Nossa expectativa era grande nos primeiros dias que oramos. Mas as semanas foram
passando, e nada acontecia. Começamos a perder a esperança de que Deus responderia
àquele tipo de oração por um território específico.
Depois que o semestre terminou, peguei um avião até Boise, no Estado de Idaho,
para pregar em uma igreja local. Lembro de deitar-me naquela noite e perguntar ao Senhor
por que ele não respondia às nossas orações. Depois descobri que, em casa, Darlene
apresentara o mesmo questionamento a Deus.
Na noite seguinte, quando me levantei para iniciar a mensagem, não podia acreditar
no que meus olhos viam: o representante dos alunos, por quem eu vinha orando, estava
sentado na platéia — a milhares de quilômetros de distância da faculdade!
Depois do culto, cerca de vinte pessoas, inclusive aquele rapaz, reuniram-se numa
pizzaria perto da igreja. Senti-me tentado a perguntar a ele, naquela hora e naquele lugar, se
gostaria de se encontrar comigo regularmente, mas se eu fizesse aquilo, arruinaria o teste.
Ou Deus responderia a minha oração ou nada feito.
O representante dos alunos estava sentado na ponta oposta de uma fileira de quatro
mesas. De repente, em meio a um festival de mussarela e risadas, o rapaz levantou-se e,
num rompante de emoção, falou: "Professor Wilkinson, será que o senhor poderia me
discipular quando voltarmos para a faculdade?"
Um silêncio profundo caiu sobre as pessoas em volta da mesa, até que finalmente
gaguejei: "P-por que você está me pedindo isso agora?"
Os olhos do rapaz encheram-se de lágrimas, e ele disse: "Desde o primeiro dia em
que assisti à sua aula, eu sentia que precisava encontrar-me com o senhor regularmente, mas
tinha muito medo de pedir. Essa noite, sabia que Deus estava me dando mais uma chance, e
desta vez não deixaria escapar!"
Peguei o avião de volta, impressionado pela maneira contundente como Deus me
respondeu à oração por mais território. Quando contei a Darlene, ela também ficou
impressionada, pois, durante o tempo que fiquei fora de casa, recebeu ligações de três
estudantes diferentes, uma por dia, pedindo para serem discipuladas por ela. Exatamente
como ela havia orado.
O SEGUNDO PEDIDO DE JABEZ
Nos próximos capítulos, analisaremos com mais profundidade o que Jabez queria
dizer na segunda parte de sua oração: "Que (...) me alargues as fronteiras". Para começar,
devemos considerar que era mais provável que Jabez estivesse orando por um pedaço de
terra. Aparentemente, ele era um fazendeiro ou um criador de animais. Seu sustento exigia
uma certa área de terreno fértil ou pasto. Colocando de forma bem objetiva, Jabez pedia a
Deus para alargar os limites da terra que ele possuía e, com isso, ampliar o tamanho de seu
negócio.
Da mesma forma, podemos ver que Jabez pediu a Deus para alargar seu território.
"Alargar" significa "aumentar abundantemente". A palavra hebraica implica não apenas um
crescimento tímido, mas uma grande expansão. É a mesma palavra traduzida como
"multiplicar" em Gênesis 1:28, quando Deus ordena a Adão e Eva: "Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra". A incumbência que eles receberam era a de aumentar a
humanidade a partir de duas pessoas até ocupar toda a Terra. Jabez não estava em busca de
uma pequena bênção ou de apenas um pouco mais de terra. Ele pediu abundância e vastidão
de território!
Há pouco tempo, eu e meu diretor de Operações procurávamos encontrar meios para
ampliar o Dream for África até a Zâmbia, sul do continente. Realizamos reuniões com os