Avaliação Goniométrica no contexto do Exame Fisioterapêutico Prof. Me. Gustavo Arouche
documentação no processo de planejamento fisioterapêutico; avaliação inicial e final do tratamento / permite fazer comparações, comunicar os resultados e avaliar se o t r a t a m e n t o p r opo s t o f o i e fi c a z ; utilizar formas de avaliação padronizadas e um r e g i s t r o c u i d a do s o do s d a do s ob ti do s d a a v a li a ç ã o . 1 . Visão Global de uma Avaliação Musculoesquelética
2. Goniometria Método para medir os ângulos articulares do corpo; O termo goniometria é formado por duas palavras gregas, gonia, que significa ângulo, e metron, que significa medida; O instrumento mais utilizado para medir a amplitude de movimento é o goniômetro universal.
2. Goniometria Vantagens: é um instrumento barato, de fácil manuseio e as medidas são coletadas rapidamente; A precisão da medida é influenciada pela qualidade do goniômetro, pelas diferentes articulações a serem medidas, pelo procedimento utilizado, pelas diferentes patologias e pela utilização do movimento passivo ou ativo durante a realização da goniometria.
2.1 Finalidades da Avaliação da ADM É utilizado pelos fisioterapeutas para quantificar a l i m i t a ç ã o d o s â n gu l o s a r t i c u l a r e s , d e c i d i r a fisioterapêutica mais adequada, intervenção documentar d e s e n v o l v e r a eficácia o i n t e r e ss e d a i n t e r v e n ç ã o e do paciente p e l o p r og r a m a d e t r a t a m e n t o .
2.1.1 Informações dos dados Goniométricos D i r e c i on a r a f a b r i c a ç ã o d e órteses; D e t e r m i n a r a p r e s e n ç a o u ■ A v a li a r n ã o d e d i s f un ç ã o ; a me l ho r a o u r e c up e r a ç ã o f un c i on a l ; E s t a b e l e c e r u m d i a gnó s t i c o ; ■ M od i f i c a r o t r a t ame n t o ; E s t a b e l e c e r o s ob j e t i v o s d o ■ R e a li z a r tratamento; p e s qu i s a s qu e e n v o l v am a r e c up e r a ç ã o d e li m i t a ç õ e s a r t i c u l a r e s .
2.2 Confiabilidade das mensurações do ângulo articular Quadro de Stratford “A discussion of methodology issues” Physiology Canada, 36, 1 PP 5 - 9 , 1984 . Existe concordância geral em que as variações intra-avaliador em geral são menores do que as variações interavaliadores e que o erro da mensuração pode diferir para as diferentes articulações.
2.3 Validade das Mensurações Articulares S e r á qu e o gon i ô m e t r o m e d e d e f a t o c o m e x a ti d ã o â n gu l o de uma artic. entre 2 segmentos corporais que formam o ângulo? Foram realizados estudos destinados a comparar as radiografias e as mensurações goniométricas. Gogia et al , 1985 mediu as artic. do joelho de 30 indivíduos com v á r i o s â ngu l o s e c o m p a r ou o s r e s u lt a do s gon i o m é t r i c o s com as radiografias. Houve uma alta correlação entre os do i s ti po s d e m e n s u r a ç õ e s .
3. Fatores que influenciam as Mensurações Articulares Idade: em geral quanto mais jovem o indivíduo, maior a A D M . ( B e l l & H o s h i z a k , C a n J A pp l S po r t s S c i 6 : 2 00 2 , 1981). Sexo: em síntese, constatou-se que as mulheres costumam ter maiores amplitudes que os homens, apesar de nem todos os estudos confirmarem este achado (Bell & Hoshizak, Can J Appl Sports Sci 6: 2002 , 1981 ) O c up a ç ã o ou p a d r ã o d e A ti v i d a d e ; Dominância; E s t r u t u r a s A r ti c u l a r e s .
4. Planos e Eixos utilizados n a Goniometria O s m o v i m e n t o s articulares o c o rr e m e m três s a g i t a l , p l a n o s : f r on t a l e t r a n sv e r s o .
5. Instrumentos - Goniômetro Universal Padrão Básico: todos têm um corpo e dois braços: u m m ó v e l e ou t r o f i x o ; O braço estacionário é alinhado com o segmento corporal fixo, e o braço móvel, com o segmento c o r po r a l m ó v e l . No corpo do goniômetro e s t ã o a s e sc a l a s .
6. Amplitude de Movimento A amplitude de Movimento (ADM) é a qu a n t i d a d e d e m o v i me n t o d e u m a a r t i c u l a ç ã o . A posição inicial para se medir a amplitude de movimento de todas as articulações, com exceção dos movimentos de rotação, é a po s i ç ã o a n a t ô m i c a .
6.1 Amplitude de Movimento Ativo Quantidade de movimento articular realizada por um indivíduo sem qualquer auxílio. Objetivo: o examinador tem a informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular da amplitude de movimento do indivíduo.
6.1.1 Movimento Ativo O fi s i o t e r a p e u t a d e v e ob s e r v a r : Q u a ndo e ond e , d u r a n t e c a d a u m do s m o v i m e n t o s , o c o rr e o i n í c i o d e do r ; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade d a do r ; A qu a n ti d a d e d e r e s t r i ç ã o ob s e r v á v e l ; O p a d r ã o d e m o v i m e n t o ; O ritmo e a qualidade do movimento; O movimento das articulações associadas; Qualquer limitação e sua natureza.
6.2 Amplitude de Movimento Passivo Quantidade de movimento realizada pelo examinador sem o auxílio do indivíduo. A ADM passiva fornece ao fisioterapeuta a informação a r t i c u l a r e s e exata sobre a integridade das superfícies a extensibilidade da cápsula a r t i c u l a r , l i g a me n t o s e m ú s c u l o s ( N o r k i n & L e v a ng i e , 1997 ) .
6 . 2 . 1 Mo v i men t o P a ss i v o O fi s i o t e r a p e u t a d e v e ob s e r v a r : Q u a ndo e ond e , d u r a n t e c a d a u m do s m o v i m e n t o s , o c o rr e o i n í c i o d e do r ; Se o movimento aumenta a intensidade e a qualidade d a do r ; O padrão de limitação do movimento; A sensação final do movimento; O movimento das articulações associadas; A amplitude de movimento disponível.
7. Expressão Numérica da Amplitude de M o v i m en t o A r t i c u l a r A maioria dos terapeutas utiliza o sistema de mensuração baseado em a 180 graus proposto por Silver (“Measurement of the range of motion in joints”. J . B on e J o i n t S u r g 21 : 569 , 1923 ) . Valores normais: American Academy of North America Surgeons (1965) e The Veterans Administration of U n it e d S t a t e s o f N o r t h A m e r i c a ( 1963 ) .
7.1 Registro da Amplitude de Movimento Movimentos normais, hipomóveis ou hipermóveis; O registro da amplitude de movimento deve indicar o valor inicial e o final do arco de movimento.
8. Procedimentos para a Mensuração 1) paciente em bom alinhamento corporal, o máximo possível à posição anatômica; 2 ) r e g i ã o a v a li a d a d e s nud a ; 3 ) e x p l i c a r e d em o n s t r a r o m o v i m e n t o a o paciente; 4) estabilizar o segmento corporal proximal; 5 ) l o c a l i z a ç ã o p r e c i s a d o e i x o d o m o v i me n t o , p a l p a n d o a r e f e r ê n c i a ó ss ea a d e qu a d a ;
8. Procedimentos para a Mensuração 6) recomenda-se a utilização do movimento passivo; 7 ) c o l o c a r o b r a ç o fi x o e o m ó v e l do gon i ô m e t r o ; 8) dados registrados e coletados de forma cuidadosa e c o rr e t a p e l o m e s m o fi s i o t e r a p e u t a ; 9 ) L a do s a ud á v e l u tili z a do p a r a a c o m p a r a ç ã o .
9.1Amplitude articular-Goniometria 9 . 1 . 1 F l e x ã o do O m b r o : O movimento ocorre na artic. glenoumeral no plano sagital, sendo acompanhado por movimentos nas artic. e s t e r no c l a v i c u l a r , a c r o m i o c l a v i c u l a r e escapulotorácica. Amplitude Articular: 0-180 ° (Marques, 2003; Palmer & A p l e r , 2002 ) e - 170 ° / 180 ° ( Ma g ee , 1997 ) .
9.1.1 Precauções E v i t a r a h i p e r e x t e n s ã o d a c o l un a l o m b a r ; Evitar a abdução do ombro e a elevação da escápula; P e r m i t i r qu e a R M d a a r t i c . do o m b r o o c o rr a e m a p r o x . 90 ° d e f l e x ã o do o m b r o ; Permitir que o mov. escapular e da artic. clavicular ocorra em aprox. 30 ° de flexão do ombro; M a n t e r a a r t i c . do c o t o v e l o e m e x t e n s ã o .
10 . 1 A mp li t ude A r t i c u l a r- G on i ome t r i a 10 . 1 . 1 F l e x ã o do Q u a d r il : Ocorre no plano sagital entre a cabeça do f ê m u r e o a c e t á bu l o do ilí a c o . Amplitude articular com o joelho fletido: ° - 125 ° (Marques, 2003; Palmer & Epler, 2000) e ° - 135 ° ( M a g ee , 2002 ) .
Flexão do Quadril
10.1.1 Precauções M a n t e r o m e m b r o opo s t o p l a no s ob r e a m e s a para controlar a inclinação pélvica posterior; E v i t a r a m o v i m e n t a ç ã o l o m bo ss a c r a .
11. Goniometria Especial M e d i d a s d e a l gu ma s deformidades f r e qü e n t e s n a s disfunções m u sc u l o e s qu e l é t i c a s . Ângulo de Carregamento do Cotovelo
Marques AP. Introdução. In: Manual de Goniometria. 2 ed. São P a u l o : E d i t o r a M a no l e . 2003 , p . 1 - 10 . Magee DJ. Princípios e Conceitos In: Magee, DJ, editor. Disfunção Musculoesquelética. 3 ed. São Paulo: Manole; 2002. p.1-54. Palmer, LM.; Epler, ME. Princípios das Técnicas de Exame. In: Palmer, LM.; Epler, ME. Fundamentos das Técnicas de A v a li a ç ã o M u sc u l o e s q u e l é t i c a . 2 e d . R i o d e J a n e i r o : G u a n a b a r a K oog a n ; 2000 . p . 7 - 33 . Referências Bibliográficas – Leitura Complementar
Referências Bibliográficas – Leitura Complementar 1. Stratford P, Agostino V. Brazeau C, Gowitzke BA. R e li a b ilit y o f j o i n t a n g l e m ea s u r e m e n t : A d i sc u ss i on o f m e t ho d o l o g y i ss u e s . P h i s i o l og y C a n a d a , 3 6 , 1 , 1 9 84 . p . 5-9. 2. Marques, AP. “Um delineamento de linha de base múltipla para investigar efeitos de procedimentos de ensino sobre diferentes comportamentos envolvidos em avaliação goniométrica” São Carlos, 1990. D i ss e r t a ç ã o d e ( m e s t r a do )- U F s C a r .