Farmacotécnica
Transformação de produtos em
medicamentos
Prevenção, diagnóstico e cura das
doenças.
Possibilita eficácia terapêutica e
conservação do medicamento.
Objetivos - Farmacotécnica
Preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos,
dosados com exatidão e apresentados sob uma forma que facilite a
sua administração.
Formas Farmacêuticas
Formas Farmacêuticas - É o estado final apresentado pelos
medicamentos
Formulações Farmacêuticas
Princípio Ativo - Responsável pela ação terapêutica de um
medicamento alopático ou fitoterápico.
Excipientes/Veículos:
Coadjuvante Terapêutico
Coadjuvante Técnico
Formulações Farmacêuticas
Princípio Ativo
Responsável pela ação terapêutica de um medicamento alopático ou
fitoterápico.
Endotélio AA PGI
2
e PGE
2
Nociceptores
Nociceptores
sensibilizados
AINE
Cox
Est. inflamatório Est. térmico
Est. mecânico
Est. químicos
DOR
Aspirina, o primeiro AINE
Felix Hoffmann Salix alba, Salgueiro
branco
São os mais comuns e estão relacionados ao melhoramento dos aspectos
químicos, físicos e físico-químicos, permitindo maior estabilidade das
formulações.
São os mais comuns e estão relacionados ao melhoramento dos aspectos químicos,
físicos e físico-químicos, permitindo maior estabilidade das formulações.
Formas Farmacêuticas - Pós
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Definição
Objetivos
Vantagens e Desvantagens
Classificação
Caracterização da qualidade
Interferência na qualidade
Processamento dos pós
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Definição
Fármacos Isolados ou misturas de fármacos secos e/ou substâncias químicas
excipientes com mesma tenuidade
Destinados a uso interno ou externo
Constituem mais de 70% das MP de uso farmacêutico - Ponto de partida para outras
F.F.
Forma farmacêutica de apresentação de medicamento ou cosmético
Formas Farmacêuticas Sólidas - Grânulos
Definição
Consistem em partículas que sofreram um processo de agregação para obter outras
de maior tamanho, normalmente com diâmetro aproximado de 2 a 4 mm
Grânulos x Pós
Grânulos fluem melhor quando comparados com os pós
São mais estáveis aos efeitos de umidade atmosférica
Menos propensos a endurecer ou formar torrões quando em repouso
Umedecidos com mais facilidade pelos líquidos do que alguns pós leves e macios
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Objetivos
Compreender os pós enquanto matéria prima e produto
Caracterização dos pós
Interferência na qualidade
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Vantagens
Fácil deglutição, dissolução e absorção
Pós e grânulos são mais fáceis de serem dispensados em altas doses – facilidade de
administração
Preparações sólidas são quimicamente mais estáveis que as líquidas
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Desvantagens
Baixa uniformidade de doses ; Erros de medida em pós não divididos
Sabor mais realçado que outras F.F ; Difícil de mascarar
Baixa estabilidade química
Inadequados para administração oral de fármacos inativados pelos fluido
gastrintestinal ou que possam causar danos na mucosa gástrica
Inconveniência de transporte
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Classificação
Simples ou composto
Dosado (Dividido) ou a granel (Não dividido)
Vias de administração:
Oral
Inalação
Parenteral (injeção)
Uso externo
Tópico
Caracterização - Pós
Propriedades químicas e físicas:
Morfologia
Tamanho de partícula
Relação com a água
Fluidez
Densidade
Pureza
Solubilidade
Estabilidade
Uniformidade
Compatibilidade com outros componentes da formulação.
Caracterização - pós
Quanto ao tamanho:
Pó grosso - Passam totalmente pelo tamis de 1,70 mm e, no máximo, 40% pelo tamis de
355 µm.
Pó moderadamente grosso - Passam totalmente pelo tamis de 710 µm e, no máximo, 40%
pelo tamis de 250 um.
Pó semifino - Passam totalmente pelo tamis de 355 µm e, no máximo, 40% pelo tamis de
180 µm.
Pó fino - Passam totalmente pelo tamis de 180 µm.
Pó finíssimo - Passam totalmente pelo tamis de 125 µm.
Tamanho das Partículas
Velocidade de dissolução;
• Micronização
Suspensabilidade;
Distribuição uniforme
• Uniformidade do conteúdo
Penetração partículas a serem inaladas
• 1 a 6 µm
Espalhabilidade
• Aspereza – 50 a 100 µm
Caracterização - Pós
Relação com a água
Anidro
Hidratado (mono-, sesqui-, di- ou tri-)
Deliquescente/Higroscópico
Eflorescente
Hidrofílico
Hidrofóbico
Relação com óleo
Lipofílico
Lipofóbico
Caracterização - Pós
Pós Eflorescentes
Substâncias que quando pulverizadas liberam água
A água liberada pode fazer com que surja uma pasta
Substituir a substância hidratada pelo anidro
Caso não seja possível: realizar processos de secagem
Controle da umidade dos laboratórios e das embalagens
Caracterização - Pós
Pós Eflorescentes
Acetato de sódio
Ácido cítrico
Cafeína monohidratada
Codeína
Lactato de cálcio
Codeína
Caracterização - Pós
Pós Deliquescentes
São pós higroscópicos, ou seja, que absorvem a umidade do ar e podem se liquefazer
total ou parcialmente
Iodeto de amônio
Pepsina
Dexpantenol
Heparina sódica
Caracterização - Pós
Formas Farmacêuticas Sólidas - Pós
Determinação da fluidez:
Densidade aparente bulk (D
b
) ou densidade de repouso
Densidade aparente tapped (D
t
) ou densidade compactada
Com isso, é possível determinar:
Índice de Carr:
IC = 100 ✕ (D
t
- D
b
)/D
t
Fator de Hausner:
FH = D
t
/D
b
Caracterização - Pós
Voluminômetro
Determinação da densidade aparente:
Índice de Carr:
IC = 100 ✕ (D
t
- D
b
)/D
t
Fator de Hausner:
FH = D
t
/D
b
Caracterização - Pós
< 1,25 - Bom
1,25 - 1,5 - Adicionar Ag. deslizante
>1,5 - Inadequado
Como melhorar o fluxo (fluidez) de um pó?
Controle do tamanho de partícula (maior ou menor?)
Forma da partícula (esférica ou amorfa?)
Superfície da partícula (lisa ou rugosa?)
Diminuir a umidade do pó
Uso de agentes lubrificantes ou deslizantes
Caracterização - Pós
Misturas - Pós
Misturas - Pós
Espatulação
Trituração em gral
Uso de misturadores
Regras para misturas:
Cada componente do pó composto deve ser pulverizado separadamente.
Deve-se misturar os pós sucessivamente, principiando pelos que ocupem menor
volume.
Na mistura de dois pós que entrem em quantidades muito desiguais deve-se usar o
método da DILUIÇÃO GEOMÉTRICA.
Se a quantidade de fármaco for muito pequena deve-se usar diluições em pós inertes.
Misturas - Pós
Exemplos:
Ácido bórico - 5g
Amido - 20g
Talco - 50g
Carbonato de cálcio - 5 partes
Óxido de magnésio - 1 parte
Bicarbonato de sódio - 4 partes
Subcarbonato de bismuto - 3 partes
Misturas - Pós
Exemplos:
Diluição geométrica - Considerando a preparação de uma mistura de 1:100 a partir de
1g de ativo e 99g de diluente, temos:
Misturas - Pós
1a + 1d - resultando em 2g de mistura 50% p/p (vamos chamar de 2m)
2m + 2d - resultando em 4g de mistura 25% p/p (4m)
4m + 4d - resultando em 8g de mistura 12,5% p/p (8m)
8m + 8d - resultando em 16g de mistura 6,25% p/p (16m)
16m + 16d - resultando em 32g de mistura 3,125% p/p (32m)
32m + 32d - resultando em 64g de mistura 1,56%p/p (64m)
64m + 36d - resultando em 100g de mistura 1% p/p
Exemplos:
Nem sempre as unidades da mistura são as mesmas
Colecalciferol - 400 UI
Talco - 50mg
Carbonato de cálcio - 500mg
Misturas - Pós
Granular: é uma operação farmacêutica de dar forma utilizada para aglomerar substâncias
pulverizadas através da aplicação de pressão e/ou adição de aglutinantes.
Pra que?
Obter uma forma farmacêutica final em escala magistral e industrial
Produção de comprimidos em escala industrial
Promover o revestimento
Granulados
Granulados
Cápsulas
Formas Farmacêuticas Sólidas - Cápsulas
Definição
Vantagens e Desvantagens
Classificação
Processos de produção
Interferência na qualidade
Definição - Cápsulas
Forma farmacêutica sólida em que o princípio ativo e os excipientes estão contidos
em um invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos variados,
usualmente contendo uma dose única do princípio ativo. Normalmente é formada
de gelatina, mas pode também ser de outras substâncias.
Cápsulas Amiláceas
Cápsulas Gelatinosas moles
Cápsulas Gelatinosas duras
Cápsulas Gelatinosas duras
Vantagens - cápsulas
• proteção do meio ambiente
• mascarar gosto e odor desagradáveis
• fácil deglutição
• rápida liberação
• fácil manipulação
• flexibilidade na dosagem ( esquema terapêutico individualizado)
• apresentação atraente, podendo ser colorida ou não, opaca ou transparente
• várias vias de administração: oral, vaginal, uso externo
Desvantagens - cápsulas
Sensível do ponto de vista biofarmacêutico
Dose concentrada pode causar irritação em mucosas
Cápsulas Gelatinosas duras
É a cápsula que consiste de duas seções cilíndricas pré-fabricadas (corpo e tampa)
que se encaixam e cujas extremidades são arredondadas.
Cápsulas Gelatinosas duras
Capacidade para enchimento
A classificação numérica corresponde à capacidade volumétrica aproximada.
A capacidade em massa depende da densidade do(s) pó(s), distribuição de
tamanho de partícula, forma e índice de compressibilidade
Para a cápsula 000
Preparo de cápsulas gelatinosas
Preparo de cápsulas gelatinosas
Preparo de cápsulas gelatinosas
Cápsulas Gelatinosas duras
A densidade aparente de um pó pode ser calculada pela relação entre uma massa
conhecida e o volume por ele ocupado.
Por exemplo, se numa proveta, 75 g de pó ocupam um volume de 100 mL, a
densidade aparente do pó é 75 g/100 mL, ou 0,75 g/mL. Entretanto, se a proveta for
delicadamente batida (100 até 200 vezes) sobre uma superfície acolchoada, o
volume será reduzido, devido a compactação do pó. Com a divisão da massa por
esse novo volume, o resultado será a “densidade compactada”. Caso o novo
volume seja 85 mL, a densidade compactada correspondente será 75 g/85 mL, ou
0,88 g/mL.
Cápsulas Gelatinosas duras
A diferença entre densidade aparente e densidade compactada representa o
índice ou percentual de compressividade, o qual é calculado subtraindo do valor 1
a razão entre densidade aparente/compactada, cujo valor ser multiplicado por 100
(exemplo, 1- (0,75/0,88) x 100 = 14,8% de compressibilidade).
Cápsulas Gelatinosas duras
Formulação: Princípio ativo e excipientes
DILUENTES : completar o volume da cápsula
Exemplos: amido, amido pré-gelatinizado, carbonato de cálcio, celulose,
celulose microcristalina, dextrina, fosfato dicálcico, lactose, manitol
LUBRIFICANTES e DESLIZANTES: melhorar o escoamento do pó para garantir
um enchimento uniforme
Exemplos: estearato de magnésio, ácido esteárico, talco, dióxido de silício
Cápsulas Gelatinosas duras
DESSECANTES: Evitar que a cápsula fique úmida
Exemplos: dióxido de silício coloidal ou precipitado
DESAGREGANTE: Promover ou acelerar a ruptura da forma farmacêutica, após
contato com a água (Adc. no final da mistura)
Exemplos: Amido, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado
ABSORVENTES: evitar que pós higroscópicos absorvam umidade, controlar umidade
do pó
Exemplo: Aerosil
Cápsulas Gelatinosas duras
Diluente
Aumentam o volume da preparação
Solúveis ou insolúveis
Compatível com a maioria da população
Devem ser química e fisicamente inertes e estáveis
Cápsulas Gelatinosas duras
Deslizantes: aumentam o fluxo de pós e grânulos
Lubrificantes: evitam fricção e aderência com as peças das máquinas
Cápsulas Gelatinosas duras
Critérios para escolha dos excipientes
Economia
Estabilidade
Praticidade de manuseio
Critério biofarmacêutico
Cápsulas Gelatinosas duras
Alta solubilidade e permeabilidade (I)
Comportamento anfifílico
Propanolol, fluoxetina
Baixa solubilidade e alta permeabilidade (II)
Comportamento lipofílico
Diazepam, mebendazol, nifedipina
Alta solubilidade e baixa permeabilidade (III)
Comportamento hidrofílico
Hidroclorotiazida, isoniazida, losartana K
Baixa solubilidade e permeabilidade (IV)
Comportamento hidrofóbico
Paracetamol, sulfametoxazol
Cápsulas Gelatinosas duras
Exemplos de excipientes padronizados:
Cápsulas Gelatinosas Moles
É a cápsula constituída de um invólucro de gelatina, de vários formatos, mais
maleável do que o das cápsulas duras. Normalmente são preenchidas com
conteúdos líquidos ou semi-sólidos, mas podem ser preenchidas também com
pós e outros sólidos secos.
Definição - Comprimidos
São formas farmacêuticas sólidas de dose unitária contendo substâncias
medicamentosas com ou sem adjuvantes e preparados por compressão.
Devem apresentar características de tamanho e forma bem definidos, teor, friabilidade,
umidade, uniformidade de conteúdo, desintegração e dissolução compatíveis com o
método de fabricação e fim a que se destina
Vantagens - Comprimidos
Facilidade no Uso — pequeno volume e resistentes a manipulação e transporte
Dosagem precisa por unidade tomada
Meio seco e compacto > boa estabilidade
Adequada para fármacos de baixa solubilidade
Fabricação em larga escala > baixo custo
Facilidade em mascarar sabor desagradável
Desvantagens - Comprimidos
Sensível do ponto de vista biofarmacêutico
Dose concentrada pode causar irritação em mucosa
Ativos líquidos e misturas deliquescentes não podem ser
usados
Classificação - Comprimidos
Quanto a via de administração:
-Orais
-Sublinguais
-Parenterais (para injeção, para implantação)
-Uso externo (vaginais)
Observações - Comprimidos
Os comprimidos destinados a administração por via oral com características de
desagregação e liberação imediata podem ser triturados ou mastigados antes da sua
administração/deglutição.
Se o comprimido se destina a administração por via oral mas tem características de
liberação modificada (efeito prolongado, retardado, desagregação entérica), NÃO pode
ter sua estrutura física destruída antes da administração/deglutição.
Granulação e compressão
Granulação e compressão
Técnicas de compressão
Compressão direta - Variações