História dos Principais ciclos da Economia Brasileira. Preparado para aula na Disciplina "Fundamentos do Ensino de História", no curso de Pedagogia
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Language: pt
Added: May 23, 2017
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CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
FORMAÇÃO ECONÔMICA BRASILEIRA Brasil – Período Colonial Período da história entre a chegada dos primeiros portugueses em 1500 e 1822 , quando o Brasil estava sob domínio socioeconômico e político de Portugal. Ciclo da cana-de-açúcar; Ciclo do ouro.
Um sistema pelo qual os países europeus que possuíam colônias americanas mantinham o exclusividade: importações; O PACTO COLONIAL exportação . CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
As colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. O PACTO COLONIAL Os europeus vendiam caro e compravam barato , obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
Ciclo da Cana-de-Açúcar Teve início no Brasil colônia, na época em que foram criadas as capitanias hereditárias. A empresa açucareira brasileira foi durante os séculos XVI ao XVIII, a maior empresa agrícola do mundo ocidental.
Ciclo da Cana-de-Açúcar Foi no nordeste do país, que a empresa atingiu seu grau maior de desenvolvimento. A área em que se desenvolveu a cana-de- açúcar foi na Zona da Mata, que se estende numa faixa litorânea, do Rio Grande do Norte ao Recôncavo Baiano.
Ciclo da Cana-de-Açúcar Com o crescimento da produção açucareira, notadamente em Pernambuco e na Bahia , o nordeste tornou-se o centro dinâmico da vida social, política e econômica do Brasil. Portugal já tinha experiência no cultivo de cana, na produção e comércio de açúcar. Por volta de 1440, as colônias portuguesas de Açores, Madeira e Cabo Verde tinham uma produção que abastecia não só a metrópole mas ainda a Inglaterra, portos de Flandres e algumas cidades da Itália.
Produção açucareira no Brasil
Sociedade açucareira A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois grupos. O dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os plantadores independentes de cana. O outro grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Entre esses dois grupos existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-de-açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio). Os chamados “senhores de engenho” foram os protagonistas da economia e da política no Brasil durante a época colonial, o império e parte da república.
Engenho representado por Frans Post em 1668 (Pernambuco)
Declínio da cultura açucareira O declínio da cultura açucareira tem entre seus principais elementos a concorrência do açúcar brasileiro com o açúcar produzido nas Antilhas pelos holandeses. Sobre a presença dos holandeses no Brasil acompanhe a vídeo aula sobre o assunto.
O Ciclo do Ouro no Brasil A atividade mineradora começou no fim do século XVII, quando o açúcar já não era tão importante devido o seu investimento que estava sendo feito na América Central. Foi necessário buscar uma outra forma de economia e descobriram as primeiras minas de ouro em solo brasileiro, nas regiões onde ficam Minas Gerais e Goiás. No litoral do Paraná foram descobertos os primeiros registros de ouro no Brasil (1570), no entanto era em pouca quantidade e logo foi suplantado pela região das Minas.
O Ciclo do Ouro no Brasil A exploração do ouro era tão importante que o governo português decidiu mudar a capital de Salvador para o Rio de Janeiro. Foram criadas as Casas de Fundição, que cobravam altos impostos de quem extraía o minério e os principais impostos eram: O Quinto (20% da produção do ouro deveriam ir para o rei de Portugal); a Derrama (a colônia tinha que arrecadar 1.500kg de ouro por ano). a Capitação (era cobrado imposto sobre cada escravo que trabalhava nas minas).
O Ciclo do Ouro no Brasil
Os diamantes DIAMANTES – A exploração de diamantes toma corpo por volta de 1729, nas vilas de Diamantina e Serra do Frio, no norte de Minas Gerais. A produção atinge grandes volumes e chega a causar pânico no mercado joalheiro europeu, provocando a queda nos preços das pedras. Em 1734 é instituída uma intendência para administrar as lavras. A extração passa a ser controlada por medidas severas que incluem confisco, proibição da entrada de forasteiros e expulsão de escravos.
Diversificação agrícola A agricultura de subsistência e a pecuária desenvolvem-se ao longo dos caminhos para as minas e nas proximidades das lavras. O crescimento demográfico aumenta rapidamente os lucros dessas atividades. Sesmarias são doadas na região a quem queira cultivá-las. Novas culturas surgem em outras áreas da colônia: Tabaco Cacau Retorno do açúcar Introdução do Café (desenvolvimento apenas no séc. XIX) Pecuária
O período da história do Brasil que se estende da independência , em 1822 , até a proclamação da república , em 1889 . Brasil Império CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
Favoreceu o crescimento econômico foi a solução do problema da mão-de-obra através da imigração européia; Brasil Império A expansão do crédito , através de uma reforma bancária, a qual forneceu recursos para a formação de novas lavouras cafeeiras; CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
O MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO NO CAFÉ O deslocamento do eixo dinâmico da economia brasileira para o café provocou um forte impulso ao crescimento econômico do país: da década 1840 a 1890 ; A renda gerada pelo setor exportador brasileiro cresceu 396%; CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
Brasil Império : Ciclo da borracha (1879 a 1912) O Ciclo da borracha constituiu uma parte importante da história econômica e social do Brasil ; O ciclo da borracha viveu seu auge entre 1879 a 1912 , tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945 . (II Guerra Mundial 1939-1945) . CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
OS CICLOS E A ECONOMIA AGROEXPORTADORA A época Colonial (1500-1822); Período Imperial (1822-1889); A República Velha (1889-1930). A ECONOMIA BRASILEIRA DEPENDEU QUASE QUE EXCLUSIVAMENTE DE SUAS EXPORTAÇÕES . CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A PAUTA DE IMPORTAÇÕES ERA BASTANTE DIVERSIFICADA, CONTENDO MUITOS PRODUTOS MANUFATURADOS E CORRESPONDENDO PRATICAMENTE À ESTRUTURA DE CONSUMO DA ECONOMIA BRASILEIRA DE ENTÃO Problema na balança de pagamentos; Uma queda nas importações (guerra) afeta diretamente as condições de consumo da economia. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A PAUTA DE IMPORTAÇÕES ERA BASTANTE DIVERSIFICADA, CONTENDO PRODUTOS MANUFATURADOS E DE CONSUMO Problema na balança de pagamentos; Uma queda nas importações (guerra) afeta diretamente as condições de consumo da economia. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
O MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO NO CAFÉ Contribuiu fortemente para a transição do trabalho escravo para o assalariado e transferiu para o Centro-Sul o núcleo central do desenvolvimento econômico do país. O modelo agroexportador baseado no café se esgotou ao longo dos anos 1920. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
VUNERABILIDADE DO MODELO Depender da exportação de praticamente um único produto primário; Subordinação a financiamento externo; Abastecimento do mercado interno por produtos importados. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
AS RAZÕES QUE BLOQUEAVAM A INDUSTRIALIZAÇÃO: A prática do livre comércio com a Inglaterra abria nossas fronteiras para os produtos ingleses, inviabilizando a implantação de indústrias no país; A política de valorização do café garantia enorme rentabilidade para esse setor, deslocando para ele quase todos os capitais e recursos do governo. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A GRANDE DEPRESSÃO E O ESTRANGULAMENTO EXTERNO 1929 A economia brasileira já se encontrava em situação bastante fragilizada; Dependia de praticamente um único produto de exportação (CAFÉ), para viabilizar a aquisição externa de produtos industriais e pagamento dos encargos da crescente dívida externa ; CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A CRISE MUNDIAL PROVOCOU DOIS EFEITOS IMEDIATOS SOBRE A ECONOMIA BRASILEIRA: Caíram violentamente os preços dos produtos primários (22,5 para 8 centavos de dólar); As exportações reduziram de 445,9 para 180,6 milhões. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A crise mundial provocou dois efeitos imediatos sobre a economia brasileira : Tornaram-se escassos os créditos externos ; Forte crise cambial; A ECONOMIA FOI ENCOLHENDO, E OCORREU DEFINITIVAMENTE O ESGOTAMENTO DO MODELO AGROEXPORTADOR BASEADO NO CAFÉ. CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
A EXPERIÊNCIA BRASILEIRA Nos anos de 1930 a 1954, O NACIONALISMO passou a ser um elemento importante nos debates sobre problemas políticos e econômicos brasileiros; Getulio Vargas;
Industrialização Brasileira
De 1500 ao século XX Período Colonial: Pacto Colonial ; 1808: Surto de industrialização: Permissão para a instalação de industrias de tecido; Importação de matérias-primas industriais, isentos de impostos. Pequeno mercado interno não favoreceu esse incipiente processo.
Economia Cafeeira e a “Revolução Industrial” Brasileira Século XIX, O ponta pé inicial: Início do processo de urbanização; Capital excedente para investimento na atividade industrial Imigração: mdo experimentada na indústria; conhecimento técnico; consumidores Abolição mercado consumidor Industrias de bens de consumo duráveis e não duráveis para mercado interno. Economia estruturada ainda na agroexportação, sob sistema de plantation Mercado consumidor
Economia Cafeeira e a “Revolução Industrial” Brasileira Século XX, o desenvolvimento industrial “1ª Revolução Industrial” Crise de 1929 : redução das importações e das exportações Era Vargas : Necessária Substituição de Importações , estímulo e favorecimento dos empresariado nacional que investia no setor industrial: importação de máquinas e equipamentos industriais; taxação sob produtos importados; Estabelecimento de Infraestrutura industrial: mp ; energia, transporte e comunicação. Industrias de bens de consumo duráveis e Industria de Bens de Produção. Crescente urbanização
Economia Cafeeira e a “Revolução Industrial” Brasileira Século XX, o desenvolvimento industrial “2ª Revolução Industrial” 2ª Guerra Mundial : redução das importações e das exportações Era JK : Necessária Modernização , estímulo e favorecimento dos empresariado estrangeiros multinacionais estrangeiras Investimento estatal em infraestrutura para atender as necessidades das multinacionais que passaram a se instalar no país : mp industrial; energia, transporte (viário) Incentivo ao êxodo rural : mdo e mercado consumidor Urbanização rápida e sem planejamento
Economia Cafeeira e a “Revolução Industrial” Brasileira bancarrota das industrias nacionais de bens de consumo; Capital Nacional : Construção civil; hidrelétricas; bens de produção; Capital estrangeiro : Bens de Capital e Bens de Consumo São Paulo : Polo Industrial brasileiro - ABCD / Santos-Cubatão
Os anos do “milagre” 1960 -1970: Conjuntura externa favorável : recursos financeiros disponíveis grandes empréstimos externos Política de arrocho salarial atração de IED; Intensa urbanização mercado interno em expansão Aumento das exportações de diversos produtos; Capital Nacional : indústrias extrativas, energia, comunicação, de bens de produção e bens de capital; Capital Estrangeiro : Bens de Capital e Bens de Consumo Desenvolvimento Industrial baseado em grandes empréstimos internacionais... 1970-1980 : redução dos investimentos; aumento dos gastos com petróleo; queda dos preços de mp crise.
Os anos do “milagre”
Globalização, Neoliberalismo e Atual Industrialização 1990: Política de privatizações , recomendadas pelos FMI/Banco Mundial (Consenso de Washington) “Os neoliberais argumentavam que as empresas estatais davam prejuízos, eram ineficientes e pouco competitivas; que a venda dessas empresas diminuiria os gastos do governo, traria receita para ser aplicada [na estruturação dos IED e na redução da dívida pública]; que a presença de mais empresas privadas aumentaria a competição no mercado, forçando a diminuição dos preços de produtos e serviços, beneficiando toda a população.” Consequências: redução das receitas; dependência tecnológica e social; redução de patrimônio; desemprego; perda de garantias sociais; Cerca de 165 empresas estatais foram privatizadas nesse período.
Globalização, Neoliberalismo e Atual Industrialização 1990: Abertura irrestrita a IED Falência de diversas indústrias nacionais; venda de outras e/ou associações/fusões com capital externo. Plano real: falsa valorização da moeda frente ao dólar, o que acabou facilitando as importações; aumentando o consumo, reduzindo a inflação; elevação dos juros, garantindo a lucratividade empresarial e os investimentos especulativos.x Porém, aumentou as dívidas (interna e externa), dificultou as exportações, intensificou a desnacionalização industrial, provocou déficit crescente na balança comercial, ... ( http://resistir.info/brasil/plano_real_20_anos.html )
Globalização, Neoliberalismo e Atual Industrialização “Apesar da barragem avassaladora dos meios de comunicação enaltecendo o Plano Real, muitos críticos já alertavam, desde o início, sobre as fragilidade e consequências desastrosas do Plano: a artificialidade da paridade cambial poderia levar à vulnerabilidade externa e a déficits na balança comercial, em consequência da valorização do real; a abertura da economia, realizada abruptamente, levaria à falência e desestruturação de vários setores da economia, por não terem tempo de se adaptar à nova conjuntura; e a elevação exagerada das taxas de juros, também levaria ao aumento do endividamento interno e do pagamento de juros, com impactos negativos no orçamento nacional. Esse conjunto de medidas certamente conduziria o País ao desemprego, à redução dos investimentos produtivos e, consequentemente, à queda no ritmo de crescimento da economia, como de fato aconteceu.” Edmilson Costa , Doutorado em economia pela Unicamp, com pós-doutorado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da mesma instituição.
Globalização, Neoliberalismo e Atual Industrialização Anos 2000: PPP’s : Parcerias Público-Privadas: aeroportos, estradas, portos, ferrovias...
Referências Celso Furtado: História Econômica do Brasil Slideshare : https://pt.slideshare.net/PauoSousa/economia-brasileira-75774116?qid=27f2ddb8-abc8-48e4-9fcd-f3beca1444e0&v=&b=&from_search=9 https://pt.slideshare.net/eduardhenry/brasil-colnia-ii-economia?qid=27f2ddb8-abc8-48e4-9fcd-f3beca1444e0&v=&b=&from_search=4 https://pt.slideshare.net/Veronica_Santos/industrializao-brasileira-67312236?qid=80af35d0-1416-421c-8e62-3663b2a1837c&v=&b=&from_search=11