Aula sobre o Realismo em Portugal. Apresentação de Autores e Obras.

julianapadilha21 7 views 24 slides Sep 16, 2025
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About This Presentation

A partir da leitura e compreensão desta aula, os alunos serão capazes de analisar crítica e cautelosamente assuntos e obras que compõem o universo realista em Portugal.
Terão, sobretudo, habilidades suficientes para realizar de forma adequada questões sobre o Realismo em Portugal, tão cobrad...


Slide Content

Realismo em PortugalRealismo em Portugal Aula 13
MacVest - Literatura
Juliana Padilha

Contexto HistóricoContexto Histórico Segunda metade do século XIX, tendo início em 1865 com a
Questão Coimbrã - embate entre românticos e realistas;
Contexto de Revolução Industrial e crise nos centros
urbanos;
Época de muita movimentação política, social e científica;
Augusto Comte - Positivismo;
Taine - Determinismo;
Charles Darwin - Evolucionismo;
Marx e Engels - Materialismo Histórico.

Surgimento de uma Monarquia Parlamentar em Portugal;
Reflexões a respeito da Proclamação da República em
Portugal;
Em Portugal, o Realismo é processado a partir das
Conferências do Cassino Lisboense, que aconteceram na
primavera de 1871;
Surgimento de novos participantes. Dentre eles, Eça de
Queiroz;

“Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo
era a apoteose do sentimento; o realismo é a anatomia do
caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos
próprios olhos - para nos conhecermos, para que saibamos se
somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houver de
mau na sociedade.”
Eça de Queiroz

O artista realista sentia-se na obrigação de retratar aquilo
que era real, concreto, sem idealizações;
Os texto dessa Escola Literária são marcados pela
impessoalidade;
Linguagem objetiva e desprovida de sentimentalismos,
com menos adjetivação e com períodos mais curtos;
Grande denúncia às mazelas sociais e à sociedade
burguesa, repleta de hipocrisia;
Apontamento do desvio de caráter dos indivíduos,
especialmente da elite;CaracterísticasCaracterísticas

José Maria de Eça de Queiroz nasceu em
1845, em Portugal;
Foi formado em Direito pela Universidade
de Coimbra;
Chegou a exercer a advocacia e foi,
também, jornalista;
Ademais, foi administrador municipal em
Leiria e cônsul de Portugal na Inglaterra;
As suas obras são divididas em três
fases;
Grande análise psicológica das
personagens. Eça de QueirozEça de Queiroz

1° Fase
Influência Romântica Fases da Obra de Eça
de Queiroz
Fases da Obra de Eça
de Queiroz 2° Fase
Realista e Naturalista
3° Fase
Pós-realista

1° Fase
Influência Romântica Fases da Obra de Eça
de Queiroz
Fases da Obra de Eça
de Queiroz Dois médicos são chamados à
estrada de Sintra, onde encontram
um homem mascarado que os
obriga a tratar de um ferido.
A história mistura sequestro,
intrigas, cartas misteriosas, amores
proibidos e conspirações.

Fases da Obra de Eça
de Queiroz
Fases da Obra de Eça
de Queiroz 2° Fase
Realista e Naturalista
Luísa, jovem casada com Jorge (um engenheiro
honesto e carinhoso), leva uma vida pacata em Lisboa.
A rotina muda com a chegada de seu primo Basílio,
homem sedutor e leviano, que volta do exterior.
A empregada Juliana descobre o adultério e passa a
chantageá-la.
A situação se torna insustentável, Juliana morre, mas
Luísa também adoece e falece.

Fases da Obra de Eça
de Queiroz
Fases da Obra de Eça
de Queiroz 3° Fase
Pós-realista
Vive no campo e deseja restaurar a glória de sua
linhagem, mas é preguiçoso, vaidoso e indeciso.
Paralelamente, escreve uma novela histórica
sobre os heróis medievais da sua família (os
Ramires), tentando se espelhar neles.
Sua vida real, porém, é marcada por fraquezas,
medos e mediocridades.

Entre muitas obras, temos “O Crime do Padre Amaro”;Eça de Queiroz: Fase
Realista
Eça de Queiroz: Fase
Realista
Denúncia pesada à sociedade portuguesa da época;
Denúncia à vida dos eclesiásticos;
O Padre Amaro assume uma paróquia em Leiria. Lá, o seu
superior o convence a viver na casa de uma mulher, cuja
filha, noiva, acaba se aproximando do jovem padre;
Retrato de uma relação carnal proibida, dando ênfase ao
desvio de caráter humano;

“Mas o que o encantava era que nem as velhas, nem os padres,
ninguém da sacristia suspeitava os seus rendez-vous com Amélia.
Aquelas visitas à Totó tinham entrado nos costumes da casa;
chamavam-lhe "as devoções da pequena"; e não a interrogavam com
particularidades, pelo princípio beato que as devoções são um segredo
que se tem com Nosso Senhor. Só às vezes alguma das senhoras
perguntava a Amélia — como ia a doente; ela assegurava que estava
muito mudada, que começava a abrir os olhos à lei de Deus; então, muito
discretamente, falavam de coisas diferentes. Havia apenas o plano vago
de irem um dia, mais tarde, quando a Totó soubesse bem o seu
catecismo e pela eficácia da oração se tivesse tomado boa, admirar em
romaria a obra santa de Amélia e a humilhação do Inimigo [...]” Trecho de “O Crime do Padre Amaro”Trecho de “O Crime do Padre Amaro”

Como obra principal, temos “O Primo Basílio”;Eça de Queiroz: Fase
Realista
Eça de Queiroz: Fase
Realista
Denúncia aos indivíduos da sociedade urbana
portuguesa;
Por trás de uma burguesia perfeita, também há podridão,
e muita;
Retrato de um casal unido, não por amor, mas por
conveniência: apresentação do casamento como um
contrato social;
Corrupção do matrimônio através do adultério;

“Vejo-as nas nuvens da tarde,
Nas ondas do mar sem fim,
E por mais longe que esteja
Sinto-o sempre ao pé de mim.
Luísa achava-se nos braços de Basílio que a enlaçavam, a
queimavam; toda desfalecida, sentia-se perder, fundir-se num
elemento quente como o sol e doce como o mel; gozava
prodigiosamente; mas, por entre os seus soluços, sentia-se
envergonhada, porque Basílio repetia no palco, sem pudor, os
delírios libertinos do Paraíso! Como consentia ela?” Trecho de “O Primo Basílio”Trecho de “O Primo Basílio”

ExercíciosExercícios

1.(UFMS)
Na segunda metade do século XIX, a literatura europeia
buscou novas formas de expressão e que refletiram na literatura
brasileira. Essa renovação manifestou-se na forma de três
movimentos literários: o Realismo, o Naturalismo e o
Parnasianismo.
Em síntese, são características do Realismo, EXCETO:
a) objetivismo.
b) mulher idealizada, anjo de pureza e perfeição.
c) herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas.
d) amor e outros sentimentos subordinados aos interesses
sociais.
e) descrições e adjetivações objetivas, voltadas a captar o real
como ele é.

1.(UFMS)
Na segunda metade do século XIX, a literatura europeia
buscou novas formas de expressão e que refletiram na literatura
brasileira. Essa renovação manifestou-se na forma de três
movimentos literários: o Realismo, o Naturalismo e o
Parnasianismo.
Em síntese, são características do Realismo, EXCETO:
a) objetivismo.
b) mulher idealizada, anjo de pureza e perfeição.
c) herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas.
d) amor e outros sentimentos subordinados aos interesses
sociais.
e) descrições e adjetivações objetivas, voltadas a captar o real
como ele é.

2.(FUVEST)
— Pois, Grilo, agora realmente bem podemos dizer que o sr. D. Jacinto está
firme. O Grilo arredou os óculos para a testa, e levantando para o ar os
cinco dedos em curva como pétalas de uma tulipa: — Sua Excelência
brotou! Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele ressequido galho da
Cidade, plantado na Serra, pegara, chupara o húmus do torrão herdado,
criara seiva, afundara raízes, engrossara de tronco, atirara ramos,
rebentara em flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, dando frutos,
derramando sombra. E abrigados pela grande árvore, e por ela nutridos,
cem casais* em redor o bendiziam.
Eça de Queirós, A cidade e as serras.
*casal: pequena propriedade rústica; pequeno povoado.

O teor das imagens empregadas no texto para caracterizar a mudança
pela qual passara Jacinto indica que a causa principal dessa
transformação foi
a) o retorno a sua terra natal.
b) a conversão religiosa.
c) o trabalho manual na lavoura.
d) a mudança da cidade para o campo.
e) o banimento das inovações tecnológicas.

O teor das imagens empregadas no texto para caracterizar a mudança
pela qual passara Jacinto indica que a causa principal dessa
transformação foi
a) o retorno a sua terra natal.
b) a conversão religiosa.
c) o trabalho manual na lavoura.
d) a mudança da cidade para o campo.
e) o banimento das inovações tecnológicas.

3.(Mackenzie) Assinale a alternativa correta.
“Mas Luísa, a Luisinha, saiu muito boa dona de casa; tinha cuidados
muito simpáticos nos seus arranjos; era asseada, alegre como um
passarinho, como um passarinho amiga do ninho e das carícias do
macho; e aquele serzinho louro e meigo veio dar à sua casa um encanto
sério. (…)
Estavam casados havia três anos. Que bom que tinha sido! Ele próprio
melhorara; achava-se mais inteligente, mais alegre … E recordando
aquela existência fácil e doce, soprava o fumo do charuto, a perna
traçada, a alma dilatada, sentindo-se tão bem na vida como no seu
jaquetão de flanela!”
(Eça de Queirós, O primo Basílio)

a) A prosa realista, com intuito moralizador, desmascara o casamento
por interesse, tão comum no século XIX, para defender uma relação
amorosa autêntica, segundo princípios filosóficos do platonismo.
b) A prosa romântica analisa mais profundamente a natureza humana,
evitando a apresentação de caracteres padronizados em termos de
paixões, virtudes e defeitos.
c) A prosa realista põe em cena personagens tipificados que,
metamorfoseados em heróis valorosos, correspondem à expressão da
consciência e valores coletivos.
d) A prosa realista, apoiando-se em teorias cientificistas do século XIX,
empreende a análise de instituições burguesas, como o casamento, por
exemplo, denunciando as bases frágeis dessa união.
e) A prosa romântica recria o passado histórico com o intuito de ironizar
os mitos nacionais.

a) A prosa realista, com intuito moralizador, desmascara o casamento
por interesse, tão comum no século XIX, para defender uma relação
amorosa autêntica, segundo princípios filosóficos do platonismo.
b) A prosa romântica analisa mais profundamente a natureza humana,
evitando a apresentação de caracteres padronizados em termos de
paixões, virtudes e defeitos.
c) A prosa realista põe em cena personagens tipificados que,
metamorfoseados em heróis valorosos, correspondem à expressão da
consciência e valores coletivos.
d) A prosa realista, apoiando-se em teorias cientificistas do século XIX,
empreende a análise de instituições burguesas, como o casamento, por
exemplo, denunciando as bases frágeis dessa união.
e) A prosa romântica recria o passado histórico com o intuito de ironizar
os mitos nacionais.

OBRIGADA!OBRIGADA!
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