slid sobre o conceito de carnavalização em Bakthin
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Language: pt
Added: Apr 10, 2015
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CARNAVALIZAÇÃO EM BAKTHIN Ministrantes: Ana Grabriella Ferreira da Silva Geilma Hipólito Lúcio
CARNAVALIZAÇÃO Principais obras que emitem o conceito: Problemas da poética de Dostoiévki (1929); A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: O contexto de F rançois Rabelais (1965)
CARNAVALIZAÇÃO O palco do carnaval medieval era “A praça pública”:
CARNAVALIZAÇÃO O conceito de carnavalização nos remete de imediato ao signo carnaval. Porém, é necessário esclarecer que, dentro da arquitetônica bakhtiniana , este signo possui um significado diferente . A carnavalização sofreu grade influência do carnaval medieval.
CARNAVALIZAÇÃO Sobre o carnaval propriamente dito não é um fenômeno literário. O carnaval “É uma forma sincrética de espetáculo de caráter ritual, muito complexa, variada, que, sob base carnavalesca geral, apresenta diversos matizes e variações dependendo da diferença de épocas, povos e festejos particulares. O carnaval criou toda uma linguagem de formas concreto-sensoriais e simbólicas, entre grandes e complexas ações de massas e gestos carnavalescos. Essa linguagem exprime de maneira diversificada e, pode-se dizer, bem articulada (como toda linguagem) uma cosmovisão carnavalesca una (porém complexa), que lhe penetra todas as formas. (BAKHTIN, 2005, p.122 )
CARNAVALIZAÇÃO “[O carnaval] era uma forma concreta (embora provisório) da própria vida [...] durante o carnaval é a própria vida que se representa e interpreta (sem cenário, sem palco, sem atores, sem espectadores, ou seja, sem atributos específicos de todo espetáculo teatral) uma outra forma livre da sua realização, isto é, o seu próprio renascimento e renovação sobre melhores princípios” (BAKHTIN, 1987, p. 6-7) “É a essa transposição do carnaval para a linguagem da literatura que chamamos de carnavalização da literatura.” (p.122) Em outros termos Bakhtin traz a noção da cosmovisão carnavalesca presente na literatura.
CARNAVALIZAÇÃO “O carnaval triunfa sobre a mudança, sobre o processo propriamente dito da mudança e não precisamente sobre aquilo que muda. O carnaval por assim dizer não é substancional mas funcional. Nada absolutiza , apenas proclama a alegre relatividade de tudo. [...] O carnaval desconhece tanto a negação absoluta quanto a afirmação absoluta .” (BAKHTIN, 2005, p. 125)
CARNAVALIZAÇÃO Na Idade Média, quase toda festa religiosa tinha, em essência, seu aspecto carnavalesco público-popular. [...] Pode-se dizer (com algumas ressalvas, evidentemente), que o homem medieval levava mais ou menos duas vidas: uma oficial, monoliticamente séria e sombria, subordinada à rigorosa ordem hierárquica, impregnada de medo, dogmatismo, devoção e piedade, e outra publica carnavalesca, livre, cheia de riso ambivalente, profanações de tudo o que é sagrado, descidas e indecências do contato familiar com tudo e com todos. E essas duas vidas eram legítimas, porém separadas por rigorosos limites temporais. (BAKHTIN, 2005, p.129 )
CARNAVALIZAÇÃO As manifestações da cultura popular na Idade Média e no Renascimento foram divididas por Bakhtin em três categorias: 1. As formas dos ritos e espetáculos (festejos carnavalescos, obras cômicas representadas nas praças públicas, etc .); 2. Obras cômicas verbais (orais e escritas, em latim ou língua vulgar ); 3. Diversas formas e gêneros do vocabulário familiar e grosseiro (insultos, juramentos, blasões populares, etc.).
CARNAVALIZAÇÃO
CARNAVALIZAÇÃO “Nesse sentido, o carnaval não era uma forma artística de espetáculo teatral, mas uma forma concreta da própria vida, que não era simplesmente representada no palco, antes, pelo contrário, vivida enquanto durava o carnaval”. (p.06).