CONSULTA DE ENFERMAGEM NO PRÉ NATAL - SAÚDE DA MULHER.pdf
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Oct 04, 2024
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About This Presentation
Consulta de enfermagem na assistência ao pré-natal
Size: 5.05 MB
Language: pt
Added: Oct 04, 2024
Slides: 43 pages
Slide Content
Docente: Enfa. Dra. Maria da Conceição Quirino
o
SAQUAREMA/RJ
2024
CURSO DE ENFERMAGEM
UNIVASSOURAS CAMPUS SAQUAREMA
História de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá ser orientada
pela equipe de saúde a realizar a dosagem de gonadotrofina
coriônica humana (ßHCG).
O ßHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida
entre 8 a 11 dias após a concepção.
Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de
gravidez poderá ser feito pelo exame clínico.
As queixas principais são devidas ao atraso menstrual, à fadiga, à
mastalgia, ao aumento da frequência urinária e aos enjoos/êmeses
O diagnóstico clínico da gravidez se dá por meio de:
Inspeção Palpação Ausculta
Toque Laboratorial Ultrassonográfico
•cloasma gravídico;
Cabeça
•Aumentadas; colostro (16 sem.); aréola gravídica, tubérculos de
Montgomery.
Mamas
•Globoso ou ovóide; cicatriz umbilical plana ou saliente; línea negra; estrias.
Abdome
•Globoso ou ovóide; cicatriz umbilical plana ou saliente; línea negra;
estrias;.
Abdome
•Varizes; edema.
MMII
•Sinal de Chadwick ou Jacquemier
Genitais externos
Altura uterina
Consistência uterina: contrações
de Braxton-Hicks
Regularidade da superfície
uterina: lisa e regular
Pretende-se ouvir os batimentos
cárdio-fetais (bcf) – 120-160 bpm,
em média 140 bpm.
Buscar o foco máximo de ausculta –
corresponde à altura da 4ª vértebra
dorsal do feto.
Mulher em posição ginecológica com bexiga esvaziada
Função de avaliar volume uterino (quando ainda não é
palpável) condições de colo, bacia, apresentação, posição
fetal, e suas variedades (próximo ao parto)
Manifestações clínicas
náuseas
vômitos
tonturas
salivação excessiva
mudança de apetite
polaciúria e
sonolência.
Modificações anatômicas
aumento do volume das mamas
hipersensibilidade nos mamilos
tubérculos de Montgomery
saída de colostro pelo mamilo
coloração violácea vulvar
cianose vaginal e cervical
aumento do volume abdominal.
Amenorréia
Amolecimento da cérvice uterina com posterior aumento do volume
do útero a partir de 8 semanas- sinal de Nobile - Budin;
Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-
se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais-
sinal de Osiander);
Sinal de Puzos – 14 sem.
Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF),
que são detectados pelo sonar a partir de 12
semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas;
Percepção dos movimentos e segmentos fetais
(de 18 a 20 semanas);
Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser
observado por via transvaginal com apenas 4 a 5
semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a
primeira manifestação do embrião com 6
semanas gestacionais.
•BhCG – produção de gonadotropina coriônica humana uma semana
após a fertilização pelo trofoblasto (qualitativo ou quantitativo)
Laboratorial – teste hormonal:
•Saco gestacional- 5 semanas
•Bcf – 6 semanas
•Placenta – 12 semanas
•Cabeça fetal – 11-12 sem.
Ultrassonografia:
A consulta de enfermagem é uma atividade independente,
realizada privativamente pelo enfermeiro, e tem como
objetivo propiciar condições para a promoção da saúde da
gestante e a melhoria na sua qualidade de vida, mediante
uma abordagem contextualizada e participativa.
Resolução COFEn 358/2009
O profissional enfermeiro pode acompanhar inteiramente o
pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde, de
acordo com o Ministério de Saúde e conforme garantido
pela Lei do Exercício Profissional, regulamentada pelo
Decreto nº 94.406/87.
O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o
desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido
saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando
aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.
O número ideal de consultas permanece controverso.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número
adequado seria igual ou superior a 6 (seis).
1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce)
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação do resultado dos
exames preconizados no atendimento pré-natal.
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos
intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes".
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário.
6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter
acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)".
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja
necessário.
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a
elaboração do "Plano de Parto".
9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de
saúde no qual irá dar à luz (vinculação).
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no
período gravídico-puerperal.
Realização do cadastro
da gestante, após
confirmada a gravidez,
por intermédio do
preenchimento da ficha
de cadastramento do
SisPreNatal ou
diretamente no sistema
para os serviços de
saúde informatizados,
fornecendo e
preenchendo o Cartão
da Gestante.
Classificação do risco gestacional (em toda consulta) e
encaminhamento, quando necessário, ao pré-natal de alto
risco ou à urgência/emergência obstétrica;
Incentivo ao parto normal e à
redução da cesárea;
Realização de anamnese,
exame físico e exames
complementares indicados;
Imunização antitetânica , para
hepatite B e Influenza;
Oferta de medicamentos necessários (sulfato ferroso +
ácido fólico,)
Diagnóstico e prevenção do câncer de colo de útero e de
mama;
Avaliação do estado nutricional e acompanhamento do
ganho de peso no decorrer da gestação.
Atenção à adolescente conforme suas especificidades.
Até a 28ª semana - mensais
Entre 28ª e 36ª semanas -
quinzenais
Entre 36ª até o parto – semanais
(NÃO HÁ ALTA DO PRÉ-NATAL)
DUM conhecida
Uso do calendário: some o dia DUM (deve subtrair dos dias
restante deste mês) + os dias dos meses subsequentes + o
dia da consulta, dividindo o total por sete (resultado em
semanas).
Ex1: DUM= 01/09/2014
hoje= 04/02/2015
29 + 31 + 30 + 31 + 31 + 04= 156/7= 22,2, então IG=
22 semanas e 2 dias de gestação
Se o período foi no início, meio ou fim do mês, considere
como data da última menstruação os dias 5, 15 e 25,
respectivamente. Proceda, então, à utilização do método
descrito.
A OMS preconiza a realização de três exames ultrassonográficos na gestação:
◦Primeiro trimestre: entre 11 e 14 semanas (Viabilidade, Idade Gestacional, Determinação da
corionicidade em gemelar, translucência nucal- que é o principal marcador cromossômico
para trissomias.) Preferencialmente via abdominal.
◦Segundo trimestre: entre 20 e 24 semanas (USG morfológica).
◦Terceiro trimestre: entre 32 e 36 semanas (crescimento, placenta, vitalidade).
A critério da gestante ou por indicação clínica pode ser
realizada em torno de 7 semanas (via vaginal).
Cadastrar a gestante no SIS Pré-Natal;
Preencher a Ficha de Pré-Natal e prontuário (com diagnóstico de Enfermagem e Prescrições de
Enfermagem para as queixas/necessidades afetadas);
Preencher o Cartão da Gestante (com o número do cartão Nacional da Saúde e o nome do hospital de
referência para o parto);
Atualizar o calendário de vacinação e suas fornecer orientações pertinentes;
Solicitar exames de rotina;
Prescrever a suplementação alimentar;
Orientar a participação em atividades educativas.
Medicação Posologia Indicação/orientação
Ferro e ácido
fólico
Sulfato
ferroso
Ácido
fólico
40 mg ferro
elementar/dia=200m
g de sulfato ferroso.
Ferro a partir da 20ª
sem. até o final da
gestação
Ácido fólico -
5mg/dia
Ingerir 1h antes da
refeição. Manter o
ferro no pós-parto ou
pós-aborto até 3
meses
Ácido fólico
peri-
concepcional
Ácido
fólico
5mg/dia
2 meses antes da
gravidez e até 2 meses
de gravidez
Tipo de
vacina
Recomendação Doses
Dt Contra tétano acidental e
tétano neonatal. Gestantes
em qualquer
período gestacional
1ª 2ª
3ª(dTpa)
iniciar o mais
precoce possível
30 a 60 dias depois
da 1ª dose
30 a 60 dias
depois da 2ª
dose
Gestante com duas doses da
vacina
Vacinar a 3ª dose o mais precoce
possível
Gestante com esquema
completo a menos de 5 anos
Não vacinar
Gestante com esquema
completo a mais de 5 anos e
menos de 10 anos
Administrar uma dose o mais precoce
possível
VACINA dT HEPATITE B
dT
Gestantes em qualquer
período gestacional
Três doses com intervalo de 60 dias
entre elas. Também é possível considerar o
intervalo de 30 dias entre as doses.
Caso a gestante tenha recebido a última dose há
mais de 5 (cinco) anos,
deve-se antecipar o reforço tão logo
seja possível.
A última dose deve ser feita até no máximo 20 dias
antes da data provável do parto.
Influenza
Gestantes em qualquer
período gestacional
Dose única durante a Campanha
Anual contra Influenza.
Hepatite B
Gestante após o primeiro trimestre
de gestação
Três doses com intervalo de 30 dias entre a
primeira e a segunda e de 180 dias entre a
primeira e a terceira.
dTPa
Gestante após a 20° semana ou
Puerpério (Até 45 dias)
Deve ser administrada uma dose a cada gestação.
Hemograma
Tipagem sanguínea e fator Rh
Coombs indireto (se for Rh negativo)
Glicemia em jejum
Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL
Teste rápido diagnóstico anti-HIV
Anti-HIV
Toxoplasmose e Citomegalovírus IgM e IgG
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Urocultura + urina tipo I (sumário de urina)
Ultrassonografia obstétrica
Citopatológico de colo de útero (se for necessário)
Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica)
Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica)
1ª consulta ou 1º trimestre
Teste de tolerância para
glicose com 75g, se a
glicemia estiver acima
de 85mg/dl ou se
houver fator de risco
(realize este exame
preferencialmente entre
a 24ª e a 28ª semana)
Coombs indireto (se for
Rh negativo)
Urocultura + urina tipo I
(sumário de urina)
2º trimestre
Hemograma
Glicemia em jejum
Coombs indireto (se for Rh negativo)
VDRL
Anti-HIV
Sorologia para hepatite B (HbsAg)
Repita o exame de toxoplasmose se
o IgG não for reagente
Urocultura + urina tipo I (sumário de
urina-SU)
Bacterioscopia de secreção vaginal (a
partir de 37 semanas de gestação
3º trimestre
quando o fator Rh da mãe é negativo e o do feto, positivo.
Quando isso acontece, a mulher produz anticorpos anti-Rh
para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado “intruso”.
A eritroblastose fetal é uma doença hemolítica causada pela
incompatibilidade do sistema Rh do sangue materno e do bebê
e se manifesta quando há incompatibilidade sanguínea
referente ao Rh entre a mãe e o feto.
Alimentação a base de frutas, legumes e verduras frescas
preferencialmente cruas; alimentos com fontes de ferro junto com frutas
cítricas;
Fracionar em 3 refeições principais e pelo menos 2 lanches;
Evitar doces, massas, frituras, comidas industrializadas e temperos prontos;
Preferir alimentos naturais: feijão, arroz, batata, macaxeira, inhame,
tapioca, azeite, pequenas porções de peixe, carne e frango, fígado, moela,
ovo, queijo, leite, iogurtes;
Substituir sobremesas por frutas.
Restringir o uso do pão francês nosso de cada dia;
Evitar excesso de líquido nas refeições e beber no mínimo entre 6 a
8 copos de água/dia ou de acordo a necessidade individual;
Beber água tratada e lavar bem as frutas, legumes e verduras;
Evitar café, refrigerante, sucos industrializados, biscoitos recheados,
salsichas, caldo knorr, miojo, sazon, salgadinhos, presuntos e
embutidos industrializados;
Idade menor a 15 anos e maior que 35 anos;
Ocupação: esforço físico exagerado, extensa carga horaria de trabalho , exposição a
agentes físicos, químicos e biológicos, estresse;
Situação familiar e conjugal insegura, gravidez indesejada, adolescentes;
Baixa escolaridade;
Condições ambientais desfavoráveis;
IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade;
História reprodutiva anterior:
Síndromes hemorrágicas e hipertensivas;
Intervalo interpartal menor que 2 anos e maior que 5 anos;
Nuliparidade e multiparidade (5 ou + partos);
Cirurgia uterina anterior; 3 ou mais cesarianas.
Gestação atual: infecção urinária; ganho ponderal inadequado; anemia.