filosófica que surgiu na Grécia Antiga por volta do século III a.C., fundada por Zenão de Cítio. Seu nome vem do local onde Zenão ensinava: a Stoa Poikile , uma espécie de pórtico decorado em Atenas. Mais do que uma teoria abstrata, o estoicismo é uma filosofia prática, voltada para a vida cotidiana, que busca ensinar como viver bem, com sabedoria, equilíbrio e virtude, mesmo diante das adversidades.

A essência do pensamento estoico está na ideia de que não podemos controlar os acontecimentos externos — como a morte, a doença, a perda de bens materiais ou o comportamento dos outros — mas podemos controlar nossas reações a esses eventos. Para os estoicos, a chave da felicidade está em aceitar o que não depende de nós e cultivar a virtude interior, ou seja, viver de acordo com a razão, com justiça, coragem e moderação.

Essa filosofia propõe uma postura ativa diante da vida: não se trata de resignação passiva, mas de uma aceitação racional e serena da realidade. O estoico não se desespera diante do sofrimento, nem se exalta com o prazer. Ele busca manter a tranquilidade da alma, o que os gregos chamavam de “ataraxia”.

PRINCIPAIS FILÓSOFOS ESTOICOS E SUAS IDEIAS Zenão nasceu em Cítio, na ilha de Chipre, por volta de 334 a.C. Sua entrada na filosofia foi marcada por um naufrágio que o levou a Atenas, onde teve contato com os escritos de Xenofonte sobre Sócrates. Inspirado, começou a estudar com os cínicos, megáricos e acadêmicos, até fundar sua própria escola filosófica por volta de 300 a.C., no Pórtico Pintado ( Stoa Poikile ), que deu nome ao estoicismo Zenão de Cítio – O FUNDADOR (c. 334–262 a.C.)

A FILOSOFIA DE ZENÃO Zenão estruturou o estoicismo em três áreas interligadas: Lógica : Para Zenão, a razão é a ferramenta que permite ao ser humano compreender o mundo e viver de forma virtuosa. Ele valorizava a clareza dos conceitos e a coerência dos juízos. Física: O universo é regido por uma razão divina, o Logos , que permeia tudo. Viver de acordo com a natureza significa viver em harmonia com essa razão cósmica. Ética: A virtude é o único bem verdadeiro. Prazer, dor, riqueza e pobreza são “indiferentes” — não devem determinar nossas escolhas. A felicidade ( eudaimonia ) vem do domínio das paixões e da aceitação racional do destino.

Zenão propôs uma vida guiada pela razão, pela moderação e pela coragem diante das adversidades. Sua filosofia é marcada por um ideal de sabedoria prática, acessível a todos, e profundamente comprometida com a transformação interior. Crisipo de Solos — O Arquiteto do Estoicismo Crisipo nasceu por volta de 280 a.C. em Solis, na Cilícia. Foi discípulo de Cleanto e se tornou o terceiro líder da escola estoica. É considerado o grande sistematizador do estoicismo, tendo escrito cerca de 750 obras, das quais restam apenas fragmentos

A FILOSOFIA DE CRISIPO Crisipo refinou os três pilares estoicos: Lógica: Desenvolveu uma teoria avançada do silogismo e da proposição condicional. Defendia que o pensamento lógico é essencial para distinguir juízos verdadeiros dos falsos. A razão humana deve se alinhar ao Logos universal. Física: Acreditava que o universo é um organismo racional e interconectado. Tudo acontece por necessidade causal, e o destino é uma expressão da ordem natural. Ética: Reforçou que a virtude é o único bem. Para Crisipo, viver bem é viver em conformidade com a razão e com a natureza. Ele também introduziu a ideia de que os “indiferentes” (como saúde, riqueza, etc.) podem ser “preferíveis”, desde que não comprometam a virtude.

Crisipo transformou o estoicismo em um sistema filosófico robusto, capaz de dialogar com outras escolas e resistir a críticas. Sua obra influenciou profundamente os estoicos romanos e consolidou o estoicismo como uma filosofia prática e racional. Sêneca — O Estoico da Corte Imperial Lúcio Aneu Sêneca nasceu em Córdoba, na Hispânia, por volta de 4 a.C., e viveu em Roma durante o auge do Império. Foi advogado, senador, tutor do imperador Nero e autor de obras filosóficas e literárias. Sua vida foi marcada por exílios, conflitos políticos e, por fim, um suicídio forçado por ordem imperial

A FILOSOFIA DE SÊNECA Sêneca adaptou o estoicismo ao contexto romano, tornando-o mais introspectivo e psicológico: Autodomínio: Enfatizava o controle das emoções, especialmente da ira, da inveja e do medo. Para ele, a razão deve governar os impulsos. Tempo e Morte: Refletia sobre a brevidade da vida e a importância de usar bem o tempo. A morte não deve ser temida, mas aceita como parte da natureza. Virtude e Liberdade: A verdadeira liberdade está em viver conforme a razão e a virtude, não em seguir os desejos ou os caprichos do poder. Prática Filosófica: A filosofia é um exercício diário. Sêneca recomendava o autoexame, a meditação e a leitura como formas de fortalecer a alma.

Sua obra é marcada por um estilo claro, direto e profundamente humano. Sêneca buscava conciliar a vida pública com a vida filosófica, e seus textos continuam sendo fonte de inspiração para quem busca equilíbrio e sabedoria. Epicteto — O Escravo que Ensinou a Liberdade Epicteto nasceu por volta de 55 d.C. em Hierápolis , na Frígia (atual Turquia). Viveu como escravo em Roma, mas foi libertado e fundou sua própria escola filosófica em Nicópolis , na Grécia. Seus ensinamentos foram registrados por seu discípulo Arriano , nos “Discursos” e no “Manual”

A FILOSOFIA DE EPICTETO Epicteto desenvolveu uma filosofia prática e acessível, centrada na liberdade interior: Dicotomia do Controle: Devemos distinguir entre o que depende de nós (nossos pensamentos, ações, desejos) e o que não depende (corpo, fama, fortuna). A sabedoria está em focar apenas no que podemos controlar. Autonomia Moral: A liberdade verdadeira não está nas circunstâncias externas, mas na capacidade de viver conforme a razão e a virtude.

Desapego e Aceitação: Ensinava a aceitar o destino com serenidade e a não se apegar a bens materiais ou status social. Educação da Alma: A filosofia é um treinamento da alma. Epicteto recomendava o autoexame, a disciplina e a reflexão constante como caminhos para a sabedoria.

Epicteto é o estoico mais radical na defesa da liberdade interior. Sua filosofia é profundamente ética, voltada para a transformação pessoal e para a superação do sofrimento.

MARCO AURÉLIO — O IMPERADOR FILÓSOFO Marco Aurélio nasceu em Roma em 121 d.C. e governou o Império Romano de 161 a 180 d.C. Apesar de enfrentar guerras, epidemias e crises políticas, manteve-se fiel aos princípios estoicos. Escreveu as “Meditações”, um diário pessoal de reflexões filosóficas.

A FILOSOFIA DE MARCO AURÉLIO Sua filosofia é marcada pela introspecção, pela humildade e pelo senso de dever: Virtude como guia: A virtude — sabedoria, justiça, coragem e temperança — é o único bem. Tudo o mais é efêmero. Aceitação do destino (Amor fati): Devemos amar o que nos acontece, pois tudo está em conformidade com a ordem cósmica.

Autodomínio emocional: Marco Aurélio buscava manter a serenidade diante da dor, da perda e da injustiça. Serviço à humanidade: Via todos os seres humanos como parte de uma comunidade racional. Defendia a compaixão, o respeito e a cooperação. Reflexão sobre a morte: A vida é breve, e a morte é natural. Pensar sobre isso ajuda a viver com mais propósito e menos medo. Marco Aurélio é o exemplo máximo de como o estoicismo pode ser vivido mesmo em meio ao poder, à responsabilidade e à adversidade. Suas “Meditações” são um testemunho de integridade e sabedoria.

ATIVIDADE Leia os slides, pesquise em outras fontes, sobre o estoicismo, reflita e responda as seguintes questões: 1 – O que significa, para os estoicos, viver de acordo com a razão? 2 – Para os estoicos, devemos distinguir entre o que depende e o que não depende de nós. Como essa distinção pode nos ajudar a lidar com os problemas? Como o estoicismo pode contribuir para o equilíbrio emocional? 3 – Os estoicos valorizam a virtude acima dos prazeres, bens materiais ou fama. Na sociedade atual, marcada pelo consumo e pela busca por reconhecimento, como essa valorização da virtude pode ser vista como forma de resistência?