Citologia do colo do Utero - COLPOCITO INFLAMATÓRIA

AnaMayer12 49 views 79 slides Sep 11, 2024
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About This Presentation

Citologia do colo do Útero


Slide Content

Citologia Cervical Inflamatória
Citologia Clínica
Profa. Dra. Débora Salum

CÂNCER DE CÓLO DE ÚTERO
Terceira localização primária de incidência e a quarta de
mortalidade por câncer em mulheres no Brasil , sem considerar
tumores de pele não melanoma.
(INCA, 2020)

Taxas de mortalidade por câncer do colo do útero. Brasil e regiões, 1980a 2018
Fonte: INCA, 2020

Exame do Cólodo útero
•Especificidade 99%
•Rastreamento simples não invasivo
•Eficiente

Colo Normal

Revisão Citologia Normal

Revisão Citologia Normal

IARC, 2024

Células Endocervicais
IARC, 2024

JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR (JEC)

JUNÇÃO ESCAMO COLUNAR
•Mais de 90% dos cânceres do colo do útero se localizam na junção dos
epitélios escamoso e colunar (JEC).
•Aplicação Ácido Acético

EtiopatologiaCCU
•A infecção pelo HPV (HPV-16 mais frequente) tem sido
considerada causa necessária, porém não suficiente para o
surgimento do CCU:
•Algumas causas:
–precocidade no inicio das relações sexuais
–Multiplicidade de parceiros
–uso prolongado de contraceptivos orais
–Tabagismo
Fonte: Oliveira&Almeida, 2014

História Natural Infecção HPV Alto
Risco: Potencial Progressão para o CCU
SESA/PR, 2015

Mudanças do Epitélio Cervicovaginal
•Infânciaàmenarca
•Estímulohipotalâmico–hipófise–estrogênio
•LH-Progesterona
•Estrógenotemefeitomitogênico,padrãohipertrófico–
célulassuperficiais
•Progesterona,padrãohipotrófico–células
intermediárias

Mudanças do Epitélio Cervicovaginal

Citologia Fisiológica
•Nascimento: epitélio maduro até 7 dias.
•Infância: atrofia –células parabasais
•Puberdade: células intermediárias e superficiais
•Fase reprodutiva
•Gravidez: HCG –células intermediárias naviculares
•Pós-parto, lactação, menopausa: Atrofia
•Disgenesiaovariana, disfunção hipofisária, radiação,
quimioterapia, deficiência de ácido fólico.

Citologia Inflamatória
•Infiltradoinflamatóriocompostodeumamisturade
leucócitospolimorfonuclearesecélulasmononucleares
•Alteraçõescelularesbenignas
–Inflamação
–Reparação
–Radiação
–Metaplasiaescamosaimatura

Citologia Inflamatória
Célulasinflamatórias Semalterações

Alterações celulares benignas
Cervicovaginites
Inflamaçãodavaginaedacérviceacompanhadasdecorrimentos
Célulasepiteliaisacompanhadasdeleucócitos
Neutrófilos:infecçãoaguda
Linfócitoseneutrófilos:infecçãocrônica
Anormalidade
abundânciadecélulasinflamatórias

Sintomas Cervicovaginites

Alterações celulares benignas
Micose cérvico-vaginal: detalhes das hifas (setas) e esporos
(C.Albicans)
Vaginiteecervicite

Alterações celulares benignas
Asbactériassãovisualizadasnofundo,principalmentesobreas
célulasescamosasresultandoemcélulasindicadoras(cluecells).
Ospolimorfonuclearessãoausentesouraros.(Gardnerela
vaginalis)
Vaginiteecervicite

Alterações celulares benignas
Ectocérviceinflamatória:emgrandeaumento,presençade
Trichomonasvaginalis(seta).
Vaginiteecervicite

Alterações celulares benignas
Vaginiteecervicite
Fundosujo.Trichomonasvaginalis(seta).

Infecções Oportunistas e Imunidade

Inflamação
Inflamação reparação tecidual

Inflamação
Fagocitose e diapedese
células inflamatórias (exsudato) e reparo tecidual

Inflamação Cervical
•Presençadeleucócitos
•Modificaçãodamorfologiadoepitélio(rupturademembrana)
•Podeterpresençadoagentecausal

Alterações celulares benignas
Radiação
Esfregaçodeumapacientetratadacomradioterapiadevidoaum
câncerdocanalanal:macrocitose,macronucleoseevacúolos
citoplasmáticos.

Alterações celulares benignas
Radiação
Esfregaçodeumapacientetratadacomradioterapiadevidoaum
câncerdocanalanal:vacúoloscitoplasmáticosefagocitosede
polimorfonucleares.

Principais alterações celulares
1. Halo Perinuclear: halo em volta do núcleo

EtiopatologiaCCU
•HPV
–COILÓCITOS: ovo estrelado, com núcleo rodeado por um halo claro e
redondo, pode evoluir para um condiloma ou então um carcinoma
espinho-celular

Principais alterações celulares
2. Vacuolização e degeneração citoplasmática: presença de vacúolos
dentro do citoplasma podendo indicar inflamação.

Principais alterações celulares
3. Fagocitose: englobamento de partículas sólidas, atividade fagocítica.

Principais alterações celulares
4. Cariomegalia: aumento do núcleo com aumento da cromatina.

Principais alterações celulares
4. Cariopicnose: condensação nuclear, observado em células superficiais.

Principais alterações celulares
4. Cariorrexe: cromatina em partículas e ausência de membrana nuclear.

Principais alterações celulares
5. Displasia : habitualmente gerada a partir da infecção pelo papiloma vírus
humano (HPV), prognóstico duvidoso
Bedoski, 2020

Determine as alterações celulares abaixo:
a
b
c

Sistema Bethesda-TBS
OInstitutoNacionaldoCâncer(NationalCancerInstitute-
NCI),em1988,patrocinouacriaçãodessanovaeatualizada
terminologiaaserutilizadanoslaudosdacolpocitologia
oncótica,emBethesda–Maryland.
visavaacorrigirfalhasexistentesnaclassificaçãode
Papanicolaou.
imprimirmaisuniformidadeaoslaudoscitológicosdos
esfregaçosdocolouterino.

Classificação Bethesda
Fonte: INCA, 2020

Nomenclatura Bethesda
•NIC–Neoplasiaintraepitelialcervical.
•AG-US–AtypicalGlandularCellsofundeterminedsignificance-Atipiasdesignificado
indeterminadoemcélulasglandulares.
•AGC-NOS-AtypicalGlandularCellsnototherwisespecified.Atipiadecélulasglandulares
independentedotipocelular(endocervicalouendometrial);
•AGC-favorneoplasia-AtypicalGlandularCells–sugeremneoplasia;
•AIS–Adenocarcinoma“insitu”;
•ASC-US–AtypicalSquamousCellsofUndeterminedSignificance-Atípicasdecélulasescamosas
designificadoindeterminado,possivelmentenãoneoplásicas;
•ASC-H–AtypicalSquamousCells,cannotexclude.Célulasescamosasatípicas.
•HSIL-Atípicasdecélulasescamosasdesignificadoindeterminado,nãopodendoafastarlesãode
altograu;
•LSIL–Low-GradeSquamousIntraepithelialLesion-lesãointraepitelialescamosadebaixograu;
•HSIL–High-GradeSquamousIntraepithelialLesion-Lesãointraepitelialescamosadealtograu.

Princípios
•OdiagnósticodeSILemcitologiadependedeumpadrãode
cromatinanuclearanormaledeumamembrananuclear
irregular;
•OdiagnósticohistológicodeNIC1-3refere-seaograude
maturaçãodecélulasanormaisnoepitélioescamosoese
refletenacitologiapelarelaçãonúcleo/citoplasma.

NIC
•AavaliaçãocitológicadaNIC,baseadaemalteraçõesnuclearese
citoplasmáticas,écomfrequênciabastantedifícil.
•Núcleosanormaisemcélulassuperficiaisouintermediárias
indicamumaNICdebaixograu,enquantoqueaanomaliaem
núcleosdecélulasbasaiseparabasaisindicaNICdealtograu.
•Razãonúcleo-citoplasmaéumadascaracterísticasmais
importantesparaavaliarograudaNIC
•Proporçõesmaioresestãoassociadascomgrausmaisgravesde
NIC

NIC
NIC 1 NIC 2 NIC 3

NIC -Histologia
•Característicashistológicasrelativasadiferenciação,
maturaçãoeestratificaçãodascélulaseanomaliasnucleares.
•GrausmaisgravesdeNICtêmmaiorprobabilidadede
apresentarumamaiorproporçãodaespessuradoepitélio
compostodecélulasindiferenciadascomapenasumafina
camadadecélulasmadurasediferenciadasnasuperfície.

NIC -Histologia

NIC -Histologia

NIC -Histologia

Representação esquemática do desenvolvimento da NIC

Anormalidades de Células Escamosas
•Lesão IntraepitelialEscamosa (SIL)
–reconhecida principalmente pelo padrão anormal
da cromatina e pela irregularidade da membrana
nuclear
–HSIL e LSIL depende do grau de maturação
nuclear e citoplasmática (relação
citoplasma/núcleo)

LSIL
Lesões IntraepiteliaisEscamosas de Baixo Grau
•Maioriaregrideespontaneamente.Poucasevoluemparaumalesãode
altograu.
•AssociadasàinfecçãoprodutivaporHPVouàneoplasialeve(NICI)
intraepitelialcervical.
•Semrupturasoualteraçõessignificativasdociclodacélula
hospedeiraLSIL:condutarecomendadaéarepetiçãodoexamepreventivo
emseismeses.
•Nãotratadacomolesãopré-maligna.
•OdiagnósticodeLSIL:grandemargemdeerro
•Cercade20%dasLSILpodemser,naverdade,lesõeshistológicasdealto
grau

LSIL
Lesões IntraepiteliaisEscamosas de Baixo Grau
•Núcleo:aumentado,padrãodecromatinaanormal,hipercromático,contorno
nuclearirregular,nãohánucléolosassociados.
•Citoplasma:cianofílicooueosinofílicodependendodamaturaçãodacélula,
queratinização.
•Relaçãonúcleo/citoplasma:diminuiçãododiâmetrodonúcleo
(a)AumentodarelaçãoN/CnaSIL(40%nestacélula):a
célulamaturaatéotamanhodeumacélulaintermediária
normal.Onúcleoaindaébastanteredondo;Acromatinaé
maisgrosseiradoqueonormalehipercromática.
LLP, 2013

LSIL
Lesões IntraepiteliaisEscamosas de Baixo Grau
(b)Cromatinaligeiramentegranular,irregularmentedistribuídaemboraamembrana
estejauniformenestacélula;relaçãoN/Céaumentada(46%nestacélula)emcomparação
comumacélulaintermediárianormal.
LLP, 2013

Lesão intraepitelialescamosa de alto grau
(HSIL)
•célulasúnicas,emfolhetosouemgrupamentoscom
superposiçãodecélulas:ondenestesúltimossãovistas
geralmentecélulasisoladasnasmargensouentreos
grupamentos.
•célulasemqueascaracterísticasdeSILpodemservistasmais
claramente.Ascélulasdiscarióticasserãoimaturasindicando
maturaçãoepitelialincompleta.

Lesão intraepitelialescamosa de alto grau
(HSIL)
•Núcleo:cromatinamaisgranulareirregularmentedistribuída,
irregularidadesnamembrananuclear,dobrasnucleares,núcleo+
hipercromático,maspodesermonoouhipocromático.
•Relaçãonúcleo/citoplasma:célulasmenosmaduras,relaçãoN/Cmaiorque
naLSIL,tamanhoreduzidodocitoplasma.
a)Célulasisoladasnumesfregaçoconvencionalmostrandouma
sequênciadecaracterísticastípicasdadiscariosedealtograu:
irregularidadenadistribuiçãodacromatinaecontornosnucleares;
citoplasmaimaturo;relaçãoN/Cvariávelmasbemacimade50%na
maioriadascélulas.Nestecasoháhipercromasiaeosnúcleossão
ligeiramenteaumentados.
LLP, 2013

Lesão intraepitelialescamosa de alto grau
(HSIL)
(b) Células pequenas e imaturas com um núcleo aproximadamente 50% do tamanho da célula, nas
células isoladas no topo do grupo e mais de 50% para um lado. Há alguma superposição nuclear e
perda de polaridade tornando a relação N/C impossível de avaliar, exceto nas margens.
LLP, 2013

Lesão intraepitelialescamosa de alto grau
(HSIL)
(candd)Osnúcleossãohipercromáticos:acromatinaégrosseiraeirregularmentedistribuída.Odiâmetro
citoplasmáticoémenordoqueumacélulaintermediáriaeosnúcleosvariamemtamanhoeforma:arelação
N/Ctambémvariamasépelomenos50%namaioriadascélulas.
LLP, 2013

Relação N/C
Critérios morfométricospara a relação N/C com base no % do diâmetro
médio (Slater et al., 2005a e 2005b):
•Célula intermediária normal 25%
•LSIL (média 40%) <50%
•HSIL (média 60%) >50%
LLP, 2013

Clínica

Alterações em Células Glandulares
Carcinoma Espumoso Invasor
•Sintomasevidentes
•Ocarcinomadecélulasescamosasmicroinvasivo(estágioIA)
quasesempresedesenvolveemumfundodeextensaNIC3,
queéaanormalidadeprováveldeservistaemamostrasde
citológicas.AsmulherescomestádioIAsãosusceptíveisdeser
assintomáticoseterocâncerdetectadopelacitologia.

Alterações em Células Glandulares
Carcinoma Espumoso Invasor
•Citologiacervicalemmulherescomcanceresinvasivos
–Citologiapodenãoserconfiávelemcanceresclinicamente
avançados;
–Carcinomafrancamenteinvasivosópodesersugeridonacitologia
quandocaracterísticasmorfológicasdeHSILsesobrepõem;
–Carcinomamicroinvasivo(estágioIA)éumdiagnósticoquesó
podeserfeitonahistologia;
–Ocarcinomamicroinvasivodesenvolve-segeralmentenum
contextodeNIC3generalizada,queéalesãodetectadacomoHSIL
nacitologia.

Alterações em Células Glandulares
Carcinoma Espumoso Invasor
•Característicascitológicas(núcleo)
–Hipercromasia
–Cromatinairregular
–Clareamentonuclear
–númerovariáveldemacro-nucléolos
–Possibilidadedemúltiplosnúcleos
–Mitosesfrequentesemitosesatípicassãocaracterísticasde
malignidadeinvasiva.

Alterações em Células Glandulares
Carcinoma Espumoso Invasor
•Característicascitológicas(citoplasma)
–variaentreserabundanteequeratinizadoenãoqueratinizadoem
carcinomadegrandescélulasaimperceptívelcomonocarcinoma
depequenascélulas

Alterações em Células Glandulares
Carcinoma de células escamosas queratinizante
•Células de formas bizarras
•Núcleos hipercromáticoscom cromatina irregular, granular,
grosseira e áreas claras
•Citoplasma espesso e denso, células orangiofílicas.
•A relação N/C é variável de célula para célula e pode ser baixa
porque o citoplasma queratinizado pode ser abundante.

Carcinoma de células escamosas queratinizante
(a)VisãodebaixoaumentodeumaamostradeLBCmostrandofragmentosdetecido,
célulasorangiofílicas,grupamentosdepolimorfosedetritosnecróticos.

Carcinoma de células escamosas queratinizante
(b) Queratina livre em carcinoma de células escamosas queratinizante.

Carcinoma de células escamosas queratinizante
(a) Núcleos múltiplos pleomórficosem uma célula maligna com citoplasma abundante
basofílico.

Carcinoma de células escamosas não queratinizante
•núcleossãohipercromáticoscomvariaçãodetamanhoe
forma.
•cromatinaégeralmentegrosseira,granulareirregularmente
distribuídaaolongodosnúcleos
•Nucléolosãogeralmenteproeminentes
•citoplasmaélevementebasófiloemcarcinomasnão-
queratinizantesbemdiferenciadosepodeserimperceptívele
incoloremumcarcinomapoucodiferenciado.

Carcinoma de células escamosas não queratinizante
(b) Células severamente discarióticascom nucléolos proeminentes e clareamento nuclear.
Também é visível a diátese tumoral.

Carcinoma de células escamosas não queratinizante
Núcleos que sugerem carcinoma com membranas irregulares proeminentes, cromatina
irregular e clareamento nuclear.

Carcinoma-colposcopia

Carcinoma-colposcopia

HSIL OU LSIL?
NÚCLEOS HIPERCROMATICOS, CROMATINA GROSSERIA, CITOPLASMA APAGADO

HSIL OU LSIL?
NÚCLEOS HIPERCROMATICOS, AUMENTADO, RELAÇÃO N/C <50%