1-O tabernáculo era a morada de Deus e estava dividido em três partes principais. A
primeira e mais externa era o átrio ou pátio, onde se encontravam dois móveis: O
altar dos sacrifícios e a pia de bronze.
2-Em seguida, na segunda parte encontrava-se o Lugar Santo que continha, por sua
vez, três móveis: O castiçal, a mesa dos pães da proposição e o altar de incenso.
3-Na parte mais íntima se encontrava o lugar chamado Santíssimo e que continha
como único móvel a arca de Deus.
O lugar Santíssimo era, obrigatoriamente a morada de Deus, e a arca do pacto o
representava. Em termos gerais podemos dizer que todos os outros móveis
representavam a obra de Deus em Cristo. A arca do pacto, ao contrário, representava
o próprio Cristo. Os demais móveis simbolizavam o que é dele; a arca simbolizava a
ele mesmo. Portanto, quando Davi mostra interesse e preocupação pela arca de
Deus, no céu, isto foi interpretado como interesse pela própria pessoa de Deus.
Davi, então, ainda que tivesse tudo, não estava satisfeito, faltava-lhe a presença de
Deus. Embora gozasse das benções e das manifestações de Deus, Davi desejava a
sua própria presença. Se Deus não estava, ainda que Davi tivesse tudo, seria como
não ter nada. Por isso, logo após Deus consolidar o seu reino, nasceu em seu
coração trazer a arca de Deus para a sua casa.
II Samuel 6:3
Davi levantara uma tenda para a Arca repousar sob sua sombra em Jerusalém. E
estava planejando o louvor e a adoração 24 horas diante da presença do Senhor…
Entretanto, toda essa alegria transformou-se em frustração e grande tristeza. Nessa
primeira tentativa de trazer a Arca, Davi não buscou saber a vontade de Deus nas
Escrituras, para conduzir a Arca da maneira correta, isto é, nos ombros dos
sacerdotes. Mas ele havia planejado trazê-la da mesma forma que os filisteus
fizeram: sobre um carro novo de bois… Os bois tropeçaram no caminho e Uzá, um
jovem levita tentou segurar a Arca para não cair, e então, ele foi fulminado nesse
exato momento pelo Senhor.
Um grande temor se apoderou de todos os “romeiros” daquela “procissão solene”.
Deus exigia que sua palavra fosse cumprida: não seriam os bois que conduziriam a
Arca… E, nesse temor, (II Samuel 6: 10-11) a Arca fora deixada na casa de Obede-
Edom.
Davi pergunta: "Como virá para mim a arca do Senhor?" Ou como diz no primeiro
livro das Crônicas: "Como tenho que trazer para a minha casa a arca de Deus?".
Veja: (Como levar a Arca? Números 7:9)
Esta pergunta é muito importante, porque sugere que as boas intenções por gozar
da própria presença de Deus não são suficientes. Somente o desejo por ganhar a ele
não basta. O ponto é este: Aquele que verdadeiramente quiser ganhar a ele deverá
fazê-lo do modo dele.
A presença de Deus só pode 'vir' a nós se procuramos 'trazê-la' da Sua maneira.