Cotações
Questões Cotação
Grupo I Conteúdo
OCL
*
Total por questão Total do grupo
Org.
**
CL
***
1. 12 4 4 20
80 pontos
2. 12 4 4 20
3. 12 4 4 20
4. 12 4 4 20
Grupo II Conteúdo
OCL
*
Total por questão Total do grupo
Org.
**
CL
***
1. 12 4 4 20
80 pontos
2. 12 4 4 20
3. 12 4 4 20
4. 12 4 4 20
Grupo III
Conteúdo
OCL*
Total por questão
40 pontos Org.** CL***
24 8 8 40
200 pontos
(20 valores)
* Organização e correção linguística
** Coerência na organização das ideias e na estruturação do texto
*** Correção linguística (sintaxe e morfologia; léxico; pontuação; ortografia)
Sugestões de resposta
Grupo I
1. Lisibea está a dar ordens à filha Lusitânia, daí
a utilização de formas verbais no imperativo
(“põe”, “vela-te”) ou com valor de imperativo (“não
olhes”). O tom é, portanto, agressivo, traduzindo a
relação tensa entre mãe e filha.
2. Lisibea sente-se triste e em sofrimento (“Eu não
teria paixão”, v. 9) devido aos muitos e intensos
ciúmes que sente da filha. Os ciúmes explicam-se
pelo muito amor que lhe tem (“de te amar vem esta
dor”, v. 32; “que dos mui muito ciúmes / nace o
mui muito amor.”, vv. 34-35).
3. Às repreensões da mãe, Lusitânia responde,
por meio de uma antítese (mal/bem), afirmando
que o seu comportamento não está errado, já que
considera que está a fazer pela sua vida, isto é, a
pensar em si e no seu futuro.
4. Lisibea considera que os ciúmes é que mostram
a intensidade do amor (“que dos mui muito ciúmes
/ nace o mui muito amor.”, vv. 34-35) e justificam
a dor, o azedume. Lusitânia, porém, não partilha
desta opinião, considerando que os ciúmes são
um mal sem fim (“o ciúme é mal enfindo”, v. 27) e
que o amor deve estar assente na confiança, na
doçura e na alegria (vv. 40-44).
Grupo II
1. A interrogação inicial do sujeito poético traduz a
sua indiferença perante a morte do ser amado,
uma vez que essa morte não apagou o desejo que
ele sente. Por isso, ele continua a sonhar, e dessa
forma consegue possuir quem morreu. O sonho é
a forma de manter o desejo e a presença do ser
amado vivos.
2. A primeira pessoa do singular, evidente nas
formas verbais (“sonho”, “consigo”, “falto”, “turbo”,
“sobressalto”, “acordo”, “adormeço”) e
pronominais (“meu”, “me”), comunica uma
intensidade dramática ao poema, acentuando a
íntima partilha de sentimentos da parte do sujeito
poético.
3. Na última estrofe, o sujeito poético revela que
só a morte do ser amado lhe trouxe paz e acalmou
o seu ciúme (vv. 19-20). A morte impede o ser
amado de estar com alguém e de repartir o seu
amor (vv. 13-15), e, por essa razão, o sujeito
poético sente-se feliz, quando adormece e sonha
com a sua amada.
4. A elegia é um poema de assunto triste ou
doloroso, e este poema trata precisamente de um
assunto dessa natureza: o ciúme. O sujeito
poético começa por dizer que a morte do ser
amado não apagou o seu desejo, e por isso
continua a sonhar com a amada. Mas o sonho traz
consigo o ciúme (segunda estrofe) e faz com que
o sujeito poético acorde pálido e agitado (v. 12).
Só então ganha consciência de que não há razão
para o ciúme, pois a sua amada não estivera (nem
poderia estar) com mais ninguém (vv. 13-14), uma
vez que está morta, e só a morte dela trouxe
tranquilidade ao seu ciúme (vv. 19-20).
Grupo III
Resposta pessoal.