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Jun 23, 2013
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About This Presentation
Trabalho feito para Metodologia Científica - UNIP Alphaville
Equipe: Barbara Barquilha, Hanna Mizoguchi e Carolina Suzuki
Size: 4.93 MB
Language: pt
Added: Jun 23, 2013
Slides: 22 pages
Slide Content
Casas Brasileiras
“Quem já viu uma casa brasileira
já viu todas”
- Vauthier, eng. Francês
Método de Pesquisa
Novembro-2008
O habitar
O que caracteriza uma casa de um
povo ou região social é a
distribuição de atividades
diferentes dentro de um mesmo
espaço.
O interesse de uma residência está
muito mais no seu aspecto
sociológico, do que nas suas
qualidades técnicas e plásticas.
Casa não é um frio sólido que
envolve o homem. A casa é vivida
pelo homem; adquire valores
humanos...
A casa é um complicado programa
de arquitetura que permite um
bom funcionamento e um fluxo
ideal.
História
A história de nossas coisas tem seu
começo em Portugal, assim como
nas ocas indígenas e até vínculos
com a África, Oriente e Índia. O
português foi uma espécie de
coordenador, orientador e
homogeneizador dessa moradia.
No final dos anos 1650, a casa no
Brasil estabeleceu-se de forma
definitiva.
Abolição da Escravatura e
Proclamação da República :
aceleração no processo de
urbanização, adensamento
demográfico, compactação dos
espaços. Surgem os cortiços,
casas de cômodos, as favelas e as
vilas operárias.
História
Século XX:
–Nas primeiras décadas: com a evolução dos cortiços surgem as vilas. E abriga a
classe média e operária.
–Anos 20: com rejeição inicial, os edifícios de apartamentos, começaram a surgir.
–Anos 40: o edifício se populariza, obrigando a classe média a ocupa-lo. Classe mais
baixa da população ocupa os conjuntos habitacionais.
–Na primeira metade do século (anos 50): particular modo de morar – apartamentos
para ganho. Moradias compactas, e mais uma que tem garagem e dependências de
empregados e destina-se ao proprietário, que assume funções de “síndico”.
–Anos 70: investimento em programas de habitação: apartamentos com varanda,
condomínios fechados, diversidade de facilidade para os usuários, isolando-o com o
resto da cidade “Ame-o ou deixe-o”.
–Anos 80: sofisticando ainda mais os programas de habitação: a expansão dos flats,
onde usuário só tem o trabalho de ir e vir.
Modelos da Arquitetura Brasileira
Modelos da Arquitetura Brasileira
Arquitetura Brasileira – Características
- Arquitetura vernácula é aquela feita pelo povo
– Ela é uma arquitetura de expressão cultural e
funcional.
Casa da Fazenda Gama -
www.sc.df.gov.br/paginas/depha/depha_05.htm
- A família brasileira é um produto da
miscigenação branca, índia e africana,
responsável por sentimentos
perceptíveis e outros sequer
imagináveis geradores de seu próprio
espaço.
Operários – De Tarsila do Amaral
Duas vertentes arquitetônicas distintas:
a vertente rural e a vertente urbana.
Arquitetura Brasileira - Residência Urbana
Várias foram as formas de morar, porém
todas guardando inter-relações
semelhantes, mesmo com o passar do
tempo, deixando entrever que a
sociedade brasileira tem uma face ,
independente da globalização, há ainda
cultura, grande demais para sucumbir
diante das imposições externas.
A residência urbana – inicialmente simples residências térreas, de porta e
janela –ampliam suas fachadas aos poucos, abrindo portas para o comércio e
crescendo para o modelo assobradado. É tão adequado as condições sócio-
culturais, que permanece inalterado por cerca de três séculos. São, como um
todo padronizadas.
Arquitetura Brasileira - Cômodos
- Importância climática em
regiões de clima tropical como o
Brasil.
–Principal elemento filtrante do
exterior.
–Em meios rurais, a varanda é
voltada para o público. Em
cidades, o elemento volta-se
para o quintal dos fundos,
criando uma área de convívio.
–Tão valorizadas quanto às
garagens.
–A varanda torna-se o contato
com a natureza, porém nem
sempre é utilizado.
–Alpendres.
A Varanda
Arquitetura Brasileira - Cômodos
A Varanda
Arquitetura Brasileira - Cômodos
- O carro torna-se equipamento
indispensável para transpor médias
distâncias com um mínimo de
conforto.
–Símbolo de posição social e
prestígio contribui para a
definição da hierarquia.
–Depois do Golpe militar de
1964: o carro torna-se um
habitante da casa, símbolo de
poder e riqueza, e também,
felicidade.
–Anos 70: Febre de consumo.
Anos 80: segurança contra
furtos dos carros.
A garagem
Arquitetura Brasileira - Cômodos
Faz a transição entre o
exterior (mundo) e o
interior (doméstico).
–Precisa demonstrar
organização, asseio, passes e
a disciplina da família.
–Duas unidades: receber (sala
de estar) e de comer (sala de
jantar).
Setor Social
Arquitetura Brasileira - Cômodos
Desconhecido universo velado,
raramente revelado a visitantes.
O quarto
–Com poucas dimensões e chamadas
de alcovas, o local de repouso e
oração não tem um mobiliário muito
rebuscado.
–A partir do século XIX, janelas vão
rasgando as paredes, transformando
as alcovas em quartos.
–O quarto feminino normalmente é
aberto para jardins ou com ligações
entre si, para que haja policiamento.
–Década de 70 e 80: especulação
imobiliária reduz as áreas utilizadas
dos compartimentos, aumentando
suas funções.
Setor íntimo
Arquitetura Brasileira - Cômodos
Não perde sua característica principal:
Receber
–Nos subúrbios, a área social vai apenas
estar ali, pois os pontos de integração
serão o jardim e a rua.
–Período entre guerras: salas tornam-se
simples e com pouca mobília, porém o
rádio já começa a ser o companheiro
inseparável.
–Anos 70: Televisão ocupa o espaço da
sala.
–Anos 80: A sala começa a ser dentro do
quarto, acumulando a função de
“individualizado-socializado”.
A Sala
Arquitetura Brasileira - Cômodos
–As primeiras habitações praticamente não
apresentavam esse compartimento tanto
no interior quanto no exterior.
–Na área rural, era evidente o uso do
“matinho”.
–Século XIX: chegada de materiais
(tubulações, peças de ferro esmaltado ou
louças) que valorizam o banheiro.
–Começam se aproximar da residência,
acoplando-se às cozinhas .
–Suítes surgem nos anos 70.
–Lavabos surgem para deixar o banheiro
mais privado.
–Década de 90: Materiais de acabamento
como resinas e outros sintéticos surgem,
substituindo as antigas peças nobres.
O banheiro
Arquitetura Brasileira - Cômodos
–O setor mais importante da casa
brasileira, principalmente para a classe
média, o proletariado e o camponês.
–É possível dentro desse setor entender
muito da intimidade da família, pois é
aqui que os hábitos sociais se revelam com
clareza.
A Cozinha
–Apresenta diversas alterações
significativas em tamanho, implantação na
casa e agenciamento de seus
equipamentos.
–Período colonial: real setor de serviços,
que pode ocupar mais de um terço da
área da casa, implantada fora da
residência.
Setor de Serviços
Arquitetura Brasileira - Cômodos
A Cozinha
–Apenas a dimensão diferencia a cozinha
rural da urbana.
–Início do século XX: água corrente, gás,
pisos em ladrilhos hidráulicos e
“empregada”.
–Novos materiais fazem com que as
cozinhas fiquem perto de quintais, no fundo
da casa, mas dentro dela, com acesso fácil
à sala de jantar ou à copa.
–Década de 50: Quitinetes surgem, onde a
diminuição da área utilizada para cozinha
é vista fortemente.
–Anos 80: Sedimentação de alguns hábitos
para a classe média alta, como a
eletromodernização da cozinha, perdendo
o papel de coração da casa.
Setor de Serviços
Arquitetura Brasileira - Cômodos
Agregada à cozinha,
muitas vezes alpendrado,
voltado para o quintal
urbano ou para um grande
terreiro arborizado.
–A tradição de copa
ainda persiste.
A copa
Arquitetura Brasileira - Cômodos
Áreas de Serviços
–O quintal antigo era amplo e
sem demarcações, apenas
com presença de hortas,
chiqueiro e galinheiro.
–Hoje o crescimento urbano
elimina gradativamente essas
fantásticas áreas, por espaços
sufocados que se acoplam às
cozinhas.
–Século XX: redução gradativa
de quintais e áreas de serviço.
As máquinas de lavar e
secar diminuem a
necessidade de espaço.
Arquitetura Brasileira - Cômodos
–Após a abolição, o setor de serviço sofre
significativas alterações, pois os assalariados
requerem acomodações melhores.
–Os alojamentos de empregados, em residências
urbanas, ocupam edículas nos fundos.
–Entradas de serviço independentes.
–A partir dos anos 50: códigos de obras
estabelecem áreas mínimas permitidas para
esses compartimentos.
–Classes mais pobres não tem o alojamento de
serviço, pois o habitante desse local é serviçal
das classes dominantes.
–Década de 80: Mal cabe um pequeno tanque de
louça sob as roupas que recebem odores e
vapores dos fogões.
Alojamento de Empregados