CASOS CLÍNICOS
SISTEMA ENDÓCRINO
ANA OLIVEIRA, BRUNO GHIRO, CAROLINA FRASINELLI, GUILHERME
BENELLI, LIVIA ANGIOLUCCI, RAFAELLA VILAS, THIAGO GALVÃO
Um paciente de 45 anos comparece à consulta odontológica
relatando feridas na boca de difícil cicatrização e gengivas com
coloração arroxeada. Ele também menciona cansaço frequente,
fraqueza muscular e ganho de peso principalmente na região
abdominal e no rosto. Durante a anamnese, ele informa que
recentemente foi diagnosticado com hipertensão e diabetes. O
dentista observa que a pele do paciente parece mais fina e que há
marcas arroxeadas nos braços, sugestivas de fragilidade capilar.
Este conjunto de sinais e sintomas é indicativo de uma possível
desordem hormonal chamada de Síndrome de Cushing.
CASO 1
CASO 1
O hormônio mais afetado é o cortisol,
produzido pelas glândulas adrenais. Seus
papéis no organismo são:
-Manter os níveis de glicose no sangue;
-Promover a degradação de gorduras e
proteínas para fornecer energia;
-Favorecer o armazenamento de gordura;
-Resposta ao estresse, preparando o corpo
em situações de luta e fuga, garantindo
energia para lidar com desafios.
IDENTIFIQUE O HORMÔNIO MAIS PROVAVELMENTE AFETADO
NESSE CASO E DESCREVA SEU PAPEL NO ORGANISMO.
CASO 1
O cortisol atua ao se ligar a receptores
intracelulares receptores de
glicocorticoides.
Processo Metabólico:
• Estimula a gliconeogênese, elevando os
níveis de glicose no sangue;
• Sistema imunológico:
• Inibe a produção de citocinas pró-
inflamatórias, reduzindo a inflamação.
EXPLIQUE O MECANISMO DE AÇÃO DESSE HORMÔNIO E COMO
ELE INFLUENCIA O METABOLISMO E O SISTEMA IMUNOLÓGICO
CASO 1
DESCREVA A REGULAÇÃO DESSE HORMÔNIO, INCLUINDO AS GLÂNDULAS E
ESTRUTURAS ENVOLVIDAS NO SEU CONTROLE E AS CONSEQUÊNCIAS DO
EXCESSO NA SAÚDE GERAL E BUCAL DO PACIENTE
Regulação: O controle do cortisol ocorre pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal:
1- O hipotálamo secreta o hormônio liberador de corticotropina (CRH).
2-A hipófise anterior produz o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que estimula as glândulas suprarrenais.
3-As glândulas suprarrenais liberam cortisol.
Na saúde geral:
Hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade central, framuscular e osteoporose.
Fragilidade capilar (hematomas fáceis).
Na saúde bucal:
• Maior risco de infecções bucais, como candidíase.
• Redução da densidade óssea, aumentando o risco de doenças periodontais.
CASO 2
Uma paciente de 38 anos chega à clínica odontológica para uma restauração dentária.
Durante a anamnese, ela relata sintomas como taquicardia, perda de peso acentuada
nos últimos meses, sensação constante de calor e sudorese excessiva. Ela também se
queixa de tremores nas mãos e afirma que sua ansiedade aumentou recentemente. Ao
revisar o histórico médico, a paciente menciona que foi diagnosticada com
hipertireoidismo, mas que ainda não iniciou o tratamento. Ela apresenta-se visivelmente
agitada durante a consulta.
CASO 2
IDENTIFIQUE O HORMÔNIO ENVOLVIDO NO
QUADRO DE HIPERTIREOIDISMO DA PACIENTE E
DESCREVA SEU PAPEL NO ORGANISMO
O hipertireoidismo ocorre devido ao
excesso dos hormônios tireoidianos
T3 e T4.
São produzidos pela glândula tireoide
e desempenham papéis essenciais no
organismo, como regulação do
metabolismo basal, entre outros.
CASO 2
Síntese e liberação: O aumento dos níveis de T3
e T4 exerce feedback negativo sobre o TSH e o
TRH.
• Mecanismo de ação:
Os hormônios T3 e T4 entram nas células-alvo.
• Efeitos metabólicos: Estimulam a
gliconeogênese, lipólise e proteólise.
• Efeitos Cardiovasculares: Aumentam a
contratilidade cardíaca, o débito e a frequência
cardíaca, devido à sensibilização aos
catecolaminas.
EXPLIQUE O MECANISMO DE AÇÃO E A REGULAÇÃO DESSE
HORMÔNIO, DESTACANDO COMO ELE AFETA O METABOLISMO
E O SISTEMA CARDIOVASCULAR
CASO 2
Pacientes com hipertireoidismo têm maior sensibilidade aos
catecolaminas, como a adrenalina. Desse modo, o uso de
anestésicos com vasoconstritor pode levar a complicações
cardiovasculares.
Logo, a fim de evitar a exacerbação dos sintomas de
hipertireoidismo e minimizar riscos cardiovasculares devem ser
tomadas como precauções evitar ou limitar o uso de anestésicos
com vasoconstritor.
CONSIDERANDO A CONDIÇÃO DA PACIENTE, DISCUTA AS
PRECAUÇÕES QUE DEVEM SER TOMADAS NO USO DE ANESTÉSICOS
ODONTOLÓGICOS COM VASOCONSTRITOR E EXPLIQUE POR QUE
ESSAS PRECAUÇÕES SÃO NECESSÁRIAS
CASO 3
Um paciente de 58 anos procura atendimento odontológico para realizar uma extração
dentária. Durante a anamnese, ele menciona que tem diabetes tipo 2 e faz uso de
medicamentos orais para controle da glicemia, mas relata dificuldades para manter os
níveis glicêmicos estáveis. O paciente comenta episódios frequentes de hiperglicemia,
mas também relata ter tido episódios de hipoglicemia, especialmente em dias de jejum
prolongado ou após atividades físicas intensas. Ao exame clínico, o dentista observa
sinais de doença periodontal moderada e uma cicatrização lenta de pequenas lesões
na cavidade oral. O paciente também relata histórico de infecções gengivais que
demoraram a resolver, mesmo com tratamento. Durante o procedimento de extração
dentária, o paciente começa a apresentar sinais de sudorese, tremores e tontura,
características de uma possível crise de hipoglicemia.
CASO 3
A insulina é um hormônio produzido pelas células β do pâncreas. Ela
permite a entrada da glicose nas células, especialmente no tecido muscular
e adiposo, e estimula a conversão da glicose em glicogênio no fígado,
reduzindo os níveis de glicose na CS.
No diabetes tipo 2, ocorre resistência à insulina, e/ou redução na sua
produção. Resultando em hiperglicemia, dificultando a manutenção do
controle glicêmico, contribuindo para complicações metabólicas e
inflamatórias.
EXPLIQUE O MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA E
COMO SUA DEFICIÊNCIA OU RESISTÊNCIA IMPACTA O
CONTROLE GLICÊMICO NO DIABETES TIPO 2
CASO 3
A liberação de insulina é regulada pelos
níveis de glicose, bem como por outros
fatores como hormônios (GLP-1, GIP) e
estímulos nervosos.
Esse processo é regulado pelos níveis de
glicose:
Glicemia elevada: maior
liberação de insulina.
Glicemia baixa: menor
liberação, prevenindo
hipoglicemia.
DESCREVA O PROCESSO DE LIBERAÇÃO DE INSULINA PELAS CÉLULAS
BETA DO PÂNCREAS E COMO ELE É REGULADO EM RESPOSTA AOS
NÍVEIS DE GLICOSE NO SANGUE.
CASO 3
Diante de um episódio de hipoglicemia, o dentista deve:
Identificar os sinais clínicos de hipoglicemia, como sudorese, tremores,
tontura e confusão mental.
Interromper o procedimento odontológico imediatamente.
Administrar glicose de ação rápida, como suco de laranja, glicose em gel
ou tabletes de glicose.
Monitorar os sinais vitais e se necessário realizar medições de glicemia
Se o paciente estiver inconsciente: aplicar glicose intravenosa (20-50 mL
de solução a 50%) ou glucagon intramuscular/subcutâneo.
Encaminhar o paciente para atendimento emergencial, se preciso.
DIANTE DO EPISÓDIO DE HIPOGLICEMIA APRESENTADO DURANTE O
ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO, QUAIS MEDIDAS IMEDIATAS O DENTISTA
DEVE ADOTAR PARA ESTABILIZAR O PACIENTE?
CASO 3
• Antes do procedimento: Reduz riscos de hipoglicemia/hiperglicemia,
melhora a imunidade.
• Após o procedimento: Favorece cicatrização, previne infecções e
inflamação periodontal.
• Impactos gerais: Diabetes descontrolada pode levar a doença periodontal
severa, atraso na cicatrização e maior risco de infecções, comprometendo a
saúde bucal e sistêmica.
EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DE MANTER UM CONTROLE GLICÊMICO ADEQUADO
ANTES E DEPOIS DO PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO E AS IMPLICAÇÕES DA
HIPOGLICEMIA PARA A SAÚDE GERAL E BUCAL DO PACIENTE