Bases Hematológicas e Sistema Rh: Fundamentos Essenciais para Estudantes de Estética e Saúde
Este material foi elaborado para oferecer uma compreensão ampla e acessível das bases hematológicas, com foco em estudantes e profissionais da área de estética e saúde que desejam fortalecer seus c...
Bases Hematológicas e Sistema Rh: Fundamentos Essenciais para Estudantes de Estética e Saúde
Este material foi elaborado para oferecer uma compreensão ampla e acessível das bases hematológicas, com foco em estudantes e profissionais da área de estética e saúde que desejam fortalecer seus conhecimentos sobre o corpo humano.
O conteúdo explora a importância do sangue como tecido vital, responsável pelo transporte de oxigênio, nutrientes e hormônios, além da defesa imunológica e manutenção da homeostase. São apresentadas de forma clara a composição e as funções dos principais componentes:
Plasma – meio líquido responsável pelo transporte de substâncias e manutenção do equilíbrio.
Hemácias (glóbulos vermelhos) – células especializadas no transporte de oxigênio e dióxido de carbono.
Leucócitos (glóbulos brancos) – células fundamentais na defesa imunológica.
Plaquetas – componentes envolvidos no processo de coagulação e cicatrização.
Além disso, o material aborda detalhadamente os sistemas sanguíneos ABO e Rh, destacando sua relevância para a compatibilidade em transfusões, gestações e práticas clínicas. O entendimento do fator Rh é especialmente importante na área da saúde, pois está diretamente relacionado a situações como a doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), além de ser um conceito essencial para qualquer profissional que deseja compreender a fundo a fisiologia humana.
Com linguagem simples, exemplos práticos e ilustrações de apoio, este conteúdo foi estruturado para facilitar a aprendizagem em sala de aula e o estudo individual. Ele mostra como a hematologia se conecta também com a estética, já que o sangue influencia diretamente na oxigenação tecidual, na regeneração da pele, na cicatrização e no bem-estar geral.
Este material é recomendado para:
✔️ Estudantes de estética, enfermagem, radiologia e outros cursos da área da saúde.
✔️ Profissionais em formação que buscam consolidar a base teórica para práticas seguras.
✔️ Professores que necessitam de recursos didáticos claros, objetivos e de fácil aplicação em aula.
Com uma abordagem didática e organizada, este slide se torna um recurso essencial para quem deseja compreender os fundamentos da hematologia e do fator Rh, integrando teoria e prática em uma formação mais completa.
Size: 18 MB
Language: pt
Added: Sep 21, 2025
Slides: 14 pages
Slide Content
Bases
Hematológicas:
ABO e Rh
Prof.: Nathalia Heloisa Paiva da Silva Enfermeira – Técnica em
Enfermagem
Especialista em Saúde da Mulher;
Atenção Primária à Saúde com
ênfase em Saúde da Família;
Gerontologia.
O sangue é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.Plasma: parte líquida, responsável pelo transporte de
nutrientes, hormônios, gases e pela manutenção do
equilíbrio hídrico e do pH.
Hemácias (glóbulos vermelhos): ricas em
hemoglobina, têm como principal função transportar
oxigênio dos pulmões para os tecidos e gás carbônico
dos tecidos para os pulmões.
Leucócitos (glóbulos brancos): células de defesa
do organismo, atuam contra infecções por meio de
diferentes mecanismos de imunidade.
Plaquetas: fragmentos celulares que participam
da coagulação sanguínea, prevenindo
hemorragias e auxiliando no processo de
cicatrização.
Sistema ABO – Antígenos e AnticorposTipo A
Antígeno: A (na superfície da
hemácia)
Anticorpo: Anti-B (no plasma) Tipo B
Antígeno: B
Anticorpo: Anti-A Tipo AB
Antígeno: A e B
Anticorpo: Nenhum
(Por isso é chamado de receptor
universal) Tipo O
Antígeno: Nenhum
Anticorpo: Anti-A e Anti-B
(Por isso é chamado de doador
universal)
O Conceito de
Doador Universal e
Receptor Universal.
Doador Universal (Tipo O-)
O sangue do tipo O negativo não possui
antígenos A, B nem o fator Rh em suas
hemácias.
➝ Isso significa que não desencadeia
reação imunológica quando transfundido
em pessoas de qualquer tipo sanguíneo.
➝ Por isso, é chamado de doador
universal em situações de
emergência.
Receptor Universal (Tipo AB+)
O sangue do tipo AB positivo contém
tanto os antígenos A e B nas hemácias
quanto o fator Rh.
➝ No plasma, não possui anticorpos anti-A
nem anti-B, logo, pode receber sangue de
todos os outros tipos.
➝ Por isso, é chamado de receptor
universal.
Definir o Fator Rh (positivo e
negativo) e o processo de
sensibilização. O Fator Rh é outro sistema de classificação sanguínea,
além do ABO, baseado na presença ou ausência de uma
proteína chamada antígeno D na superfície das hemácias.
Rh positivo (Rh⁺): a pessoa tem o antígeno D nas
hemácias.
Rh negativo (Rh⁻): a pessoa não tem o antígeno D.
Processo de Sensibilização Ocorre quando uma pessoa Rh negativo entra em
contato com sangue Rh positivo.
O sistema imunológico da pessoa Rh⁻ identifica o
antígeno D como “estranho” e passa a produzir
anticorpos anti-Rh.
Essa sensibilização é especialmente importante em
gestantes:
Se uma mãe Rh⁻ estiver grávida de um bebê Rh⁺,
seu organismo pode produzir anticorpos contra as
hemácias do feto.
Em uma primeira gestação, normalmente não há
complicações graves.
Em gestações posteriores, os anticorpos maternos
podem atravessar a placenta e destruir as hemácias
do bebê, causando a Doença Hemolítica do Recém-
Nascido (DHRN).
Riscos de uma Transfusão Sanguínea
Incompatível 1.Reação Hemolítica Aguda
Ocorre quando anticorpos do receptor atacam as hemácias do sangue doado.
Isso leva à destruição rápida das hemácias (hemólise).
Sintomas: febre, calafrios, dor lombar, queda da pressão arterial, urina escura.
2. Choque circulatório
A destruição das hemácias libera grande quantidade de hemoglobina na circulação.
Isso pode causar insuficiência renal aguda e levar o paciente a choque.
3. Doença Hemolítica do Recém-Nascido (quando relacionada ao fator Rh)
Nas mães sensibilizadas (Rh⁻ com bebê Rh⁺), pode haver destruição das hemácias fetais, gerando anemia grave
no feto.
4. Outras complicações
Reações alérgicas e febris.
Risco de coagulação intravascular disseminada (CIVD).
Insuficiência renal e até óbito, se não houver intervenção imediata.
Acontece quando a mãe é Rh negativo (Rh⁻) e o feto é
Rh positivo (Rh⁺).
Durante a gestação ou no parto, pode ocorrer o
contato do sangue fetal com o materno.
O organismo da mãe reconhece o antígeno D (do feto
Rh⁺) como “estranho” e passa a produzir anticorpos
anti-Rh.
Esses anticorpos podem atravessar a placenta em
gestações futuras e destruir as hemácias do bebê,
levando à Doença Hemolítica do Recém-Nascido
(DHRN), também chamada Eritroblastose Fetal.
Consequências
para o bebê
Anemia grave
Icterícia intensa
Hepatoesplenomegalia
(aumento do fígado e
baço)
Edema generalizado
(hidropisia fetal)
Risco de óbito perinatal,
se não tratada
PrevençãoO método mais eficaz é a aplicação de
imunoglobulina anti-Rh (anti-D).
Ela é aplicada em gestantes Rh⁻ que podem
gerar fetos Rh⁺.
A imunoglobulina destrói os glóbulos
vermelhos fetais que entram na circulação
materna antes que o sistema imunológico da
mãe produza anticorpos.
Deve ser aplicada:
Na 28ª semana de gestação (profilaxia
antenatal)
Até 72 horas após o parto se o bebê nascer
Rh⁺
Também em casos de aborto, procedimentos
invasivos (ex: amniocentese) ou
sangramentos durante a gestação.