Campanha da fraternidade terra 2022.pptx

marcosjos77 1 views 64 slides Sep 18, 2025
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cf 2022


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Sejam todos bem- vindos! Encontro sobre a CF 2022

HINO DA CF 2022 1.É tarefa e missão da igreja Boa nova no amor proclamar No diálogo com a cultura Para a vida florir, fecundar O que em redes se vai construir E a pessoa humana formar Quando o anseio do conhecimento Ultrapassa barreiras, fronteiras Se destaca o ensinamento Oriundo da fé verdadeira Que nos faz nesta ação solidários Para o bem, condição que é certeira E quem fala com sabedoria É Aquele que ensina com amor Sua vida em total maestria É pra nós luz, caminho, vigor

Educar é atitude sublime Que prepara a vida futura Compreendendo o presente, pensamos Ensinar é proposta segura Para, enfim, destacar-se a atitude Dos que em Cristo são nova criatura O convívio em níveis fraternos Traz em nós o sentido discreto Na harmonia com os seres viventes E no agir, o equilíbrio completo Consigamos também aprender E educar para o amor e o afeto E quem fala com sabedoria É Aquele que ensina com amor Sua vida em total maestria É pra nós luz, caminho, vigor O caminho nos quer convertidos Mergulhar no mistério profundo Para que em Sua páscoa busquemos Compaixão no cuidado com o mundo Conformados em Cristo seremos Aprendizes do dom tão fecundo Quando a plena mudança atingir Relações tão humanas, libertas Novos rumos em redes seremos Gerações solidárias e abertas Na esperança de rostos surgirem Assumindo missões tão concretas

E na casa comum que sonhamos Onde habitam cuidado e respeito Educar é o verbo preciso A cumprir neste chão grandes feitos Para o mundo poder imitar Quem na vida é o Mestre perfeito Pedagogicamente é preciso Escutar, meditar, compreender Para que aprendamos com o Cristo O caminho da cruz percorrer E na escola da Sua existência O evangelho seguir e viver

INTERPRETANDO O CARTAZ.... As pedras espalhadas pelo chão resumem parte do desfecho daquilo ensinado por Jesus. “Vai e não peques mais .” A cabeça de Jesus, emoldurada por um círculo, auréola, é o eixo do cartaz, lugar onde parte a inteligência, a sabedoria e por consequência, a “Palavra de vida eterna.” ( Jo 6.68 ). A disposição da mulher, também curva no cartaz, se coloca a ouvir, aprender e percorrer uma nova vida que brota da Cruz. Sua cabeça é aparelhada com os pés da Santa Cruz, esta que aparenta suave como marca d’água ao fundo do cartaz

Duas cores predominam no Cartaz, verde e Laranja. A cor verde a lembrar o que é vivo e a cor laranja a instigar a fidelidade criativa, própria do seguimento . Tanto a mulher, quanto Jesus tem-se na área peitoral, o repouso da mão, gesto que reflete a interação pedagógica de quem ensinou e de quem aprendeu . Sobre o peitoral de Jesus, um pequeno coração em cor vermelha, este, a comprimir o gesto misericordioso e educador refletido nesta arte. Inspirados por Ele, todos são convocados a pensar a integralidade da educação. Ela perpassa todos os aspectos da vida humana.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2022 FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO FALA COM SABEDORIA, ENSINA COM AMOR (Pr 31,26)

Apresentação Introdução 1. Discípulos da Palavra 2. Escutar 3. Discernir 4. Agir 5. Fala com sabedoria , ensina com amor 6. Fundo nacional de solidariedade FRATERNIDADE E EDUCAÇÃO

Introdução

Introdução 1. Quaresma é tempo favorável para a conversão do coração. 2. A CF como um dos modos de viver a espiritualidade quaresmal. 3. A CF quer fazer despertar para um PROBLEMA CONCRETO que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução à luz do Evangelho. 4. Tal postura não deve se restringir ao tempo da quaresma mas é parte integrante do amor redentor manifestado concretamente na Páscoa de Jesus Cristo. 5. A realidade da educação nos interpela e exige profunda conversão de todos.

6. A educação é um indispensável serviço à vida. Ela nos ajuda a crescer na vivência do amor, do cuidado e da fraternidade. 7. O tema é impulsionado pelo Pacto Educativo Global, que busca uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, capazes de cuidar da casa comum.

8. A Covid-19 intensificou ainda mais conflitos, distanciamentos, polarizações, é preciso reaprender a amar, a perdoar, a curar, a dialogar e a servir a todos. 9. Todos devem colaborar para uma CULTURA DE PAZ e buscar educar para a paz .

1. Discípulos da Palavra

Jesus foi para o Monte das Oliveiras . De madrugada voltou ao templo , e todo o povo vinha até Ele , que sentado , os ensinava . Então os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher flagrada em adultério . Colocando -a no meio , disseram a Jesus: “ Mestre , esta mulher foi flagrada em adultério . Moisés , na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres . E tu , que dizes ?” Eles perguntaram isto para pô -Lo à prova e ter motivo para acusá -Lo. Jesus, porém , inclinando -se, começou a escrever com o dedo no chão . Como insistissem em perguntar , Jesus ergueu -se e disse : “ Quem dentre vós não tiver pecado , atire a primeira pedra !”; e, inclinando -se de novo, continuou a escrever no chão . Ao ouvirem isso , foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos . Jesus ficou sozinho com a mulher , que continuava no meio , em pé . Erguendo -se, Jesus lhe disse : “ Mulher , onde estão eles ? Ninguém te condenou ?” Ela respondeu : “ Ninguém , Senhor !” Jesus, então , lhe disse : Eu também não te condeno . Vai , e de agora em diante , não peques mais ” (Jo 8,1-11)

10. Jesus, no lugar em que os mestres costumavam ensinar no Templo, é interrompido pelos fariseus, que trouxeram para o meio do círculo uma mulher apanhada em adultério (Jo 8,3). Só a mulher. A Lei mandava matar tais mulheres, mas também o homem envolvido em tal caso (Dt 22,22). 11. Os fariseus atribuem a Jesus a função de Juiz, para que pudesse dar a sentença, mas falta sinceridade da parte deles, o que revela a intenção de colocá-lo à prova.

O ensinamento de amor e caridade, da parte de Jesus incomodava os fariseus, por isso queriam que Jesus condenasse a mulher à morte. Eles queriam a rigidez em detrimento da misericórdia. 12. A mulher, calada, é alvo das acusações. 13. Jesus se curva e escreve “Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra” Jesus se curva e escreve

14. Jesus escreveu no chão, naquele momento, naquela situação específica. A Lei com a qual deve-se julgar não é aquela que perpassa os séculos no papel, mas a lei do coração. Sentir compaixão em cada momento que exija um discernimento. 15. “Onde estão eles? Ninguém te condenou?” “Ninguém; Senhor” “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante, não peques mais”

16. De um lado, os fariseus: condenação certa e querida daquela mulher calada. 17. Do outro lado, Jesus que dialoga com a mulher. Quer e motiva ela falar. Se a condenação viria de forma passiva, a misericórdia se mostra em forma dialogada. Jesus não legitima o pecado dela: “Vai…Não peques mais”. A misericórdia não é para que a pessoa permaneça na humilhação do pecado, mas para que tenha a Vida Nova.

18. A Lei e a Torá era para os judeus é o que nós chamamos de educação. Lei como pedagoga, uma educadora (Gl 3,24-25). No caso da mulher adúltera existem duas pedagogias opostas: uma que olha para o que está escrito , outra que se abaixa para olhar a mulher nos olhos com amor e sabedoria para responder às objeções. 19. Qual imagem ideal a partir da qual o ser humano deve ser educado? Seria o homem religioso? Ou seria o próprio Deus do qual o homem é imagem e semelhança? (Gn 1,26), Neste último caso é Deus mesmo o protótipo de educador.

20. A vontade de Deus não está na frieza da lei a ser cumprida, com um coração cheio de ódio e pedras nas mãos. 21. Jesus escuta os acusadores, mas sensível a sentir o pavor e a angústia daquela mulher. Escuta em silêncio e depois, em um diálogo, conduz pedagogicamente todas as partes envolvidas para que sintam e reflitam sobre as fragilidades humanas, às quais todos estão sujeitos.

22. Educação não é condicionamento ou adestramento. É conduzir e acompanhar a pessoa para sair do não saber, rumo à consciência de si mesma e do mundo em que vive. É tornar a pessoa consciente, para que se torne sempre mais sujeito de seus sentimentos, pensamentos e ações. 23. A família e o Estado assumem papéis importantes na educação, mas um não pode anular o outro.

24. Para a Igreja educar é mais que transmitir conhecimentos técnico-científicos. 25. À luz da Palavra de Deus, a Campanha da Fraternidade quer nos ajudar a compreender duas lições sobre o ATO DE EDUCAR: a primeira diz respeito ao valor da pessoa como princípio da educação. A segunda se refere ao ato de correção, que é conduzir ao caminho reto.

Fala com sabedoria, ensina com amor (Pr 31,26) OBJETIVO GERAL: Promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. Fraternidade e Educação

Fala com sabedoria, ensina com amor OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia. 2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação. 3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizada na perspectiva do Reino de Deus. Fraternidade e Educação

4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos seus educadores e das instituições de ensino. 5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum.

6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a escolas, universidades, centros, comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino. 7. Promover uma educação comprometida com as novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

2. ESCUTAR

26. Escutar: comunicação Ouvir: informação Jesus escutou a mulher pecadora. 27. Escutar é uma condição para as nossas relações, para a compreensão do que se passa, para o diagnóstico dos caminhos que devem tomar e, especialmente, escutar é uma condição para falar com sabedoria e ensinar com amor. (Escutar desconstrói as ideias fixas, os pré-conceitos). 28. Uma pedagogia da escuta.

29. Escutar os sinais dos tempos . A escuta da realidade, na esteira de Jesus, é uma escuta integral, com o ouvido do coração, que busca a inteireza da realidade com tudo o que ela pode trazer. 30. A Escuta integral está vinculada coma salvação integral realizada por Jesus Cristo. 31. A pandemia da Covid-19 revelou que para escutar o “todo” é necessário não se perder diante do “tudo”. Elaborar um critério de escuta. 32. Quais as lições e as tarefas deste tempo de pandemia?

2.1 A pandemia da Covid-19: entre lições e compromissos 33. O momento presente exige duas coisas: Enfrentar os efeitos da pandemia (na saúde, política, economia, cultura, na própria escolarização). Construir um esforço pedagógico para aprender com tudo o que foi vivido. 34. Educar, antes de dar lições, é aprender com as lições cotidianas e com as crises. 35. Com a pandemia: Por um lado: imensos avanços tecnológicos, sobretudo na produção da vacinas. Por outro lado: ampliação da pobreza e da desigualdade social (o acesso as vacinas não é igualitário).

2.3. Aprender com o vivido e construir o novo 41. A pandemia fez despertar para a possibilidade de uma nova realidade . 42. Tal realidade exige esforço do tamanho da nossa capacidade de compreendermos os nossos próprios limites e as nossas potencialidades, nossa capacidade de aprender com o vivido para encará-lo de forma distinta nas próximas crises. 43. A nova realidade também nasce da capacidade de cooperação.

2.4. Informação, conhecimento e sabedoria 45. A crise das informações e das notícias sobre o que está acontecendo ou deixando de acontecer; o que funciona e o que não funciona no enfrentamento do vírus. 48. Toda informação é resultado de uma forma de aproximação da realidade. Compreender o caminho, o método, é uma condição fundamental para compreender a própria informação. A informação pode tanto gerar conhecimento, por meio da curiosidade e da pesquisa, quanto legitimar preconceitos já consolidados.

2.8 A educação formal no Brasil: um projeto inconcluso 70. 1/3 da população brasileira está envolvida diretamente na educação formal. 71. IBGE: em 2020, 51,2% das pessoas com 25 anos ou mais não concluíram a educação básica no Brasil. 72. O Brasil precisa avançar muito também na qualidade da educação formal, pois acesso sem qualidade é um simulacro de acesso.

2.10 As Escola Católicas de Educação Básica 90. As Escolas Católicas inserem-se na missão salvífico da Igreja e especialmente na exigência da educação na fé . Tendo presente que a consciência moral e a consciência psicológica são chamadas por Cristo a uma plenitude simultânea, como condições para recebermos os dons divinos da verdade e da graça, a Igreja sente-se obrigada a promover nos seus filhos a consciência plena da sua regeneração para a vida nova. 92. As Escolas Católicas, enquanto comunidade educativa, são lugares de encontro, da educação integral da pessoa humana por meio do projeto pedagógico que tem o seu fundamento em Cristo , orientado para realizar uma síntese entre fé, cultura e vida. 94. No Brasil existem 89 Instituições de Ensino Superior, 1.050 Escolas, 365 mantenedoras, 110.000 educadores e 1,5 milhões de estudantes em instituições Católicas. Sua proposta é um humanismo integral . Que exige uma formação para uma síntese crítica em meio a crescente fragmentação do saber.

2.11. Educação Superior 96. A Educação Superior é decisiva para a formação de pessoas para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento das sociedades. 97. A Educação Superior é um dos principais caminhos para que as pessoas se capacitem à liderança social. Em 2019 havia 8.604.526 estudantes matriculados no Ensino Superior (21,4% dos jovens entre 18 e 24 anos!) 90. Ensino Superior e mercado de trabalho : o mercado de trabalho por vezes quer estabelecer agendas para a universidade a partir de paradigmas que instrumentalizam o saber e a cultura em nome de supostas oportunidades mercadológicas para os acadêmicos. Assim, a Universidade deve estar atenta, mesmo porque são inevitáveis as relações entre Ensino Superior e mercado de trabalho.

2.12. As Instituições Católicas de Educação Superior 107. As PUCs, as Universidades Católicas, as Faculdades Católicas e os Centros Universitários Católicos buscam ser Igreja em educação na vivência dos valores do Evangelho. 109. Nessas instituições o ensino, a pesquisa e a extensão se concretizam junto às comunidades regionais. Sua atividade acadêmica suscita o pensamento crítico e criativo, aperfeiçoa a prática didático-pedagógica e gera desenvolvimento socioeconômico por atividades inovadoras. 110. O objetivo é formar bons e honestos cidadãos para exercerem a sua profissão com ética e que prezem sempre pela dignidade da pessoa humana, bem como, possam atuar iluminados pelos valores cristãos.

2.14. Ensino Religioso LDB art.33: “O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo”. 124. Dois modelos são possíveis: confessional ou não confessional. O Acordo Brasil-Santa Sé (Decreto n. 7.107, art 11, §1°) assegura o Ensino Religioso Católico e de outras confissões religiosas, portanto, podendo haver um modelo não confessional e outro confessional, este segundo os referenciais da tradição religiosa, assegurando a liberdade religiosa.

126. O ensino religioso é essencial no componente curricular, como educação para a construção da paz social, do diálogo respeitoso com a diversidade cultural e também para valores humanos e espirituais, na percepção da busca humana à transcendência. 127. O ensino religioso ainda possibilita que cada pessoa compreenda e descubra que o ser humano possui direitos fundamentais: a vida, a religião, o saber, a apreciação estética, o trabalho, a amizade, a propriedade privada, entre outros.

3. DISCERNIR

139. A referência primeira do discernimento é Jesus Cristo. 142. À luz da Palavra de Deus, da Tradição e do Magistério da Igreja e da experiência eclesial bimilenar, muito mais do que julgar os diferentes modelos educativos, urge recuperar os princípios e as características da educação na perspectiva da fé cristã.

3.1. Jesus Cristo: Mestre e Educador 144. O Evangelho revela que Jesus atraía pessoas, grupos e a multidão, sobretudo pelo seu modo de ensinar. As atividades realizadas por Ele podem ser basicamente resumidas em três atitudes: anunciar, ensinar e curar. Parece, contudo, que o ato de ensinar sobressai aos demais. Ele inicia seu ministério dando testemunho de vida, fazendo e ensinando (Mt 4,25; 5,2; At 1,1) 145. Provavelmente, Jesus aprendeu a ler na sinagoga da comunidade onde se criou. Os discípulos o reconhecem como Mestre (Jo 1,37-38; 4,31; 9,2; 11,8; Mc 9,5; 11,21; 14,45), bem como os doutores da Lei (Mt 22,35-36), os fariseus (Lc 19,39), os saduceus (Lc 20,27-28).

Ele respeita o tempo, a experiência, a mentalidade, as concepções que as pessoas tinham. Ele é paciente no ato de ensinar, demonstra interesse por aquilo que o outro trás para o diálogo, sabe escutar e apontar caminhos (Jo 4,7-26). A pedagogia de Jesus liberta as diversas categorias de cativos: os pecadores (Lc 15,7-10), cobradores de impostos (Lc 15,1-2;19,17), os que são economicamente oprimidos (Lc 16,19-31), os possuídos pelos demônios (Lc 11,14), os doentes (Lc 13,10-17), os samaritanos (Lc 17, 11-19) e os gentios (Lc 13,2o-28). 154. Seguir Jesus pelo caminho do discipulado consiste em aprender dele como se deve construir novas relações fraternas fundamentadas em atitudes de amor ao próximo e de perdão que Ele mesmo teve.

3.2. Discípulos missionários educadores 155. “Ide e ensinai” (Mt 28,19-20) 156. A Igreja percebeu a educação como um elemento essencial de sua missão. 157. Os padres apostólicos elaboraram uma literatura educativa. 158. A didaqué, como primeiro catecismo. Clemente de Roma afirma que a humildade, a castidade e o amor pela beleza resultam da educação que os pais oferecem aos filhos à luz dos ensinamentos de Cristo. Período Patrístico: três centros de formação cristã: Roma (s. Justino-Bibliotecas), Alexandria (Clemente e Orígenes- herança cultural grega), Antioquia (Cirilo de Jerusalém - catequeses mistagógicas).

163. Na Idade Média: grandes bibliotecas são formadas, escolas monacais, escolas catedráticas, Universidades e sobretudo a base do método científico moderno. Santo Anselmo, Bernardo de Claraval e santo Tomás de Aquino são expoentes. 164. O movimento humanista, com o renascimento, delineou uma educação centrada no ser humano em busca da beleza e da liberdade. O ideal educativo é o homem culto . 165. A desigualdade do acesso à educação fez despertar grandes educadores, que por meio da caridade educativa buscaram suprir as carências dos mais pobres: Dom Bosco, João Batista de La Salle, São Marcelino Champagnat, Madre Clélia Merloni, Madre Cabrini, etc.

3.3.2. A vida em família como processo educativo 178. Na família aprendemos a viver e a conviver. Jesus nasceu e cresceu na vida familiar junto à Virgem Maria e a São José. Um mãe dócil, educadora, fiel à Palavra de Deus. Um pai adotivo que guardou a Sagrada Família em honra e dignidade. 179. A família é o lugar privilegiado para crescer em sabedoria, idade e graça (Lc 2,52).

3.4 Educar na Fé 192. “Ide, pois, e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-os a observar tudo o que vos ordenei. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20) 197. A comunidade eclesial missionária, à luz do mandato missionário de Jesus Cristo, procura estar sempre aberta à acolhida de novos membros e confia aos catequistas, educadores da fé, a missão de introduzi-los no mistério da vida cristã. 198. É fundamental que cada pessoa faça a experiência do encontro com Jesus Cristo, morto e ressuscitado para a nossa salvação. O querigma é entendido não somente como uma etapa, mas como o fio condutor de um processo que culmina com a maturidade do discípulo de Jesus Cristo.

3.5. Educar para o diálogo 204. Jesus também educa para o diálogo . Sua postura diante das situações revela uma compreensão do ser humano como ser de razão e palavra. 205. No âmago da evangelização, e da educação na perspectiva cristã, aposta-se no diálogo como atitude fundamental para as relações saudavelmente humanizadas. 206. Uma das marcas fundamentais do Concílio Vaticano II foi o DIÁLOGO : com o mundo moderno, com as outras igrejas cristãs, com as outras religiões. 209. Uma educação que provoca a cultura do diálogo é capaz de identificar e nomear lugares, situações e ambientes onde a intolerância, a violência e o ódio são disseminados e, assim, refletir suas causas e buscar soluções para a superação.

3.6. Educar para o belo, o bom e o verdadeiro 210. Diante da beleza o ser humano se sente encantado . 211. A beleza, ao atrair para o seu brilho, abre-nos uma porta, a porta da atenção . Estar atraído pelo esplendor das belas coisas e ações, dos belos comportamentos e das belas pessoas e pelo esplendor da própria gratuidade da existência significa possuir a capacidade de ver a verdade e a bondade que sustenta tudo o que é belo. O que é belo é em sua base verdadeiro e bom.

4. Agir

217. Entre a escuta e a ação, urge a prática do discernimento, qual iluminação à luz de critérios da fé e da tradição. 218. Jesus disse à adúltera: “Vá e não peques mais”. Aqui entra a questão da disciplina no processo educacional. Disciplina como abertura e colaboração pessoal no processo de aprendizado. 224. O Evangelho de Jesus faz desperta para um novo aprendizado , o qual passa pelo testemunho de vida, pela alegria de ser missionários também a serviço de uma educação integral, promotores da fraternidade comprometidos com os mais pobres. Um novo aprendizado nada mais é do que promover uma educação humanizada.

4.2. Uma nova realidade para a educação? O Pacto Educativo Global 238. Se para educar uma criança é preciso uma aldeia inteira, nesta mesma aldeia existem atores fundamentais neste processo: a família, a Igreja, a escola e a sociedade . É preciso que cada um desses atores atuem com coragem ao colocar a pessoa no centro do processo educativo.

4.3. Educar para um novo humanismo 240. Para educar para o Humanismo Solidário e construir a Civilização do Amor é necessário: promover a cultura do diálogo, globalizar a esperança, buscar uma verdadeira inclusão, criar redes de cooperação.

4.4. Educar é iniciar processos 245. O que podemos aprender com a pandemia para iniciar novos processos que contribuam para o nascimento de uma nova realidade educacional? A descoberta de nossa vulnerabilidade pode ser a ocasião para nascer uma nova forma de cooperação. Tudo está interligado. Não existe solução fácil para problemas difíceis. Priorizar a educação supõe empenho concreto que vai desde a família até a elaboração de políticas públicas. Iniciar processos a partir de pequenas práticas e perseverança nos propósitos estabelecidos.

256. Formação dos professores A. Formar parcerias com as Instituições de Ensino Superior que possuem cursos de licenciatura e formação de professores para a inclusão de projetos de extensão acerca do Humanismo Solidário e a ecologia integral. C. Conciliar educação e instrução técnica, valorizar as ciências, redescobrir a importância das ciências humanas. D. Promover a participação efetiva dos professores nos debates educacionais nacionais. H. Promover grupos de estudo e debate do Pacto Educativo Global nas paróquias, nas escolas e nas universidades.

257. Política Apoiar a participação efetiva de representantes das Comunidades Eclesiais Missionárias nos Conselhos Municipais e Estaduais de Educação e em outras instâncias de acompanhamento das políticas públicas educacionais. Propor debates e acompanhamento das reformas curriculares à luz do modelo educativo humanizado apontado pelo Pacto Educativo Global.

258. Ensino religioso: Organizar cursos de Ensino Religioso para a formação de professores, em nível diocesano, pelo Setor Ensino Religioso, em parceria com as coordenações de educação pública. Criar grupos de professores, em nível diocesano, que reflitam sobre o Ensino Religioso e que proponham ações. 259. Cultura e bens culturais Promover a educação para a cultura e os bens culturais fortalecendo a identidade cultural local, conhecendo as expressões artísticas e culturais e o patrimônio cultural material e imaterial, a fim de preservá-los.

261. Ação pastoral no interior das comunidades eclesiais missionárias: Promover ações da educação na fé nas atividades de iniciação cristã e formação continuada, revendo metodologias a partir das propostas de formação integral. Enfatizar a responsabilidade educativa da família nas experiências pastorais de preparação dos noivos para o Matrimônio. Promover espaços de partilha, tudo e aprofundamentos sobre a missão educativa da família envolvendo as comunidades, os movimentos eclesiais e as pastorais; PROPOSTAS

Promover momentos de partilha e formação para os educadores católicos a partir da pedagogia de Jesus e dos ensinamentos do magistério da Igreja. 262. Serviços pastorais em favor da educação Melhor articulação ou criação da Pastoral da educação e da Pastoral Universitária. 263. Ação na Escola Promover iniciativas educativas e pastorais na área da Ecologia Integral e do cuidado com a casa comum como: Semana da Amazônia, Dia do Meio Ambiente, Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, dia dos Avós e dos Idosos, etc.

Assumir a escola e a universidade como territórios de missão intensificando a presença e apoio às iniciativas das escolas, centros comunitários e centros universitários presentes nos territórios das paróquias e dioceses. Propor ações junto aos educadores do Ensino Médio ressaltando a importância dos projetos de vida como caminho de discernimento vocacional. 267. Ações para a família: Incentivar as famílias a assumirem o compromisso educativo de seus filhos, assim como sua participação ativa nas atividades realizadas pelas instituições de ensino. Participar de forma respeitosa e construtiva no dia a dia das escolas que atendem às comunidades.

4.5. Avaliar o compromisso com a educação 272. Quais são os pontos fortes e as carências de nossas escolas? Como integrar família e escola em um processo educacional que exige várias frentes de atuação? As escolas estão sendo apoiadas e recebendo recursos para a superar suas limitações? Se não estão recebendo, o que está sendo concretamente feito para superarmos essa situação?

5. Fala com Sabedoria, ensina com amor

“E Jesus ia crescendo em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2,52) São José como educador 279. Idade: Juntamente com Maria, José cuidava de Jesus, antes de tudo, a partir deste ponto de vista, ou seja, criou-o, preocupando-se, a fim de que nao lhe faltasse o necessário para um desenvolvimento sadio. 280. Sabedoria: José educou o pequeno Jesus a ouvir as Sagradas Escrituras, principalmente acompanhando-o aos sábados à sinagoga. 281. Graça: José, sendo um homem justo, deixou-se guiar pela fé e sabe que a salvação não deriva da observância da Lei, mas da graça de Deus, do seu amor e da sua fidelidade.

Dia nacional da coleta da solidariedade DOMINGO DE RAMOS, 10 DE ABRIL DE 2022. 6. Fundo Nacional de Solidariedade

Virgem Maria, Mãe Educadora, sinal de vida e sabedoria, pelo amor do teu Filho Jesus, intercede por nós a fim de que façamos o discernimento necessário na busca do conhecimento. Faz-nos compreender que somos transformados naquele que amamos, aumentando assim as dimensões do nosso coração. Dá-nos a ousadia de educar, de falar com sabedoria e ensinar com amor, sobretudo com o testemunho de nossas vidas, deixando a tua marca de esperança na vida de quem encontramos ao longo da vida. Maria, tu que tão bem educaste Jesus, auxilia-nos nesta longa caminhada, revestindo-nos da coragem de experimentar, dia a dia, a verdadeira felicidade, a verdadeira sabedoria. Amém Oração à Nossa Senhora Educadora
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