aumentam em quantidade, tamanho e densidade, pondo-se em contato umas
com as outras. Os diferentes pontos de contato convertem-se no decorrer do
desenvolvimento em articulações ou juntas até formar-se gradualmente uma
estrutura sólida: o esqueleto.
Durante a formação dessa estrutura, a matéria gelatinosa que o rodeia acumula-
se e muda muito a forma, desenvolvendo por último, um organismo conhecido
pelo nome de feto. Este cresce cada vez mais, torna-se firme e organizado, até
que chega o nascimento.
Começa a infância; mas o processo de solidificação surgido no primeiro grau
visível de existência, continua. O ser passa através dos diferentes estágios da
vida: infância, adolescência, juventude, virilidade e velhice, até chegar a
mudança denominada morte. Pois bem, esses sucessivos estados são
caracterizados por um crescente grau de dureza e solidificação.
Ossos, tendões, cartilagens, ligamentos, tecidos, membranas, pele e, até o
estômago, os pulmões e outros órgãos internos sofrem uma gradual densidade e
firmeza. As juntas, tornando-se rígidas e secas, começam a ranger com o
movimento. O fluído sinovial que as lubrifica e abranda diminui, transforma-se
em viscoso e gelatinoso e não pode mais servir bem aos seus fins.
O coração, o cérebro, todo o sistema muscular, a medula espinhal, nervos,
olhos, etc., participam do mesmo processo de solidificação, tornando-se cada
vez mais duros.
Milhões e milhões dos diminutos vasos capilares, que se ramificam como os
ramos de uma árvore através do corpo inteiro, cerram-se gradualmente e
transformam-se em fibras sólidas, por onde o sangue já não pode passar.
Os vasos sanguíneos maiores, artérias e veias, também endurecem, perdem a
elasticidade, estreitam-se, incapazes de levar a quantidade necessária de sangue.
Os fluídos do corpo tornam-se viscosos e impuros, carregados de matéria
terrosa. A pele fica amarelada, seca e áspera. O cabelo cai por falta de gordura.
Os dentes cariam-se e desprendem-se por falta de gelatina. Os nervos motores
começam a secar, os sentidos debilitam-se e os movimentos tornam-se pesados
e lentos. A circulação do sangue retardase, paralisa-se e se coagula nos vasos.
Os corpos depois de serem elásticos, cheios de saúde, flexíveis, ativos,
sensitivos, ficam tardos, rígidos, insensíveis, e, finalmente, morre-se de velhice.
Surge, logicamente, a pergunta: “o que ocasionou essa solidificação lenta do
copo que produz a rigidez, a decrepitude e a morte? “
Do ponto de vista físico, a opinião dos químicos é unânime: é principalmente
um crescente depósito de fosfato de cálcio (substância dos ossos), de carbonato
de cálcio (giz comum), de sulfato de cálcio (gesso), ocasionalmente, de um
pouco de magnésio e de uma quantidade insignificante de outras matérias