Bíblia: Cartas Paulinas: Segunda Carta aos Coríntios

Fagner25 104 views 12 slides Feb 27, 2024
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About This Presentation

Bíblia: Cartas Paulinas: Segunda Carta aos Coríntios


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A Segunda Epístola aos Coríntios

1) Introdução:
a) As relações de Paulo com essa comunidade foram
muitas vezes agitadas: sua autoridade e, por trás dela, a
verdadeira fé foram questionadas. Nesta carta, Paulo se
defende e consagra sua maior parte a expor sua
concepção do ministério apostólico (1,11-7,16).
b) Ele sente a terrível responsabilidade da
apostolicidade: a Palavra de Deus, sabendo que põe os
ouvintes diante de uma escolha, a favor ou contra Cristo
(2,14-4,44).
c) Encontramos certa dificuldade de entender a
passagem em que Paulo mostra que o cristão, graças a
Jesus, lê as Escrituras de uma nova maneira e
compreende seu verdadeiro sentido, mas subtraímos a
beleza dessa mensagem: o cristão que acolhe Cristo é
transfigurado pela glória de Deus que brilhava sobre o
rosto de Jesus, e é iluminado para iluminar os irmãos
(3,5-4,6).

1) Introdução:
•d) Em Jesus, que morreu por causa do pecado
ao qual foi identificado (5,21), Deus nos
reconciliou consigo: graças a Cristo, somos
doravante a nova criação (5,11-21).
•e) Em 11,16-12,10encontramos os sofrimentos
que Paulo suportou, bem como as graças com
que ele foi cumulado.
•f)Por fim, em 13,13encontramos uma bênção
que foi incorporada à liturgia católica: é a
primeira e clara atestação de fé na Trindade.

2) Contexto:
•a) Comparando a 1Cor com 2Corverificamos grandes
diferenças entre elas:
• 1) 1Cor:é doutrinária. Aborda vários temas
teológicos, como: unidade da Igreja, ceia eucarística,
ressurreição dos mortos, carismas, entre outros;
• 2) 2Cor: trata das relações de Paulo com a
comunidade, desfaz mal-entendidos, expõe sentimentos
dele, etc.
•b) Surge a questão: o que aconteceu para haver tão
grande mudança de conteúdo e estilo entre 1Cor e
2Cor?
• 1)Não há como respondê-la precisamente, porque
o livro dos Atosnada fala a respeito;
• 2)Somente da própria 2Corpodemos deduzir
alguns dados conjeturais:
• 1) Timóteo volta de Corinto a Éfeso com más
notícias: os partidos e os ânimos não se acalmaram na
comunidade (cf. 1Cor 4,17; 16,10).

2) Contexto:
•2) Paulo então resolve ir a Corinto pessoalmente para
apaziguar os ânimos (cf. 2Cor 12,14; 13,1).
• a) Se, ao escrever 2Cor, Paulo já tinha
estado duas vezes em Corinto, pergunta-se: quais
seriam essas duas estadas? A primeira é a fundação da
comunidade (At 18,1-11);o texto de At 20,2sé posterior
à 2Cor.Só resta postular uma viagem intermediária
entre 1 e 2Cor.
• 3) Em Corinto Paulo é publicamente injuriado
(cf. 2Cor 2,5-10; 7,12).
• 4) Para não punir logo, Paulo deixa Corinto,
prometendo voltar em breve. Mas, absorvido por
afazeres, adiou seu retorno; pelo que, foi acusado de
leviano, inconstante e covarde (cf. 2Cor 1,15s.23).

2) Contexto:
•5) Em vez de tornar, Paulo escreveu a “epístola das lágrimas”
(cf. 2Cor 2,3-9; 7,5-12).Esta seria a terceira carta aos
coríntios, pois a primeira se acha documentada em 1Cor 5,9-
11, mas se perdeu; a segunda é a canônica 1Cor.Também a
epístola das lágrimas se perdeu, embora alguns a queiram
identificar com a polêmica seção de 2Cor 10-13(esta visa
aos judaizantes, e não à comunidade de Corinto como tal).
• 6) Tito é o portador da “epístola das lágrimas” (cf.
8,17; 12,18).
• 7) Antes que partisse, Paulo marcou encontro
com Tito em Trôade (Ásia Menor). Mas, como teve que deixar
Éfeso às pressas por causa da celeuma de Demétrio (At
19,23-20,1), Paulo não encontrou Tito em Trôade (cf. 2Cor
2,12s).
• 8) Paulo seguiu de Trôade para a Macedônia,
onde encontrou Tito em Filipos (cf. 2Cor 2,13; 7,5-7). A
alegria de Paulo deve ter sido reforçada pela presença de
Lucas em Filipos (cf. At 20,6). Lucas era o médico muito caro
e dedicado a Paulo.

2) Contexto:
•9) As notícias que Tito comunicava a Paulo eram satisfatórias; a
comunidade se reconciliara com Paulo e resolvera afastar de si o
mal: 2Cor 7,7.11.Estava disposta a colaborar na coleta em favor
dos pobres de Jerusalém (cf. 2Cor 9,1-15).
•10) Porém, Tito não podia deixar de relatar calúnias e invectivas
dos judaizantes em Corinto. À semelhança do que acontecera na
Galácia, acusavam Paulo de não ser verdadeiro Apóstolo, pois não
convivera com Jesus. Paulo era dito covarde, pois à distância
ameaçava duros castigos, escrevia cartas severas, mas não ousava
comparecer e, quando presente entre os coríntios, tinha aparência
fraca, desprezível, usava de linguagem simples e não se
aventurava a punir ninguém (cf. 2Cor 10,2-11; 11,2; 13,2-4). Além
disto, o fato mesmo de ter Paulo procurado viver do trabalho de
suas mãos em Corinto, sem pesar aos infiéis (cf. 1Cor 9,12-18; 1Ts
2,9; 2Ts 3,7-10), era interpretado como indício de que ele
reconhecia não ter direito às esmolas dos fiéis e não ser Apóstolo
como os demais (cf. 2Cor 11,7-12; 12,13);e, não obstante o
aparente desinteresse pecuniário, ainda acusavam Paulo de viver
das esmolas que arrecadava para a comunidade de Jerusalém (cf.
2Cor 6,8).

2) Contexto:
•11) Ciente das boas disposições da comunidade, Paulo
decidiu voltar lá, numa terceira visita (cf. 2Cor 12,14;
13,1). Para preparar esse novo encontro com os fiéis,
quis escrever a 2Cor, que na verdade é a quarta carta de
Paulo aos coríntios. Esta devia mais uma vez chamar os
coríntios à ordem, para que, presente, o Apóstolo não
tivesse de censurá-los (cf. 2Cor 13,10).
•12) Tito, acompanhado de mais dois irmãos, talvez
Lucas e Aristarco, devia voltar sem demora a Corinto,
como portador da carta (cf. 2Cor 8,16-22). Esta foi
escrita em Filipos. A série de acontecimentos supostos
entre 1 e 2Corexige o intervalo de um ano ou mais entre
estas duas epístolas, de sorte que a 2Corparece datar
de meados ou da segunda metade de 57.

3) Estrutura:
1,1-1,11
saudação inicial e exaltação de Deus
1,12-7,16
justificação e exercício do ministério apostólico
8,1-9,15
coletas para as protocomunidades de Jerusalém
10,1-15,10
a luta de Paulo por suas comunidades
exortações finais e saudações

4) Mensagem:
•a) A 2Cor é um dos escritos que mais manifestam a alma de
Paulo. Envolvido pelas tramas maldosas dos adversários e
vítima dos achaques corporais, Paulo experimentou em grau
muito intenso a angústia da vida nesta terra.
•b) Hoje os homens são muito sensíveis à angústia; não
poucos se sentem “condenados à morte”, sem esperança e
sem consolo.
•c)Precisamente a 2Coré importante por mostrar como o
Apóstolo reagiu diante das tribulações. Paulo, de um lado,
não se entregou à lamentação e ao desânimo; de outro lado,
não quis negar artificialmente a angústia como se reconhecê-
la não fosse digno do homem perfeito.
•d) Paulo aludia frequentemente às tribulações que o afligiam:
1,8; 7,5; 11,23-27 (o catálogo de dores físicas e morais do
Apóstolo); 12,7 (o aguilhão na carne, o anjo de Satanás que o
esbofeteava e que não sabemos identificar). e) Em 5,2-4
Paulo confessava mesmo o pesar que experimentava por ter
que morrer.

4) Mensagem:
•f) Essas tribulações, efeitos da fragilidade humana, eram
interpretadas pelos judaizantes como sinais de que Deus não
dera a Paulo a missão do apostolado; pareciam
incompatíveis com a autoridade e a dignidade de um legado
de Deus.
•g) O argumento dos judaizantes era forte. Contudo, Paulo
quis dar às suas deficiências físicas uma interpretação
contrária à dos adversários. Conforme Paulo, as misérias
físicas do cristão são justamente o sinal da presença de Deus
no fiel.
•h) No caso de Paulo, os achaques significariam que não era
Paulo, como simples homem, que agia, mas era Deus quem
agia por meio de Paulo. Toda a obra missionária de Paulo era
efeito da graça de Deus, que Paulo trazia como um tesouro
em vaso de argila (4,7-10).
•i) Por conseguinte, pelas deficiências do instrumento Paulo
comprovava a autenticidade da sua missão. É justamente
próprio de Deus mostrar em meio à fraqueza humana todo o
poder divino (12,9).

4) Mensagem:
j) Mais: Paulo confessava suas angústias diante da morte
para mais altamente proclamar a sua esperança na
ressurreição; o definhar do velho homem seria a condição
para o desenvolvimento do homem novo; ressurreição e vida
nova constituem um processo que opera paralelamente com
definhar e morte (4,11-16).
k) Por isto a vida do cristão tem duas faces: uma exterior,
visível, um tanto ilusória, e outra inferior, oculta, que é mais
verídica, porque derivada da posse da eternidade.
l)Observe-se o paradoxo com que Paulo caracteriza a vida do
cristão: “somos considerados como moribundos, e eis que
vivemos... somos considerados como quem nada tem embora
tudo possuamos!” (2Cor 6,9s).
m) Em suma, a mensagem da 2Corse compendia nas
palavras de 12,9s: “É na fraqueza (do homem) que a força
(de Deus) manifesta todo o seu poder... Por isto eu me
comprazo nas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades,
nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois,
quando sou fraco, então é que sou forte”.