ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM O técnico e o enfermeiro têm papel fundamental no apoio, orientação e incentivo
ao aleitamento materno.
Principais ações:
Orientar sobre a pega correta:
Boca bem aberta;
Lábios evertidos (“boca de peixinho”) ,
queixo tocando a mama; Aréola mais visível na parte superior.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Posição adequada do bebê:
Cabeça e tronco alinhados;
Bebê voltado para a mãe (“barriga com barriga”);
Apoio em todo o corpo, não apenas na cabeça.
Cuidados com as mamas:
Higiene apenas com água (evitar sabonetes que ressecam);
Orientar sobre esvaziamento completo da mama para evitar ingurgitamento.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Prevenção e manejo de complicações:
Ingurgitamento mamário → massagens suaves e ordenha manual;
Fissuras mamilares → corrigir pega e orientar manter mamas secas;
Mastite → orientar procurar assistência médica e manter aleitamento, quando possível.
Apoio emocional:
Incentivar a autoconfiança da mãe;
Orientar familiares sobre a importância do apoio durante a amamentação.
Mitos e Realidades sobre o Aleitamento Materno
MITO
FEEDING BABY
REALIDADE
Amamentar dói
O leite materno é insuficiente
Não posso amamentar se tomar
medicamentos
Amamentar atrapalha a carreira
Com a técnica correta, a amamentação não
deve causar dor.
Na maioria dos casos, o leite materno é
produzido em quantidade suficiente.
Muitos medicamentos são seguros durante
a amamentação.
Empresas e políticas públicas devem
apoiar as mães lactantes.
Manejo de Sinais Vitais da Mãe e do
Bebê e nas Medidas
Antropométricas
Manejo de Sinais Vitais da Mãe (puérpera) O monitoramento dos sinais vitais no pós-parto é essencial para identificar precocemente
complicações.
Temperatura: avaliar febre (pode indicar infecção puerperal).
Pressão Arterial (PA): risco de hipertensão ou choque hipovolêmico.
Frequência Cardíaca (FC): taquicardia pode sugerir hemorragia.
Frequência Respiratória (FR): alteração pode indicar complicações respiratórias.
Avaliações complementares:
Involução uterina (altura do fundo uterino).
Sangramento vaginal (loquiação).
Inspeção das mamas (ingurgitamento, fissuras).
Manejo de Sinais Vitais do RN Manejo de Sinais Vitais do Recém-Nascido (RN)
O RN apresenta parâmetros específicos:
Temperatura axilar: 36,5°C a 37,5°C.
Frequência Cardíaca (FC): 100 a 180 bpm.
Frequência Respiratória (FR): 40 a 60 irpm.
Saturação de O₂: ≥ 92%.
Observação clínica: cor da pele, sucção, choro, tônus muscular.
Medidas Antropométricas do RN Essas medidas permitem avaliar crescimento e desenvolvimento, além de identificar
possíveis alterações:
Peso: medir ao nascer e diariamente (RN perde até 10% do peso inicial nos
primeiros dias).
Estatura/Comprimento: média de 48 a 52 cm ao nascer.
Perímetro Cefálico: 32 a 36 cm, medido na maior circunferência da cabeça.
Perímetro Torácico: geralmente 2 cm menor que o cefálico ao nascer.
Papel da Enfermagem Garantir monitoramento sistemático dos sinais vitais da mãe e do bebê.
Registrar em prontuário todos os valores encontrados.
Identificar alterações e comunicar imediatamente à equipe médica.
Orientar a mãe quanto aos cuidados domiciliares: observar febre, sangramento
excessivo, icterícia no bebê, sucção adequada, ganho de peso.
TESTE DE TRIAGEM
NEONATAL
TRIAGEM NEONATAL - PROGRAMA NACIONAL A Triagem Neonatal Biológica é realizada através de exames no sangue colhido
no papel-filtro (sangue seco), obtido por punção no calcanhar do recém-nascido.
Essa triagem tem a função de prevenir alterações no desenvolvimento físico e
mental de crianças que possam ter alguma das doenças triadas. É capaz de
suspeitar precocemente quais recém-nascidos podem apresentar essas doenças
e iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Todo recém-nascido deve ter acesso ao Teste do Pezinho e às etapas da
Triagem Neonatal. O objetivo é realizar a coleta de sangue em 100% dos
recém-nascidos no Brasil, seguida da análise desse sangue nos laboratórios
especializados dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (SRTN),
estabelecidos em todo o País. Os testes objetivam identificar casos positivos,
que serão buscados pelos SRTN em conjunto com a Atenção Primária.
Este primeiro teste é o de triagem. Os casos positivos para alguma das doenças
investigadas devem seguir com exames confirmatórios, tratamento e
acompanhamento com especialistas nos SRTN.
O Programa Nacional de Triagem Neonatal – PNTN, popularmente conhecido
como “Teste do Pezinho”, foi instituído pelo Ministério da Saúde em 6 de junho de
2001. Por isso, essa data foi decretada como o Dia Nacional do Teste do Pezinho. A
coleta é apenas o início de um processo estruturado que garante o diagnóstico
precoce e o cuidado adequado às crianças com doenças detectáveis pelo
programa.
Doenças incluídas no Teste do Pezinho do Sistema Único de
Saúde (SUS) regulamentado pelo Ministério da Saúde: Um erro inato do
metabolismo tratável, de
origem genética e
herança autossômica
recessiva, que afeta a
reciclagem da biotina.
Doença genética com
padrão de herança
autossômica recessiva.
Na maioria dos casos, é
resultante da
deficiência de uma
enzima hepática, a
fenilalanina hidroxilase.
Conjunto de doenças
genéticas de herança
autossômica recessiva,
em que há deficiência
na biosíntese do
hormônio cortizol
Deficiência de Biotinidase FenilcetonúriaHiperplasia Adrenal
Congênita
Doenças incluídas no Teste do Pezinho do Sistema Único de
Saúde (SUS) regulamentado pelo Ministério da Saúde: Refere-se à diminuição ou
ausência de hormônios
tireoidianos e se caracteriza
por diminuição dos níveis
séricos de T4 (tiroxina,
também chamada
tetraiodotironina) e T3
(triiodotironina).
Doença genética e
hereditária caracterizada
por uma mutação na
molécula da Hb A, chamada
então de HbS. As
hemoglobinopatias são
doenças hereditárias
amplamente distribuídas por
todo o mundo.
Uma das zoonoses (doenças
transmitidas por animais)
mais comuns do mundo. É
uma doença infecciosa
causada pelo protozoário
chamado Toxoplasma gondii,
cujos hospedeiros definitivos
são gatos e outros felinos.Hipotireoidismo Congênito
Primário
Doenças Falciformes
Toxoplasmose
O Programa Nacional de Triagem Neonatal através da coleta e da realização de
exames biológicos no sangue, deve ser realizado em todos os recém-nascidos
vivos, em todo território nacional. É um dever do Estado prover o exame e um
direito das famílias. O Teste do Pezinho pode evitar deficiência mental e outros
agravos a saúde do bebê e até evitar óbito precoce
Curiosidade:
No Brasil existem outras formas de triagens, para avaliar os
recém-nascidos em vários aspectos. Todas têm o seu nome
oficial e seu apelido: triagem de acuidade auditiva (teste da
orelhinha), teste do reflexo vermelho nos olhos (teste do
olhinho), teste de oximetria de pulso em recém-nascidos
(teste do coraçãozinho), avaliação do frênulo lingual em
recém-nascidos (teste da linguinha).
TESTE DE PEZINHO
TESTE DO PEZINHO Na maioria dos estados brasileiros a coleta do teste de triagem neonatal biológica,
popularmente conhecida no Brasil por “teste do pezinho”, acontece nas unidades da
Atenção Primária em Saúde. Em alguns estados esta coleta também é realizada em
maternidades, casas de parto, comunidades indígenas e quilombolas, entre outros locais.
A data ideal para a coleta pode variar de acordo com a maior sensibilidade das
tecnologias diagnósticas e necessidades inerentes às doenças do escopo do Programa. O
Ministério da Saúde recomenda que o período de coleta da primeira amostra esteja
compreendido entre 48 horas após o parto até o 5º dia de vida do bebê devido às
especificidades das doenças diagnosticadas atualmente.
Crianças que não tenham realizado o “teste do pezinho” no período neonatal, que vai até o
28º dia de vida do recém-nascido, mais oportunamente na idade preconizada pelo Ministério
da Saúde, devem ser avaliadas pelo serviço médico, para orientação e investigação
diagnóstica específica, se necessário. Esta investigação será considerada diagnóstico tardio
e, nestas condições, a criança detectada se beneficiará com o acesso ao
tratamento/acompanhamento especializado e consequentemente a uma melhor qualidade
de vida.
Converse com os profissionais de saúde durante o acompanhamento do pré-natal e procure
a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa para realizar a coleta no período
considerado ideal, antes do surgimento de sinais clínicos específicos.