Coletânea de exercícios teoria geral do processo (1)

leonardochagas9210 6,167 views 44 slides Oct 24, 2014
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About This Presentation

MUITO BOM


Slide Content

 
 

TEORIA GERAL 
DO PROCESSO 
 
1º semestre de 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
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Expediente 
 
Curso de Direito — Coletânea de Exercícios 
Coordenação Geral do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá 
 
Coordenação do Projeto 
Comissão de Qualificação e Apoio Didático-Pedagógico 
 
Organização da Coletânea 
Professor: Luis Carlos Araújo 

APRESENTAÇÃO 
 
A metodologia de ensino do Curso de Direito é centrada na 
articulação entre a teoria e a prática, com vistas a desenvolver o 
raciocínio  jurídico  do  aluno.  Essa  metodologia  abarca  o  estudo 
interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício 
constante  da  pesquisa,  bem  como  a  análise  de  conceitos  e  a 
discussão  de  suas  aplicações.  Para  facilitar  sua  utilização, 
apresentamos a Coletânea de Exercícios, que contempla uma série 
de questões objetivas e discursivas, assim como casos práticos e 
interdisciplinares  para  desenvolvimento  em  aula,  simulando 
situações  prováveis  de  ocorrer  na  vida  profissional.  O  objetivo 
principal  desta  coleção  é  possibilitar  aos  alunos  o  acesso  a  um 
material didático que propicie o aprender-fazendo. 
Os  pontos  relevantes  para  o  estudo  dos  casos  devem  ser 
objeto  de  pesquisa  prévia  pelos  alunos,  envolvendo  a  legislação 
pertinente, a doutrina e a jurisprudência, de forma a prepará-los 
para as discussões realizadas em aula. 
Esperamos,  com  estas  coletâneas,  criar  condições  para  a 
realização  de  aulas  mais  interativas  e  propiciar  a  melhora 
constante da qualidade de ensino do nosso Curso de Direito. 
 
Coordenação Geral do Curso de Direito  

SUMÁRIO 
AULA 1 
Compreensão,  autonomia  e  instrumentalidade  do  proce sso; 
natureza  das  leis  processuais;  relações  do  direito processual  com 
os  outros  ramos  do  direito;  finalidade  do  processo civil,  processo 
penal  e  do  trabalho;  leis  processuais  no  tempo  e  no  espaço; 
princípios informativos do direito processual; distinção entre ação, 
jurisdição  e  processo;  a  informatização  do  processo  judicial  — 
noções gerais.                                                                               8 
 
AULA 2 
Jurisdição; conceito, caráter substitutivo, finalidades, limitações e 
características;  princípios  fundamentais;  poderes. Distinção  entre 
Funções do Estado; poderes compreendidos na jurisdição espécies 
de  tutela  jurisdicional.  Jurisdição  contenciosa  e  voluntária  no 
processo  civil  e  penal;  substitutivos  da  jurisdição;  jurisdição  de 
direito  e  de  eqüidade;  meios  alternativos  de  solução  de  conflitos 
(arbitragem  e  a  conciliação  nos  Juizados  Especiais Cíveis  e 
Criminais);  solução  de  conflitos  trabalhistas:  autodefesa, 
autocomposição.  Comissões  de  conciliação  prévia  (noções).  Do 
Judiciário  Trabalhista:  o  Poder  Judiciário,  sua  organização  e  o 
Ministério Público.                                                                      10 
 
AULA 3 
Estrutura  Judiciária  Brasileira.  As  Justiças  Especiais.  Justiça 
Federal. TRF e Juizes Federais. Organização da Justiça Estadual. 
Órgãos  da  Justiça  Estadual.  Órgãos  Especiais  das  Justiças 
Estaduais.  Câmaras  Cíveis,  Juizes  de  Direito.  Juizados  Especiais 
Cíveis Estaduais e da Justiça Federal. Turmas Recursais.           14 
 
 

AULA 4 
Ação.  Conceito.  Condições  de  Legítimo  Exercício  da Ação. 
Condições  Genéricas  e  Específicas.  Específicas  Positivas  e 
Negativas.                                                                                   17 
 
AULA 5 
Ação.  Classificação.  Elementos  de  Individualização das  Ações. 
Concurso  e  Cumulação  de  Pedidos.  Momento  da  Cumulaç ão. 
Espécies de Cumulação. Requisitos da Cumulação.                    19 
 
AULA 6 
Processo.  Conceito.  Natureza  Jurídica.  Objeto.  Relação  Jurídica 
Processual. Pressupostos Processuais de Existência e de Validade.                                                                 
                                                                                                   22 
 
AULA 7 
Competência.  Conceito.  Natureza  Jurídica.  Competênc ia 
Internacional  e  Interna.  Competência  das  Justiças  Especiais. 
Competência da Justiça Comum Federal e dos Estados.              24 
 
AULA 8 
Competência.  Critérios  de  Fixação  da  Competência.  Competência 
de  Foro.  Critério  Territorial.  Competência  de  Juízo.  Critério 
Objetivo e Funcional. Incompetência Relativa e Absoluta.            27 
 
 
AULA 9 
Competência.  Modificações  da  Competência.  Prevenção.  Conexão. 
Continência. Prorrogação e Perpetuação. Controle da Competência 
e seus Instrumentos: controle de Ofício, Exceção de Incompetência 
e Conflito de Competência.                                                          31 

 
 
AULA 10 
Partes.  Sujeitos  do  Processo.  Sujeitos  da  Lide  (Distinção). 
Capacidade.  Conceito.  Capacidade  de  ser  Parte  e  Capacidade  de 
estar em Juízo. Conseqüências da Falta de Capacidade processual.                                                     
                                                                                                   34 
 
AULA 11 
Processo  e  Procedimentos.  Espécies  de  Processo.  Espécies  de 
Procedimento.  Princípios  Gerais  do  Processo  e  do  Procedimento. 
Garantias  Constitucionais  Processuais.  Atos  Atentatórios  ao 
Exercício da Jurisdição.                                                          36 
 
AULA 12 
Formação  do  Processo.  Sujeitos  do  Processo:  juiz  e partes. 
Sucessão  Processual.  Substituição  Processual.  Trata mento 
Especial ao Idoso.                                                                       39 
 
AULA 13 
Procedimentos  e  suas  Estruturas.  Procedimento  Ordin ário, 
Sumário e os Especiais. A Conversão dos Procedimentos Especiais 
para  o  Ordinário.  Procedimento  da  Lei  9099/95.  Princípios 
Norteadores dos Juizados Especiais de Causas Cíveis.                41  
 
 
Nota da digitalizadora: A numeração de páginas aqui refere-se a edição digital, 
a paginação original encontra-se inserida entre colchete no texto. 
Entende-se que o  texto que está  antes  da numeração entre colchetes é o  que pertence 
aquela página e o texto que está após a numeração pertence a página seguinte. 
 

AULA 1 
Compreensão,  autonomia  e  instrumentalidade  do  proce sso; 
natureza  das  leis  processuais;  relações  do  direito processual 
com os outros ramos do direito; finalidade do proces so civil, 
processo penal e do trabalho; leis processuais no tempo e no 
espaço;  princípios  informativos  do  direito  processu al; 
distinção entre ação, jurisdição e processo; a informatização 
do processo judicial — noções gerais. 
 
Caso 1 
Sabendo-se que o processo não é um fim em si mesmo,  mas 
apenas  um  instrumento  de  efetivação  de  um  direito  material 
violado  ou  ameaçado  de  ser  violado,  como  justificar,  a  partir  da 
autonomia processual, o contido no Art. 284 e seu parágrafo único 
do  CPC,  quando  o  legislador  afirma  que,  não  estando a  petição 
inicial em ordem, a mesma será indeferida sem que o juiz aprecie 
o pedido? 
 
Caso 2 
João  ajuizou  ação  em  face  de  Pedro  quando  existia 
determinada norma processual  dispondo sobre prazo recursal. A 
sentença  foi  proferida  em  audiência  no  dia  01/10/2006  e  as 
partes  intimadas  nos  termos  do  Art.  242,  parágrafo  primeiro  do 
CPC. Segundo a regra processual em vigor na data da publicação 
da  sentença,  o  prazo  para  recorrer  era  de  15  dias. No  dia 
09/10/2006,  entrou  em  vigor  outro  dispositivo  processual, 
disciplinando  a  matéria  recursal  e  determinando  o  prazo  de  10 
dias para a interposição do recurso. 
Considerados os dados fornecidos no problema, responda: 
a)  Qual  é  o  prazo  para  a  interposição  do  recurso?  Dê  o 

fundamento legal. 
b) Qual  o princípio adotado no direito processual brasileiro 
quanto à eficácia das leis processuais no tempo? Dê, na 
resposta, o fundamento legal que agasalha o princípio. 
 
Caso 3 
John, cidadão americano residente na cidade de New  York, 
Estados Unidos, realizou na África do Sul um negócio de compra e 
[pg. 09] venda com Jean, cidadão francês residente na cidade de 
Paris,  na  França,  ficando  estabelecido  que  o  objeto  da  compra 
deveria  ser  entregue  em  um  endereço  predeterminado  no  Brasil, 
na  cidade  de  São  Paulo,  em  um  depósito  alugado  por  John. 
Insatisfeito  por  não  ter  Jean  cumprido  sua  obrigação, John 
ingressou com ação de obrigação de fazer em face de Jean no foro 
da Comarca de São Paulo. 
 
Indaga-se: 
a)  Pode  a  jurisdição  brasileira  imiscuir-se  em  um  negócio 
feito  por  cidadãos  estrangeiros  em  um  outro  país?  Na 
resposta, dê o fundamento legal processual. 
b) Em caso afirmativo essa jurisdição impede que a justiça 
internacional dos outros países também seja chamada a 
resolver o conflito por parte de algum outro interessado? 
Fundamente a resposta na lei processual. 
 
Questões objetivas 
1. Quanto à natureza das leis processuais é correto dizer que 
são: 
a) Normas públicas, cogentes e instrumentais. 
b) Normas privadas, dispositivas e autônomas. 

c) Normas públicas, dispositivas e instrumentais. 
d) Normas privadas, instrumentais e autônomas. 
 
2. Nos termos do que dispõem os arts. 221, 236 e 239, todos 
do  Código  de  Processo  Civil,  bem  como  as  inovações instituídas 
através  da  Lei  11.419  de  19/12/2006,  as  citações  e  intimações 
poderão ser efetivadas: 
a) Somente por edital e por oficial de justiça. 
b) Somente por correio para qualquer comarca do país e por 
oficial de justiça. 
c) Por correio, oficial de justiça e por edital. 
d) Pelas formas normais de comunicação, indicadas no Códi-
go  de  Processo  Civil  e  também  por meio eletrônico,  obe-
decidas as exigências legais. [pg. 10] 
 
AULA 2 
Jurisdição;  conceito,  caráter  substitutivo,  finalida des, 
limitações  e  características;  princípios  fundamentai s; 
poderes.  Distinção  entre  Funções  do  Estado;  poderes  
compreendidos na jurisdição espécies de tutela juri sdicional. 
Jurisdição contenciosa e voluntária no processo civ il e penal; 
substitutivos  da  jurisdição;  jurisdição  de  direito e  de 
eqüidade;  meios  alternativos  de  solução  de  conflitos  
(arbitragem  e  a  conciliação  nos  Juizados  Especiais Cíveis  e 
Criminais);  solução  de  conflitos  trabalhistas:  autodefesa, 
autocomposição. Comissões de conciliação prévia (no ções). Do 
Judiciário Trabalhista: o Poder Judiciário, sua organização e o 
Ministério Público. 
 
 

Caso 1 
João  de  Souza  faleceu  deixando  um  testamento  particular 
elaborado  três  anos  antes  de  seu  falecimento.  Seu  filho  mais 
velho, João de Souza Filho, ao encontrar o documento, constituiu 
um  advogado  que,  imediatamente,  requereu  junto  ao  ju iz 
competente,  a  confirmação,  publicação  e  o  cumprimento  do 
testamento. 
 
Indaga-se: 
a)  Defina,  apontando  as  diferenças,  procedimento  de 
Jurisdição Contenciosa e Voluntária. 
b)  Este  procedimento  iniciado  pelo  herdeiro  através  do 
advogado é de Jurisdição contenciosa ou voluntária? Por 
quê?  Dê,  inclusive,  o  fundamento  legal  na  resposta. 
Justifique sua resposta apontando o fundamento legal. 
c)  Em  procedimentos  de  Jurisdição  Voluntária  é  possível  a 
existência de lide? E o caráter substitutivo da Jurisdição? 
Comente,  na  resposta,  as  posições  sustentadas  pela 
doutrina. 
 
Caso 2 
Mário Honório e Antônio José envolveram-se em acidente de 
carro e, embora tenham ambos sofrido grandes estragos em seus 
veículos, não houve vítimas. [pg. 11] 
Logo  após  o  acidente,  Mário  Honório,  ainda  muito  nervoso 
aos berros, gritava que Antônio José teria sido exclusivamente o 
causador do acidente, o que era negado por este. Após horas de 
discussão  e  enorme  desgaste  de  todos,  Antônio  José resolveu 
chamar  um  advogado  amigo  seu,  para  tentar  ajudá-los  a 
encontrar uma solução para o caso. 

Chegando ao local e diante das ameaças de Mário Honório de 
que ia sair dali e iniciar um processo judicial para se ressarcir dos 
danos  que  supostamente  o  outro  lhe  teria  causado,  o advogado, 
pacientemente,  aguardou  que  Mário  Honório  se  acalmasse  um 
pouco  e  indagou  se  ele  aceitaria  participar  juntamente  com 
Antônio  José,  de  um  procedimento  de  mediação  extrajudicial. 
Inicialmente,  Mário  Honório  negou,  mas  depois,  à  vista  das 
explicações  do  advogado  sobre  o  instituto  da  mediação,  seu 
funcionamento,  e  seus  objetivos,  Mário  aceitou  e,  também, 
Antônio José. 
 
Indaga-se: 
a) É possível a utilização da mediação neste caso ao invés do 
processo  judicial?  O  fundamento  legal  da  mediação 
extrajudicial estaria na Constituição da República? 
b)  O  uso  de  mecanismos  extrajudiciais  de  solução  de 
conflitos, como a mediação, a conciliação extrajudicial e a 
arbitragem,  ferem  o  Princípio  do  Monopólio  da 
Jurisdição? 
 
Caso 3 
Carlos Martins e José Carlos, contratantes de um negócio de 
compra e venda de natureza patrimonial e disponível, resolveram 
pôr  fim  a  um  litígio  por  meio  do  uso  da  arbitragem, a  qual  foi 
regularmente  instituída  e  cumprida.  A  sentença  arbitral  deu 
ganho de causa para Carlos Martins, tendo José Carlos dito que 
não  iria  aceitar  a  decisão  do  juiz  arbitrai.  Assim,  José  Carlos 
ingressou com ação ordinária para rever o julgamento da decisão 
do juiz arbitrai, sob o argumento de que nenhuma maté ria pode 
ser  excluída  da  apreciação  do  Poder  Judiciário,  por  força  do 

disposto no art. 5º, XXXV, da Carta Cidadã. [pg. 12] 
 
Indaga-se: 
a)  É  possível  rever  a  decisão  proferida  no  procedimento  da 
arbitragem  na  justiça  comum?  Dê  o  fundamento  em  lei 
sobre a arbitragem no Brasil. 
b)  Houve  violação  aos  termos  do  art.  5º,  XXXV  da 
Constituição? Justifique a sua resposta. 
 
Questões objetivas 
1. São características da Jurisdição: 
a) A inércia, o escopo de atuação do direito e a definitividade. 
b) A inércia, a territorialidade e a cogência. 
c) A lide, a atividade fiscalizatória e a definitividade. 
d)  A  territorialidade,  a  investidura  e  a  identidade  física  do 
juiz. 
 
2. São poderes do Magistrado no exercício da Jurisdição: 
a)  Proferir  apenas  sentenças  e  fiscalizar  a  atuação dos 
serventuários. 
b) Praticar os pronunciamentos previstos no Art. 162 do CPC 
e  também  deter  poderes  administrativos,  como  é  o  caso 
do poder de polícia nas audiências. 
c) Proferir apenas despachos e decisões interlocutórias. 
d) Realizar somente os poderes previstos no Art. 162 do CPC. 
 
3. A teoria geral do processo é considerada: 
a) Como estudo exclusivo do direito processual civil. 
b)  Unitariamente, abrangendo  o  processo  civil  e  o  processo 
penal. 

c)  No  seu  estudo  o  processo  do  trabalho,  embora  tenha 
disciplina  própria  e  exclusiva  sobre  jurisdição,  ação  e 
procedimento. 
d) No seu estudo a identidade de seus ramos distintos.  
[pg. 13] 
 
AULA 3 
Estrutura Judiciária Brasileira. As Justiças Especiais. Justiça 
Federal.  TRF  e  Juizes  Federais.  Organização  da  Just iça 
Estadual.  Órgãos  da  Justiça  Estadual.  Órgãos  Especiais  das 
Justiças  Estaduais.  Câmaras  Cíveis,  Juizes  de  Direi to. 
Juizados  Especiais  Cíveis  Estaduais  e  da  Justiça  Federal. 
Turmas Recursais. 
 
Caso 1 
Caio, correntista do Banco do Brasil e da Caixa Econômica 
Federal, entende que as taxas de juros que essas duas instituições 
financeiras lhe cobram a título de cheque especial são demasiada-
mente  abusivas  e,  por  isso,  busca  ajuizar  demanda  contra  as 
referidas instituições financeiras, a fim de ver reduzida essa taxa 
de juros compensatórios para o patamar de 12% ao ano. 
 
Indaga-se: 
a)  Essas  ações  podem  ser  propostas  conjuntamente?  Dê o 
fundamento legal, ao responder à questão. 
b) Qual o foro competente para a propositura das mesmas? 
Fundamente a resposta na Constituição da República. — 
Melhor  redação  —  Qual  a  Justiça  que  compete  para  a 
propositura das ações pretendidas? 
Fundamente  a  resposta  na  Constituição  da  República, 

citando as razões que justifiquem a distinção apontada? 
c) Qual a razão do(s) foro(s) competente(s)? 
 
Caso 2 
Marcos,  empregado  da  padaria  Santos  Pães  sem  carteira 
assinada,  foi  ofendido  por  seu  patrão  dentro  do  horário  de 
expediente e na frente de todos os clientes, ao afirmar, em tom de 
voz alto e agressivo, que Marcos estaria furtando dinheiro do caixa 
e que, por isso, seria preso e demitido. Busca então seu advogado 
e  passa  a  saber  que  teria  direito  a  uma  indenização por  danos 
morais.  Ingressa,  então,  com  a  demanda  na  5ª  Vara  Cível  da 
Comarca  da  Capital  do  Tribunal  de [pg.  14] Justiça  Estadual, 
sendo certo que o magistrado, de ofício, declinou da competência 
para uma das Varas Trabalhistas. 
 
Indaga-se: 
a)  Agiu  correto  o  magistrado  estadual  ao  entender  que  a 
hipótese é de competência da justiça trabalhista? 
 
Caso 3 
O Ministério Público Federal ajuizou Ação Civil Pública para 
evitar danos ao meio ambiente que estariam sendo causados pela 
União  em  razão  de  obras  que  se  realizam  na  Comarca de  Silva 
Jardim.  Ocorre  que  na  Comarca  de  Silva  Jardim  não  há  Seção 
Judiciária da Justiça Federal. 
 
Indaga-se: 
a) A ação poderá ser interposta na Comarca de Silva Jardim? 
Dê o fundamento legal da resposta. 
b) Em caso afirmativo, eventual recurso contra sentença será 

apreciado por qual órgão recursal? 
 
Questões objetivas 
1.  Qual  das  opções  abaixo  contém  todos  os  órgãos  com 
atividade típica jurisdicional: 
a) Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, 
Tribunal de Justiça Estadual. 
b)  Superior  Tribunal  de  Justiça,  Tribunal  de  Contas 
Estadual, Tribunal Regional Federal. 
c) Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça Estadual, 
Tribunal Regional Eleitoral. 
d) Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, 
Ministério Público Federal e a Justiça do Trabalho. 
 
2. Sobre as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis 
Estaduais, é incorreto afirmar: 
a)  São  órgãos  de  revisão  jurisdicionais  das  sentenças 
proferidas  por  juizes  dos  Juizados  Especiais  Cíveis  e 
formados por juizes de direito de primeiro grau. [pg. 15] 
b)  São  órgãos  que  administrativamente  estão  ligados  aos 
Tribunais de Justiça Estadual. 
c)  São  órgãos  de  revisão  jurisdicionais  das  sentenças 
proferidas  por  juizes  dos  Juizados  Especiais  Cíveis  e 
formados por desembargadores. 
d) São órgãos que integram a estrutura do Poder Judiciário. 
 
3. Fazem parte da Justiça Especial: 
a) A Justiça dos Estados. 
b) A Justiça do Trabalho. 
c) O Conselho Nacional da Magistratura. 

d A Justiça Federal. 
 
AULA 4 
Ação.  Conceito.  Condições  de  Legítimo  Exercício  da Ação. 
Condições  Genéricas  e  Específicas.  Específicas  Positivas  e 
Negativas. 
 
Caso 1 
João ingressou com uma ação revisional de aluguel em face 
da  Administradora  de  Imóveis  Só  Dinheiro,  onde  realizou  o 
contrato de aluguel do imóvel de propriedade de Marcos. Sustenta, 
na  citada  ação,  que  o  valor  locatício  está  muito  alto.  Em  sua 
defesa,  a  ré  alegou  que  apenas  realiza  a  administração  do 
apartamento onde mora o autor, mas que não é locadora do bem. 
Na  réplica,  o  autor  sustenta  que,  embora  realmente  conste  no 
contrato  que  o  locador  é  Marcos,  tem  a  administradora 
legitimidade,  pois  o  contrato  foi  firmado  com  Marcos dentro  do 
escritório dessa firma. 
 
Indaga-se: 
a)  Tem  a  administradora  legitimidade  passiva  para  figurar 
como  ré  na  ação  de  revisão  de  aluguel?  Justifique  e 
fundamente a resposta. 
b)  A  tese  de  defesa  formilada  pela  ré  é  de  natureza 
processual ou material? Por quê? [pg. 16] 
 
Caso 2 
Carlos  ajuizou  ação  possessória  em  face  de  Miguel  sob  a 
alegação de que esse o teria esbulhado e que para retomar o bem 
teve  que  usar  de  força,  somente  conseguindo  reaver a  posse  do 

bem 5 dias após o esbulho. Alega então que busca, com essa ação 
de  reintegração  de  posse,  legalizar  a  existência  da  invasão  e  a 
retomada  do  bem.  O  magistrado,  ao  analisar  a  demanda,  
entendeu por bem indeferir a petição inicial por falta de interesse 
processual. 
 
Indaga-se: 
a)  Agiu  correto  o  magistrado  ao  entender  que  não  há 
interesse processual? Dê o fundamento legal processual à 
resposta da indagação. 
b) Haveria necessidade de se ouvir o réu antes de realizar a 
extinção do processo? Dê o fundamento legal da resposta, 
além de justificá-la. 
 
Caso 3 
Magno,  réu  em  ação  ordinária  de  resolução  de  contrato  de 
locação por falta de pagamento dos alugueres referentes à vaga de 
automóveis em prédio comercial, alega carência do direito de ação 
sob o argumento de que a presente funda-se na lei nº 8.245/91 
enquanto  a  relação  jurídica  estabelecida  encontra  amparo  no 
Código  Cível.  Assim,  diante  da  ausência  de  previsão legal, 
impossível a retomada do bem mediante a extensão do c ontrato, 
restando  ao  autor  somente  a  possibilidade  de  cobrança  dos 
valores em atraso. 
 
Indaga-se: 
a)  Existe  a  hipótese  de  impossibilidade  jurídica  do  pedido, 
como suscitado por Magno? Justifique a resposta. 
b) Qual o título da ação a ser proposta? Ação de Despejo? 
 

Questões objetivas 
1. Marque a alternativa incorreta: 
a) Interesse processual é uma condição da ação. [pg. 17]  
b) Possibilidade jurídica do pedido é uma condição da ação. 
c) A legitimatio ad causam é uma condição da ação. 
d) A legitimatio ad processum é uma condição da ação. 
 
2. Sobre a teoria da ação adotada nos dias atuais, marque a 
alternativa correta: 
a) Teoria civilista. 
b) Teoria eclética da ação. 
c) Teoria do direito concreto da ação. 
d) Teoria do direito abstrato de ação. 
 
3. O princípio da ação, ou da demanda, indica: 
a)  A  possibilidade  de  a  parte  dar  início  ou  provocar  o 
exercício  da  atividade  jurisdicional,  quer  na  esfera  penal 
(art. 24, 28 e 30, quer na esfera civil (CPC, art. 2º, 128 e 
262)). 
b)  Em  casos  excepcionais,  por  força  de  lei,  a  presença  do 
processo inquisitivo, onde as funções de acusar, defender 
e julgar encontram-se enfeixadas em um único órgão. 
c) Situações indicadas na lei onde se pode tomar a iniciativa 
da propositura da ação civil e da penal. 
d)  A  impossibilidade  do  réu,  ao  se  defender,  de  exercer 
pretensão  própria  e  autônoma,  como  a  proibição  de 
oferecer reconvenção. 
 
AULA 5 
Ação. Classificação. Elementos de Individualização das Ações. 

Concurso  e  Cumulação  de  Pedidos.  Momento  da  Cumulaç ão. 
Espécies de Cumulação. Requisitos da Cumulação.  
 
1. Joana  contratou  com  seu  pedreiro  prestação  de  serviço 
para  pintar  e  trocar  o  piso  da  sala  de  sua  casa  no  prazo  de  15 
dias.  Ao  final  da  prestação  contratada,  pago  o  preço, Joana 
percebeu  que  o  piso  da  sala  foi  trocado  pela  metade. 
Inconformada,  Joana,  vai  ao  seu  escritório  querendo contratá-lo 
(a) pedindo que proponha a ação competente para que o pedreiro 
cumpra o contratado ou que lhe devolva  uma parte do d inheiro. 
Responda justificadamente. [pg. 18] 
a)  O  que  é  concurso  e/ou  cumulação  de  ações?  Justifique 
classificando,  exemplificando  e  identificando  os 
dispositivos legais. 
b)  No  caso  acima  estamos  diante  de  um  concurso  ou 
cumulação de ações? Justifique no caso concreto. 
 
2.  Argeu  promove  ação  de  conhecimento  em  face  de  Flávio 
postulando  a  cobrança  de  crédito  a  seu  favor.  Dez  dias  depois, 
Argeu  promove  ação  idêntica,  visto  que  a  primeira  estava 
demorando  muito  para  que  obtivesse  a  citação.  Citado  pela 
segunda  vez,  Flávio  alega,  em  contestação,  a  existência  de  um 
outro processo idêntico. Responda justificadamente. 
a)  Que  fenômeno  jurídico  deve  ocorrer  com  essas  duas 
ações?  Qual  é  a  conseqüência  jurídica  quando  isto 
ocorre? Justifique com os dispositivos legais. 
b)  Essa  matéria  é  de  natureza  processual  ou  de  mérito? 
Justifique. 
 
3.  João,  menor  impúbere  assistido  por  sua  mãe  Joana, 

ingressou com ação de investigação de paternidade cumulada com 
pedido  de  alimentos  em  face  de  Marcos.  O  réu,  ao  se defender, 
alegou que não caberia a cumulação pretendida, pois a ação deve 
se processar pelo rito ordinário ao passo que a ação de alimentos 
possui rito próprio. 
 
Indaga-se: 
a) É possível cumular pedidos com ritos diversos? Por quê? 
b) Na hipótese apresentada, qual é a espécie de classificação 
de cumulação de pedidos? Fundamente a resposta. 
 
Questões objetivas 
1. Sobre o pedido, na petição inicial, é correto afirmar que: 
a) São inadmissíveis pedidos cumulados. 
b)  Tem  como  subdivisões  pedidos  mediatos  e  imediatos. 
Pedido  mediato  é  o  bem  da  vida,  imediato  é  a  tutela 
jurisdicional reclamada. 
c)  Pode-se  formular  pedido  genérico  sempre  que  o  autor 
entender mais conveniente aos seus interesses. 
d) Tem como subdivisões pedidos próximos e remotos.  
[pg. 19] 
 
2.  Quanto  à  admissibilidade  da  cumulação  de  pedido é 
incorreto afirmar que: 
a)  Que  seja  adequado  para  todos  os  pedidos  o  tipo  de 
procedimento. 
b) Que os pedidos sejam compatíveis entre si. 
c) Que seja competente para deles conhecer o mesmo juízo. 
d) Que haja conexão entre os pedidos. 
 

3.  A  classificação  da  ação  penal  pelo  critério  subjetivo  leva 
em conta: 
a) Que a ação pode ser pública e por iniciativa privada. 
b) O poder do Ministério Público de, independentemente da 
vontade de quem quer que seja, tomar a iniciativa da ação 
penal pública incondicionada. 
c) Que a ação de iniciativa privada se subdivide em por ini-
ciativa exclusivamente privada e subsidiária da pública. 
d) Que o Ministério Público pode retomar a ação subsidiária 
da  pública  como  parte  principal  (art.  29  parte  final  do 
CPC). 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
AULA 6 
Processo.  Conceito.  Natureza  Jurídica.  Objeto.  Rela ção 
Jurídica Processual. Pressupostos Processuais de Ex istência e 
de Validade. 
 
Caso 1 
Bento  ingressou  com  reclamação  no Juizado  Especial  Cível 
de  Volta  Redonda  contra  a  empresa  Carros  Semi-Novos  S/A, 
buscando  indenização  de  danos  materiais  no  valor  de  
R$10.000,00. Em sua defesa, na ACIJ, o réu requereu a extinção 
processual  do  feito,  por  falta  do  pressuposto  processual  de 
capacidade  postulatória, já  que  o  autor  não  estava  assistido  por 
advogado. Ouvido o autor esse requereu prazo para regularização 
de tal fato, a fim de poder constituir advogado para patrocinar sua 
causa. [pg. 20] 
 
Indaga-se: 

a)  Deve  o  magistrado  acatar  a  defesa  do  réu,  diante da 
concordância do autor? Fundamente a resposta. 
b)  A  ausência  de  um  pressuposto  sempre  gera  extinção do 
feito sem resolução do mérito? Por quê? 
 
Caso 2 
Em uma ação de cobrança de danos materiais o réu al egou 
que  o  autor  não  juntou  na  petição  inicial  o  comprovante  dos 
danos  sofridos,  o  que,  portanto,  contraria  o  art.  283  do  CPC, 
havendo falta de pressuposto processual, o que gera a extinção do 
processo  sem  resolução  do  mérito.  Ao  retrucar  tal  alegação,  o 
autor,  em  sua  réplica,  sustenta  que  na  petição  inicial foi 
especificada a prova documental que se pretende produzir na fase 
instrutória  e,  assim  sendo,  não  há  que  se  falar  em  falta  de 
pressuposto. 
 
Indaga-se: 
a) A não juntada de provas do direito alegado do autor carac-
teriza  falta  de  pressuposto  processual,  na  forma  do  art. 
283 do CPC? Por quê? 
b)  O  art.  283  do  CPC  pode  ser  tido  como  um  pressuposto 
processual? Justifique a resposta. 
 
Caso 3 
Em  uma  ação  de  investigação  de  paternidade,  o  réu  foi 
citado pela via postal, sendo certo que a parte citada apresentou 
contestação  com  preliminar  de  nulidade  da  citação,  eis  que 
infringiu  o  art.  222,  I,  do  CPC  e,  ainda,  contestou  de  forma 
específica o mérito do pedido, negando a paternidade pelas razões 
deduzidas  na  peça  de  defesa.  O  magistrado  determinou  então  a 

oitiva  do  autor  e,  após  essa  réplica,  decidiu  por  afastar  a 
preliminar da contestação. 
 
Indaga-se: 
a)  A  citação  é  um  pressuposto  do  processo?  Justifique a 
resposta. 
b) Agiu corretamente o magistrado? Por quê? [pg. 21] 
 
Questões objetivas 
1. São pressupostos processuais: 
a) Legitimidade ad causam. 
b) Capacidade postulatória. 
c) Possibilidade jurídica do pedido. 
d) Interesse processual. 
 
2.  Indique  quais  dos  pressupostos  abaixo  não  se  traduzem 
como requisito de validade do processo: 
a) Investidura do órgão na jurisdição. 
b) Capacidade processual. 
c) Demanda regularmente formada. 
d) Regularidade formal da demanda.                            
 
3. São características da relação processual: 
a) Ser complexa, progressiva, ter unidade e ser de natureza 
pública. 
b) Ter natureza privada e estática. 
c) Ser de direito material. 
d) Depender da existência real da relação de direito material. 
 
AULA 7 

Competência.  Conceito.  Natureza  Jurídica.  Competênc ia 
Internacional e Interna. Competência das Justiças E speciais. 
Competência da Justiça Comum Federal e dos Estados.  
 
Caso 1 
José  Artigas,  menor  impúbere,  chileno,  residente  e 
domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, representado 
por  seu  pai,  promove  na  Justiça  de  seu  país,  ações  relativas  a 
imóveis  situados  no  Chile  e,  também,  no  Brasil.  Estes  imóveis 
requeridos por José Artigas são oriundos de herança recebida de 
seu  avô,  Mario  Artigas,  que  era  residente  e  domiciliado  em  São 
Paulo, SP, Brasil, quando faleceu. [pg. 22] 
 
Indaga-se: 
a) A regra de competência aplicável é a prevista no art. 88 ou 
no art. 89, do CPC? Por quê? 
b) O autor poderá ser intimado pela Justiça do Chile e nesta 
demanda poderá, em caso de haver Sentença favorável  a 
José  Artigas,  receber exequatur e  homologação  por  qual 
órgão  do  Poder  Judiciário  brasileiro?  Justifique  e 
fundamente a resposta. 
 
Caso 2 
Mévio  sofreu  um  acidente  de  trabalho.  Promove  ação  de 
conhecimento e narra, como causa de pedir, que o infortúnio lhe 
causou o esmagamento de seu pé direito na linha de montagem de 
sua  empresa,  situada  em  Itaperuna,  RJ.  Requereu  na  demanda 
obter  o  pagamento  dos  benefícios  previdenciários  a  que  tem 
direito. 
 

Indaga-se: 
a)  Onde  e  por  quem  essa  demanda  deverá  ser  julgada? 
Justifique  e  fundamente  a  resposta  de  acordo  com  a 
jurisprudência do STF e do STJ. 
 
Caso 3 
Maurício  Silva  promove  ação  de  conhecimento,  pelo 
procedimento ordinário, em face de Henrique Martins, requerendo 
danos  materiais  e  morais  pela  destruição  de  reserva de  mata 
atlântica, por queimada, em área de sua fazenda, que é contígua à 
área tombada pelo patrimônio da União. Esta área fica localizada 
próxima a cidade de Teresópolis, RJ, onde foi promovida a ação. O 
réu  ofereceu  contestação  e,  em  peça  à  parte,  exceção  de 
incompetência  do  Juízo,  sob  a  fundamentação  de  que, como  a 
área é tomada pela União, a Justiça Federal é a competente. 
 
Indaga-se: 
a) No caso em tela, está correta a demanda ser realizada na 
cidade de Teresópolis? Por quê? [pg. 23] 
b)  Em  relação  à  exceção  de  incompetência  do  Juízo  está 
correto  o  réu?  Fundamente  na  lei  a  resposta.  Melhor 
redação  —  Considerando  a  resposta  formulada  no  item 
anterior,  como  deve  ser  julgada  a  Exceção  de 
Incompetência do Juízo suscitada pelo réu? 
 
Questões objetivas 
1. Joaquim Cruz faleceu em Lisboa, Portugal, cidade de seu 
último  domicílio.  Possuía  o  falecido  bens  imóveis  situados  no 
Brasil  e  em  Portugal.  Os  bens  situados  no  Brasil  serão 
inventariados e partilhados no: 

a)  País  de  origem  da  pessoa  falecida,  mas  o  imposto  de 
transmissão será pago aqui. 
b) Brasil. 
c) País de origem da pessoa falecida, mas o imposto de trans-
missão  deverá  ser  pago  aqui  e  a  sentença  homologatória 
da partilha deverá ser submetida ao STJ. 
d)  País  de  origem  da  pessoa  falecida  no  Brasil,  pois  a 
sucessão hereditária pode obedecer a critérios totalmente 
diferentes nos dois países. 
 
2.  Luiz  Martins,  soldado  da  PM,  após  ter  terminado  seu 
expediente  de  serviço  em  sua  Unidade,  dirige-se  ao estádio  do 
Maracanã para assistir a uma partida de futebol. Durante o jogo, 
na  arquibancada  há  uma  briga  de  torcidas  e  Luiz  Martins  sofre 
uma agressão, que lhe provoca lesões corporais médias, por parte 
de Fernando Costa, identificado, posteriormente, como soldado da 
Aeronáutica.  Essa  demanda  deverá  ser  proposta,  pelo  seu 
advogado, perante que Justiça: 
a) Justiça Militar Estadual. 
b) Justiça Militar Federal. 
c) Comum Federal. 
d) Comum Estadual, de Vara Criminal. 
 
AULA 8 
Competência.  Critérios  de  Fixação  da  Competência. 
Competência  de  Foro.  Critério  Territorial.  Competência  de 
Juízo. Critério Objetivo e Funcional. Incompetência Relativa e 
Absoluta. [pg. 24] 
 
Caso 1 

Ricardo Alves, residente e domiciliado em Resende, promove 
ação  de  conhecimento,  pelo  procedimento  ordinário,  em  face  de 
Maria  Patrícia,  residente  e  domiciliada  em  Friburgo,  postulando 
anulação de contrato de compra e venda de um imóvel, localizado 
na  Rua  do  Desterro  n
º  200,  na  cidade  de  Vassouras.  Alega  um 
vício  no  ato  jurídico,  dolo,  que  anula  o  referido  contrato.  A  ré 
ofereceu contestação e, em peça à parte, exceção de incompetência 
do juízo, sob a fundamentação de que tem domicílio na cidade de 
Friburgo, onde a ação deveria ser proposta, conforme art. 94, do 
CPC. 
 
Indaga-se: 
a) O foro de eleição prevalece, em se tratando de uma ação 
visando à anulação do contrato de compra e venda de um 
imóvel? Por quê? 
b)  O  art.  95,  do  CPC,  trata  de  competência  de  foro,  pelo 
critério territorial. Neste caso, a competência é relativa ou 
absoluta? Justifique a resposta. 
 
Caso 2 
Foi dissolvida a sociedade conjugai de Célia Costa e Oswaldo 
Costa  pelo  divórcio  litigioso  realizado  pelo  Juízo  do  Fórum  de 
Teresópolis. Na ação, foram estabelecidas várias cláusulas, como a 
que  fixou  alimentos  devidos  aos  filhos  menores,  a  pensão  ao 
cônjuge (mulher), a partilha de bens e a regulamentação do direito 
de visita, entre outras. 
A  situação  de  fato  existente  foi  alterada  e  os  filhos, 
representados pela mãe, pretendem mover ação de modificação de 
cláusula  de  alimentos,  com  vistas  à  majoração  da  mesma.  Os 
menores, juntamente  com  a  mãe,  mudaram-se  para  a  cidade  de 

Campos. 
 
Indaga-se: 
a)  Qual  é  o  juízo  competente  para  conhecer  da  ação de 
modificação  de  cláusula  a  ser  proposta  pelos  filhos 
menores  em  face  do  pai?  Justifique  fundamentando  a 
resposta. [pg. 25] 
b) As comarcas de Teresópolis e de Campos são de primeira 
entrância? Por quê? 
 
Caso 3 
José  Frederico  pretende  mover  ação  reivindicatória de  um 
imóvel  por  atraso  nas  prestações  de  alugueis,  em  face  de  Paulo 
Ramos. José Frederico, em 10 de janeiro, ajuizou a citada ação na 
comarca de Nova Iguaçu, sendo certo que, naquele mesmo dia, foi 
prolatado  o  despacho  de  cite-se.  Entretanto,  em  11  de  janeiro, 
Paulo  Ramos  ajuizou,  na  comarca  de  Friburgo,  ação  d e 
consignação  em  pagamento  para  continuar  no  imóvel. 
Considerando que a citação na ação reivindicatória se deu em 16 
de janeiro e a na consignatória em 13 do mesmo mês, 
 
Indaga-se: 
a)  As  duas  ações  devem  correr  juntas  ou  separadamente? 
Por quê? 
b) A ação reivindicatória foi proposta no Juízo Competente, 
sendo  certo  que  o  imóvel  locado  situa-se  no  bairro  da 
Tijuca, comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. 
c)  Considerando  a  resposta  formulada  no  item  anterior, 
estamos diante de uma hipótese de competência relativa 
ou absoluta? Por quê? 

 
Questões objetivas 
1. A  ação  fundada  em  direito  pessoal  será  proposta  no 
domicílio  do  réu, seguindo  a  regra do  artigo  94,  do CPC.  Diante 
desse dispositivo legal é possível afirmar: 
a)  Tendo  mais  de  um  domicílio,  o  réu  será  demandado  no 
foro de qualquer deles. 
b)  Sendo  incerto  ou  desconhecido  o  domicílio  do  réu,  ele 
somente  poderá  ser  demandado  no  foro  do  seu  curador 
nomeado em processo de declaração de ausência. 
c)  Quando  o  réu  não  tiver  domicílio  no  Brasil,  ele  será  de-
mandado no país onde estiver domiciliado ou se esse país 
não  tiver relações diplomáticas  com  o Brasil,  no foro do 
seu último domicílio. [pg. 26] 
d)  Havendo  dois  ou  mais  réus,  com  diferentes  domicílios, 
serão demandados no foro do domicílio do autor da ação. 
 
2. Marque a alternativa correta: 
a) A incompetência relativa pode ser argüída pelas partes. 
b)  A  incompetência  absoluta  pode  ser  alegada  a  qualquer 
tempo. 
c)  A  incompetência  relativa  pode  ser  alegada  a  qualquer 
tempo. 
d) A incompetência absoluta só pode ser conhecida pelo juiz. 
 
3. A competência de foro compreende: 
a) A sua fixação pelo critério funcional. 
b) A fixação pelo critério em razão da matéria. 
c) A fixação pelo critério objetivo da pessoa.        
d) O critério territorial, como previsto no art. 651 da CLT. 

 
AULA 9 
Competência.  Modificações  da  Competência.  Prevenção.  
Conexão.  Continência.  Prorrogação  e  Perpetuação.  Controle 
da  Competência  e  seus  Instrumentos:  controle  de  Ofício, 
Exceção de Incompetência e Conflito de Competência.  
 
Caso 1 
Marcos, morador de Niterói, firmou com o Banco Só Dinheiro 
S/A  contrato  de  empréstimo  conhecido  como  “cheque  especial”, 
assim  o  fazendo  na  agência  Niterói,  onde  mantinha  a  sua  conta 
corrente.  Ocorre  que  por  dificuldades  financeiras  o consumidor 
não  conseguiu  honrar  seus  compromissos,  tornando-se 
inadimplente.  Assim,  o  banco  ingressou  com  ação  monitória  e, 
para tanto, valeu-se da cláusula contratual que elegeu o foro da 
comarca de São Paulo para resolver quaisquer demandas relativas 
a  esse  contrato.  Ao  receber  a  petição  inicial,  o  juiz  paulista  de 
imediato  e  sem  requerimento  da  parte  contrária,  declinou  da 
competência para um dos juízos cíveis de Niterói. [pg. 27] 
 
Indaga-se: 
a)  A  hipótese  é  de  competência  de  natureza  relativa  ou 
absoluta?  Justifique  a  resposta,  inclusive  com 
fundamentação legal. 
b) Poderia o magistrado decidir da forma como o fez, tendo 
em vista o teor do enunciado da súmula nº 33 do STJ?  
Por quê? 
 
Caso 2 
João promoveu ação de indenização por danos morais contra 

Paulo no Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do Estado 
do  Rio  de  Janeiro.  Em  sua  defesa  Paulo  alegou,  na  própria 
contestação, a incompetência relativa em razão do território, pois 
embora os fatos tenham ocorrido na região territorial dos juizados 
especiais  cíveis  da  capital,  a  sua  residência  é  em  São  Gonçalo, 
devendo ser observada a regra do art. 4º, I, da Lei nº 9.099/95, 
requerendo que os autos sejam para lá remetidos. 
 
Indaga-se: 
a)  A  incompetência  relativa  do  caso  concreto  pode  ser 
alegada  na  própria  contestação,  independentemente  de 
exceção? Fundamente a resposta, após justificá-la. 
b)  Em  sede  de  juizados  especiais,  qual  a  conseqüência  da 
declaração  de  incompetência  relativa?  Justifique  a 
resposta. 
 
Caso 3 
João  ingressou  com  ação  previdenciária  contra  a  União  na 
Comarca de Arraial do Cabo, esclarecendo que naquela cidade não 
há  Seção  Judiciária  Federal.  Ao  analisar  a  petição  inicial, 
entendeu o magistrado estadual que a demanda não pod eria ser 
proposta  naquela  comarca,  remetendo  os  autos  para  a Seção 
Judiciária da Justiça Federal mais próxima. Ao receber os autos, o 
juiz federal entendeu por suscitar o conflito de competência. 
 
Indaga-se: 
a) Pode o conflito de competência ser suscitado de ofício pelo 
juiz,  sem  qualquer  provocação  das  partes?  Qual  o 
princípio [pg.  28] de  direito  processual  aplicável  ao  caso 
concreto? Justifique e fundamente a resposta.  

b)  Qual  o  Tribunal  competente  para  apreciar  e  julgar  o 
presente conflito de competência? Dê o fundamento legal, 
inclusive, na resposta. 
 
Caso 4 
João  encontra-se  com  José  para  assistir  a  uma  partida  de 
futebol  e  passam,  em  certo  momento,  a  discutir  diante  da 
rivalidade existente entre os clubes pelos quais torcem. No calor 
da discussão, João desfere uma facada no braço de José quando 
estes se encontravam num bar na Rua São Francisco, n a Tijuca, 
Rio de Janeiro, próximo ao Estádio do Maracanã. 
 
Indaga-se: 
Qual o critério para estabelecer a competência para conhecer 
da ação penal de lesão corporal? 
 
Questões objetivas 
1. Marque a alternativa correta. A conexão representa: 
a) A modificação de competência em razão de incompetência 
absoluta. 
b) A modificação de competência em razão de incompetência 
relativa. 
c)  A  modificação  de  competência  (de  juiz  competente)  para 
evitar a possibilidade de decisões conflitantes. 
d) A modificação de competência em razão de perempção. 
 
2. Marque a alternativa incorreta: 
a) A incompetência absoluta pode ser conhecida de ofício a 
qualquer momento. 
b) No CPC, a exceção de incompetência relativa suspende o 

processo. 
c)  No  JECiv  a  incompetência  relativa  não  suspende  o 
processo. 
d) A exceção de incompetência pode ser alegada por qualquer 
das partes. [pg. 29] 
 
AULA 10 
Partes.  Sujeitos  do  Processo.  Sujeitos  da  Lide  (Distinção). 
Capacidade.  Conceito.  Capacidade  de  ser  Parte  e  Capacidade 
de  estar  em  Juízo.  Conseqüências  da  Falta  de  Capacidade 
processual. 
 
Caso 1 
Tibúrcia,  objetivando  receber  de  seu  ex-marido, 
Melquisedeque, os alimentos a que tem direito seu filho, Turíbio, 
menor impúbere, após contratar um advogado para repre sentá-la, 
ajuíza Ação de Alimentos em face do genitor do menor, que vem a 
ser distribuída para a 4
a Vara de Família da Comarca da Capital. 
 
Indaga-se: 
a)  Indique,  no  caso  proposto,  os  sujeitos  do  processo  e  da 
lide? Justifique a resposta. 
b) Você, se fosse o Magistrado titular da 4ª Vara de Família 
da Comarca da Capital, ao receber a inicial em suas mãos, 
profira o provimento jurisdicional adequado. 
 
Caso 2 
Aristóteles, menor púbere, assistido por sua genitora, Tícia, 
ajuíza em face de Mévio ação de investigação de paternidade, que 
vem  a  ser  distribuída  para  a  1ª Vara  de  Família  da  Comarca  de 

Niterói — RJ. 
 
Indaga-se: 
a)  Indique,  no  caso  proposto,  os  sujeitos  do  processo  e  da 
lide. 
b)  Sabendo  que  o  Réu  encontra-se  preso  definitivamente, 
tendo  em  vista  prática  delituosa  pela  qual  fora 
condenado,  você,  Magistrado  competente,  profira  a 
decisão que julgar adequada. 
 
Caso 3 
Caio  Julio  ingressou  com  ação  por  danos  morais  contra 
Marcus  Vinícius,  sendo  certo  que  no  curso  do  processo  o  autor 
faleceu.  Os  [pg.  30] herdeiros  pleitearam  então  o  ingresso  no 
processo  pelo  fenômeno  da  sucessão  processual,  tendo  o  réu  se 
oposto  ao  argumento  de  que,  com  a  morte  do  autor,  o  eventual 
direito  de  dano  moral  também  desapareceu,  pois  a  moral  é  um 
bem intransmissível. 
 
Indaga-se: 
a)  Neste  caso  cabe  a  sucessão  processual  ou  deverá ser 
extinto o feito com a morte do autor? Por quê? 
b) A morte do autor faz com que também pereça o direito aos 
danos morais? Fundamente a resposta, após justificá-la. 
 
Questões objetivas 
1. Serão representados em juízo: 
a) O espólio pelo inventariante. 
b) O Município por um de seus Secretários. 
c) As pessoas jurídicas por qualquer de seus empregados. 

d) O condomínio por qualquer de seus moradores. 
 
2. Em processo civil, capacidade de estar em juízo é: 
a) De toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos. 
b) A representação legal das partes em juízo. 
c) A capacidade de ser parte. 
d)  A  capacidade  deferida  pela  lei  ao  advogado  devidamente 
inscrito na OAB. 
 
AULA 11 
Processo e Procedimentos. Espécies de Processo. Esp écies de 
Procedimento.  Princípios  Gerais  do  Processo  e  do 
Procedimento.  Garantias  Constitucionais  Processuais .  Atos 
Atentatórios ao Exercício da Jurisdição. 
 
Caso 1 
João e Maria foram casados durante cerca de 7 anos, sendo 
certo que em determinado momento a relação se deteriorou, tendo 
então os cônjuges optado pela separação amigável. Ao analisar o 
processo,  [pg.  31] o  Parquet  verificou  que  o  casal  já  estava 
separado  de  fato  há  três  anos  e,  por  isso,  opinou  que  o  rito 
adequado  deveria  ser  o  divórcio  e  não  a  separação, pois  esta 
última não extingue o casamento, mas apenas suspende  os seus 
direitos e deveres, ao passo que o divórcio é que é capaz de findar 
o matrimônio, o que importaria em falta de interesse processual. 
 
Indaga-se: 
a) As partes são obrigadas a se valer do divórcio ou podem 
optar  pela  separação  judicial  pela  via  consensual?  Por 
quê? 

b)  O  procedimento  é  de  natureza  comum  ou  especial? 
Justifique a resposta, dando a fundamentação legal. 
 
Caso 2 
Manoel, pai de Joana, ingressou com ação de guarda contra 
sua  ex-esposa  Joaquina,  alegando  que  a  mesma  vem 
apresentando distúrbios mentais freqüentes e colocando em risco 
a vida da filha. Apresentou na exordial provas a tal respeito com 
pedido de antecipação dos efeitos da tutela antecipada, o que foi 
concedido.  A  ré  interpôs  recurso  de  agravo  de  instrumento, 
alegando apenas que não lhe foi dada oportunidade de defesa, o 
que importa em violação do devido processo legal e do direito ao 
contraditório. 
 
Indaga-se: 
a)  Esses  princípios  legais  são  tidos  como  garantias 
individuais? Justifique e fundamente a resposta. 
b)  Poderia  o  magistrado  ter  concedido  a  antecipação  dos 
efeitos  da  tutela  jurisdicional  sem  oitiva  da  parte 
contrária.  Assim  agindo,  haveria  afronta  a  tais 
princípios? 
 
Caso 3 
Joana  ingressou  com  ação  de  obrigação  de  fazer  contra  o 
plano de saúde Vida Saudável S/A, o qual se recusava a autorizar 
urgente  tratamento  cirúrgico  sob  a  alegação  de  uma  inexistente 
carência. Em razão desse fato, obteve decisão favorável transitada 
em  julgado.  [pg.  32] Ocorre  que  o  plano  de  saúde  vem 
reiteradamente  usando  de  artifícios  para  sempre  impedir  a 
cirurgia, criando diversos embaraços para que não se cumpra tal 

decisão. 
 
Indaga-se: 
a)  O  ato  em  questão  pode  ser  caracterizado  como  ato 
atentatório  ao  exercício  da  jurisdição?  Justifique  a 
resposta. 
b) É possível a cominação de multa contra a ré sem que haja 
pedido  expresso  do  autor?  Ao  responder,  dê  o 
fundamento na lei processual? 
 
Questões objetivas 
1. A  respeito  do  duplo  grau  de  jurisdição,  indique  a  opção 
correta: 
a) Mesmo não estando previsto no art. 5º da CRFB, o mesmo 
é tido como um princípio constitucional. 
b) Mesmo não estando previsto no art. 5º da CRFB, o mesmo 
é tido como uma garantia constitucional. 
c) Por não estar previsto no art. 5º da CRFB, o mesmo não é 
tido como um princípio. 
d) Não há previsão, implícita ou explícita, sobre tal princípio 
na CRFB. 
 
2. Marque a alternativa correta: 
a) A sanção processual do art. 538, parágrafo único, do CPC, 
é subsidiária da sanção prevista no art. 18 do mesmo di-
ploma legal e, portanto, só pode ser imputada se houver a 
sanção do citado art. 18. 
b) A sanção processual do art. 538, parágrafo único, do CPC, 
é  independente  da  sanção  prevista  no  art.  18  do  mesmo 
diploma legal e, portanto, pode ser imputada independente 

e cumulativamente com a sanção do citado art. 18. 
c) A sanção processual do art. 538, parágrafo único, do CPC, 
é dependente da sanção prevista no art. 18 do mesmo di-
ploma legal e, portanto, pode ser imputada conjuntamente 
com a sanção do citado art. 18. [pg. 33] 
d) A sanção processual do art. 538, parágrafo único, do CPC, 
é  independente  da  sanção  prevista  no  art.  18  do  mesmo 
diploma legal, mas não pode haver dupla condenação pelo 
mesmo fato. 
 
AULA 12 
Formação  do  Processo.  Sujeitos  do  Processo:  juiz  e partes. 
Sucessão  Processual.  Substituição  Processual.  Tratamento 
Especial ao Idoso. 
 
Caso 1 
João propôs ação de investigação de paternidade em face de 
José.  No  curso  do  processo,  José  falece,  deixando  três  filhos 
(Maria, Antonio e Joaquim) e esposa (Joana) que já providenciou a 
abertura  do  inventário  perante  o  juízo  de  órfãos  e sucessões  da 
Comarca da Capital do Rio de Janeiro. 
 
Indaga-se: 
a)  Qual  é  a  diferença  entre  sucessão  e  substituição 
processual? Qual a hipótese do caso em tela? 
b) Tendo em vista a natureza da relação jurídica discutida na 
ação de investigação de paternidade, quem deverá ocupar 
o pólo passivo desta demanda? Justifique sua resposta. 
 
Caso 2 

Manoel, advogado, com 68 anos de idade, foi contratado por 
Mário  para  ajuizar  uma  ação  de  cobrança.  Ao  propor a  referida 
demanda, requereu, ao final, que lhe fosse aplicada a regra do art. 
71 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03). 
 
Indaga-se: 
A prioridade na tramitação processual alcança o causídico? 
Justifique sua resposta. [pg. 34] 
 
Caso 3 
Caio ingressou com ação em face de José, alegando que este 
não lhe entregou o carro que havia comprado e pago à vista. Foi o 
pedido  autoral  contestado  regularmente.  No  curso  do  feito,  José 
vende  o  automóvel  para  um  terceiro,  de  nome  Maurício,  o  qual, 
então,  pede  para  ingressar  no  feito  no  lugar  de José, já  que é  o 
atual proprietário da coisa discutida. 
 
Indaga-se: 
a) Neste caso, é possível a substituição de partes? Justifique 
a resposta. 
b) A substituição de partes, em razão da alienação da coisa 
litigiosa, é regra ou exceção? Por quê? 
 
Questões objetivas 
1. Na divisão doutrinária de partes no processo e partes na 
demanda,  indique  qual  opção  revela  a  condição  de  parte  da 
demanda. 
a) Ministério Público nas hipóteses de custos legis. 
b) Juiz. 
c) Autor. 

d) Perito. 
 
2. Pela teoria da estabilização processual, o fenômeno se dá 
em qual momento: 
a) Distribuição da petição inicial. 
b) Sentença. 
c) Despacho saneador. 
d) Citação da parte ré. 
 
AULA 13 
Procedimentos  e  suas  Estruturas.  Procedimento  Ordin ário, 
Sumário  e  os  Especiais.  A  Conversão  dos  Procediment os 
Especiais  para  o  Ordinário.  Procedimento  da  Lei  9099/95. 
Princípios  Norteadores  dos  Juizados  Especiais  de  Ca usas 
Cíveis. [pg. 35] 
 
Caso 1 
Paulo promove, em face de Manoel, ação de reintegração de 
posse  de  imóvel,  cumulando  ao  pedido  possessório  o  de 
condenação em perdas e danos, sob fundamento de que,  cerca de 
11 (onze) meses atrás, o réu praticou esbulho à posse do autor. 
 
Indaga-se: 
a) Qual o rito a ser adotado para esta ação de reintegração 
de posse, cumulando-se pedido condenatório de perdas e danos? 
Resposta objetivamente fundamentada. 
b) No caso do referido procedimento especial, explicar o que 
vem a ser ação dúplice? 
c)  Nos  casos  de  procedimentos  especiais  de  jurisdição 
contenciosa, após ou no momento da contestação do réu, 

passa-se a adotar o procedimento ordinário? Por quê? 
 
Caso 2 
Fabiano  Oliveira  pretende  promover  ação  visando  à 
condenação  de  Empresa  de  Telefonia  Celular  a  lhe  pagar  a 
importância de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Alega que a empresa 
concedeu  linha  de  celular  a  terceira  pessoa,  que  se  identificou 
como  sendo  o  autor  apresentando  documentos  anteriormente 
roubados  em  assalto  dentro  de  ônibus.  A  empresa  procedeu  à 
cobrança  extrajudicial  do  valor  da  fatura  e,  diante  da  recusa  do 
autor  em  pagar  o  indevido,  encaminhou  o  nome  do  autor  para 
cadastro restritivo de crédito. 
 
Indaga-se: 
a) Fabiano Oliveira poderá promover ação de cobrança pelo 
procedimento da Lei 9099/95? Por quê? 
b) Quais as características do procedimento da Lei 9099/95 
(JEC)? 
 
Caso 3 
Jesuíno Andrade pretende promover ação judicial em face de 
Fernando Brandão para obter ressarcimento de danos sofridos por 
[pg. 36] sua embarcação, no valor de R$20.000,00 (dez mil reais), 
resultantes de manobra imprudente do réu acarretando a  colisão 
de  embarcações,  em  10  de  dezembro  de  2006,  na  Baia da 
Guanabara. 
 
Indaga-se: 
a)  Qual  o  rito  que  deverá  ser  adotado  para  a  demanda 
judicial? Por quê? 

b) Quais as características do procedimento sumário? 
 
Questões objetivas 
1. Manoel  pretende  mover  ação  de  consignação  em 
pagamento  em  face  de  Paulo,  sob  o  fundamento  de  que  vem 
tentando,  sem  sucesso,  efetuar  o  pagamento  na  residência  do 
credor de dívida no valor de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais), 
tendo  este  emitido  nota  promissória.  Busca,  assim,  alcançar 
quitação  do  débito,  sendo  certo  que  é  manifesta  a  recusa 
injustificada de Paulo em receber o valor expresso na cambial. A 
ação de consignação em pagamento observa o procedimento: 
a) Ordinário. 
b) Sumário. 
c) Especial. 
d) Sumaríssimo da Lei 9099/95. 
e) Misto. 
 
2.  No  que  concerne  à  separação  consensual,  é  correto 
afirmar: 
a)  Observar-se-á  sempre  o  rito  especial,  previsto  no art. 
1.120 e seguintes do CPC. 
b)  O  casal  pode  optar  pelo  rito  especial  ou  realizar a 
separação judicial por escritura pública. 
c) Os cônjuges devem adotar escritura pública, não havendo 
filhos menores ou incapazes do casal. 
d)  Havendo  filhos  menores  do  casal,  será  obrigatória  a 
adoção  do  rito  especial  (jurisdição  voluntária),  como 
previsto no art. 1.120 e seguintes do CPC. [pg. 37] 
 
 

 
EEssttaa  oobbrraa  ffooii  ddiiggiittaalliizzaaddaa  ee  rreevviissaaddaa  ppeelloo  ggrruuppoo  DDiiggiittaall  SSoouurrccee  ppaarraa  
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