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As religiões de matriz africana foram incorporadas a
cultura brasileira desde há muito, quando os primeiros
escravizados desembarcaram no país e encontraram em
sua religiosidade uma forma de preservar suas tradições,
idiomas, conhecimentos e valores trazidos da África.
Os Bantus eram o grupo mais numeroso, dividiam-se em angola-congoleses e moçambiques. Sua
origem estava ligada ao que hoje representa Angola, Zaire e Moçambique, os principais destinos
deste grupo eram Maranhão, Pará, Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo. Eles foram
os primeiros a chegarem no Brasil e a fundarem com os indígenas o candomblé de cabloco, primeira
manifestação religiosa com origem africana do país.
Já os Iorubas ou Nagôs-Sudaneses eram formados por: iorubas, jejes e fanti-ashantis, trazidos do
sudoeste do continente africano, do que hoje é representado pela Nigéria, Daomei e Costa do Ouro,
seu destino geralmente era a Bahia. Entre eles tinham os mulçumanos, que de acordo com Carmen,
eram os não-escravizados e também muitos guerreiros, que em sua maioria foram para os engenhos
de cana-de-açúcar. No final da Diáspora, aqui chegaram os Fon, cuja maior expressão histórica,
política e social se expressou no Benin, através do Reino do Dahomey.
Mesmo falando línguas diferentes e cultuando seus próprios deuses, esses povos reiventaram suas
origens, uniram-se e pela fusão de suas culturas construíram a nossa religiosidade e conhecimento.
Nas religiões afro-brasileiras, a dança faz parte dos rituais sagrados. É por meio delas que os
participantes resgatam suas tradições e se conectam com as dimensões espiritual e divina. Como
exemplo de uma religião que utiliza a dança em suas práticas, podemos destacar a umbanda.
Originária do Brasil, a umbanda é formada pela união de elementos de outras religiões, como
catolicismo e espiritismo, e por elementos das culturas indígenas e africanas. Assim como no
candomblé, na umbanda as danças são realizadas pelos participantes dispostos em círculo, girando
individualmente em sentido anti-horário para representar a ideia de volta aos princípios. As danças
são sempre acompanhadas de músicas produzidas por instrumentos de percussão, pelo canto e
pelas palmas ritmadas.
AFRICANAS
Durante as cerimônias, as danças ritualísticas representam uma forma de
oração corporal, uma prece em movimento. Os cantos e as danças são
homenagens às divindades chamadas de orixás – no caso do candomblé
– ou aos guias espirituais (organizados em grupos comandados por
orixás) – no caso da umbanda.
Cada divindade ou grupo de guias (chamados de "linha") tem uma dança
específica. A dança do orixá Ogum, procura imitar as expressões de um
guerreiro. Nessa coreografia sagrada, os pés descalços tocam o chão,
assim como ocorre nas danças indígenas e afro-brasileiras, relembrando
a relação com a terra. Os gestos das mãos podem representar vários
objetos dos orixás, tais como espadas, flechas, lanças e espelhos.
Fonte:
https://educacao.juscimeira.mt.gov.br/arquivos/5oAno/77de4557ca09102458cd982e5957f35b.pdf
https://www.aulaparana.pr.gov.br/sites/aulaparana/arquivos_restritos/files/documento/2020-06/ensino_religioso_7ano_8semana.pdf
https://atividadesescolaresprontas.com.br/wp-content/uploads/2021/09/PET-3-COMPLEMENTAR-7o-ANO.docx
SILVEIRA, Valeska; MOREIRA, Luana; ARAÚJO, Maria Bethânia. Ensino Religioso: passado, presente e fé . Volume . Curitiba: Piá, 2019.
https://www.elo7.com.br/
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kit/dp/1034C3A