29Setembro 2008
Esterilização
no que se refere à inspeção e segu-
rança de operação.
Um aspecto a ser salientado nos
modernos esterilizadores é a utili-
zação de ligas de aço inoxidável al-
tamente resistente a corrosão. Entre
estas ligas, as mais utilizadas são o
aço inoxidável AISI-304, AISI-316,
AISI-316L e o AISI-316-Ti.
O tipo de acabamento da superfície
da câmara também é algo a ser obser-
vado: esta deve ser lisa (preferencial-
mente polida ou eletropolida), sem
ângulos retos que possam acumular
material e sem rebarbas ou sinas de
solda aparentes.
A porta do vaso é um ponto crítico
de segurança. Existem no mercado as
portas concêntricas de travas radiais
(também conhecidas como tipo “ara-
nha”) e as portas de movimentação
longitudinal à câmara (conhecidas
como porta tipo guilhotina). Atual-
mente as portas tipo guilhotina são
as mais utilizadas, frente a sua se-
gurança e facilidade de uso, com um
forte apelo ergonômico.
Por fim, temos que estar atentos a um
dispositivo muito importante e previs-
to na NR-13, que é a válvula de segu-
rança do vaso (item B da figura 1). Um
esterilizador pode ter, tipicamente, de
uma a três válvulas de segurança para
proteção das câmaras interna, externa
e gerador de vapor (quando existir).
Esta(s) válvula(s) deve(m) ser pura-
mente mecânica(s) (sem acionamento
elétrico), com certificado de calibra-
ção e com os pontos de regulagem
lacrados, para garantir a total segu-
rança no caso de sobre-pressão.
Co n c l u s ã o
Os esterilizadores de vapor são
equipamentos muito utilizados em
processos industriais e no proces-
samento de artigos médicos-hospi-
talares e apresentam, de um modo
geral, uma determinada gama de ci-
clos para atendimento aos diferentes
processos de esterilização. Dentre os
ciclos mais comuns para esteriliza-
dores a vapor por vácuo, o ciclo de
vácuo pulsante para materiais sólidos
porosos ou não é o mais difundido. A
forma de funcionamento do esterili-
zador para a obtenção do artigo esté-
ril é relativamente simples em termos
conceituais, mas demanda um bom
sistema de controle e excelente ins-
trumentação.
Sendo o vaso de pressão o elemen-
to mecânico mais importante deste
conjunto, devemos sempre observar
os critérios de projeto, uso e manu-
tenção para a segurança de operação
e o bom resultado do processo de es-
terilização.
Por fim, o bom esterilizador é
aquele que agrega a simplicidade e a
objetividade dos parâmetros físicos
com a sofisticação dos sistemas de
controle moderno para a obtenção de
artigos estéreis dentro de parâmetros
validáveis.
Gerson Roberto Luqueta
Engenheiro Eletricista, é especialista
em termobacteriologia, professor da
Faculdade de Tecnologia de Mogi
Mirim (FATEC Mogi Mirim) e mem-
bro do conselho editorial da Revista
Controle de Contaminação.
Re f e r ê n cia s biblio g r á fic a s
- NBR11816:2003 – “Esterilização – Esterilizadores a vapor com vácuo, para
produtos de saúde”
- NBR-ISO11134:2001 – “Esterilização de produtos hospitalares – Requisitos
para validação e controle de rotina – Esterilização por calor úmido”.
- Portaria do Ministério de Trabalho n°3214/78 – NR13:1997 – Caldeiras e
Vasos de Pressão.
- Pflug, I. J – Micorbiology and Engeneering of Sterilization Processes – 10th
Edition-1999.
- Block, S. S. Disinfection, Sterilization and Preservation, 10th Edition – 1991
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