ocorreu, dava-se pouco valor ao estudo da Palavra, enfatizando-se somente a
busca pelo poder. Não é por menos que tamanha distorção bíblica ocorreu em
tal igreja, visto a “demonização” do estudo bíblico. Infelizmente, essa é uma
realidade presente em muitas igrejas evangélicas no Brasil.
Na época da Antiga Aliança, praticava-se uma religião (Judaísmo) que
fazia uso de vários utensílios palpáveis e concretos, tais como candelabro,
mesa dos pães da proposição, altar do incensário, bacia de bronze, altar de
sacrifícios, etc. Em Hebreus 10:1 está escrito:
Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem
exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se
oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se achegam (Hb 10:1).
Ou seja, tudo apontava para o Messias que havia de vir. Como o
Messias já veio, então, não há necessidade de ficarmos mais na “sombra dos
bens futuros”, pois, a “imagem exata das coisas” já veio, a saber: Jesus Cristo.
Logo, não se justifica utilizarmos “objetos ungidos” para buscarmos alguma
benção, pois, já temos a Jesus Cristo, que é o Caminho que nos leva a Deus
(João 14:6) e por meio Dele, podemos pedir ao Pai tudo o que necessitamos
(João 14:13), não havendo motivos para fazermos uso de coisas inanimadas
(objetos ungidos).
Em Atos 19:12 está escrito:
De sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos
enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam
(Atos 19:12).
Nessa passagem bíblica, temos uma situação isolada, que ocorreu na
época da igreja primitiva. Mas, na época em questão, a igreja estava num
período de transição entre a Antiga e a Nova Aliança, pois, tudo ainda era
muito recente, no que se refere ao nascimento, vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo, o que não acontece no período em que estamos, dois milênios
após a vinda de Cristo. Daí, não se justifica o uso de objetos ungidos em pleno
século 21, pois, o Cristianismo já amadureceu e se desvinculou do Judaísmo,
que fazia uso de objetos palpáveis na ministração de seus cultos ao Deus de
Israel. Outro fator relevante é que na época da Igreja primitiva, o Cristianismo
era uma religião recente, que precisava ser confirmada por meio de sinais e
milagres, para se estabelecer diante dos homens, como a Nova Aliança, entre
Deus e os homens (tanto judeus, quanto gentios). Hoje, os sinais e prodígios
continuam acontecendo, mas temos acesso direito ao Deus Vivo através de
Jesus Cristo, não havendo necessidade de apelarmos para lenços, aventais ou
objetos ungidos. Além de tudo, cabe enfatizar que o apóstolo Paulo nunca
cobrou nenhuma oferta (mesmo que voluntária) pelos milagres que eram
realizados por Deus através dele, o que é algo bem diferente do que ocorre em
nossos dias, nas igrejas que cobram um valor financeiro para a obtenção dos
supostos objetos ungidos.
Em Tiago 5:14-15 está escrito: