O Círculo de Viena (1907 a 1938) Moritz Schlick , Rudolf Carnap , Otto Neurath, Hans Hahn e Philipp Frank.
“Trata-se de uma orientação absolutamente humanista, na qual o antigo princípio dos sofistas “o homem é a medida de todas as coisas” se encontra reafirmando com amplo relevo programático. E tanto a teologia como a filosofia não podem por isso exibir títulos genuínos de validade cognoscitiva, apresentando-se, no fundo, radicadas num aglomerado de pseudosproblemas ”...
A função da filosofia acaba por consistir precisamente na clarificação, quer da insensatez gnosiológica, que vicia os discursos teológicos e metafísicos, quer do exato alcance informativo, que ao invés contradistingue as proposições científicas”.
Sobre a influência de Mach e da importância da lógica, da matemática e da física teórica. Hans Han , Otto Neurath e Philipp Frank começaram a se reunir em busca de conciliar uma concepção puramente empirista da ciência. Assim começou o Círculo de Viena.
“Deitar o vinho novo em odres novos” foi como Philipp Frank referiu metaforicamente ao Manifesto do Círculo de Viena ( Wissenschaftliche Weltauffassung ). Será com a orientação intelectual de Moritz Shlick que o Círculo de Viena se efetivará como um dos maiores movimentos filosóficos da história.
Os membros do WK ( Wiener Krais ), provinham de áreas acadêmicas diferentes, mas tinham pontos em comum :
1). Quase todos tinham uma formação científica; 2). Tinham “uma atitude especificamente científica”, isto é, desembaraçada de toda metafisica, e pode-se acrescentar que tinham como lema: “o que se deixa dizer deixa-se dizer claramente”. Este foi o mote do manifesto do WK; e outros pontos como:
3). A redução da filosofia a uma teoria do conhecimento; 4). A distinção das ciências, não mais em ciências humanas, e sim em ciências empíricas e analíticas; 5). O logicismo como programa de redução das ciências analíticas ; 6) . O projeto de uma linguagem científica que permitiria unificar todas as ciências .
O reducionismo como programa de redução das ciências sintéticas ou empíricas.Trata-se , em primeiro lugar, de uma concepção não me-tafisica do mundo. Ela não se caracteriza por teses, mas sobretudo por uma tarefa determi-nada , porque visa à realização de uma unida-de da ciência. Trata-se de apresentar todas as ciências em um todo harmonioso, o que exige um simbolismo puro e, portanto, lógico.
“A concepção científica do mundo não conhece nenhum enigma”. Essa nova concepção do mundo mostrará justamente que todos os problemas tradicionais da filosofia não passam de pseudoproblemas, visto que é possível reduzi-los a problemas empíricos, por meio da análise lógica da linguagem, que é atarefa da filosofia.
É com a lógica que a filosofia poderá efetuar a tarefa que lhe cabe, gramática da ciência . A filosofia se ocupa de enunciados já estabelecidos, em vez de criar novos, ele permite o esclarecimento. Na ciência a questão e de conhecimento, na filosofia e de compreensão. O significado de uma proposição consiste no conjunto de suas condições empíricas de verificação .