A passagem não diz se ele estava realmente em Susã ou se foi transportado para lá em
visão. Seria o povo deste país que, em curto tempo, capturaria Babilônia. Ele estava
profeticamente sendo levado para o futuro, para a época do império medo-persa.
Daniel 8:3 – “Então, levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro,
o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o
outro; e o mais alto subiu por último”.
Daniel 8:4 – “Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o
sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu
poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia”.
Daniel 8:5 e 6 – “Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre
toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos;
dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e
correu contra ele com todo o seu furioso poder”.
Nesta profecia o carneiro e o bode são usados como símbolos. Dois animais que eram
usados no ritual do santuário. No santuário hebreu, uma vez ao ano, acontecia uma
festa especial, a festa da purificação do santuário. O cordeiro e o bode eram animais
usados para um sacrifício especial feito no último dia da festa da purificação do
templo, no dia do julgamento.
Quando utiliza o cordeiro e o bode, Deus quer chamar nossa atenção para o ‘fim dos
tempos’, o juízo final, a ‘purificação do santuário’.
A descrição identifica claramente o carneiro representando o Império Medo-Persa
(verso 20). Como Babilônia está em seus últimos dias, já agonizante, ela nem sequer é
mencionada nessa profecia. Os dois chifres do carneiro representam os medos e
persas. Os medos vieram primeiro, mas os persas tornaram-se os membros
dominadores dessa união.
O bode é identificado no verso 21 como sendo o rei da Grécia. Com séculos de
antecedência, a profecia identifica a Grécia como o império que subjugaria a Medo-
Pérsia. O bode andava sem tocar no chão (ou seja, ele voava), demonstrando a
velocidade das conquistas de Alexandre, o Grande.
Daniel 8:7 – “Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe
quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o
lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do
poder dele”.