consagrados para exaltar unicamente a deus, o púlpito, o microfone e a bíblia
pois estes não são armas para tentarmos atingir nossos inimigos ou desafetos.
Conforme disse o apóstolo Paulo com a expressão “se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa
obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (I Coríntios
9.16).
A palavra púlpito vem do latim pulpitum, que traduzindo significa palco,
estrado. Local de onde fala um orador, geralmente dentro de um templo
religioso. Praticamente, todas as igrejas (protestantes ou não), se utilizam
desse móvel, colocando-o no centro da plataforma, geralmente elevada, talvez
para trazer a conotação de autoridade e centralidade. Dali, pregadores
costumam se dirigir à congregação para expor suas pregações, preleções,
homilias, doutrinas, ministrações, depois das leituras das Sagradas Escrituras,
a Bíblia.
Mas infelizmente, pastores e outros líderes estão usando esse espaço
físico (o púlpito) e o precioso tempo de que dispõem para outras (in)utilidades,
roubando, muitas vezes, a única oportunidade da semana que têm com seus
ouvintes (as ovelhas). Vejamos o quê o púlpito não é:
1 – Púlpito não é lugar de autocomiseração, onde o “pregador” fala de
suas lamúrias buscando sensibilizar os ouvintes das suas “coitadices”. Isso é
reclamação, nunca deve ser visto como pregação.
2 – Púlpito não é palco de stand up comedy, onde se conta anedotas,
piadas e estórias engraçadas, buscando arrancar risos da “platéia”. Isso é não
é estar sob a graça, é ser engraçado.
3 – Púlpito não é divã de analista, onde pregadores tentam aliviar sua
frustrações diárias com seus “desabafos” pessoais à Igreja. Isso não é
apascentar, mas “apascentar” ovelhas (dá paulada).
4 – Púlpito não é tribunal de júri, onde líderes procuram se defender,
tentando mostrar “a transparência” das suas ações. Isso é falsidade maquiada
de santidade.
5 – Púlpito não é lugar da “mensagem de carapuça” (mensagem que soa
como uma crítica, como feita de encomenda), quando se tenta solucionar os
problemas dos membros da congregação através de pregações dirigidas
indiretamente. Isso é pastoreio à distância.
6 – Púlpito não é lugar de fofocas, onde se expõem confidências de
gabinetes pastorais e de conversas pessoais com a membresia. Isso é assédio
moral.